Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2010
Título: O Poder e o Ministério da Oração — O
relacionamento do cristão com Deus
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição
1: O
que é oração
Data: 03 de Outubro de 2010
TEXTO ÁUREO
“Orando em todo
o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisso com toda a
perseverança e súplica por todos os santos” (Ef
6.18).
VERDADE PRÁTICA
A oração é o meio de comunicação que Deus estabeleceu para
cultivarmos um relacionamento íntimo e contínuo com Ele.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
Gn 20.17
O alvo da
oração é Deus
Terça - Ef
6.18
Devemos
orar em todo o tempo
Quarta -
Sl 34.17,18
A oração
deve expressar um coração contrito e quebrantado
Quinta - 1
Tm 2.1,2
Devemos
orar por todos os homens e pelas autoridades
Sexta - Hb
10.22,23
Devemos
orar com fé
Sábado -
Jo 14.13
A oração
deve ser feita sempre em nome de Jesus
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
1 Crônicas
16.8,10-17; João 15.16.
1 Crônicas
16
8 - Louvai ao SENHOR, invocai o seu
nome, fazei conhecidos entre os povos os seus feitos.
10 - Gloriai-vos no seu santo nome;
alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR.
11 - Buscai ao SENHOR e a sua força;
buscai a sua face continuamente.
12 - Lembrai-vos das suas maravilhas
que tem feito, dos seus prodígios, e dos juízos da sua boca.
13 - Vós, semente de Israel, seus
servos, vós, filhos de Jacó, seus eleitos.
14 - Ele é o SENHOR, nosso Deus; em
toda a terra estão os seus juízos.
15 - Lembrai-vos perpetua-mente do seu
concerto e da palavra que prescreveu para mil gerações;
16 - do concerto que fez com Abraão e
do seu juramento a Isaque;
17 - o qual também a Jacó ratificou por
estatuto, e a Israel por concerto eterno.
João 15
16 - Não me escolhestes vós a mim, mas
eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso
fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos
conceda.
INTERAÇÃO
Prezado professor, neste último trimestre do ano estudaremos um
tema extremamente relevante para os nossos dias — O Poder e o Ministério da
Oração. Estamos vivendo tempos difíceis, precisamos orar e vigiar. O
comentarista destas lições é o pastor Eliezer de Lira e Silva, conhecido
conferencista de Escolas Bíblicas em todo o país e diretor do Projeto
Missionário ide Ensinai em Moçambique, África. Que estas lições contribuam para
que nossos alunos venham conhecer melhor a Deus através da oração.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Conscientizar-se de que a oração é o meio de comunicação que
Deus estabeleceu para cultivarmos um relacionamento íntimo com Ele.
·
Reconhecer que para se chegar à presença de Deus, em oração, é
preciso ter reverência, fé e santo temor.
·
Compreender que devemos orar sem cessar.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, tenha cuidado para não fazer desta primeira aula
apenas um amontoado de ensinamentos teóricos sobre a oração.
É importante que os alunos sejam estimulados e desafiados a
experimentar um relacionamento ainda maior de comunhão com o Pai mediante a
oração intercessória. Inicie sua aula fazendo as seguintes perguntas: “Como
está sua vida de oração?”; “Suas orações têm sido respondidas?”; “Por que
algumas pessoas só oram no momento da adversidade e da angústia?”. Dê um tempo
para que seus alunos respondam. Ouça as respostas com atenção. Depois, explique
que orar não é uma tarefa fácil, exige disciplina. Porém, sem oração não
conseguiremos ter uma vida espiritual saudável. Mostre que é chegado o momento
de buscarmos mais a presença de Deus em oração. Conclua lendo Isaías 55.6.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra
Chave
Oração: [Do lat. orationem]. “É o meio que Deus proveu ao
homem a fim de que este viesse a estabelecer um relacionamento de comunhão
contínua com Ele.”
A oração é o meio que Deus proveu ao homem, a fim de que este
viesse a estabelecer um relacionamento de comunhão contínua com Ele. Tanto mais
o cristão ora com fé em Deus, mais desenvolve sua comunhão e submissão com o
seu Criador, Pai, Senhor, Intercessor e Conselheiro, manifestando, assim, o
senhorio de Cristo Jesus em sua vida, por amor e devoção. Quando isso ocorre, o
homem passa a ter sua vida espiritual e emocional estáveis, e sua perspectiva e
objetivos naturalmente mudam. A oração quando associada à obediência dos
preceitos das Santas Escrituras e à vigilância espiritual é também um meio de
vitória sobre o pecado (cf. Mc 11.24-26; Mt 26.41).
I. A QUEM
ORAR E QUANDO ORAR?
1. Devemos orar a Deus. São muitos os textos bíblicos que lembram,
ensinam, advertem e estimulam o homem a buscar a Deus, em oração em todo o
tempo (Dt 4.29,30; 1 Cr 16.4; Sl 119.2; Jr 29.1 3; Ef 6.18). A Bíblia ensina
que devemos orar somente a Deus e a ninguém mais, pois não há nenhum outro deus
além do nosso, que possa ouvir e responder às nossas orações. Aliás, a Palavra
de Deus condena a adoração e a oração a qualquer outro ser que não seja o Deus
Eterno, Criador, Sustentador do universo e Redentor da humanidade (Êx 20.3; Dt 6.4;
Is 44.8-20). Tudo isso, já representa um bom e grande motivo para o crente orar
(Fm v.4; Lc 2.37,38).
2. Quando tudo está bem. Não há dúvida de que devemos orar em todo
tempo e em qualquer circunstância (Ef 6.18; 1 Tm 2.1-3; Sl 118.5). Jesus
ensinou essa verdade dando seu exemplo aos discípulos (Mc 6.45-48; Lc
22.39-46). Entretanto, parece que descuidamos da prática da oração quando as
coisas estão indo bem. Ainda que tudo pareça tranquilo, o crente deve estar
vigilante, consciente de suas fragilidades e na presença do Senhor, em
constante oração, pois, entre as muitas bênçãos da oração, destaca-se o fato de
que ela preserva-nos do mal (Mt 26.41). Sansão, por exemplo, não é alguém para
ser imitado (Jz 14-16). Ele só clamava ao Senhor quando estava em grandes
apuros (Jz 15.18; 16.28). Para muitos, a oração só deve ser feita quando alguém
se acha enfermo, desempregado, sofrendo algum tipo de problema no seu trabalho,
quando seus bens são subtraídos ou quando desaparece um membro da família e
coisas semelhantes acontecem. Atitudes como essas privam o crente das bênçãos
divinas através da oração preventiva (Mt 26.36; Lc 21.36; Rm 15.30,31).
3. No dia da angústia e da adversidade. O verdadeiro discípulo do Senhor enfrenta
nesta vida, lutas, provas e aflições, e Jesus mesmo afirmou que não seria
diferente (Jo 16.33). Os discípulos, inclusive, eram conscientes desse fato (1
Pe 4.12-16; Rm 5.3). O apóstolo Paulo dá-nos a receita bíblica para vencermos
no dia da adversidade: perseverar na oração (Rm 12.12). A comunhão com o
Senhor, cultivada através da oração, muda no crente sua visão acerca das coisas
que o cercam. Os problemas e as circunstâncias contrárias não abatem a sua fé
em Deus e a sua confiança firme de que Ele é poderoso para que, caso não o
livre, o fará, da situação problemática, vencedor ou tornará o mal em bem (Rm
8.28; Gn 50.20). Nossa oração deve ser para que o Senhor nos abra os olhos,
para que possamos ver o invisível e assim, pela fé descansar nEle, sabendo que
todas as coisas estão sob seu domínio.
SINOPSE DO
TÓPICO (I)
A Bíblia ensina que devemos orar somente a Deus e a ninguém mais,
pois não há nenhum outro deus além do nosso.
II. COMO
ORAR?
1. Com reverência. Todo
crente deve saber que não se pode chegar à presença de Deus sem reverência, sem
fé, e sem santo temor. Quando o homem foi criado, Deus já era adorado e
reverenciado pelos anjos. A reverência para com Deus é um princípio bíblico (Sl
96.9; 132.7; Mt 4.10; 1 Tm 1.17). Todo o relacionamento do homem com o Senhor
deve levar em consideração a reverência que lhe é devida, inclusive não somente
na oração, mas também no seu serviço (Hb 12.28). Considerando que o Senhor é
Deus, Ele próprio espera esse tipo de atitude do homem (Ec 3.14). Orar a Deus com
fé, reverência e temor é falar com Ele pelo novo e vivo caminho provido por
Jesus (Hb 10.20-22) e ajudado pelo Espírito Santo (Rm 8.26,27).
2. Com fé e humildade. É uma contradição um crente entrar na presença
de Deus em oração, duvidando do seu poder, da sua graça e das suas promessas.
De um crente se espera entrar na presença de Deus crendo que Ele é poderoso
para fazer tudo, muito mais, além daquilo que pedimos ou pensamos, pelo seu
poder que opera em nós, a nossa fé (Ef 3.20; Tg 1.6). Deve o crente reconhecer
a sua insignificância em si mesmo, suas tendências, suas fragilidades,
necessidades e estar disposto a confessar seus pecados e deixá-los, e buscar
fazer a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para a sua vida (Lc 18.13,14;
Rm 12.1,2).
3. Priorizando o Reino de Deus e seus valores eternos. De todo o cristão espera-se que quando se
encontrar no altar do Senhor em oração, dê prioridade ao Reino de Deus e aos
valores eternos que o constitui (Lc 11.2; Mt 6.19-21). Primeiro, porque isso
deve fazer parte do caráter cristão; segundo, porque com esta atitude aquelas
coisas essenciais que foram pronunciadas por Jesus Cristo serão acrescentadas à
sua vida (Mt 6.33).
SINOPSE DO
TÓPICO (II)
Não podemos chegará presença de Deus em oração, sem reverência, sem
fé e sem santo temor.
III. ONDE
ORAR E POR QUEM ORAR?
1. O lugar da oração. É uma necessidade o crente ter um lugar
próprio e adequado para fazer as suas orações devocionais diárias (Mt 6.6; Mc
1.35; At 10.9). O homem que assim faz é tido como bem-aventurado (Pv 8.34,35).
O crente também precisa sempre estar na casa do Pai para a oração
congregacional, considerando o que disse o próprio Deus a respeito (quando da
consagração do Templo construído por Salomão): “Agora, estarão abertos os meus
olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar” (2 Cr 7.15). Próximo do
momento de sua crucificação, Jesus entrou no Templo e, repreendendo os
vendilhões que ali estavam, referiu-se ao texto de Isaías 56.7: “A minha casa
será chamada casa de oração” (Mt 21.13). O Espírito Santo desceu no cenáculo
onde estavam os discípulos em oração há dias. Foi assim que a Igreja teve o seu
início (At 1.12-14). Os crentes do primeiro século oravam juntos regularmente
no Templo (At 3.1).
No altar da oração devemos ter em mente ao menos três
propósitos: adorar a Deus, agradecer-lhe e pedir algo para nós ou para outrem
(intercessão). Ao pedir, o crente deve:
a) Orar por si próprio. Ninguém melhor do que o próprio crente para
conhecer as suas necessidades espirituais, sociais, afetivas, familiares,
econômicas e físicas. Há necessidades que, por sua natureza e estratégias
espirituais, não podem ser do conhecimento de mais ninguém, devendo o crente,
orar ao Senhor no seu íntimo.
b) Pelos amigos. Nem todo
crente se comporta como Jó, que estando sob severo sofrimento e com
necessidades múltiplas, dedicava um tempo em suas orações para orar pelos seus
amigos (Jó 42.10).
c) Orar pelos inimigos. Esta é uma tarefa que demanda muito amor,
renúncia, e propósito de agradar a Deus, obedecer a sua Palavra e dominar seu
próprio coração (Mt 5.44; Rm 12.14). Nesse aspecto Jesus também deixou o seu
exemplo (Lc 23.34; 1 Pe 2.23).
2. Orar pela igreja de Deus. O profeta Samuel orou pelo povo de Deus (1 Sm
7.5-14). Em o Novo Testamento, vemos em Paulo um intercessor exemplar à medida
que ora pelas diferentes igrejas, apresentando as suas necessidades específicas
(Fp 1.1-7,9; Rm 1.8-12; Ef 1.16).
3. Orar por todos os homens e pelas autoridades constituídas (1
Tm 2.1,2). A vida de
oração torna o crente sensível às necessidades dos que lhe rodeiam e dos que
estão distantes, sejam eles conhecidos ou não e em qualquer esfera social,
como, por exemplo, o profeta Eliseu (2 Rs 4.12-36).
SINOPSE DO
TÓPICO (III)
Ao orar o crente deve ter em mente ao menos três propósitos: adorar
a Deus, agradecer-lhe e pedir algo para si ou para outrem (intercessão).
CONCLUSÃO
Não há limite para o crente viver uma vida de constante e
crescente oração. Um alerta final da Bíblia para todos nós sobre a oração temos
em 1 Pedro 4.7. A Palavra de Deus admoesta-nos a orar sem cessar (1 Ts 5.17),
sem prejuízo de nossas atividades diárias, tendo em vista que são muitas as
formas de orar. Você já orou hoje?
VOCABULÁRIO
Admoestar: Aconselhar, exortar.
Insídia: Emboscada, cilada.
Vendilhão: Vendedor ambulante.
Insídia: Emboscada, cilada.
Vendilhão: Vendedor ambulante.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
BRANDT, R.
L.; BICKET, Z. J. Teologia
Bíblica da Oração. 4.ed. RJ:
CPAD, 2007.
GEORCE, J. Orações Notáveis da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.
GEORCE, J. Orações Notáveis da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, qual o conceito de
oração?
R. A oração é o meio que Deus proveu ao homem a fim
de que este viesse a estabelecer um relacionamento de comunhão contínua com
Ele.
2. Qual a recomendação do apóstolo Paulo sobre a
oração que nos faz triunfar no dia da adversidade?
R. Perseverar em oração (Rm 12.12).
3. Como elevemos orar?
R. Com reverência, com fé e humildade, priorizando o
Reino de Deus.
4. Quais são os propósitos que o crente deve ter em
mente ao se colocar no altar de oração?
R. Adorar a Deus, agradecer-lhe e interceder.
5. De acordo com 1 Timóteo 2.1,2 por quem devemos
orar?
R. Por todos os homens e pelas autoridades
constituídas.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
Subsídio
Devocional
Objetivos da oração
“[...] Todos já nos sentimos impulsionados a orar com mais
intensidade nos momentos de decisão e de angústias; não podemos viver
distanciados da presença divina.
1. Buscar a presença de Deus. ‘Quando tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu
coração te disse a ti: O teu rosto Senhor, buscarei’ (Sl 27.8). Seja nos
primeiros alvores do dia, seja nas últimas trevas da noite, o salmista jamais
deixava de ouvir o chamado de Deus para contemplar-lhe a face. Tem você
suspirado pelo Senhor? Ou já não consegue ouvi-LO? O sorriso de Deus é tudo o
que você precisa para vencer as insídias humanas.
2. Agradecê-lo pelos imerecidos favores. Se nos limitarmos às petições, nossa oração
jamais nos enlevará ao coração do Pai. Mas se, em tudo, lhe dermos graças, até
mesmo pelas tribulações que nos sitiam a alma, haveremos de ser, a cada manhã,
surpreendidos pelos cuidados divinos. J. Blanchard é mui categórico: ‘nenhum
homem pode orar biblicamente, se orar egoisticamente’.
3. Interceder pelo avanço do Reino de Deus. Na Oração Dominical, insta-nos o Senhor Jesus
a orar: ‘Venha teu Reino’ (Mt 6.10). No Antigo Testamento, os judeus rogavam a
Deus que jamais permitisse que suas possessões viessem a cair em mãos gentias.
Basta ler o Salmo 136 para se enternecer com o cuidado dos israelitas por sua
herança espiritual e territorial”.
(ANDRADE,
C. As Disciplinas da vida
Cristã. Como alcançar a verdadeira
espiritualidade. RJ:
CPAD, 2008, pp.36-8)
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