Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O
relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição
8: A
oração sacerdotal de Jesus Cristo
Data: 21 de Novembro de 2010
TEXTO ÁUREO
“E aconteceu
que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus” (Lc
6.12).
VERDADE PRÁTICA
A vida de oração de Jesus é um exemplo para todo crente que
deseja cultivar um relacionamento íntimo com o Pai e agradá-Lo em tudo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
Mt 11.25,26
Jesus ora
ao Pai
Terça - Mt
6.9-13
A
oração-modelo de Jesus
Quarta -
Mt 21.13; Lc 4.16
Jesus ia
ao templo e à sinagoga para orar
Quinta -
Hb 5.7
Jesus orou
com lágrimas em seu sofrimento
Sexta - Lc
6.12,13
Jesus orou
para escolher seus discípulos
Sábado -
Lc 22.31,32
Jesus orou
em favor de Pedro
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
João
17.1-4; 15-17; 20-22.
1 - Jesus falou essas coisas e, levantando
os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que
também o teu Filho te glorifique a ti,
2 - assim como lhe deste poder sobre
toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
3 - E a vida eterna é esta: que
conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 - Eu glorifiquei-te na terra, tendo
consumado a obra que me deste a fazer.
15 - Não peço que os tires do mundo,
mas que os livres do mal.
16 - Não são do mundo, como eu do mundo
não sou.
17 - Santifica-os na verdade; a tua
palavra é a verdade.
20 - Eu não rogo somente por estes, mas
também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim;
21 - para que todos sejam um, como tu,
ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o
mundo creia que tu me enviaste.
22 - E eu dei-lhes a glória que a mim
me deste, para que sejam um, como nós somos um.
INTERAÇÃO
Caro professor, o versículo oito do capítulo dezessete de João
nos apresenta uma interessante relação entre conhecer (ginosko), que
nesse contexto, significa “conhecimento baseado na experiência pessoal”, e crer
(pisteuo), que nesse caso significa “depositar a
confiança em”, “comprometer-se”. Indague seus alunos se é possível
desenvolvermos uma crença comprometida com o Senhor sem conhecê-Lo por meio de
um relacionamento profundo e diário.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
identificar os elementos que evidenciam uma vida de comunhão com
Deus.
·
Explicar as razões que levaram Jesus a orar por perseverança,
alegria e livramento.
·
Compreender que por meio da oração o crente é santificado.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, escreva no quadro-de-giz as referências abaixo.
Divida a turma em três grupos. Peça que os grupos leiam as referências e depois
pergunte: “Por quem Jesus orou?”.
I. João 17.1-5.
II. João 17.6-19.
III. João 17.20-23.
Explique que ao orar por si próprio, Jesus estava orando por
nós. Ele orou pelos seus discípulos e por todos os crentes. Ele espera que sua
Igreja siga o seu exemplo.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra
Chave
Intercessor: Aquele que suplica por outro ou
que intervém em favor de outro.
A oração sacerdotal de Jesus, em João 17, expressa os
sentimentos, pensamentos e vontades mais íntimas do Mestre em relação aos seus
discípulos. O estudo deste capítulo é relevante, porquanto não somente revela o
que nosso Senhor espera de sua Igreja, mas também evidencia a importância da
intercessão de um líder em favor de seus liderados.
I. ORAÇÃO POR
UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI
1. Relacionamento com Deus (17.2,3). Nos seus últimos momentos, Jesus demonstra em
suas palavras dirigidas ao Pai o seu anseio para que os discípulos
aprofundassem o conhecimento deles referente a Deus. Só conseguimos nos
relacionar intimamente com alguém a quem conhecemos de modo profundo. Como o
profeta Oseias recomenda: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor”
(6.3).
2. Meditação e prática da Palavra de Deus (Jo 17.6). As Escrituras revelam o caráter de seu Autor e
seus mais profundos anseios para o homem. A melhor maneira de conhecer o Pai e
a sua vontade para seus filhos é meditar em sua Santa Palavra. A Lei do Senhor
é capaz de ensinar, redarguir, corrigir, instruir em justiça (2 Tm 3.16), bem
como produzir alegria (Jr 15.16), prosperidade (Sl 1.1-3) e vida eterna (Jo
6.63; Hb 4.12; Sl 119.50).
3. Uma vida que glorifique a Deus (17.4). O homem foi criado para glorificar a Deus (Is
43.7,21; 1 Co 6.20). Jesus, enquanto esteve na terra, viveu para glorificar a
Deus em todos os seus atos (Jo 17.4). De igual modo, o crente deve viver neste
mundo para a glória do Senhor. À medida que nos relacionamos intimamente com o
Senhor por meio da oração e da meditação em seus mandamentos, o seu caráter vai
sendo moldado em nós e, por conseguinte, externamos uma vida que glorifica ao
Senhor. Que a Igreja de Cristo busque ardentemente agradá-Lo e glorificá-Lo em
todo tempo (1 Co 10.31).
SINOPSE DO
TÓPICO (I)
Uma vida de comunhão com Deus é evidenciada por um relacionamento
íntimo com Ele mediante a oração e a leitura bíblica.
II. ORAÇÃO
POR PERSEVERANÇA, ALEGRIA E LIVRAMENTO
1. Perseverança (Jo 17.11,12). Enquanto Jesus esteve com os discípulos,
ensinava-os a verdade e conduzia-os para que não se desviassem desta.
Entretanto, sabia que, na sua ausência, a fé desses homens poderia enfraquecer.
Por isso, intercede ao Pai para que continuassem crendo nEle e guardando a sua
Palavra, a fim de conseguirem perseverar no caminho, na fé, na verdade e na
comunhão.
2. Alegria (Jo 17.13). Jesus ora para que a alegria dos discípulos
permaneça na sua ausência. A alegria do cristão, produzida pelo Espírito Santo,
torna-o mais forte e resistente às adversidades. Por essa razão, Paulo
recomenda aos tessalonicenses e filipenses: “Regozijai-vos” (Fp 4.4; 1 Ts
5.16).
3. Livramento (Jo 17.15). Por conhecer o mundo em que viveriam seus
discípulos — um mundo que jaz no maligno — Jesus revela uma preocupação muito
grande com eles. Sendo assim, roga a Deus, como um bom Pai, que livre seus
filhos do mal, ou seja, dos perigos, das tentações e investidas do Diabo.
Podemos descansar na proteção divina, uma vez que estamos refugiados no
esconderijo do Altíssimo (Sl 91.1). Contudo, é nosso dever orar e vigiar, “em
todo o tempo” (Ef 6.18), a fim de não entrarmos em tentação (Lc 22.40).
SINOPSE DO
TÓPICO (II)
Em sua oração intercessória, Jesus suplicou a Deus que concedesse
aos discípulos livramento, alegria e perseverança.
III. ORAÇÃO
POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS
1. Santidade (Jo 17.17,19). Jesus suplicou a Deus que santificasse seus
filhos. Ao longo de toda a Bíblia, observamos que o Senhor sempre requereu de
seu povo separação total do mundo e do pecado, a fim de adorá-lo e servi-lo.
Esse é um processo natural, porquanto, à proporção que nos aproximamos de Deus,
afastamo-nos do pecado; e vice-versa. Tal santificação é obtida por meio da
verdade, que é ao mesmo tempo Jesus e as Escrituras Sagradas. Ser santo não é
apenas um desejo do Noivo para a sua Noiva, é uma ordem (1 Pe 1.16).
2. Unidade (Jo 17.21,22). Em sua oração, Jesus ressalta a unidade
existente entre Ele e o Pai. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são Pessoas
divinas e distintas, mas são um em essência e vivem em perfeita unidade. Cristo
anseia que seu Corpo viva de igual modo, unido. Essa virtude é conquistada e
conservada por meio de um andar em Espírito (Cl 5.16-26).
3. Frutificação espiritual (Jo 17.18). Assim como Deus enviara o seu amado Filho ao
mundo, Jesus enviaria seus discípulos, a fim de que produzissem frutos
permanentes. Aquele que está em Cristo — a Videira Verdadeira — naturalmente
produz frutos da mesma espécie (Jo 15.5). É impossível estar ligado ao Senhor
e, por conseguinte, desfrutar de comunhão íntima com Ele, e não frutificar
(15.4).
SINOPSE DO
TÓPICO (III)
Na oração sacerdotal de Jesus, Ele intercedeu ao Pai pela
santidade, unidade e frutificação espiritual de sua Igreja.
CONCLUSÃO
A oração intercessória de Jesus no capítulo 17 de João revela,
sobretudo, seu anseio por uma Igreja que desfrute de um relacionamento profundo
com Deus, reflita o seu caráter e busque única e exclusivamente a sua glória.
VOCABULÁRIO
Redarguir: Replicar argumentando, responder argumentando.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
BRANDI, R.
L.; BICKET, Z. J. Teologia
Bíblica da Oração. 4.ed. RJ:
CPAD, 2006.
GEORGE, J. Orações Notáveis da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.
GEORGE, J. Orações Notáveis da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. O que a oração sacerdotal de Jesus expressa?
R. Os sentimentos, pensamentos e vontades mais
íntimas do Mestre em relação aos seus discípulos.
2. Qual a melhor maneira de conhecer o Pai?
R. A melhor maneira de conhecer o Pai e a sua
vontade para seus filhos é meditar em sua Santa Palavra.
3. O que o crente deve fazer para não entrar em
tentação?
R. Orar e vigiar, “em todo o tempo” (Ef 6.18).
4. Por que o Senhor exige santificação de seu povo?
R. Para adorá-lo e servi-lo.
5. É possível um cristão fiel não produzir frutos?
R. Não, pois aquele que está em Cristo — a Videira
Verdadeira — naturalmente produz frutos da mesma espécie.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio
Devocional
“Em sua pessoa e em seus ensinamentos, Jesus reuniu a verdade e
o amor. Seu amor foi expresso em verdade, e Ele falou a verdade com amor. A
união da verdade e do amor é necessária para nosso crescimento espiritual (Ef
4.15).
É fácil identificar aqueles cristãos que se importam muito com a
verdade, mas que quase não têm amor. Sua fé é expressa principalmente por
palavras. São ‘grandes estudiosos da Bíblia’, e podem até resumir seus livros e
fazer um gráfico das épocas. Mas são difíceis de se andar com eles, e a verdade
que conhecem (ou pensam que conhecem) não é uma ferramenta de construção; é uma
arma de luta. Eles adoram rivalizar!
A verdade precisa do amor, pois a verdade sem amor tende a
tornar as pessoas orgulhosas. ‘A ciência incha, mas o amor edifica’ (1 Co 8.1).
A verdade sozinha pode ser destrutiva, mas o amor capacita a verdade a nos
edificar. Quando a verdade é partilhada com amor (mesmo se a verdade ferir), no
final nos ajuda. [...] Uma criança sempre pensa que todas as pessoas que a
beijam são amigas, e que todas as pessoas que nelas batem são inimigas. Mas uma
pessoa madura sabe a diferença real. Algumas vezes a verdade pode nos machucar
antes que possa nos curar, mas se formos feridos em amor, logo, a cura virá.
Esse fato nos ajuda a compreender que alguns ministérios da
Palavra são divisíveis e destrutíveis. Há verdade neles, mas a verdade não é
partilhada com amor”.
(WIERSBE,
W. W. A oração intercessória
de Jesus. 1.ed. RJ: CPAD,
p.137)
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PAZ DO SENHOR
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