Podemos Esperar o
Avivamento?
Sarah Foulkes
Moore
Este artigo foi publicado numa edição antiga do Arauto
da Sua Vinda em inglês. Tanto Sarah Foulkes Moore, que fundou junto com seu
marido W.C. Moore o Arauto da Sua Vinda nos EUA, como Elizabeth Dabney, estão
agora com Jesus.
Elizabeth Dabney é uma irmã de cor cujo propósito
principal na vida é a oração. Quando dorme um pouco, é para restaurar suas
forças para retomar suas vigílias de noite e de dia, orando e esperando em
Deus. Ela se limita a uma refeição simples por dia. Nunca se envolve em
conversas levianas com quem quer que seja. Geralmente chega discretamente nas
reuniões uma hora antes do início, e começa a orar. Quando a reunião termina,
ela sai de fininho para seu quarto, onde inicia seu verdadeiro ministério de
intercessão em favor da libertação das almas, continuando noite adentro até a
madrugada.
Numa entrevista, a irmã Dabney revelou como entrou
neste trabalho eficaz para Deus e as almas perdidas. Seu marido é um pastor,
que foi enviado de uma igreja próspera em Filadélfia para um trabalho no meio
de pessoas carentes. No primeiro culto, não apareceu ninguém além deles
próprios. Ela viu que seria um trabalho difícil, pois estavam localizados na
parte mais perversa da cidade, e compreendeu que nada além de oração traria
qualquer tipo de impacto na situação.
Ela determinou que se entregaria à oração. Fez um voto
a Deus, que se ele enviasse pecadores àquele lugar e os salvasse, ela se
dedicaria à oração durante três dias e três noites por semana na missão, por
três anos. Durante dois destes três anos, comprometeu-se a jejuar também.
Quando falou sobre isto com seu marido, a princípio ele não quis que ela
ficasse sozinha na missão durante três dias e três noites por semana. Mas o
Senhor lhe mostrou que isto vinha da parte dele.
Logo que esta esposa começou a orar sozinha na missão
do seu marido, Deus começou a operar. Os pecadores chegavam, e logo o salão
estava repleto de pessoas. Seu marido lhe pediu para orar em favor de um lugar
maior. Deus fez com que um comerciante desocupasse um prédio maior e melhor do
outro lado da rua para poder cedê-lo a eles. À medida que a irmã Dabney
continuava orando, este prédio também ficou pequeno. Outra vez, o marido pediu
para orar por um lugar maior. Ela orou, e Deus lhes deu um excelente templo
numa avenida no mesmo bairro. Os cultos estavam sempre lotados, e pessoas eram
libertas do pecado, e multidões de crentes batizadas no Espírito.
Num dia de manhã, na porta do templo, quando ela
estava entrando para cumprir seu compromisso de oração, o Senhor a encontrou e
disse: “Vá para casa”. Mas ela não queria ir para casa. Queria orar. Então o
Senhor perguntou-lhe se sabia que dia era. Ela sentiu um impulso de abrir a
bolsa e ler seu voto. Ela descobriu que estava fazendo exatamente três anos que
assumira este compromisso com Deus. Na hora, ela quis entrar no templo e
adorar, mas o Senhor lhe disse novamente: “Vá para casa”.
Ela obedeceu. Sua alma exultava na presença dele. E
então ele lhe disse: “Vá para o porão”. Ela tinha medo do porão escuro, e
hesitou. Disse para Deus: “Senhor, se vais me levar para a glória, primeiro
deixa-me ver meu marido e filho”. Estava com medo de que o Senhor a fosse levar
embora no meio de toda esta celebração. Mas colocou sapatos novos, e foi ao
porão. Ao invés de escuridão, ela encontrou uma maravilhosa iluminação. Então,
o Senhor lhe falou novamente, dizendo: “Você orou até encontrar a resposta.
Agora vim para abençoá-la.”
Do teto uma fonte parecia jorrar água viva. Esta água
subia cada vez mais alto, até que a cobriu. O gozo e a presença do Senhor lhe
foram tão gloriosamente manifestos, que começou a dançar. O Senhor lhe disse
que aonde quer que ela fosse e orasse, ele libertaria pecadores dos seus
pecados, e encheria os crentes com o Espírito Santo. Ela dançou até furar os
saltos e as pontas dos seus sapatos novinhos.
Isto aconteceu há alguns anos, e Deus cumpriu sua
palavra. Aonde quer que a irmã Dabney vá, ela se dedica à oração, e pecadores
são libertos, e crentes são batizados com o Espírito Santo e com fogo. Ela não
prega, mas só aconselha a santos e pecadores, que busquem ao Senhor até que o
encontrem.
A seguir algumas cartas que revelam sua vida de oração
perseverante.
“Estou com uma angústia até a morte, nesta manhã. Meu
coração parece que vai partir. A carga dos pecadores sobre mim está maior do
que qualquer coisa que já experimentei. Posso ouvir os clamores de pessoas que
estão morrendo dia e noite.
“O Espírito está clamando por um grande derramamento.
É o grande dia da colheita de Deus. Por algum motivo, ele me escolheu para
sofrer a agonia da morte a fim de que nosso povo carente pudesse ser liberto
antes de se ouvir o grito: ‘Aí vem o Noivo!’
“Há poucas pessoas dispostas a sofrer para que outros
vejam a luz. Estamos vivendo um tempo horrível. O povo tem sede de genuínos
exemplos da verdadeira santidade. Mas ao invés disso, vivemos dias de
egocentrismo, e o desejo de se autopromover; por esta razão, nós que fomos
despertados teremos de trabalhar dobrado para ajudar a levar esta batalha até o
final.
“A oração é a única solução neste dia de fraqueza e
frieza. No meio de tudo isto, graças a Deus, encontrei um lugar, fora de tudo,
num monte, onde posso entrar no Espírito e estar a sós com Deus.
“Venha, amado/a, comigo para lá, onde Jesus
intercederá através de você, e libertará muitos pecadores através das suas
orações. Se me seguir a este campo de oração, futuramente me agradecerá por eu
tê-lo incentivado a dar sua vida para orar com persistência pelos pecadores,
até conduzi-los a Deus. Deus tem território de oração para lhe dar que nunca
foi possuído por ninguém. Ele tem montes e montanhas de oração pelos quais
ninguém lhe pediu ainda. Seus pés poderão estar num novo nível a cada dia e
cada noite.
“Pregar é bom. Ensinar é fundamental. Mas orar é a
chave de tudo. Apenas uma oração ouvida e respondida por Deus poderá abalar
toda a criação!
“O Espírito do Senhor está clamando para que milhares
de pessoas sejam salvas. O povo já ouviu a verdade, e isto muitas vezes. Mas
precisam de ajuda para serem libertos da escravidão, e para poderem servir a
Deus em verdadeira justiça e santidade. Pregações, louvores, celebrações, e
ensinamentos não poderão juntos desencadear o terremoto que abrirá as
sepulturas no cemitério do pecado, onde milhões estão presos e mortos nos
pecados e ofensas. Temos de ter poder agora para ajudar estas pessoas.
Demonstrações de milagres são importantes na hora certa, mas para quebrar o
laço que Satanás colocou nos corações dos pecadores, será necessário batalhar
em oração numa conversa sem limites com Deus.
“Tantos estão orando, mas poucos são dispostos a orar
até alcançar sua glória e vontade divina. Jesus entrou no jardim e conversou
com Deus até que sua carne cedeu e suor como sangue escorria da sua face.
“Este é o trabalho mais duro que Deus tem para
oferecer. Como lavrador, tenho de cavar dia e noite. É como terra virgem, onde
arbustos, árvores, tocos, e pedras estão alojados profundamente. Na terra, toda
espécie de bicho, cobra e verme é encontrada. Você poderá desalojar um desses
seres desagradáveis a qualquer momento. Cavar é uma tarefa difícil. Mas este é
o meu serviço. As vozes de milhões de almas clamam nos meus ouvidos o dia
inteiro e a noite inteira. Tenho orado até me engajar inteiramente nesta
atividade com Deus. É por isto que não visito ninguém, nem recebo visitas. Não
sirvo para nada absolutamente, a não ser isto. Estou entregue integralmente à
oração. Esta carga está sobre mim continuamente. Não posso colocá-la de lado e
descansar nem por um momento.”
Uma outra carta:
“De madrugada, ao meio-dia, e tarde da noite, o Senhor
eleva-me a um novo nível de oração. Eu estava tão inundada com a glória do
Senhor, na noite passada, que parecia que minha carne havia morrido, e fui
conduzida para um lugar no jardim da oração onde nunca antes estive. O Espírito
do Senhor clamava: ‘Milhares serão salvos; clame por mim, e eu libertarei!’
Depois os gemidos foram muito profundos. Chorei diante do Senhor, e ofereci-me
em oração até que todos os seus desejos foram satisfeitos.”
Ainda outra carta:
“O Senhor ordenou-me a convocar mulheres em toda parte
à oração. Estou pedindo que ele chame especificamente duas mil para se
comprometerem a sacrificar-se e a orar até alcançar a sua glória. Fui dirigida
a chamá-las para orar às quatro horas da manhã. Um grupo de aproximadamente 350
chegou às 3h30 da manhã. Quando cheguei às quatro horas, o Senhor estava no seu
templo, visitando seus filhos com bênçãos. Os santos clamavam para serem
conduzidos comigo a este Jardim de Oração. Sua presença enchia a sala. Todos se
sentiam inundados. De uma forma maravilhosa, o Senhor derramou seu óleo sobre
nossas cabeças. Ouvi o Espírito clamando para que almas fossem avivadas e
renovadas, e para que não somente pudessem nadar num rio, mas no meio de um
oceano de oração.
“Nosso Deus não está morto. Ele não está amarrado. Ele
quer fazer hoje uma obra tão grande quanto qualquer outra que fez no passado.
Se ele parou o sol para um homem, se ele ouviu os clamores de uma mulher e
quebrou os grilhões da morte e lhe devolveu o filho, ele não é capaz e desejoso
de abalar a criação para você e para mim, que estamos convidando para a mesa
ficar repleta com pessoas dos becos e dos caminhos? Sim, ele ouve! Só temos de
abrir nossas bocas – a boca da alma – e conversar com ele até que venha no seu
poder divino, para mostrar-nos que é o mesmo ontem, hoje, e eternamente.
“Não existe uma bênção maior do que conversar com
Deus. Estou transbordando! Ó que privilégio eu recebi, de poder ter uma
conversa ilimitada com ele!”
Algum tempo depois:
“Mais de quatrocentas pessoas se reúnem comigo todos
os dias às quatro horas da manhã para orar. A cidade está sendo abalada!
“Deus está no seu Jardim de Oração. Alguns nem saem da
igreja. Faça chuva, faça sol, o povo se reúne para orar. Duas vezes fui a pé
para a igreja para sentir como era ver as pessoas correndo de todas as direções
às quatro da manhã para orar. Em cada rua que passava, tinha gente correndo
como se fosse a última chance para se encontrar com Deus. Estavam correndo para
o tabernáculo com a maior velocidade possível, para estar com Deus, e não
chegar atrasados. Todos caíram de joelhos e suas vozes se misturaram em uma
única oração a Deus. E então o Senhor chegou e encheu o ambiente com seu
perfume. Soprou sobre nós seu sopro de vida e sentimos sua divina presença.
“Isto é o que Deus estava fazendo nesta cidade ímpia
às quatro horas da manhã, em resposta às orações. Muitas almas estão
encontrando com Deus, e muitos crentes estão sendo cheios do Espírito.”
Que nós que tivermos disposição para isto nos
ajuntemos com este propósito, e o mundo será alcançado por um poderoso
avivamento e grande colheita de almas perdidas.
A capacidade de alguém para ficar com Deus no lugar
secreto de oração será a medida da sua capacidade de ficar com Deus quando
estiver lá fora no lugar público de atividade (Sl 55.17).
Podemos Esperar o
Avivamento?
Os dias da nossa civilização parecem estar contados.
As causas que levaram ao declínio e queda do Império Romano foram descritas
vividamente pelo historiador Edward Gibbon, como sendo amor excessivo do prazer
e do lazer, altas taxas de impostos, grandes forças militares, ruptura da vida
no lar, e decadência da religião. Todos estes fatores são visíveis hoje no
nosso mundo.
A raça humana já viu nada menos que 20 civilizações
aparecer e desaparecer na cena mundial. Nossa atual civilização moribunda não
será nenhuma exceção a este ciclo. As civilizações nascem para morrer, e pode
ser que a nossa já tenha passado do ponto de retorno.
Nosso Privilégio
Esta situação deveria levar os cristãos ao desespero?
Pelo contrário, os cristãos podem muito bem dar graças ao Senhor pelo
privilégio de viver nesta era, que pode muito bem ser a mais importante na
história do cristianismo.
Somente quando o orgulho humano é humilhado, e a
sabedoria humana reconhece sua falência é que os homens no seu desespero ficam
prontos para receber Cristo na sua vinda. Enquanto o mundo entra no seu período
de grande tribulação, conforme predito pelas Escrituras, os cristãos também
serão testados, mas brilharão como nunca antes.
A Igreja do século XX tem vivido num estado de
conforto e bem-estar totalmente estranho aos padrões do Novo Testamento, e
conseqüentemente tem ficado morna e impotente. Perseguição e sofrimento têm o
efeito de purificar a Igreja e de prepará-la para a vinda de Cristo. E quando a
Igreja cair de joelhos em quebrantamento e arrependimento, então o fogo cairá!
Sim, estes dias com tantos sinais apontando a iminente
volta do Senhor nos oferecem o maior encorajamento de esperar e buscar um
avivamento mundial. Por que posso dizer isso?
Nossa Certeza
Tantos cristãos no mundo inteiro estão sentindo a
profunda necessidade de um avivamento, e estão orando neste sentido. É o
Espírito Santo quem coloca esta carga no nosso coração, e Deus sempre responde
a oração que ele mesmo inspira, quando cumprimos as condições (Romanos
8.26,27).
Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam
contra sua Igreja para destruí-la (Mateus 16.18). Os ataques satânicos contra a
Igreja se multiplicam em todos os lugares, e sem um avivamento para fortalecer
os cristãos nas perseguições vindouras, Satanás venceria. E sabemos que isto
nunca poderá acontecer.
Esta ainda é a dispensação do Espírito Santo, e
podemos esperar derramamentos do Espírito até os últimos dias antes da volta de
Jesus. As profecias falam de avivamentos nos últimos dias. Atos 2.16 diz: “Mas
isto é o que foi dito pelo profeta Joel: Nos últimos dias, diz Deus, do meu
Espírito derramarei sobre toda a carne…” Isto foi parcialmente cumprido no dia
de Pentecoste, mas seu cumprimento total virá em breve. A Igreja começou com
avivamento e terminará da mesma maneira! Temos a promessa tanto da chuva
temporã como da serôdia antes da volta do Senhor (Joel 2.23).
O avivamento é necessário para preparar uma Igreja
mundana e apóstata para a volta do Senhor. Daniel 12.10 diz que nos últimos
dias muitos serão purificados, isto é, feitos santos. Quão poucos hoje são
puros e santos! Se muitos serão purificados, então teremos de ter um
avivamento. O avivamento certamente virá! A pergunta é: Como?
Adiando o Juízo
Quando o avivamento vier, não salvará a civilização,
que já está corrupta e endurecida demais. Mas salvará muitas almas! Paulo, como
prisioneiro a caminho de Roma, não tentou salvar o navio, pois sabia que estava
condenado. Mas Deus lhe prometeu que as pessoas que estavam nele seriam salvas
(Atos 27. 22,24).
O navio da civilização está caminhando para as rochas
do naufrágio. Não devemos perder tempo tentando salvá-lo, mas antes devemos
buscar a salvação de almas! Os avivamentos realmente afetam apenas uma minoria.
A maioria os rejeita e endurece o coração. Jesus não tentou salvar a
civilização do seu tempo, e nem os apóstolos. Sua única paixão era ver a
salvação das almas. E esta deve ser a nossa também.
Embora o avivamento vindouro não salvará a civilização
corrupta, poderá adiar sua destruição inevitável, a fim de que milhões de
pessoas no mundo inteiro possam ser salvas antes do Senhor vir em juízo.
O avivamento no dia de Pentecoste, no ano 29, não
impediu a destruição de Jerusalém e da nação dos judeus no ano 70. Mas pode ser
que a tenha adiado. Se o derramamento de Pentecoste não tivesse ocorrido, a
destruição de Jerusalém poderia ter vindo vinte ou trinta anos antes. Aquela
poderosa visitação do Espírito amarrou as forças do mal, e deu um espaço para
que milhares pudessem ser salvos.
A Igreja estava tão firmemente estabelecida que o fim
da nação dos judeus não resultou no fim da Igreja, assim como o fim do Império
Romano também não acabou com o cristianismo. Sabemos, também, que o fim da
nossa civilização atual, agora tão iminente, não será a morte da Igreja, mas o
seu dia de coroação!
Os avivamentos do rei Ezequias em 678 a.C., e do rei
Josias em 624 a.C., também não salvaram Judá do cativeiro, mas deram um
intervalo de 150 anos durante os quais o profeta Isaías e outros receberam as
gloriosas profecias que fortaleceram os judeus no cativeiro e ainda nos
inspiram hoje. É possível que o avivamento final tenha o mesmo efeito.
Sinais do Avivamento
Ficamos desanimados ao ver que os verdadeiros cristãos
são uma minoria tão pequena. Mas não deveríamos ficar. Pois é através desta
minoria que Deus certamente operará!
Com a maldade crescendo cada vez mais entre a maioria,
há uma fome cada vez maior por um avivamento entre a minoria. Este crescimento
em paralelo de maldade e santidade foi predito pelo profeta Daniel que
declarou: “Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados, mas os
ímpios procederão impiamente”.
Claramente, o ritmo mais acelerado e a pressão da
maldade estão empurrando a minoria de cristãos consagrados em todas as
denominações para mais perto de Deus, e para mais perto uns dos outros. O
Espírito de Deus está agindo em resposta ao clamor dos corações dos crentes
preocupados!
Quando a perseguição ou tribulação começar a afetar a
Igreja, esta pressão poderá ser a faísca do avivamento mundial, assim como a
compressão crescente no motor a diesel fornece o calor necessário para liberar
a poderosa explosão que movimenta o trem irresistivelmente para frente.
Evidências do avivamento vindouro incluem os diversos
movimentos para distribuição das Escrituras, que está agora em dimensões sem
precedentes. O Evangelho está chegando ao mundo inteiro através de estações de
rádio de grande potência. Tem havido um grande crescimento no número de livros
cristãos, de filmes e gravações.
Reuniões de oração estão sendo realizadas pelo mundo
inteiro, em números sem precedentes. Os leigos estão participando cada vez mais
da liderança. Estão levando o desafio do cristianismo a cada vocação na vida, e
estão alcançando pessoas que não freqüentam igrejas. Os jovens também estão
exercendo um papel mais importante neste surto recente da fé. Estas e muitas
outras manifestações do Espírito de Deus surgiram nas últimas décadas, de forma
que há muito mais atividade evangélica e missionária hoje do que sessenta anos
atrás.
A Responsabilidade de Deus
Deus nunca permitirá que sua Igreja expire. Vez após
vez, a Igreja esteve no leito da morte, e os críticos estavam dispostos a
enterrá-la. Mas a Igreja tem ressurgido, levantando-se do seu leito para
enterrar seus críticos. Quanto mais ímpia uma geração se tornar, mais seguros
podemos estar de que o avivamento está a caminho!
Não devemos cometer o erro de pensar que o próximo
avivamento será como o último, ou como qualquer outro avivamento passado. O
mundo mudou, as condições mudaram, o avivamento que virá será apropriado para
resolver as novas condições.
Por todos os lados, vemos a angústia e perplexidade
das nações, como previsto pelo nosso Senhor (Lucas 21.25). A soberania de Deus
não pode ser negada. Seus propósitos não podem ser derrotados. Tomemos coragem,
e acreditemos que as gotas de misericórdia que já estão caindo possam se
transformar em chuvas de bênção e até na inundação do maior despertamento espiritual
do mundo!
Nossa Responsabilidade
Qual é então a nossa responsabilidade como cristãos?
Primeiro, garantir que estamos em prontidão espiritual
para a volta do Senhor. Isto significa abrir-nos completamente para a habitação
do Espírito Santo e para seu poder.
Segundo, orar para o avivamento, até que o Espírito
seja derramado em tal medida que o primeiro Pentecoste pareça muito pequeno em
comparação.
Certamente, não devemos ficar perturbados. As dores
terminais da nossa civilização serão as dores de parto do Reino que virá,
aquele Reino cuja vinda deve fazer parte da nossa oração diária. Que glorioso
seria se pudéssemos estar vivos para ver tudo isto acontecer!
Este artigo foi publicado numa edição antiga do ARAUTO
DA SUA VINDA, em inglês. O Major Allister Smith, já falecido, era do Exército
de Salvação.
Oração Que Traz Avivamento
A maior necessidade atual é que haja oração
específica, perseverante, e agonizante, para que Deus fenda os céus e visite o
povo comprado com seu sangue. O doutor R. A. Torrey afirmou certa vez: “Sem
dúvida, um dos grandes segredos que explica a insatisfação, a superficialidade,
e a falta de realidade que sentimos na maioria daquilo que atualmente chamamos
de ‘avivamentos’, é que há uma dependência muito maior na engenhosidade do
homem do que no poder de Deus, recebido através de oração fervorosa,
persistente e confiante.”
Vivemos numa época caracterizada pela multiplicação da
engenhosidade humana e pela diminuição do poder de Deus. O grande lema dos
nossos dias é “Trabalho, trabalho, trabalho! Novas organizações, novas
metodologias, novas técnicas.” Mas a grande necessidade atual é de oração. Foi
com um grande golpe de mestre que o diabo conseguiu em grande parte levar a
igreja a deixar de lado esta poderosa arma da oração. O diabo não se opõe
absolutamente a que a igreja multiplique sua organização, e sua máquina
habilmente desenvolvida para conquistar o mundo para Jesus, desde que abandone
a oração.
Sempre que houver um avivamento em qualquer lugar, se
alguém fizer uma pesquisa entre os membros da igreja ou igrejas envolvidas,
descobrirá com certeza que um Jacó anônimo esteve lutando em oração para
alcançar a bênção; ou algum Elias, sozinho talvez, com sua cabeça curvada entre
seus joelhos, esteve orando por um dilúvio espiritual, e observando atentamente
para ver o primeiro sinal de formação de nuvens. O Senhor clamou através de
Ezequiel na sua geração: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se
colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a
destruísse; mas a ninguém achei” (Ezequiel 22:30). E nos nossos dias o clamor é
o mesmo; há uma grande necessidade de mais intercessores em íntima união com o
Senhor ressurreto, que vão agonizar dentro do véu em favor da libertação da Igreja
da sua decadência atual.
Em Atos 12.5, lemos que “havia oração incessante a
Deus por parte da igreja” a favor de Pedro na prisão. A palavra traduzida
“incessante” significa literalmente “de forma esticada”, com o sentido de
grande esforço ou intensidade, mostrando como a igreja estava se esticando com
desejo ardente para alcançar a Deus, em favor da libertação de Pedro. Temos
aqui um quadro das dores de parto espirituais que os santos sentiam em favor de
um irmão.
Este é o tipo de oração que prevalece com Deus, e que
produz respostas que surpreendem até a quem orou! Grande parte das nossas
orações modernas não tem poder porque não se põe o coração nelas. Faltam
intensidade e fervor.
Oração Agressiva
Verdadeira oração é um ministério agressivo, invisível,
e solitário, desenvolvido em cooperação com o Espírito Santo, com o propósito
de desalojar as forças das trevas da posição estratégica que ocupam na Igreja e
no mundo.
Este tipo de oração introduz Deus na batalha. “Porque
as armas da nossa milícia” diz Paulo, “não são carnais, e sim poderosas em
Deus, para destruir fortalezas” (2 Coríntios 10.4).
Oração é a arma secreta do cristão. A chamada de
trombeta hoje é para convocar cristãos em toda parte a entrar “na brecha”, e
unidos ao Cristo que triunfou no Calvário, guerrear agressivamente contra as
forças satânicas.
Os demônios do inferno são reais, e Satanás, o grande
arquiinimigo da Igreja, está empenhado em “consumir (ou afligir, desgastar) os
santos (Daniel 7.25). Temos de reconhecer que foi Satanás quem cegou as mentes
dos santos, e os manteve ignorantes dos seus direitos de primogenitura, e da
sua responsabilidade de viver uma vida vitoriosa pelo poder do Espírito Santo.
Foi ele também quem usou o apego ao mundo para induzi-los a deixar seu primeiro
amor. É ele quem procura impedir o avivamento entre os santos de Deus hoje.
Portanto, quando oramos pelo avivamento, devemos não
só resistir ao nosso inimigo no nome vitorioso do Senhor Jesus, mas também
proceder a expulsá-lo totalmente do território através do mesmo nome glorioso.
Este poder nós recebemos através daquele que “despojando os principados e as
potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl
2.15).
A igreja primitiva conhecia o segredo de vencer
através desta gloriosa arma de oração. Quando onda após onda de oposição
satânica quebrava sobre suas cabeças, eles obtinham a vitória nos seus joelhos.
Andavam para frente de joelhos. Viviam diante do Trono. A necessidade da Igreja
hoje é redescobrir o segredo de lutar com Deus como Paulo, e o espírito para
agonizar em oração como Epafras (Cl 4.12).
Então, através de unir-nos com Cristo na cruz, nossa
oração se encherá do Espírito de conquista no qual poderemos subjugar o inimigo
e dar o brado de vitória sobre ele. Não é suficiente “resistir ao diabo”, pois
este procura enganar e dividir os santos do Senhor, trazendo assim fraqueza e
impotência para uma igreja subnormal. A Palavra de Deus nos ensina que devemos
ser “mais que vencedores” na conquista.
“Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares
na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido
desligado nos céus” (Mt 16.19).
“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos
sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por
três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a
terra fez germinar seus frutos” (Tg 5.17-18).
“Ou como pode alguém entrar na casa do valente e
roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa” (Mt
12.29).
“Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que
não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o
Senhor dos Exércitos” (Ml 3.11).
Efésios 6 descreve-nos a arena de batalha armada, onde
não se dá nenhuma vantagem para o inimigo. Nos versículos 12,13 e 18, lemos:
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne,
e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto,
tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois
de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis… Com toda oração e súplica,
orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e
súplica por todos os santos.”
O intercessor vitorioso, depois de ter subjugado o
inimigo no campo de batalha, precisa permanecer em pé para ainda outras
conquistas, usando o escudo da fé e empunhando a espada do Espírito. O
guerreiro de oração continua conquistando e disposto a conquistar mais ainda
(ver Ap 6.2), firme na base da vitória de Cristo.
A palavra “vigiando” no texto de Efésios 6.18 citado
acima, significa literalmente ficar sem dormir. O intercessor precisa estar
alerta, e precisa ficar alerta. Ele é persistente em intercessão fervorosa e
incessante em favor dos santos. Paulo suplica os santos em Roma para “lutar”
juntamente com ele em oração (Rm 15.30). A palavra “lutar” significa
principalmente contender como guerreiro numa batalha. O mesmo pensamento é
ilustrado no poderoso ministério de Epafras, “o qual se esforça sobremaneira,
continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e
plenamente convictos em toda a vontade de Deus” (Cl 4.12).
Tal intensidade na oração é ilustrada para nós de
forma marcante no jardim do Getsêmani, onde o suor do nosso bendito Senhor se
tornava como “grandes gotas de sangue” (Lc 22.44). Lemos que nosso Salvador
estava em grande agonia, e ainda “orava mais intensamente”. Oh, como nossas
orações são frias e indiferentes, se comparadas a isso!
Nosso Senhor, na parábola sobre importunação em Lucas
11.8, ensina-nos a mesma lição de pedir de forma persistente e intensa.
“Todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver
necessidade.” A palavra traduzida “importunação” é uma palavra muito marcante,
usada somente neste texto no Novo Testamento. Significa literalmente
“cara-de-pau” ou “descarado”. O homem da parábola foi descarado na sua audácia
de pedir. Foi descarado por acordar seu vizinho naquela hora no meio da noite.
Foi descarado porque estava desesperado no seu apuro; não tinha pão para
colocar diante do seu hóspede!
Oração Desesperada
Tenho descoberto no meu próprio ministério em
avivamentos que Deus só responde às orações daqueles que estão desesperados.
Quantos estão orando por avivamento que não sentem
realmente qualquer angústia ou quebrantamento?
Ana é um exemplo na Bíblia de uma pessoa desesperada,
orando por avivamento (1 Samuel 1). Nada importava na sua vida a não ser que
Deus lhe respondesse a oração e lhe desse um filho. Era uma mulher de coração
quebrado. Tão grande era sua agonia que não conseguia falar, somente chorar.
Até mesmo o sumo sacerdote de Deus interpretou mal sua condição e achava que
estava embriagada, quando entrou na casa de Deus para expressar sua angústia.
Ouça as palavras desta santa aflita: “Não, senhor meu!
Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte;
porém venho derramando a minha alma perante o Senhor” (v. 15). A razão de
termos tão poucos avivamentos é porque temos tão poucos crentes desesperados,
dispostos a pagar o preço deste ministério de “recâmara” (Mt 6.6).
Charles Finney conta a história de um pobre homem
doente, que não tinha condições físicas de fazer nada além de orar. Entretanto,
tão poderoso era na intercessão que avivamentos brotavam como se fossem
acontecimentos espontâneos e inexplicáveis. Depois da sua morte, seu diário
revelou o segredo por trás destas grandes bênçãos.
John Knox era um homem tão famoso pelo seu poder na
oração que a Rainha Mary da Escócia dizia que temia mais suas orações do que
todos os exércitos poderosos da Europa. Ele freqüentemente passava por tanta
agonia em favor da libertação da sua pátria que não conseguia dormir. “Senhor,
dá-me Escócia, senão morro” era o brado que se ouvia constantemente dos lábios
do Reformador. Deus ouviu suas orações e respondeu tão poderosamente que a
“Terra das Urzes” (vegetação própria de terras infecundas, comum na Escócia)
tornou-se a vinha mais frutífera do mundo inteiro.
O piedoso John Welsh de Ayr na Escócia sentia que seu
dia fora mal administrado se não tivesse passado pelo menos de sete a oito
horas por dia em oração. Ao ir dormir, tinha costume de deixar uma manta em
cima da cama, para que quando se levantasse para orar, pudesse se cobrir no
quarto gelado. Algumas vezes, se retirava para a igreja, que ficava um pouco
fora da cidade, e ali orava a noite inteira.
Um dos incidentes mais comoventes da história da
Escócia é o glorioso ministério de recâmara de William C. Burns. Ele orava
diariamente durante horas quando iniciou seu ministério público com a idade de
vinte anos. Uma manhã, quando sua mãe foi chamá-lo para tomar café, ela o
encontrou deitado no chão onde fora tomado pelo Espírito durante a noite
inteira em fortes súplicas. Ele a recebeu com estas palavras: “Mãe, Deus me deu
a Escócia hoje!” Em pouco tempo, toda a Escócia foi sacudida por um tremendo
terremoto espiritual, sem que houvesse qualquer esforço ou campanha organizada
para isto.
Em Newport, País de Gales, havia um grupo de homens
que se reuniu durante trinta anos, todo sábado à noite, para orar pela bênção
de Deus. Não houve uma morte entre os participantes durante todo esse tempo.
Começaram a orar no princípio, porque sentiram uma preocupação profunda para
que Charles Spurgeon recebesse uma grande unção no início do seu ministério em
Londres. Foi notável que no domingo após a primeira reunião de oração, Spurgeon
começou a pregar com uma unção muito maior do que antes, a ponto de ser notado
por todos.
Oração Apaixonada
Para nossa tristeza, temos visto que muitos pastores e
igrejas que oram por avivamento, nunca verão a resposta a suas orações, porque
não se ajustaram ao padrão bíblico de avivamento.
Seu programa não é o programa do Espírito. Não há nenhuma
preparação para avivamento. Não há nenhum estímulo ou despertamento para
intercessão. São evangélicos e ortodoxos. Têm um testemunho coerente e
consistente, mas algo está tristemente faltando. Não há qualquer desespero a
respeito da condição pecaminosa de uma igreja subnormal. Não conhecem nada
sobre intercessão profunda, tal como a que caracterizava a vida de Elias, que
orou “com instância” com grandes resultados (Tg 5.17).
Muitas vezes tenho ido para uma excelente igreja para
conduzir uma campanha, só para descobrir que, embora os membros amassem ao
Senhor e à sua palavra, não havia sinal algum de avivamento. Almas não estavam
sendo salvas. Não havia nenhum esforço para alcançar os confins da terra com um
sério trabalho missionário. A razão não era difícil de se encontrar. Estas
pessoas não conheciam o gozo de passar por dores de parto em favor da Igreja
adormecida e nem do mundo moribundo.
Passavam muitas horas estudando suas Bíblias, mas
muito pouco tempo diante do Trono. Descobri que não havia pecados sérios
impedindo a bênção. Era a frieza e complacência dos próprios corações. Estavam
“à vontade em Sião” (Amós 6.1), sem paixão pelas almas perdidas. Quando o
Espírito os quebrantava, e enchia seus corações com o fogo do amor de Cristo, e
derramava sobre eles o espírito de agonia e intercessão pela salvação daqueles
que estavam ao seu redor, então o avivamento chegava para eles.
Como é preocupante a condição da Igreja evangélica
hoje! Quão poucas igrejas têm sequer uma reunião verdadeira e desesperada de
oração por semana! Tem uma música que diz: “Uma conversinha com Jesus, e fica
tudo bem”, mas, meu amado, vai requerer mais do que uma conversinha com Jesus
para trazer avivamento. Se, como o Senhor disse, é necessário ter oração
extraordinária e jejum para expulsar um demônio de alguém, quanto menos podemos
esperar que expulsaremos o inimigo da Igreja e do mundo sem fazer isso?
Durante o “Grande Despertamento”, Jonathan Edwards
escreveu com muita lógica: “Por que alguém estranharia que aqueles que estão
cheios do Espírito de Cristo ficassem semelhantes em suas almas ao próprio
Cristo, que os amou de tal forma, e se importou por eles a tal ponto, que se
dispôs a beber inteiramente o cálice da ira de Deus em seu favor? E não só
isto, mas também, como seu Sumo Sacerdote, ofereceu forte clamor e lágrimas,
com extrema agonia, enquanto passava por dores de parto em favor de suas almas.
O espírito daqueles que se angustiam em favor das almas em avivamentos, até
onde posso discernir, não parece ser diferente do espírito do apóstolo, que
também se angustiava pelas almas, e estava pronto a desejar que fosse anátema
de Cristo a fim de ganhar outros.”
Nunca houve um verdadeiro despertamento em qualquer
lugar na terra até que houvesse uma igreja desesperada. É quando estamos em
desespero que Deus entra e responde nossas orações poderosamente. Conheci um
homem de negócios, dono de indústria, influente e rico, que ficou tão
preocupado com a condição espiritual do seu país, que se levantava todos os
dias às cinco horas para buscar a face do Senhor a esse respeito. Por anos
continuou orando com fé até que a resposta veio. Ele orou para que Deus
levantasse outros crentes com o mesmo propósito para se unirem a ele em todo o
país neste ministério secreto.
Tão desesperado ficou que disse ao Senhor que se
enviasse um avivamento, ele doaria todos os seus recursos para a evangelização
da nação. Este querido irmão cumpriu a sua palavra, e tornou-se o pivô do mover
de avivamento na sua terra.
Conheci uma igreja local num país da Europa Oriental
que, por causa da frieza dos membros, só contava com umas vinte pessoas aos
domingos à noite para freqüentarem a reunião de estudo bíblico. Alguns
sugeriram que fechassem o prédio, e deixassem de dar seu testemunho naquela
cidade. Um número reduzido perseverou em fé, e com deliberação e ponderação,
por serem pessoas idosas, fizeram uma reunião solene de dedicação, onde falaram
com Deus que qualquer que fosse o preço do despertamento na sua cidade e
igreja, estavam dispostos a pagá-lo.
Depois de trazer todos os seus dízimos à casa do
tesouro de Deus, e de colocarem a si mesmos no altar, continuaram por muitos
meses a buscar a face do Senhor. Era a coisa mais importante na sua vida. Era a
única coisa que enchia seus horizontes. Era o tema da sua conversa em todos os
momentos. Eram irmãos e irmãs com um propósito. Não deixariam o Senhor ir até
que os abençoasse.
Quando comecei a conduzir uma série de reuniões nesta
igreja, centenas de pessoas se converteram desde a primeira noite, muitas das
quais eram filhos das pessoas que estavam orando. Tão poderosa foi a obra do
Senhor naquela igreja para a salvação de almas, que rapidamente ficou lotado
aquele prédio, que comportava umas oitocentos pessoas, e isto acontecia noite
após noite. Mesmo sem um pastor, logo começaram a transbordar para outros
lugares, de forma que por volta de vinte postos missionários foram
estabelecidos nos bairros em redor. Este lugar tornou-se uma igreja mãe para
muitos outros grupos de cristãos. Dali saíram pessoas por todo o país, evangelizando.
A igreja mais morta na nação tornou-se a igreja mais espiritual e acordada.
Quando o Espírito de Deus começou a obra ali, o poder
de Jeová era tão grande que realizaram reuniões todas as noites durante quatro
meses. Estas reuniões eram necessárias por causa do poder do Espírito que
pousava sobre os recém-convertidos, que por sua vez já estavam ganhando outros
para o Senhor. Os santos idosos que haviam orado por este mover, agora tiveram
a alegria de edificar os mais novos na fé santíssima.
Num outro país da Europa, quando um bispo me agradeceu
pelo avivamento que ocorreu na sua denominação durante o decurso de vários
anos, e que influenciara grandemente sua vida, eu disse-lhe que o despertamento
veio para sua igreja, não pela minha pregação, mas segundo eu cria, através da
dedicação em oração de uma única mulher. Esta irmã, esposa de um nobre, tinha
ao meu ver o maior espírito de intercessão e agonia de qualquer pessoa em todo
o país. Encontrei-a nas diferentes igrejas em todas as horas do dia ou da
noite, onde se realizava qualquer reunião de oração. Numa ocasião, depois de
ter orado numa igreja Metodista por algumas horas, falei com ela perto das três
horas da manhã, sugerindo gentilmente que já orara por várias horas, e que
seria bom se voltasse para casa para descansar. Sua resposta em meio a lágrimas
foi: “Irmão James, não posso descansar em casa até que Deus faça uma nova coisa
para a vida espiritual da minha denominação.” Não é de se admirar que
posteriormente a vida do seu marido tenha sido revolucionada durante o
avivamento, e que tornou-se o maior evangelista daquele país!
Oh, que cada leitor estivesse disposto a pagar o preço
pela bênção do avivamento!
fonte(jornal o arauto da sua vinda)(brasil)
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