SUBSIDIO CPAD
PRE-ADOLESCENTES
CERTEZA DA SALVAÇÃO
1 João 3.6-10.
Caro
professor, ao mencionar as bênçãos da salvação, não se esqueça de destacar o
fato de que, hoje em dia, muitos valorizam mais as bênçãos trazidas pelo
Salvador que o próprio Salvador. Em outras palavras, valorizam mais a dádiva
que o Doador. Tais pessoas se esquecem de que a salvação é o dom mais precioso
que recebemos de nosso amado Mestre.
Professor,
em Efésios capítulo 6, o apóstolo Paulo discorre sobre a armadura do cristão.
Ali, ele apresenta cinco peças do equipamento bélico do "soldado"
cristão: a) Lombos - verdade; b) Couraça da justiça; c) Pés - preparação do
evangelho; d) Escudo da fé; e) Capacete da salvação; f) Espada do Espírito.
No
versículo 17, Paulo apresenta juntos, o capacete da salvação e a espada do
Espírito: uma arma de defesa e outra de ataque e defesa. O capacete protegia a
cabeça. Isto significa que o "conhecimento da salvação" deve ocupar a
nossa mente. Enfatize para seus alunos que para empreendermos com êxito a
batalha contra o mal, precisamos da Espada do Espírito na mão e o conhecimento
e a certeza de salvação em nossa mente. O Diabo, ao tentar Jesus no deserto,
concentrou-se em lançar dúvida em sua mente: "Se tu és o Filho de
Deus". Não será diferente conosco! Pergunte a seus alunos se eles estão
convictos acerca da própria salvação.
Bênção: Todo e qualquer bem dispensado
por Deus aos que o temem.
Ao tomar
conhecimento do amor de Deus e aceitar Jesus e seu plano divino de salvação, o
homem recebe de Deus a vida eterna - a maior dádiva que existe. Entretanto,
para manter esta comunhão, é necessário ser diligente e produtivo com aquilo
que recebeu do Senhor. Por isso, esta lição tem como objetivo principal
despertar-nos para um apego maior aos fundamentos da fé e aos princípios
básicos da Bíblia. Somente através das Sagradas Escrituras, é possível ter uma
vida de compromisso absoluto com Deus, de forma que ela não seja somente
conceitual e teórica, mas prática, assim como o modo de viver de Cristo e de
seus discípulos.
I. A
POSIÇÃO DO CRENTE DIANTE DO PECADO
O homem
que vive a pecar, sem ter tristeza ou arrependimento de suas más ações,
comporta-se como se a lei divina não existisse. Sua atitude demonstra rebelião
contínua e deliberada contra o Senhor (2 Pe 2.10,12). O salvo é diferente, pois
sua vida reflete o desejo de servir a Deus (Mt 5.16).
1.
Cristo veio para destruir as obras de Satanás. A principal missão do Diabo é
opor-se a Deus e aos seus planos, instigando a rebelião contra o Senhor e à sua
lei. O Inimigo de nossas almas opera no mundo, porém, em breve estaremos livres
de sua tirania, e toda a sua obra destrutiva cessará (Ap 20.10).
2. A
morte de Jesus tornou possível viver em santidade. Ainda que requeira uma
grande renúncia, Jesus espera que seus seguidores rompam definitivamente com a
prática do pecado (Mt 5.29,30; 18.8,9). A Bíblia declara que quem permanece em Cristo
não peca (1 Jo 3.6). Isto é, não vive na prática do pecado, pois tem um
"sistema de alerta" que o previne contra a transgressão: as
advertências do Espírito Santo que nele habita (Tg 4.5). A Bíblia é enfática ao
dizer que uma pessoa que vive a pecar não conhece a Jesus (3 Jo v.11).
3. Viver
na prática do pecado é incompatível com o ministério do Espírito Santo. Uma das
tarefas do Espírito Santo é a implantação da nova natureza no crente (Jo
3.5-8). Quando o homem recebe esta nova natureza ao aceitar a Cristo como seu
Salvador e Senhor, passa a fazer parte da família de Deus (Ef 2.19). Essa nova
natureza proveniente de Deus reflete o caráter de Cristo, produzido no crente
pelo Espírito Santo (Gl 5.22-24).O salvo não vive na prática do pecado. Sua
vida deve refletir seu desejo de servir a Deus com fidelidade e santidade.
II. O
CRENTE E SUA COMUNHÃO COM DEUS
É
impossível ao homem viver sob a orientação das Sagradas Escrituras, sem que se
debruce sobre ela com o propósito de aprender o seu conteúdo (Jo 5.39). Quanto
mais o homem dedica-se a Deus, menos tempo e oportunidade tem para pecar. Sua
vida vai, paulatinamente, sendo moldada e transformada pelo Espírito Santo, e
ele torna-se cada vez mais contrário ao pecado (Sl 119.11; Ef 4.22-24). Algumas
atitudes auxiliam-nos a estreitar a nossa comunhão com Deus. São elas:
1.
Meditação na Palavra de Deus. A meditação unida à oração é a maneira mais
produtiva de o crente desenvolver o seu conhecimento da Palavra de Deus e seus
valores. Pela meditação, estudo e oração, o crente "come" a Palavra
de Deus, isto é, apropria-se dela (Jr 15.16). Meditamos quando submetemos a
nossa mente ao que Deus é, no que Ele em Cristo fez e faz por nós e no que Ele
quer de nós (Cl 3.1,2). Esta é uma santa e bendita atividade na qual o crente
deve se ocupar todos os dias (Js 1.8; Sl 1.2; 119.97). Paulo insta com os
irmãos filipenses para que disciplinem e ocupem suas mentes com o que for
verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, virtuoso e louvável
(4.8). Ao jovem pastor Timóteo, ele recomenda meditar e ocupar-se para ser
operoso (1 Tm 4.15).
2.
Oração. A oração é a maneira direta de o crente falar com Deus. Orar não é um
monólogo, mas um diálogo do cristão e Deus, como filho e pai. A oração é uma
prática indispensável à vida de todo crente em Jesus. Ela é o instrumento
provido pelo Eterno, através do qual podemos nos dirigir a Ele como o Concessor
da grande salvação e a Jesus Cristo que a executou quando morreu em nosso lugar
(Jo 15.16; 16.23). A oração é um meio de comunhão entre Deus e o crente, e deve
ser um exercício espiritual voluntário, almejado, indispensável e constante em
nossa vida.
3. Jejum
A prática do jejum, juntamente com a oração, é recomendada biblicamente (Mt
17.21). Inúmeros crentes negligenciam a observação do jejum como ensina a
Bíblia, e por fim o abandonam de vez. Além do seu valor espiritual, o jejum
ensina o crente a disciplinar seus apetites carnais, fortalecendo sua vida
espiritual. Jesus jejuou e ensinou seus discípulos a jejuar. Ele disse:
"[...] quando jejuardes" (Mt 6.16), o que deixa claro que esta era
uma prática de cunho espiritual na vida de seus discípulos (Mt 9.15; 17.21; Lc
2.37; At 13.2,3; 14.23).
4.
Imitar o exemplo de quem manteve comunhão com o céu. Jesus é o maior exemplo de
uma vida de oração. Ele orava costumeiramente (Lc 22.39; Lc 5.16; Jo 12.20-28;
17.6-19) e nos ensina que devemos orar para que não caiamos em tentação (Mt
26.41). O Filho de Deus ensinou seus discípulos a orar, deixando claro que a
oração é parte integrante e fundamental da vida cristã. Várias vezes Ele
expressou: "quando orares"; "mas tu quando orares"; "e
orando"; "portanto vós orareis" (Mt 6.5,6,7,9). Paulo, um
exemplo de fé, começou a sua vida cristã com oração (At 9.9,11). Ele admoestava
os irmãos a uma vida de constante oração. Em suas cartas Ele recomenda ao
crente orar sem cessar (1 Ts 5.17), isto é, "em todo tempo, com toda oração
e súplica" como um dos procedimentos na guerra contra o mal, bem como
condição para manter-se firme na fé (Ef 6.10-19). Nenhum ser humano tem, em si
mesmo, mérito algum diante de Deus, mas através do nome de Cristo, podemos
esperar respostas para as nossas orações (Jo 14.13,14; 1 Tm 2.5). Em nossa
jornada terrena é preciso buscar do Senhor forças espirituais para vencer as
astutas ciladas do Maligno (Mt 6.13).Algumas atitudes como meditar na Palavra
de Deus, orar, jejuar, e seguir o exemplo de quem tem intimidade com o Senhor,
auxiliamnos a estreitar a nossa comunhão com Deus.
III. A
SALVAÇÃO NOS HABILITA PARA O SERVIÇO CRISTÃO
O homem
é apenas um servo. A Bíblia nos ensina essa verdade de maneira muito clara (Fp
2.7,8). Quando alguém aceita ao Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor,
deixa de ser "servo do pecado" (Jo 8.34), e passa a ser servo de Deus
(1 Co 7.22; Gl 1.10), devendo, a partir de então, ser aplicado à Obra do Senhor
e servo da Igreja (1 Co 9.19).
1. Nosso
primeiro e maior exemplo. A vida de serviço do cristão deve ser espelhada em
Jesus. O Mestre ensinou que não veio para ser servido, mas para servir (Mt
20.28), assim Jesus fez a vontade do Pai e realizou a sua obra (Jo 4.34; 9.5).
Ele disse: "Se alguém me serve, siga-me" (Jo 12.26a); logo, Cristo
nos tem como servos, isto é, pessoas comprometidas com a sua Obra.
2. Os
crentes da igreja primitiva muito cedo se dedicaram ao trabalho do Reino de
Deus (At 1.8; 8.4). Dorcas é um grande exemplo, servindo às viúvas e outros
necessitados da igreja (At 9.36-39). Paulo apresenta uma galeria de homens e
mulheres que se deram ao serviço do Senhor na igreja em Roma (Rm 16). Onesífero
saiu a procurar em Roma o cárcere onde Paulo se encontrava e só assim Timóteo
recebeu a sua segunda carta (2 Tm 1.16,17). Ao confiar tarefas especiais ao
jovem pastor Timóteo, Paulo lhe mandou ocupar-se em tarefas ministeriais
práticas e funcionais (1 Tm 4.15).Quando alguém aceita ao Senhor Jesus Cristo
como seu Salvador e Senhor, deixa de ser "servo do pecado", e passa a
ser servo de Deus.
Quando o
crente tem a consciência e a disposição de buscar o seu crescimento e
aperfeiçoamento espirituais, Deus, por sua graça o fará alcançar essas bênçãos e
neste ato o precioso nome de Jesus é glorificado.
As bênçãos que acompanham a salvação.
Muitas
coisas acontecem na vida do homem que recebe a Jesus como seu Salvador.
Vejamos:
Ele é
salvo dos seus pecados (cf. Mt 1.21; Lc 7.50), que lhe são perdoados (cf. Lc
7.48; Tg 5.20).
A
salvação também livra da culpa (cf. Ef 1.7; Cl 1.14) e do poder do pecado (cf.
Rm 7.17,20,23,25).
Ele é
salvo do juízo (cf. 1 Tm 5.24; Rm 8.1), da ira de Deus (cf. Rm 5.9) e da morte
eterna (cf. Tg 5.20; Ap 20.6).
Ele entra
em comunhão com Deus (cf. Ef 2.13,18; Lc 1.74,75), recebe entrada na sua graça
(cf. Rm 5.2) e torna-se cidadão do céu (cf. At 2.40), isto é, recebeu uma nova
posição em relação ao mundo (cf. Fp 2.15).
Ele é
salvo do poder de Satanás (cf. At 26.18; Cl 1.13,14,15; Hb 2.14).
(BERGSTÉN,
E. Introdução à Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1999, p.192).
Algumas
pessoas rejeitam a idéia da vida eterna, porque a atual é miserável. Mas a vida
eterna não é uma extensão da vida terrena, miserável e mortal; a vida eterna é
a vida de Deus, personificada em Cristo, que foi dada a todos os crentes como
uma garantia de que viverão para sempre. Na vida eterna, não há morte, doença,
inimigos, mal ou pecado. Quando não conhecemos a Cristo, fazemos escolhas como
se esta vida fosse tudo o que temos, mas, na verdade, esta vida é somente uma
ponte para a eternidade. Receba esta nova vida pela fé, e comece a avaliar
todos os acontecimentos a partir de uma perspectiva eterna!FONTE CPAD
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.