A Reforma Protestante na Escócia
JHON KNOX
Na Escócia teve progresso muito lento,pois a igreja é o estado eram governados pela mão Ferrea do cardeal Beaton e pela Maria rainha Guise,mãe da rainha da Escócia.O cardeal foi assassinado ,a rainha faleceu,e logo a seguir ,Jãos Kanox,em 1559,assumiu a direção do movimento reformador.Mediante suas idéis radicais e inflexiveis ,sua firme determinação e sua irresistivel disposição ,mesmo contra o engenho e atração de sua romanista soberana,a rainha Maria Maria dos escoceses ,Kanox pode desaparecer todos os os vestígios da antiga religião ,e levar a reforma muito mais longe ,do que a da Inglaterra.A igreja presbiteriana ,segundo planejada por João Kanox,veio a ser da Escócia.(notas ibid,J.L.Hurlbut).
NO seculo 16,a única igreja na EUROPA Ocidental era a católica romana ,que se achava segurada lealdade de todos os reinos.Contudo ,antes de findar esse seculo todos os países do norte da Europa ,ao oste da Russia,se haviam separado de Roma,e haviam estabelecido suas própias igrejas nacionais.Embora nos países do norte da Europa houvesse diferença de doutrinas e de organazação resultantes da Reforma ,contudo não é mais dificil encontrar a plataforma da comum de todas as igrejas protestantes.Os principios da reforma podem ser conciderados 5.-ibid,p.148,J.L.HURLBUT).
O protestantismo começou a ser difundido na Escócia por homens como Patrick Hamilton e George Wishart, ambos martirizados. Todavia, o presbiterianismo foi introduzido graças aos esforços do reformador John Knox (†1572), um discípulo de Calvino que, após passar alguns anos em Genebra, retornou ao seu país em 1559. No ano seguinte, o parlamento escocês criou a Igreja da Escócia (presbiteriana). Knox fez oposição tenaz à rainha católica Maria Stuart (1542-1587), prima de Elizabete, que viveu na França (1548-1561) e voltou à Escócia para tomar posse do trono. A aceitação do protestantismo ocorreu no contexto da luta pela independência do domínio francês. Alguns anos mais tarde, Maria Stuart teve de fugir e buscar refúgio na Inglaterra, onde foi executada por ordem de Elizabete em 1587.
Foi na Escócia que surgiu o conceito político-religioso de “presbiterianismo”. Os reis ingleses e escoceses sempre foram firmes defensores do episcopalismo, ou seja, de uma Igreja governada por bispos. A razão disso é que, sendo os bispos nomeados pelos reis, a Igreja seria mais facilmente controlada pelo estado e serviria aos interesses do mesmo. À luz das Escrituras, os presbiterianos insistiram em uma Igreja governada por oficiais eleitos pela comunidade, os presbíteros, tornando assim a Igreja livre da tutela do Estado. Foi somente após um longo e tumultuado processo que o presbiterianismo implantou-se definitivamente na Escócia.NOTAS PORTAL MAKEZIE
John Knox (Haddington, East Lothian, 1514 — Edimburgo, 24 de novembro de 1572) foi um religioso reformador escocês que liderou uma reforma religiosa na Escócia segundo a linha calvinista.
Seu lugar e data de nascimento continuam a ser debatidos, sendo Gifford Gate, nas proximidades da cidade de Haddington (20 quilômetros a leste de Edimburgo) o mais provável local.
Seu lugar e data de nascimento continuam a ser debatidos, sendo Gifford Gate, nas proximidades da cidade de Haddington (20 quilômetros a leste de Edimburgo) o mais provável local.
Juventude
Seu pai William Knox, de boa família, sem ser especialmente distinta, tinha combatido na Batalha de Flodden e era natural do condado de Haddington. A mãe chamava-se Sinclair.
Recebeu influências de um espírito liberal, no que toca à educação, que animaram a igreja escocêsa mesmo antes da Reforma Religiosa Protestante. Apesar de alguns estudiosos fazerem referência a ele como semi-analfalbeto, Knox prosseguiu os seus estudos na Universidade de Glasgow, onde o nome "John Knox" figura entre os matriculados em 1522 ou em St. Andrews, onde se afirma que tenha sido aluno do celebrado John Major, nativo como Knox da região escocesa de East Lothian, e um dos maiores acadêmicos dos seu tempo. Major esteve em Glasgow em 1522 e em St. Andrews em 1531. Quanto tempo permaneceu na universidade é incerto. Nunca teve aspirações a ser um acadêmico celebrado como seus contemporâneos George Buchanan e Alesius
Não há sequer provas de que se tenha graduado. Parece ser um fato que dominava o latim e cultivava o estudo, o que está bem atestado com seu conhecimento dos textos de São Agostinho e de São Jerônimo. Aprendeu grego e hebreu num período posterior, como indicado na sua escrita. Foi ordenado padre antes de 1540, quando seu estatuto de padre foi mencionado pela primeira vez. Até 1543 Knox ainda se mantinha sob o comando de Roma. Até esta altura, no entanto, ele parece ter dado aulas privadas em vez de ter obrigações paroquiais. Na altura em que ele assinou oficialmente como padre, ele já teria estado empregue (um cargo que ocupou por vários anos) como tutor da família de Hugh Douglas em Longniddry, em East Lothian, educando também o filho de um nobre da vizinhança, John Cockburn, de Ormiston. Ambos os nobres tinham, tal como como Knox, já neste tempo uma inclinação positiva em relação às novas doutrinas da igreja. Um documento assinado a 27 de Março desse ano, guardado no castelo de Tyninghame, prova-o
Recebeu influências de um espírito liberal, no que toca à educação, que animaram a igreja escocêsa mesmo antes da Reforma Religiosa Protestante. Apesar de alguns estudiosos fazerem referência a ele como semi-analfalbeto, Knox prosseguiu os seus estudos na Universidade de Glasgow, onde o nome "John Knox" figura entre os matriculados em 1522 ou em St. Andrews, onde se afirma que tenha sido aluno do celebrado John Major, nativo como Knox da região escocesa de East Lothian, e um dos maiores acadêmicos dos seu tempo. Major esteve em Glasgow em 1522 e em St. Andrews em 1531. Quanto tempo permaneceu na universidade é incerto. Nunca teve aspirações a ser um acadêmico celebrado como seus contemporâneos George Buchanan e Alesius
Não há sequer provas de que se tenha graduado. Parece ser um fato que dominava o latim e cultivava o estudo, o que está bem atestado com seu conhecimento dos textos de São Agostinho e de São Jerônimo. Aprendeu grego e hebreu num período posterior, como indicado na sua escrita. Foi ordenado padre antes de 1540, quando seu estatuto de padre foi mencionado pela primeira vez. Até 1543 Knox ainda se mantinha sob o comando de Roma. Até esta altura, no entanto, ele parece ter dado aulas privadas em vez de ter obrigações paroquiais. Na altura em que ele assinou oficialmente como padre, ele já teria estado empregue (um cargo que ocupou por vários anos) como tutor da família de Hugh Douglas em Longniddry, em East Lothian, educando também o filho de um nobre da vizinhança, John Cockburn, de Ormiston. Ambos os nobres tinham, tal como como Knox, já neste tempo uma inclinação positiva em relação às novas doutrinas da igreja. Um documento assinado a 27 de Março desse ano, guardado no castelo de Tyninghame, prova-o
Conversão ao Protestantismo
Knox professou pela primeira vez a fé protestante em finais de 1545. Antes disso já tinha mostrado sinais de simpatia por essas idéias, sem o ter declarado explicitamente. De acordo com Thomas Guillaume Calderwood, nativo de East Lothian, a Ordem de Blackfriars em 1543, foi a primeira a "dar ao Sr. Knox um cheirinho da verdade". A sua mudança de opinião original tem sido atribuída ao seu estudo de Agostinho e Jerônimo, na sua juventude, como referido.
Na verdade, dos primeiros 30 anos de sua vida pouco se sabe. Muito influenciado por George Wishart, começou a ser seu seguidor em 1546, ano em que Wishart foi queimado como herege. Este erudito foi provavelmente o instrumento imediato da sua conversão pois havia retornado, após um período de expulsão, em 1544, e morreu no cadafalso, vítima última e ilustre do cardeal Beaton. Entre outros lugares onde pregou as doutrinas reformadoras protestantistas, Wishart havia estado em East Lothian em Dezembro de 1545, e aí Knox deve tê-lo conhecido. Pode-se dizer que o entusiasmo quase juvenil de Knox pela doutrina o teria comovido. Knox seguiu-o incansavelmente como guarda-costas, e carregaria uma espada, disposto a usar para defender Wishart dos emissários do cardeal que atentassem contra sua vida. Na noite em que prederam Wishart, Knox foi impedido de partilhar com ele a captividade, e assim, muito provavelmente, o mesmo destino.A seguinte frase de Wishart a seus amigos é bem conhecida: "Não, regressem para as vossas crianças. Um é suficiente para o sacrifício" ou seja ("Nay, return to your bairns [pupils]. One is sufficient for a sacrifice.")
No Ministério de St. Andrews
O perseguidor de Wishart, o cardeal Beaton, foi assassinado naquele mesmo ano e Knox se uniu aos assassinos no castelo de Santo André, mas foi capturado por franceses e forçado a servir em suas naves de galés. Depois de solto, em 1549, viajou para a Inglaterra protestante. Knox foi chamado pela primeira vez ao ministério de St. Andrews, que durante toda a sua vida estaria ligado intimamente à sua carreira. Parece não ter havido qualquer ordenação regular. Obviamente, já tinha sido ordenado padre da Igreja de Roma.
No Continente Europeu (1554-1559)
Ofereceram-lhe o bispado de Rochester mas declinou, sabendo que o reinado de Eduardo VI seria curto, e haveria uma volta inevitável ao catolicismo com Maria, sua irmã e herdeira. Escapou portanto quando ela subiu ao trono como Maria I Tudor. Outros bispos não tiveram a mesma sorte. Depois de viajar para Dieppe e Frankfurt, mudou-se para Genebra. Ali começou sua admiração pela disciplina e pela teologia de João Calvino. Em 1554, em Genebra, aceitou, em acordo com João Calvino, uma posição na Igreja Inglesa de Frankfurt.
Na Escócia
Numa curta viagem à Escócia, em 1555-1556 ajudou a preparar o novo movimento que culminaria na rebelião contra a França e contra Roma. Assim que Elizabeth subiu ao trono inglês, pediu licença para voltar, o que não foi concedido, pois tinha perorado contra todas as mulheres no Governo em seu libelo (First Blast of the Trumpet against the Monstrous Regiment of Women)!
Em 1559 estava de volta, e depois de um sermão que resultou na pilhagem de casas religiosas, atribuiu as desordens à multidão de canalhas, não aos "irmãos". Durante esse ano, entusiasmado, apoiou os "Lords of the Congregation" em sua rebelião contra a Regente Maria de Guise. De agosto de 1559 até morrer, foi o ministro da Alta Igreja de Edimburgo ou Santo Egídio (St. Giles, High Kirk of Edinburgh) tendo importante papel em 1560 na introdução do protestantismo pelo Parlamento reformista. Os manifestos de 1560 têm maior contribuição de Knox do que qualquer outro indivíduo e a Confissão foi muito importante para a nova Igreja em suas declarações sobre a fé. O culto mudou para sempre pela Liturgia de Knox, ou Livro da Ordem Comum (the Book of Common Order) que ordenava serviços religiosos na língua local e colocar a Palavra como ponto central de tudo. Instruções para a comunidade protestante foram dadas no seu Livro de Disciplina (Book of Discipline) que incluía tópicos sobre educação geral, providências para ajudar os pobres, idosos e doentes e mais cooperação entre Igreja e Estado
1561
Quando a Rainha Maria Stuart retornou à Escócia, teve numerosas entrevistas com ela (apenas registradas por ele) que foram tempestuosas. Knox concordou com o assassinato de Riccio mas quando os assassinos não conseguiram tomar o poder, deixou Edimburgo para Ayrshire e foi passar alguns meses na Inglaterra. Depois que a Rainha foi derrubada, voltou, popular com os regentes do jovem rei Jaime VI, mas os partidários de Maria o obrigaram a retornar a Santo André por algum tempo.Em sua "History of the Reformation" Knox fornece, historicamente, o sabor de tais tempos, e seus dados biográficos. Era menos sombrio do que é pintado e mais anglófilo, pois sua primeira esposa foi inglesa e seus dois filhos foram enviados à Inglaterra ser ali educados. Exagera sua importância nos acontecimentos da Reforma, pois outras narrações contemporâneas não lhe atribuem grande papel, mas sua História é mencionada entre as obras mais importantes sobre a história da Igreja na Escócia(.NOTAS fonte wikipédia)
A Reforma efetuou mais transformação na Escócia do que em qualquer outro país. Primeiro, porque o país estava numa condição deplorável, e porque a Reforma na Escócia foi mais completa. Esse país era pobre, e com um clima ingrato e um solo pouco fértil. No Norte o povo era quase selvagem. É montanhoso, e os habitantes, chamados "highlanders", eram divididos em tribos chamadas clãs, e eram muito fiéis à tribo e ao seu chefe. Havia constantes brigas com outras tribos, e travavam batalhas até a morte com seus inimigos.
No Sul, na fronteira com a Inglaterra, muitas famílias eram compostas de bandidos e ladrões, que roubavam as fazendas e até as aldeias e cidades do Norte da Inglaterra, fazendo sistematicamente "raids" em bandos, queimando tudo que não podiam carregar. Levavam o despojo, gado, cavalos e carneiros para seu país. Os exércitos ingleses entraram na Escócia e tomaram vingança pelos roubos, mas os "raids" continuaram. Entre estas famílias escocesas havia também brigas ou vendetas de uma geração para outra. Entre as clãs do Norte, quando um membro de uma família encontrava-se com o membro de uma família inimiga, era dever de ambos brigarem até a morte.
Os nobres ou fidalgos escoceses eram ferozes e cruéis. A opressão e a injustiça campeavam por toda a parte. De vez em quando havia um rei que governava bem, mas muitos deles encontraram morte violenta. Sendo que os reis menores (os regentes) ou abusavam do seu poder, ou eram fracos demais. A igreja romana possuía a maior parte das propriedades e não pagava imposto algum, e os frades eram geralmente preguiçosos e cheios de vícios. O martírio de Patrício Hamilton e Jorge Wishart aumentou o ódio do povo aos padres e bispos, e muitos nobres receberam o Evangelho. João Knox foi preso depois da morte de Wishart e serviu nas galés da França como um forçado. Foi libertado por influência do rei Eduardo VI, da Inglaterra, que era protestante.
Depois Knox passou uns anos com Calvino, em Genebra, e aprendeu ali suas idéias sobre o governo da igreja. Voltou, finalmente, no ano de 1559, à Escócia, e achou que a Reforma fizera muito progresso, mas havia luta entre os protestantes e a Regente, que era viúva do último rei (e mãe da rainha Maria da Escócia), morava na França, por se ter casado com o rei daquele país. A rainha-mãe era da família De Guise (francesa), e uma católica fanática. Ela determinou acabar com a Reforma por todos os meios ao seu alcance. Convidou um exército francês para exterminar a Reforma, porque os protestantes estavam destruindo os ídolos nas igrejas, acompanhados por fidalgos armados com seus soldados. Os fidalgos enviaram uma carta à rainha Isabel da Inglaterra, pedindo um exército inglês para ajudá-los.
A rainha atendeu e mandou navios de guerra e um exército. Depois de uma luta feroz, os ingleses e escoceses obrigaram os franceses a capitular e voltar à França. A rainha-mãe (a regente) morreu por esta ocasião, e os reformadores tomaram conta do reino. Foi convocada a primeira "Assembléia Geral" da Escócia. Nesta assembléia ficou resolvido formar-se a igreja nacional reformada da Escócia. Não reconheceram o soberano (como na Inglaterra) como "Cabeça da Igreja", mas a Igreja da Escócia tomou uma forma presbiteriana. Ficou resolvido acabar de vez com tudo que era da Inglaterra romana na nova forma da Igreja da Escócia, e as doutrinas eram aproximadas às de Calvino. Resolveram que toda paróquia devia possuir uma escola e um ministro, e a Bíblia estaria aberta a todos.
No princípio havia dificuldades, por falta de ministros instruídos, e muitas aldeias tinham de ficar contentes com um estudante. Superintendentes viajavam dum lugar para outro fiscalizando o progresso do serviço religioso. Durante a primeira geração houve queixas contra ministros ou seminaristas porque, às vezes, frades ou padres da igreja católica prestavam esse serviço.
Na Assembléia ficou resolvido apropriar-se a nação de todas as propriedades e riquezas da Igreja Romana, formando um fundo eclesiástico para pagar o ordenado dos ministros superintendentes, seminaristas, professores de escolas, e despesas das escolas, e também para sustentar frades e freiras enxotados dos conventos que eram velhos demais para ganhar a vida. Infelizmente alguns dos fidalgos roubaram as propriedades eclesiásticas, e toda a riqueza não foi para o fundo da nova Igreja. Foi instituído na Escócia um sistema de educação gratuita, para crianças de ambos os sexos, (isto séculos antes de outros países protestantes adotarem essa medida) e a educação da Escócia, durante séculos, foi a mais adiantada do mundo.
A rainha Maria da Escócia voltou no ano de 1561. Era viúva porque o rei da França, seu marido, morrera. Maria fora enviada à França menina, e educada ali na corte mais corrupta da Europa. Ela queria que os escoceses voltassem à religião católica, mas era tarde demais. Na face da terra não existia um povo que mais odiasse a Igreja Romana do que os escoceses. A rainha era hábil, sutil, e sem escrúpulo. Casou de novo e seu único filho, Tiago, tornou-se depois rei da Inglaterra e da Escócia, unindo assim os dois reinos. Felizmente, a mãe não criou seu próprio filho, sendo ele entregue a um fidalgo chamado Mar, para ser educado como protestante.
Maria foi cúmplice no assassínio do seu segundo marido e logo depois casou-se com o homem que foi culpado deste crime. Os escoceses então pegaram em armas e avançaram contra a Rainha e seu novo marido. Ambos foram obrigados a fugir, mas em direções diferentes; o marido fugiu para a Dinamarca, e a rainha para a Inglaterra, entregando-se à sua prima Isabel. Durante os 19 anos de sua estada na Inglaterra, ela conspirou constantemente contra a rainha; e finalmente os ministros do Estado aconselharam a sua execução, e ela foi degolada. Seu filho Tiago fora declarado rei da Escócia quando sua mãe fugira. Quando Isabel morreu, Tiago foi declarado rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Quando Tiago chegou à Inglaterra, gostou muito do sistema episcopal porque ele mesmo era "cabeça", e assim podia apontar bispos obedientes. Queria introduzir o mesmo sistema na Escócia, mas era impossível.
Seu filho Carlos I, homem muito mais teimoso e menos sábio, mandou que a liturgia anglicana fosse lida na Igreja de S. Giles em Edimburgo, capital da Escócia. Nessa ocasião, uma mulher lançou uma cadeira à cabeça do padre, e este foi obrigado a fugir da ira dos escoceses, e nunca mais voltou. O rei então invadiu a Escócia com um exército, mas encontrando um exército mais poderoso na fronteira, ficou numa posição muito crítica para discutir o assunto, e voltou desistindo do intento. Os ingleses ficaram muito satisfeitos também porque odiavam o arcebispo Laud, que aconselhou ao rei tal coisa. Finalmente este prelado foi executado.
Querendo Carlos I atentar contra a liberdade do povo inglês, rebentou a guerra civil, que terminou com a execução do rei. Infelizmente, os escoceses convidaram seu filho, que professou ser presbiteriano, para governar a Escócia. Um convite de que mais tarde o povo teve muita razão para se arrepender. O Protetor da Inglaterra, Oliver Cromwell, invadiu a Escócia e venceu seus exércitos obrigando o príncipe Carlos a fugir. Oliver Cromwell mandou seus generais para governar a Escócia, e foram dez anos de governo justo, de paz e liberdade. Eis o testemunho dum historiador desse tempo (1650-1660): "Eu creio verdadeiramente que houve mais almas convertidas a Cristo durante este período, do que durante qualquer outro tempo desde a Reforma, mesmo sendo um período três vezes maior. Toda paróquia tinha um ministro, toda aldeia uma escola, e quase toda família possuía uma Bíblia, e na maior parte do país, todas as crianças de idade escolar sabiam ler". Este testemunho foi escrito um século depois da Reforma. Não havia no mundo país mais adiantado no século XVII nem no século XVIII.
Mas a liberdade religiosa teve pouca duração. No ano de 1660 o príncipe Carlos voltou, e foi declarado rei com o nome de Carlos II (de "duas faces" dizem os escoceses). Carlos mostrou sua ingratidão aos escoceses que tinham vertido seu sangue para mantê-lo no trono. Fez leis severas contra os presbiterianos. Quase todos os pastores foram enxotados e homens ignorantes e, às vezes, sem caráter, preencheram seus lugares. A lei exigia que todos os membros assistissem nos domingos aos serviços na igreja, e os novos padres mandavam a lista dos ausentes para as autoridades.
A pena de ausência era prisão ou multa. Os escoceses então reuniram-se secretamente nas montanhas e bosques e ali os velhos pastores pregavam, e celebravam também a Santa Ceia. Tais reuniões, chamadas "Conventículos", eram contra a lei, e soldados foram enviados para dispersar o povo que os assistia. Esses soldados prendiam e por vezes matavam aqueles que apanhavam. Ás cadeias ficaram cheias, e os pregadores, quando apanhados, eram enforcados ou degolados.
Durante um destes conventículos os soldados atacaram a multidão, e uns homens armados defenderam-se. Este, sucesso da parte dos "Covernanters" (como se chamava os escoceses presbiterianos) não deu bom resultado, porque os atacantes depois foram vencidos, e centenas foram fuzilados ou enforcados. O governador mais cruel desses tempos foi o Duque de York, irmão do rei, e depois Tiago II. Era católico, e gostava de inventar e presenciar torturas bárbaras. Quando foi feito rei, a opressão piorou, mas felizmente durou somente quatro anos, pois Tiago foi obrigado a fugir para a França, e o rei Guilherme de Orange (holandês) subiu ao trono, e sempre depois disso a Escócia tem gozado plena liberdade religiosa. Muitos dos que haviam fugido para a Holanda voltaram à pátria.
Durante o século XVIII a vida social e religiosa não desceu tanto na Escócia como na Inglaterra. João Howard, o célebre filantropista e reformador das prisões, escrevendo no ano 1779, disse: "Há poucos presos na Escócia. Em parte é devido aos costumes alcançados pelo cuidado que os pais e ministros têm em instruir a nova geração. No Sul da Escócia é raro encontrar-se uma pessoa que não saiba ler e escrever. Era considerado um escândalo se uma pessoa não possuísse a Bíblia, que era sempre lida nas escolas paroquiais".
A pregação de Whitefield foi muito abençoada neste século. João Wesley também visitou a Escócia diversas vezes e ficou admirado com a atenção do povo à sua pregação, e o decoro observado durante as reuniões. Wesley não teve, porém, o bom êxito de Whitefield. Talvez fosse isso devido ao fato de que este pregador era mais chegado à doutrina calvinista do que aquele, porque os Wesleianos eram mais discípulos de Armínio do que de Calvino. Foi esta diferença que causou a separação entre os grandes pregadores.
Durante o século XVIII o espírito de um evangelismo agressivo quase desaparecera na Escócia. Ao fim desse século dois irmãos, Roberto e Tiago Haldane, foram convertidos e dedicaram suas vidas ao Evangelho, viajando e pregando. Os ministros presbiterianos se opuseram a este movimento, e um ato foi decretado na Assembléia em 1799, proibindo o uso dos púlpitos presbiterianos a leigos ou a ministros de outras igrejas.
Os irmãos Haldane eram proprietários com bastantes recursos e continuavam seu trabalho fundando escolas dominicais. O célebre Dr. Tomás Chalmers era um pregador eloqüente e poderoso, e animou os evangélicos no país, e era líder da seção evangélica na igreja escocesa. Depois o Dr. Chalmers chefiou o movimento separatista que formou a Igreja Livre da Escócia. A revivificação de evangelismo na Escócia no princípio do século XIX foi motivo da formação de diversas sociedades missionárias.
Em 1843 a Igreja Presbiteriana foi dividida: muitos separaram-se da Igreja estabelecida formando a "Free Kirk" (Igreja Livre) em protesto contra a intervenção do poder secular no governo e conduta da Igreja. Os chefes do movimento separatista eram evangélicos, mas seus colégios em pouco tempo escolheram professores com idéias críticas das Escrituras. Um grupo dos ortodoxos dividiram-se da "Free Kirk", formando um corpo separado.
Havia lugares remotos das cidades grandes, no Norte da Escócia, onde o povo continuava meio-selvagem. A revivificação de 1859 alcançou estes lugares. Os pescadores no Norte e no Nordeste até as ilhas de Shetland eram homens embrutecidos. As aldeias à beira-mar estavam cheias de tabernas onde era vendido o "Whisky" (aguardente) e era onde os pescadores faziam seus negócios. As casas eram choupanas pobres e sujas, o povo gastava o seu dinheiro nas tabernas e os pescadores levavam aguardente nos barcos de pescar. A transformação feita no povo nesse ano parece até incrível. As causas e os costumes mudaram depressa. O efeito perdurou por muito tempo. Hoje os turistas vão de propósito visitar as aldeias-modelos dos pescadores. Uma aldeia, por exemplo, que antes da revivificação possuía onze tabernas no meio da pobreza, agora não possui nem tabernas, nem cinema, nem cadeia, e as casas são modelos de asseio. O vício é desconhecido ali, e não há necessidade de polícia.
A Escócia tem produzido muitos dos melhores missionários pioneiros, como Robert Moffat, David Livingstone, Dr. Kalley, João Paton, James Chalmers e F. S. Arnot. A indústria, o comércio e a agricultura têm trazido prosperidade à Escócia, mas não espiritualidade. Dois grandes inimigos têm feito bastante estrago: o "Whisky" em casa, e o modernismo na igreja. O domingo na Escócia era guardado como o dia do Senhor. Hoje em dia todos os bons costumes então existentes estão mudando para pior, e o domingo é mais e mais profanado. O número dos que assistem aos serviços religiosos está diminuindo rapidamente, e o estado espiritual do povo torna-se laodiceano.(notas historia do cristianismo,A.Knight e W.Anglin,cpad,2009)
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
A Reforma efetuou mais transformação na Escócia do que em qualquer outro país. Primeiro, porque o país estava numa condição deplorável, e porque a Reforma na Escócia foi mais completa. Esse país era pobre, e com um clima ingrato e um solo pouco fértil. No Norte o povo era quase selvagem. É montanhoso, e os habitantes, chamados "highlanders", eram divididos em tribos chamadas clãs, e eram muito fiéis à tribo e ao seu chefe. Havia constantes brigas com outras tribos, e travavam batalhas até a morte com seus inimigos.
No Sul, na fronteira com a Inglaterra, muitas famílias eram compostas de bandidos e ladrões, que roubavam as fazendas e até as aldeias e cidades do Norte da Inglaterra, fazendo sistematicamente "raids" em bandos, queimando tudo que não podiam carregar. Levavam o despojo, gado, cavalos e carneiros para seu país. Os exércitos ingleses entraram na Escócia e tomaram vingança pelos roubos, mas os "raids" continuaram. Entre estas famílias escocesas havia também brigas ou vendetas de uma geração para outra. Entre as clãs do Norte, quando um membro de uma família encontrava-se com o membro de uma família inimiga, era dever de ambos brigarem até a morte.
Os nobres ou fidalgos escoceses eram ferozes e cruéis. A opressão e a injustiça campeavam por toda a parte. De vez em quando havia um rei que governava bem, mas muitos deles encontraram morte violenta. Sendo que os reis menores (os regentes) ou abusavam do seu poder, ou eram fracos demais. A igreja romana possuía a maior parte das propriedades e não pagava imposto algum, e os frades eram geralmente preguiçosos e cheios de vícios. O martírio de Patrício Hamilton e Jorge Wishart aumentou o ódio do povo aos padres e bispos, e muitos nobres receberam o Evangelho. João Knox foi preso depois da morte de Wishart e serviu nas galés da França como um forçado. Foi libertado por influência do rei Eduardo VI, da Inglaterra, que era protestante.
Depois Knox passou uns anos com Calvino, em Genebra, e aprendeu ali suas idéias sobre o governo da igreja. Voltou, finalmente, no ano de 1559, à Escócia, e achou que a Reforma fizera muito progresso, mas havia luta entre os protestantes e a Regente, que era viúva do último rei (e mãe da rainha Maria da Escócia), morava na França, por se ter casado com o rei daquele país. A rainha-mãe era da família De Guise (francesa), e uma católica fanática. Ela determinou acabar com a Reforma por todos os meios ao seu alcance. Convidou um exército francês para exterminar a Reforma, porque os protestantes estavam destruindo os ídolos nas igrejas, acompanhados por fidalgos armados com seus soldados. Os fidalgos enviaram uma carta à rainha Isabel da Inglaterra, pedindo um exército inglês para ajudá-los.
A rainha atendeu e mandou navios de guerra e um exército. Depois de uma luta feroz, os ingleses e escoceses obrigaram os franceses a capitular e voltar à França. A rainha-mãe (a regente) morreu por esta ocasião, e os reformadores tomaram conta do reino. Foi convocada a primeira "Assembléia Geral" da Escócia. Nesta assembléia ficou resolvido formar-se a igreja nacional reformada da Escócia. Não reconheceram o soberano (como na Inglaterra) como "Cabeça da Igreja", mas a Igreja da Escócia tomou uma forma presbiteriana. Ficou resolvido acabar de vez com tudo que era da Inglaterra romana na nova forma da Igreja da Escócia, e as doutrinas eram aproximadas às de Calvino. Resolveram que toda paróquia devia possuir uma escola e um ministro, e a Bíblia estaria aberta a todos.
No princípio havia dificuldades, por falta de ministros instruídos, e muitas aldeias tinham de ficar contentes com um estudante. Superintendentes viajavam dum lugar para outro fiscalizando o progresso do serviço religioso. Durante a primeira geração houve queixas contra ministros ou seminaristas porque, às vezes, frades ou padres da igreja católica prestavam esse serviço.
Na Assembléia ficou resolvido apropriar-se a nação de todas as propriedades e riquezas da Igreja Romana, formando um fundo eclesiástico para pagar o ordenado dos ministros superintendentes, seminaristas, professores de escolas, e despesas das escolas, e também para sustentar frades e freiras enxotados dos conventos que eram velhos demais para ganhar a vida. Infelizmente alguns dos fidalgos roubaram as propriedades eclesiásticas, e toda a riqueza não foi para o fundo da nova Igreja. Foi instituído na Escócia um sistema de educação gratuita, para crianças de ambos os sexos, (isto séculos antes de outros países protestantes adotarem essa medida) e a educação da Escócia, durante séculos, foi a mais adiantada do mundo.
A rainha Maria da Escócia voltou no ano de 1561. Era viúva porque o rei da França, seu marido, morrera. Maria fora enviada à França menina, e educada ali na corte mais corrupta da Europa. Ela queria que os escoceses voltassem à religião católica, mas era tarde demais. Na face da terra não existia um povo que mais odiasse a Igreja Romana do que os escoceses. A rainha era hábil, sutil, e sem escrúpulo. Casou de novo e seu único filho, Tiago, tornou-se depois rei da Inglaterra e da Escócia, unindo assim os dois reinos. Felizmente, a mãe não criou seu próprio filho, sendo ele entregue a um fidalgo chamado Mar, para ser educado como protestante.
Maria foi cúmplice no assassínio do seu segundo marido e logo depois casou-se com o homem que foi culpado deste crime. Os escoceses então pegaram em armas e avançaram contra a Rainha e seu novo marido. Ambos foram obrigados a fugir, mas em direções diferentes; o marido fugiu para a Dinamarca, e a rainha para a Inglaterra, entregando-se à sua prima Isabel. Durante os 19 anos de sua estada na Inglaterra, ela conspirou constantemente contra a rainha; e finalmente os ministros do Estado aconselharam a sua execução, e ela foi degolada. Seu filho Tiago fora declarado rei da Escócia quando sua mãe fugira. Quando Isabel morreu, Tiago foi declarado rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Quando Tiago chegou à Inglaterra, gostou muito do sistema episcopal porque ele mesmo era "cabeça", e assim podia apontar bispos obedientes. Queria introduzir o mesmo sistema na Escócia, mas era impossível.
Seu filho Carlos I, homem muito mais teimoso e menos sábio, mandou que a liturgia anglicana fosse lida na Igreja de S. Giles em Edimburgo, capital da Escócia. Nessa ocasião, uma mulher lançou uma cadeira à cabeça do padre, e este foi obrigado a fugir da ira dos escoceses, e nunca mais voltou. O rei então invadiu a Escócia com um exército, mas encontrando um exército mais poderoso na fronteira, ficou numa posição muito crítica para discutir o assunto, e voltou desistindo do intento. Os ingleses ficaram muito satisfeitos também porque odiavam o arcebispo Laud, que aconselhou ao rei tal coisa. Finalmente este prelado foi executado.
Querendo Carlos I atentar contra a liberdade do povo inglês, rebentou a guerra civil, que terminou com a execução do rei. Infelizmente, os escoceses convidaram seu filho, que professou ser presbiteriano, para governar a Escócia. Um convite de que mais tarde o povo teve muita razão para se arrepender. O Protetor da Inglaterra, Oliver Cromwell, invadiu a Escócia e venceu seus exércitos obrigando o príncipe Carlos a fugir. Oliver Cromwell mandou seus generais para governar a Escócia, e foram dez anos de governo justo, de paz e liberdade. Eis o testemunho dum historiador desse tempo (1650-1660): "Eu creio verdadeiramente que houve mais almas convertidas a Cristo durante este período, do que durante qualquer outro tempo desde a Reforma, mesmo sendo um período três vezes maior. Toda paróquia tinha um ministro, toda aldeia uma escola, e quase toda família possuía uma Bíblia, e na maior parte do país, todas as crianças de idade escolar sabiam ler". Este testemunho foi escrito um século depois da Reforma. Não havia no mundo país mais adiantado no século XVII nem no século XVIII.
Mas a liberdade religiosa teve pouca duração. No ano de 1660 o príncipe Carlos voltou, e foi declarado rei com o nome de Carlos II (de "duas faces" dizem os escoceses). Carlos mostrou sua ingratidão aos escoceses que tinham vertido seu sangue para mantê-lo no trono. Fez leis severas contra os presbiterianos. Quase todos os pastores foram enxotados e homens ignorantes e, às vezes, sem caráter, preencheram seus lugares. A lei exigia que todos os membros assistissem nos domingos aos serviços na igreja, e os novos padres mandavam a lista dos ausentes para as autoridades.
A pena de ausência era prisão ou multa. Os escoceses então reuniram-se secretamente nas montanhas e bosques e ali os velhos pastores pregavam, e celebravam também a Santa Ceia. Tais reuniões, chamadas "Conventículos", eram contra a lei, e soldados foram enviados para dispersar o povo que os assistia. Esses soldados prendiam e por vezes matavam aqueles que apanhavam. Ás cadeias ficaram cheias, e os pregadores, quando apanhados, eram enforcados ou degolados.
Durante um destes conventículos os soldados atacaram a multidão, e uns homens armados defenderam-se. Este, sucesso da parte dos "Covernanters" (como se chamava os escoceses presbiterianos) não deu bom resultado, porque os atacantes depois foram vencidos, e centenas foram fuzilados ou enforcados. O governador mais cruel desses tempos foi o Duque de York, irmão do rei, e depois Tiago II. Era católico, e gostava de inventar e presenciar torturas bárbaras. Quando foi feito rei, a opressão piorou, mas felizmente durou somente quatro anos, pois Tiago foi obrigado a fugir para a França, e o rei Guilherme de Orange (holandês) subiu ao trono, e sempre depois disso a Escócia tem gozado plena liberdade religiosa. Muitos dos que haviam fugido para a Holanda voltaram à pátria.
Durante o século XVIII a vida social e religiosa não desceu tanto na Escócia como na Inglaterra. João Howard, o célebre filantropista e reformador das prisões, escrevendo no ano 1779, disse: "Há poucos presos na Escócia. Em parte é devido aos costumes alcançados pelo cuidado que os pais e ministros têm em instruir a nova geração. No Sul da Escócia é raro encontrar-se uma pessoa que não saiba ler e escrever. Era considerado um escândalo se uma pessoa não possuísse a Bíblia, que era sempre lida nas escolas paroquiais".
A pregação de Whitefield foi muito abençoada neste século. João Wesley também visitou a Escócia diversas vezes e ficou admirado com a atenção do povo à sua pregação, e o decoro observado durante as reuniões. Wesley não teve, porém, o bom êxito de Whitefield. Talvez fosse isso devido ao fato de que este pregador era mais chegado à doutrina calvinista do que aquele, porque os Wesleianos eram mais discípulos de Armínio do que de Calvino. Foi esta diferença que causou a separação entre os grandes pregadores.
Durante o século XVIII o espírito de um evangelismo agressivo quase desaparecera na Escócia. Ao fim desse século dois irmãos, Roberto e Tiago Haldane, foram convertidos e dedicaram suas vidas ao Evangelho, viajando e pregando. Os ministros presbiterianos se opuseram a este movimento, e um ato foi decretado na Assembléia em 1799, proibindo o uso dos púlpitos presbiterianos a leigos ou a ministros de outras igrejas.
Os irmãos Haldane eram proprietários com bastantes recursos e continuavam seu trabalho fundando escolas dominicais. O célebre Dr. Tomás Chalmers era um pregador eloqüente e poderoso, e animou os evangélicos no país, e era líder da seção evangélica na igreja escocesa. Depois o Dr. Chalmers chefiou o movimento separatista que formou a Igreja Livre da Escócia. A revivificação de evangelismo na Escócia no princípio do século XIX foi motivo da formação de diversas sociedades missionárias.
Em 1843 a Igreja Presbiteriana foi dividida: muitos separaram-se da Igreja estabelecida formando a "Free Kirk" (Igreja Livre) em protesto contra a intervenção do poder secular no governo e conduta da Igreja. Os chefes do movimento separatista eram evangélicos, mas seus colégios em pouco tempo escolheram professores com idéias críticas das Escrituras. Um grupo dos ortodoxos dividiram-se da "Free Kirk", formando um corpo separado.
Havia lugares remotos das cidades grandes, no Norte da Escócia, onde o povo continuava meio-selvagem. A revivificação de 1859 alcançou estes lugares. Os pescadores no Norte e no Nordeste até as ilhas de Shetland eram homens embrutecidos. As aldeias à beira-mar estavam cheias de tabernas onde era vendido o "Whisky" (aguardente) e era onde os pescadores faziam seus negócios. As casas eram choupanas pobres e sujas, o povo gastava o seu dinheiro nas tabernas e os pescadores levavam aguardente nos barcos de pescar. A transformação feita no povo nesse ano parece até incrível. As causas e os costumes mudaram depressa. O efeito perdurou por muito tempo. Hoje os turistas vão de propósito visitar as aldeias-modelos dos pescadores. Uma aldeia, por exemplo, que antes da revivificação possuía onze tabernas no meio da pobreza, agora não possui nem tabernas, nem cinema, nem cadeia, e as casas são modelos de asseio. O vício é desconhecido ali, e não há necessidade de polícia.
A Escócia tem produzido muitos dos melhores missionários pioneiros, como Robert Moffat, David Livingstone, Dr. Kalley, João Paton, James Chalmers e F. S. Arnot. A indústria, o comércio e a agricultura têm trazido prosperidade à Escócia, mas não espiritualidade. Dois grandes inimigos têm feito bastante estrago: o "Whisky" em casa, e o modernismo na igreja. O domingo na Escócia era guardado como o dia do Senhor. Hoje em dia todos os bons costumes então existentes estão mudando para pior, e o domingo é mais e mais profanado. O número dos que assistem aos serviços religiosos está diminuindo rapidamente, e o estado espiritual do povo torna-se laodiceano.(notas historia do cristianismo,A.Knight e W.Anglin,cpad,2009)
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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