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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2010 A oração sacerdotal de Jesus Cristo



 

             Lições Bíblicas CPAD  4º Trimestre de 2010


Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva


Lição 8: A oração sacerdotal de Jesus Cristo
Data: 21 de Novembro de 2010

TEXTO ÁUREO


E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus (Lc 6.12).

VERDADE PRÁTICA


A vida de oração de Jesus é um exemplo para todo crente que deseja cultivar um relacionamento íntimo com o Pai e agradá-Lo em tudo.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Mt 11.25,26
Jesus ora ao Pai


Terça - Mt 6.9-13
A oração-modelo de Jesus


Quarta - Mt 21.13; Lc 4.16
Jesus ia ao templo e à sinagoga para orar


Quinta - Hb 5.7
Jesus orou com lágrimas em seu sofrimento


Sexta - Lc 6.12,13
Jesus orou para escolher seus discípulos


Sábado - Lc 22.31,32
Jesus orou em favor de Pedro

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


João 17.1-4; 15-17; 20-22.

1 - Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
2 - assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
3 - E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 - Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
15 - Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
16 - Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
17 - Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
20 - Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim;
21 - para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 - E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.

INTERAÇÃO


Caro professor, o versículo oito do capítulo dezessete de João nos apresenta uma interessante relação entre conhecer (ginosko), que nesse contexto, significa “conhecimento baseado na experiência pessoal”, e crer (pisteuo), que nesse caso significa “depositar a confiança em”, “comprometer-se”. Indague seus alunos se é possível desenvolvermos uma crença comprometida com o Senhor sem conhecê-Lo por meio de um relacionamento profundo e diário.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·        identificar os elementos que evidenciam uma vida de comunhão com Deus.
·        Explicar as razões que levaram Jesus a orar por perseverança, alegria e livramento.
·        Compreender que por meio da oração o crente é santificado.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, escreva no quadro-de-giz as referências abaixo. Divida a turma em três grupos. Peça que os grupos leiam as referências e depois pergunte: “Por quem Jesus orou?”.

I. João 17.1-5.
II. João 17.6-19.
III. João 17.20-23.

Explique que ao orar por si próprio, Jesus estava orando por nós. Ele orou pelos seus discípulos e por todos os crentes. Ele espera que sua Igreja siga o seu exemplo.

COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Intercessor: Aquele que suplica por outro ou que intervém em favor de outro.

A oração sacerdotal de Jesus, em João 17, expressa os sentimentos, pensamentos e vontades mais íntimas do Mestre em relação aos seus discípulos. O estudo deste capítulo é relevante, porquanto não somente revela o que nosso Senhor espera de sua Igreja, mas também evidencia a importância da intercessão de um líder em favor de seus liderados.

I. ORAÇÃO POR UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI

1. Relacionamento com Deus (17.2,3). Nos seus últimos momentos, Jesus demonstra em suas palavras dirigidas ao Pai o seu anseio para que os discípulos aprofundassem o conhecimento deles referente a Deus. Só conseguimos nos relacionar intimamente com alguém a quem conhecemos de modo profundo. Como o profeta Oseias recomenda: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (6.3).
2. Meditação e prática da Palavra de Deus (Jo 17.6). As Escrituras revelam o caráter de seu Autor e seus mais profundos anseios para o homem. A melhor maneira de conhecer o Pai e a sua vontade para seus filhos é meditar em sua Santa Palavra. A Lei do Senhor é capaz de ensinar, redarguir, corrigir, instruir em justiça (2 Tm 3.16), bem como produzir alegria (Jr 15.16), prosperidade (Sl 1.1-3) e vida eterna (Jo 6.63; Hb 4.12; Sl 119.50).
3. Uma vida que glorifique a Deus (17.4). O homem foi criado para glorificar a Deus (Is 43.7,21; 1 Co 6.20). Jesus, enquanto esteve na terra, viveu para glorificar a Deus em todos os seus atos (Jo 17.4). De igual modo, o crente deve viver neste mundo para a glória do Senhor. À medida que nos relacionamos intimamente com o Senhor por meio da oração e da meditação em seus mandamentos, o seu caráter vai sendo moldado em nós e, por conseguinte, externamos uma vida que glorifica ao Senhor. Que a Igreja de Cristo busque ardentemente agradá-Lo e glorificá-Lo em todo tempo (1 Co 10.31).


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Uma vida de comunhão com Deus é evidenciada por um relacionamento íntimo com Ele mediante a oração e a leitura bíblica.


II. ORAÇÃO POR PERSEVERANÇA, ALEGRIA E LIVRAMENTO

1. Perseverança (Jo 17.11,12). Enquanto Jesus esteve com os discípulos, ensinava-os a verdade e conduzia-os para que não se desviassem desta. Entretanto, sabia que, na sua ausência, a fé desses homens poderia enfraquecer. Por isso, intercede ao Pai para que continuassem crendo nEle e guardando a sua Palavra, a fim de conseguirem perseverar no caminho, na fé, na verdade e na comunhão.
2. Alegria (Jo 17.13). Jesus ora para que a alegria dos discípulos permaneça na sua ausência. A alegria do cristão, produzida pelo Espírito Santo, torna-o mais forte e resistente às adversidades. Por essa razão, Paulo recomenda aos tessalonicenses e filipenses: “Regozijai-vos” (Fp 4.4; 1 Ts 5.16).
3. Livramento (Jo 17.15). Por conhecer o mundo em que viveriam seus discípulos — um mundo que jaz no maligno — Jesus revela uma preocupação muito grande com eles. Sendo assim, roga a Deus, como um bom Pai, que livre seus filhos do mal, ou seja, dos perigos, das tentações e investidas do Diabo. Podemos descansar na proteção divina, uma vez que estamos refugiados no esconderijo do Altíssimo (Sl 91.1). Contudo, é nosso dever orar e vigiar, “em todo o tempo” (Ef 6.18), a fim de não entrarmos em tentação (Lc 22.40).


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Em sua oração intercessória, Jesus suplicou a Deus que concedesse aos discípulos livramento, alegria e perseverança.


III. ORAÇÃO POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS

1. Santidade (Jo 17.17,19). Jesus suplicou a Deus que santificasse seus filhos. Ao longo de toda a Bíblia, observamos que o Senhor sempre requereu de seu povo separação total do mundo e do pecado, a fim de adorá-lo e servi-lo. Esse é um processo natural, porquanto, à proporção que nos aproximamos de Deus, afastamo-nos do pecado; e vice-versa. Tal santificação é obtida por meio da verdade, que é ao mesmo tempo Jesus e as Escrituras Sagradas. Ser santo não é apenas um desejo do Noivo para a sua Noiva, é uma ordem (1 Pe 1.16).
2. Unidade (Jo 17.21,22). Em sua oração, Jesus ressalta a unidade existente entre Ele e o Pai. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são Pessoas divinas e distintas, mas são um em essência e vivem em perfeita unidade. Cristo anseia que seu Corpo viva de igual modo, unido. Essa virtude é conquistada e conservada por meio de um andar em Espírito (Cl 5.16-26).
3. Frutificação espiritual (Jo 17.18). Assim como Deus enviara o seu amado Filho ao mundo, Jesus enviaria seus discípulos, a fim de que produzissem frutos permanentes. Aquele que está em Cristo — a Videira Verdadeira — naturalmente produz frutos da mesma espécie (Jo 15.5). É impossível estar ligado ao Senhor e, por conseguinte, desfrutar de comunhão íntima com Ele, e não frutificar (15.4).


SINOPSE DO TÓPICO (III)

Na oração sacerdotal de Jesus, Ele intercedeu ao Pai pela santidade, unidade e frutificação espiritual de sua Igreja.


CONCLUSÃO

A oração intercessória de Jesus no capítulo 17 de João revela, sobretudo, seu anseio por uma Igreja que desfrute de um relacionamento profundo com Deus, reflita o seu caráter e busque única e exclusivamente a sua glória.

VOCABULÁRIO


Redarguir: Replicar argumentando, responder argumentando.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


BRANDI, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2006.
GEORGE, J. Orações Notáveis da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.

EXERCÍCIOS


1. O que a oração sacerdotal de Jesus expressa?
R. Os sentimentos, pensamentos e vontades mais íntimas do Mestre em relação aos seus discípulos.

2. Qual a melhor maneira de conhecer o Pai?
R. A melhor maneira de conhecer o Pai e a sua vontade para seus filhos é meditar em sua Santa Palavra.

3. O que o crente deve fazer para não entrar em tentação?
R. Orar e vigiar, “em todo o tempo” (Ef 6.18).

4. Por que o Senhor exige santificação de seu povo?
R. Para adorá-lo e servi-lo.

5. É possível um cristão fiel não produzir frutos?
R. Não, pois aquele que está em Cristo — a Videira Verdadeira — naturalmente produz frutos da mesma espécie.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Devocional

“Em sua pessoa e em seus ensinamentos, Jesus reuniu a verdade e o amor. Seu amor foi expresso em verdade, e Ele falou a verdade com amor. A união da verdade e do amor é necessária para nosso crescimento espiritual (Ef 4.15).
É fácil identificar aqueles cristãos que se importam muito com a verdade, mas que quase não têm amor. Sua fé é expressa principalmente por palavras. São ‘grandes estudiosos da Bíblia’, e podem até resumir seus livros e fazer um gráfico das épocas. Mas são difíceis de se andar com eles, e a verdade que conhecem (ou pensam que conhecem) não é uma ferramenta de construção; é uma arma de luta. Eles adoram rivalizar!
A verdade precisa do amor, pois a verdade sem amor tende a tornar as pessoas orgulhosas. ‘A ciência incha, mas o amor edifica’ (1 Co 8.1). A verdade sozinha pode ser destrutiva, mas o amor capacita a verdade a nos edificar. Quando a verdade é partilhada com amor (mesmo se a verdade ferir), no final nos ajuda. [...] Uma criança sempre pensa que todas as pessoas que a beijam são amigas, e que todas as pessoas que nelas batem são inimigas. Mas uma pessoa madura sabe a diferença real. Algumas vezes a verdade pode nos machucar antes que possa nos curar, mas se formos feridos em amor, logo, a cura virá.
Esse fato nos ajuda a compreender que alguns ministérios da Palavra são divisíveis e destrutíveis. Há verdade neles, mas a verdade não é partilhada com amor”.

(WIERSBE, W. W. A oração intercessória de Jesus. 1.ed. RJ: CPAD, p.137)

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