Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2004
Título: Vem o fim, o fim vem — A doutrina das
últimas coisas
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 12: A formosa Jerusalém Celestial
Data: 19 de Dezembro de 2004
TEXTO ÁUREO
“Mas nós, segundo a sua promessa,
aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2
Pe 3.13).
VERDADE PRÁTICA
Que jamais nos
esqueçamos de nossa cidadania celeste obtida por Cristo na cruz. Aqui, neste
mundo cruel e iníquo, não passamos de peregrinos. Mas com a ajuda de Nosso
Senhor, caminhamos para a Nova Jerusalém de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 65.17
Os novos céus e a nova terra são
criação de Deus
Terça - Is 66.22
Deus os criou porque ama o seu povo
Quarta - Gl 4.26
A Jerusalém Celeste é a mãe de todos
nós
Quinta - Hb 12.22
A Nova Jerusalém é a cidade do Deus
vivo
Sexta - Ap 3.10
A Nova Jerusalém desce de Deus
Sábado - Ap 21.2
A Nova Jerusalém é santa e formosa
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Apocalipse 21.9-27.
9
- E veio um
dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou
comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
10
- E levou-me
em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa
Jerusalém, que de Deus descia do céu.
11
- E tinha a
glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a
pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.
12
- E tinha um
grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos
sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel.
13
- Da banda
do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul,
três portas; da banda do poente, três portas.
14
- E o muro
da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do
Cordeiro.
15
- E aquele
que falava comigo tinha uma cana de ouro para medir a cidade, e as suas portas,
e o seu muro.
16
- E a cidade
estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E
mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e
altura eram iguais.
17
- E mediu o
seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme a medida de homem, que
é a de um anjo.
18
- E a
fábrica do seu muro era de jaspe, e a cidade, de ouro puro, semelhante a vidro
puro.
19
- E os
fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda pedra preciosa. O
primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o
quarto, esmeralda;
20
- o quinto,
sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono,
topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.
21
- E as doze
portas eram doze pérolas: cada uma das portas era uma pérola; e a praça da
cidade, de ouro puro, como vidro transparente.
22
- E nela não
vi templo, porque o seu templo é o Senhor, Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro.
23
- E a cidade
não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de
Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
24
- E as
nações andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória e
honra.
25
- E as suas
portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.
26
- E a ela
trarão a glória e honra das nações.
27
- E não
entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só
os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.
PONTO DE CONTATO
Professor, após
recepcionar os alunos e visitantes, comente sobre as cidades que recebem
peregrinos por serem consideradas santas: Meca, Santiago de Compostela, Roma,
Jerusalém etc. Faça a relação entre as cidades e a religião representada, como
por exemplo: Meca (muçulmanos), Roma (catolicismo). Depois, leia os versículos
24 a 26 do capítulo 21 de Apocalipse e explique a seus alunos que, na Nova
Jerusalém, haverá uma só religião, a do Cordeiro, e lá, todas as nações
peregrinarão para oferecer-lhe culto.
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
- Descrever
a Jerusalém Celeste.
- Ilustrar
a Jerusalém Celeste.
- Valorizar
o viver com Cristo nessa cidade.
SÍNTESE TEXTUAL
Os textos que
descrevem a Cidade Santa não terminam em Ap 21.27, mas prolongam-se até 22.5. A
linguagem lembra um antigo cortejo nupcial, portanto, valoriza as qualidades da
nubente. Nestes textos, encontramos agudo contraste com a Babilônia, a meretriz
do capítulo 17. Enquanto esta é prostituta e imunda, aquela é a noiva e santa;
uma é a cidade dominada por Satanás; a outra, por Deus. Devemos também observar
a relação entre a Nova Jerusalém e o Templo de Ezequiel: a glória do Senhor (Ez
43.5; Ap 21.11) as portas e o nome das doze tribos (Ez 48.31,32; Ap 21.12,13).
Quanto ao local, a
Nova Jerusalém vem do céu; quanto à origem, de Deus (Ap 21.2); quanto à
identidade, é a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, o Tabernáculo de Deus, a Esposa
do Cordeiro (Ap 21.2,9).
ORIENTAÇÃO
DIDÁTICA
Construa uma Tabela
Expositiva para facilitar a compreensão de seus alunos acerca de como será a
nova vida na formosa Jerusalém Celestial.
COMENTÁRIO
introdução
Emílio Conde, num
momento de raríssima inspiração, assim cantou a esperança do crente em relação
à Nova Jerusalém:
“Quão glorioso,
cristão, é pensares / Na cidade que não tem igual / Onde os muros são de puro
jaspe / E as ruas de ouro e cristal / Pensa como será glorioso / Ver-se a
triunfal multidão / Que cantando, aguarda a chegada / Dos que vencem a
tribulação” (Harpa Cristã, 26).
O anseio
demonstrado pelo irmão Conde, que já dorme no Senhor, é também o nosso. Não
podemos depositar a nossa esperança num mundo que jaz no maligno, e que não
poupa esforços por destruir a santíssima fé que recebemos de Cristo Jesus.
Embora estejamos ainda aqui, o nosso coração acha-se ligado àquela ditosa
cidade, cujo arquiteto e artífice é o próprio Deus. Na Jerusalém Celeste,
passaremos a eternidade na companhia de Cristo Jesus — o Imaculado Cordeiro que
se entregou a si mesmo, redimindo-nos de nossas iniquidades.
I. A REALIDADE DA NOVA JERUSALÉM
A crença na
Jerusalém Celeste não é uma ficção futurística, nem um devaneio inconsequente.
Trata-se de uma doutrina sólida, cujas raízes podem ser descobertas já no
alvorecer da História Sagrada. Haja vista o sonho de Jacó. O patriarca viu uma
escada unindo a terra ao céu, e por esta desciam e subiam os anjos de Deus (Gn
28.10-17). Na consagração do Santo Templo, o rei Salomão confessa a sua fé na
imensidade do Todo-Poderoso, afirmando que o Altíssimo não habita em templos
feitos por mãos humanas (2 Cr 6.18). Referia-se ele à excelsa habitação do
Senhor. Mais adiante, nos Salmos, pergunta o poeta: “Senhor, quem habitará no
teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?” (Sl 15.1).
No livro de Isaías,
deparamo-nos com explícitas referências aos novos céus e à nova terra: “Porque
eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas
passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17). Embora haja abundantes
referências e muitas inferências sobre a futura morada dos santos, as passagens
citadas são mais do que suficientes para mostrar-nos que a crença no porvir não
é uma fantasia; é uma doutrina digna de todo o crédito.
II. A GRANDE E BENDITA ESPERANÇA DO POVO DE DEUS
O verdadeiro crente
tem a sua esperança centrada em Deus. Sabe que, neste mundo, não passa de um
peregrino que, orando e chorando, encaminha-se para a Jerusalém Celeste.
Concentremo-nos, pois, no exemplo de Abraão, nosso pai na fé.
1.
A experiência de Abraão. Apesar de Abraão haver recebido a terra de Canaã
por herdade perpétua, sua esperança achava-se voltada para os céus, conforme
escreve o autor da Epístola aos Hebreus: “Pela fé, Abraão, sendo chamado,
obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem
saber para onde ia. Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra
alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma
promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e
construtor é Deus” (Hb 11.8-10).
Ora, se a herança
temporal e terrena do patriarca era algo inaudito, o que não dizer da promessa
de uma cidade arquitetada e construída pelo próprio Deus? Abraão, olhando além
do horizonte material, visualizou a Jerusalém Celeste.
2.
Pensando nas coisas que são de cima. No
capítulo 12 de sua Segunda Epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo,
descrevendo suas experiências, revela que, certa vez, foi arrebatado ao
terceiro céu, onde ouviu palavras inefáveis que o comum dos mortais não poderia
escutar. Teria ele visto a Jerusalém Celeste? Eis porque exorta-nos a pensar
nas coisas que são de cima: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai
as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai
nas coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Cl 3.1,2).
Que exortação! Se a
nossa mente estivesse sempre centralizada nas coisas que são de cima, jamais
perderíamos tempo com as coisas passageiras desta vida.
III. O QUE É A NOVA JERUSALÉM
Ao contrário do que
ensinam os incrédulos, a Nova Jerusalém não é uma suposição nem algo imaginário;
é real e concreta. No Apocalipse, temos dela uma descrição rica e
pormenorizada. Vejamos o que é, de fato, a gloriosa cidade que, um dia,
estaremos adentrando, a fim de estarmos para sempre com Nosso Senhor Jesus
Cristo.
1.
Definição. A Nova Jerusalém, também conhecida como a Jerusalém
Celeste, é o lugar que nos preparou o Senhor, para que, na consumação de todas
as coisas, estejamos eternamente com Ele. É descrita ainda, pelo próprio
Senhor, como a casa de meu Pai, onde há muitas moradas (Jo 14.1-4). Isto
significa que há lugar para todos os que vierem a recebê-lo como o seu único e
suficiente Salvador.
2.
A localização da Nova Jerusalém. Acha-se
esta cidade muito além do espaço sideral, num lugar jamais imaginado pela mente
humana. Neste exato momento, enquanto ansiamos pela chegada do Cordeiro, a Nova
Jerusalém, lindamente ataviada, aguarda a chegada do Esposo que, juntamente com
a Igreja, adentrará os seus limites, levando os céus e a terra, conforme
cantamos no hino três da Harpa Cristã, a ser a mesma grei. É o que podemos
adiantar, por enquanto, acerca da localização da Nova Jerusalém. Quando lá
estivermos; viremos a conhecê-la detalhadamente.
3.
Suas dimensões. A cidade forma um cubo perfeito numa alusão ao
Santo dos santos do Tabernáculo. Suas dimensões chefiam a 12 mil estádios (Ap
21.16) que, de conformidade com as medidas atuais, equivalem a 2.260 km². Isso,
em medidas terrenas. As medidas celestes estão do outro lado; não são
aprendidas aqui. Concluímos que a cidade toda formará um perfeito santuário, no
qual o Senhor será sublime e eternamente glorificado pelos redimidos de todas
as eras da História Sagrada.
4.
Seu aspecto. A beleza da cidade é singularmente indescritível.
Utilizando-se da limitação e das imperfeições da linguagem humana, embora
inspirado por Deus, João assim descreve-nos a Ditosa Cidade: “E veio um dos
sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou
comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me
em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa
Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus. A sua luz era
semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal
resplandecente. E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas,
doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de
Israel. Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas;
da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas. E o muro da
cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do
Cordeiro. E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro para medir a
cidade, e as suas portas, e o seu muro” (Ap 21.9-15).
CONCLUSÃO
Quem entrará na
Jerusalém Celeste? Aquele, cujo nome encontra se no Livro da Vida do Cordeiro.
Portanto, se você ainda não recebeu a Jesus como o seu único e suficiente
Salvador, aceite-o neste momento, e siga-o fielmente ate o fim. E, assim,
entrará você na Cidade, e para sempre estará com o Senhor.
Ressaltamos, porém,
que o nosso maior prazer não será propriamente estar na Jerusalém Celeste; e,
sim, permanecer na companhia de Nosso Senhor Jesus Cristo pelos séculos dos
séculos.
Maranata! Ora vem,
Senhor Jesus!
VOCABULÁRIO
Arquiteto: Que
concebe a construção e a decoração de qualquer tipo de edificação.
Artífice: Indivíduo que cria: que se dedica a projetos e construção.
Excelso: Alto, elevado; grandioso; sublime; ilustre; magnificente.
Inaudito: Que nunca se ouviu dizer; extraordinário.
Inferência: Ato de deduzir por meio do raciocínio; dedução; ilação.
Temporal: Temporário; finito.
Artífice: Indivíduo que cria: que se dedica a projetos e construção.
Excelso: Alto, elevado; grandioso; sublime; ilustre; magnificente.
Inaudito: Que nunca se ouviu dizer; extraordinário.
Inferência: Ato de deduzir por meio do raciocínio; dedução; ilação.
Temporal: Temporário; finito.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R.
(eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento.
CPAD, 2003.
HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. CPAD, 2001.
SILVA, S. P. Apocalipse versículo por versículo. CPAD, 1997.
HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. CPAD, 2001.
SILVA, S. P. Apocalipse versículo por versículo. CPAD, 1997.
EXERCÍCIOS
1. O
que é a nova Jerusalém?
R. A Nova Jerusalém, também conhecida como a Jerusalém Celeste, é o lugar
que nos preparou o Senhor, para que, na consumação de todas as coisas,
estejamos eternamente com Ele.
2. Qual
a experiência de Abraão em relação à Jerusalém Celeste?
R. Apesar de Abraão haver recebido a terra de Canaã por herdade perpétua,
sua esperança achava-se voltada para os céus.
3. Qual
a recomendação de Paulo em relação à Jerusalém Celeste?
R. Pensar nas coisas que são de cima (Cl 3.1,2).
4. O
que disse Jesus sobre a Casa do Pai?
R. Que há muitas moradas (Jo 14.1-4).
5. Quais
as dimensões da Nova Jerusalém?
R. A cidade forma um cubo perfeito n uma alusão ao Santo dos santos do
Tabernáculo. Suas dimensões chegam a 12 mil estádios (Ap 21.16) que, de
conformidade com as medidas atuais, equivalem a 2.260 km².
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
Subsídio
Bibliológico
“As cidades antigas
eram modestas, se não francamente sujas. Tinham paredes de pedra, construídas
sobre leitos de rochas ou montes de terra batida. Os portões eram feitos de
madeira grossa e suportados por barras de ferro. As estradas eram sujas, apenas
pavimentadas com pedras em casos excepcionais. Os melhores edifícios eram
feitos de pedra, e os menores com tijolo cozido ao sol. Sem nenhum sistema de
saúde pública e de remoção regular de lixo, a maioria delas estava assolada por
moléstias e maus odores.
A Nova Jerusalém
será totalmente diferente. Sua descrição nesse livro enfatiza sua pureza e
perfeição. Os limites da cidade formam um perfeito cubo, exatamente como o
lugar santíssimo do Tempo de Jerusalém. Suas dimensões são em números múltiplos
de doze, um número associado à perfeição desde as doze tribos de Israel. As
fundações da cidade são de pedras semipreciosas ao invés de barro, jaspe ao
invés de rochas em suas paredes e edifícios feitos de ouro, e não, de madeira
ou pedras.
A descrição da Nova
Jerusalém no Apocalipse é semelhante à de Isaías 60. O profeta do Antigo
Testamento mencionou um extenso uso de metais e materiais preciosos
(60.5-9,17), a luz eterna vinda do Senhor (vv.1,2,20) — não do sol, lua ou
estrelas (v.19,20) —, os portões que nunca se fecham (v.11), a justiça de cada
habitante (v.21) e os reis das nações estrangeiras que vêm à cidade para adorar
a Deus (vv.11-14)” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento.
RJ: CPAD, 2003, p.1923).
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PAZ DO SENHOR
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