SUBSIDIO
PRIMARIOS JESUS VEIO
SALVAR OS PERDIDOS João 3.14-21.
Professor,
a doutrina da salvação não deve ser apenas compreendida. É necessário que seja
experimentada pelos seus alunos. Conhecer os profundos e confortadores ensinos
concernentes à redenção é um bálsamo para o peregrino cristão. No entanto, o
conhecimento teórico de pouco adianta se a obra salvífica de Cristo não for
experimentada. Portanto, ministre a lição com objetividade, conhecimento da
doutrina e amor pela conversão e salvação de seus alunos.
A
doutrina da salvação, chamada de Soteriologia, ocupa-se do estudo do plano
salvífico (Ef 1.3-14), da obra de Cristo (Rm 3.24-26), e da aplicação da
salvação ao homem (Ef 2.8-10), de acordo com a Escritura. O termo procede do
grego sōtēria, traduzido por “salvação”, “libertação” e “preservação”. Nos
textos de Lc 1.69,71 e Hb 11.7, o vocábulo é usado com o sentido de “livrar ou
preservar de um perigo eminente”. A palavra equivalente usada no Antigo
Testamento é yeshû‘â (o nome Jesus no grego, procede desse termo hebraico, Mt
1.21), isto é, “salvação”, “livramento”. O termo hebraico é usado, em Gn 49.18,
como referência à salvação do Senhor (ver Dt 32.15; 1 Sm 12.1), e, em Ez 37.23,
com o significado de “livrar” dos pecados. Portanto, salvação, quer no Antigo
ou Novo Testamento, significa libertação, livramento ou preservação de um
perigo eminente.
ORIENTAÇÃO
Professor,
antes que o homem pudesse pensar em Deus, ele já estava presente no pensamento
de Deus. A Escritura em inúmeras passagens atribui a salvação a uma ação e
iniciativa completamente divina: Deus elege, predestina e chama (Ef 1.4,5,18;
2.8-10; Rm 8.28-30; Fp 2.15,16; 2 Ts 1.11; Hb 3.1; 2 Pe 1.10). No entanto, é
necessário que o homem responda positivamente a vocação celeste: recebendo-o
(Jo 1.12), crendo (Jo 3.16), indo ao encontro dEle (Jo 6.37), invocando-o (Rm
10.13), entre outros. A obra inicial do Espírito Santo, a fim de que o pecador
seja salvo, é convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11).
Portanto, há um completo envolvimento da deidade e do homem na salvação.
I. O QUE
É A SALVAÇÃO
1.
Definição etimológica. Na língua original do Novo Testamento, a palavra
sōtēria, além de salvação, traz as seguintes significações: “libertação de um
perigo eminente. Livramento do poder e da maldição do pecado. Restituição do
homem à plena comunhão com Deus” (Dicionário Teológico).
2.
Definição teológica. Doutrina segundo a qual, Deus, em seu insondável amor,
ofereceu o seu Unigênito para salvar pela graça, por intermédio da fé, os que o
aceitam como o único e suficiente Salvador (Ef 2.8-10). A salvação é
amorosamente inclusiva; contempla a humanidade por inteiro, visto que todos
nós, em Adão, caímos no pecado pela transgressão da Lei de Deus; logo: todos
precisamos ser resgatados por Cristo. Ler Rm 5.12,17,18; Gl 4.4,5; Is 43.27.
II. A
GRAÇA DE DEUS NA SALVAÇÃO DO HOMEM
Agostinho
realça a doutrina da graça divina: “A graça de Deus não encontra homens aptos
para a salvação, mas torna-os aptos a recebê-la”. Nesta admirável definição,
temos a essência do que é e do que representa a graça de Deus.
1.
Definição etimológica.Tanto a palavra hebraica hessed, quanto a grega charis,
trazem a idéia de favor imerecido. Esta é a mais universal e clássica definição
de graça.
2.
Definição teológica. A graça, portanto, é o favor imerecido que Deus,
gratuitamente, concede à raça humana, capacitando-nos a compreender, a aceitar
e a usufruir, de imediato, das bênçãos do Plano de Salvação (Ef 2.8,9).
3.
Objetivos da graça de Deus. A graça tem por objetivos: 1) salvar o homem da
condenação do pecado; e 2) restringir a ação deste, levando o ser humano a
viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus (Rm 5.2; Ef 2.8). A graça é
operada mediante a fé.
III.
ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO
Conforme
Efésios 1.4,5, a eleição (v.4) precede a predestinação (v.5) que, embora
infinita e insondável, não é a salvação em si. A predestinação é “para a
salvação” (2 Ts 2.13), a fim de sermos filhos de adoção (Ef 1.5)
1.
Eleição (Ef 1.4,5). Antes mesmo de o Universo ter sido criado, nós já havíamos
sido eleitos por Deus para usufruir plenamente da salvação. Leia também 1 Pe
1.1,2.
2.
Predestinação. O apóstolo afirma que fomos não somente eleitos, mas igualmente
predestinados à vida eterna (Ef 1.5).
Isto não
significa, porém, que Deus tenha amado apenas uma parte da raça humana; amou-a
por completo. Pois a promessa do Salvador foi feita em primeiro lugar a Adão —
o pai de todas as famílias da Terra e representante de toda a humanidade (Gn
3.15). Portanto, basta o homem receber a Cristo para desfrutar, de imediato,
dos benefícios da eleição e da predestinação. Em sua presciência, Deus elegeu,
em seu Filho, aqueles que, aceitando o Evangelho, experimentam o milagre da
regeneração.
IV. A
REGENERAÇÃO
Neste
tópico, entraremos a ver por que a regeneração é tão importante à união do ser
humano com Deus. Vejamos, pois, o que é a regeneração?
1.
Definição etimológica. A palavra regeneração significa gerar de novo, nascer
outra vez.
2.
Definição teológica. A regeneração é a obra fundamental e instantânea de Deus
que concede gratuitamente ao pecador uma nova vida espiritual através dos
méritos de Cristo. É a natureza divina operando no crente por intermédio da
ação do Espírito Santo (2 Pe 1.1-5).
3. A
necessidade da regeneração. É necessária para se entrar no céu (Jo 3.3); para
se resistir ao pecado (1 Jo 3.9); para se ter uma vida de retidão (1 Jo 2.29).
V. A
JUSTIFICAÇÃO
1.
Definição etimológica. A palavra justificação é oriunda do hebraico tsādēq e do
grego dikaios. Significa, declarar justo pelos méritos de Cristo.
2.
Definição teológica. Justificação é um termo forense e traz esta rica
conotação: declarar alguém justo, como se este jamais houvera cometido
quaisquer iniqüidades. Logo: é mais do que absolvição; é colocar o pecador
arrependido no lugar de justo.
3.
Benefícios da justificação. Estes são alguns dos benefícios da justificação: 1)
um novo relacionamento com a Lei (At 13.39); 2) um novo relacionamento com Deus
(Rm 5.1,9); uma nova concepção sobre a própria culpa (Rm 8.33); uma nova
perspectiva quanto ao futuro (Tt 3.7).
VI. A
ADOÇÃO
Antes de
aceitarmos a Cristo, éramos apenas criaturas; agora, co-herdeiros de Cristo
Jesus com pleno acesso a todas as bênçãos que, nEle, reservou-nos o Pai Celeste
(Ef 1.13; 1 Co 3.21). A adoção, portanto, é uma das mais belas e confortadoras
doutrinas da Bíblia.
1.
Definição etimológica. A palavra adoção, considerada literalmente, significa
colocar na posição de filho.
2.
Definição teológica. No Novo Testamento, o vocábulo descreve o ato pelo qual
Deus recebe, como filho, alguém que, legal e espiritualmente, não desfruta do
direito de tê-lo como Pai. A partir desse momento, passa esse alguém, mediante
o sacrifício de Cristo no Calvário, a desfrutar de todos os privilégios que
Deus preparou àqueles que aceitam a Cristo como único e suficiente Salvador. O
termo adoção encontra-se apenas nas epístolas paulinas (Rm 8.15,23; 9.4; Gl
4.5; Ef 1.5).
3. Os
privilégios da adoção. Adotado por Deus, o crente é considerado como filho do
Pai Celeste (1 Jo 3.2); como irmão de Jesus (Hb 2.11); como herdeiro dos céus
(Rm 8.17). De igual modo, é libertado do medo (Rm 8.15) e desfruta de segurança
e certeza de vida eterna (Gl 4.5,6).
VII. A
SANTIFICAÇÃO
A
doutrina da santificação é uma das mais negligenciadas de nosso púlpito. Apesar
disso, sua validade e reivindicações continuam tão eloqüentes hoje como nos
tempos bíblicos. O que é, todavia, a santificação?
1.
Definição etimológica. A palavra santificação, nos seus dois principais termos
das Sagradas Escrituras (qōdesh, no A.T., e hagiazō, no N.T.), significam:
separação do mundo e consagração a Deus.
2.
Definição teológica. Tendo por base a graça divina, a santificação leva o
crente a separar-se do mundo, de sua filosofia de vida e de suas vis
concupiscências, a fim de consagrar-se totalmente a Deus e ao serviço de seu
Reino.
3. A
santificação é um processo. Se a regeneração é um ato instantâneo, a
santificação é um processo, através do qual o homem, continuamente, torna-se,
pela ação do Espírito Santo, mais parecido com Deus (Pv 4.18; Fp 3.12-14; 2 Co
3.18).
4. Os
propósitos da santificação. Levar o homem a identificar-se com o seu Criador
(Lv 19.2; Gl 2.19) e constranger o homem a dedicar-se ao serviço de Deus (Êx
19.6).
5. Os
meios da santificação. Estes são os meios através dos quais Deus opera, em nós,
a santificação: a Palavra (Jo 17.17); o sangue de Jesus (Hb 13.12); o Espírito
Santo (2 Ts 2.13); a fé em Deus (At 26.18).
Como é
maravilhoso experimentar a salvação em Cristo Jesus! Todavia, o melhor está por
vir. Quando Ele voltar para buscar a sua Igreja, haveremos de experimentar a
salvação em toda a sua plenitude. Conforme ensina o apóstolo Paulo, os salvos
seremos transformados num abrir e fechar de olhos ante o toque da última
trombeta. E, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Aleluia! Você já
experimentou a salvação? Aceite a Cristo imediatamente.
“O Alcance da Salvação
1. A
salvação é para o mundo inteiro. Através do sacrifício perfeito de Cristo,
todos os habitantes da Terra foram representados, e os seus pecados foram
potencialmente perdoados. Cristo ‘é a propiciação pelos nossos pecados, e não
somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro’ (1 Jo 2.2).
2. A
salvação é para os que crêem. Apesar de Cristo haver morrido pelos pecados do
mundo inteiro, há um sentido em que a expiação é uma provisão divina feita
especialmente por aqueles que crêem. Paulo apresenta Jesus Cristo como o
‘Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis’ (1 Tm 4.10). Deste modo,
apesar de a salvação estar à disposição de toda a humanidade, de forma
experimental ela se aplica exclusivamente àqueles que crêem.
3.
Alguns abandonarão a salvação. A Bíblia dá a entender que muitos daqueles pelos
quais Cristo morreu, aceitarão a sua provisão salvadora, mas depois
abandonarão, perdendo com isto o direito à vida eterna [...]”.(OLIVEIRA, R. As
grandes doutrinas da Bíblia. 7.ed., RJ: CPAD, 2003, p.217-8.)FONTE CPAD
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PAZ DO SENHOR
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