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domingo, 13 de março de 2016

Subsidio CPAD adultos a nova jerusalém 20/3/2016



                   SUBSIDIO CPAD A NOVA JERUSALÉM 
                                 Apocalipse 21.9-27.




Professor, após recepcionar os alunos e visitantes, comente sobre as cidades que recebem peregrinos por serem consideradas santas: Meca, Santiago de Compostela, Roma, Jerusalém etc. Faça a relação entre as cidades e a religião representada, como por exemplo: Meca (muçulmanos), Roma (catolicismo). Depois, leia os versículos 24 a 26 do capítulo 21 de Apocalipse e explique a seus alunos que, na Nova Jerusalém, haverá uma só religião, a do Cordeiro, e lá, todas as nações peregrinarão para oferecer-lhe culto. 

Os textos que descrevem a Cidade Santa não terminam em Ap 21.27, mas prolongam-se até 22.5. A linguagem lembra um antigo cortejo nupcial, portanto, valoriza as qualidades da nubente. Nestes textos, encontramos agudo contraste com a Babilônia, a meretriz do capítulo 17. Enquanto esta é prostituta e imunda, aquela é a noiva e santa; uma é a cidade dominada por Satanás; a outra, por Deus. Devemos também observar a relação entre a Nova Jerusalém e o Templo de Ezequiel: a glória do Senhor (Ez 43.5; Ap 21.11) as portas e o nome das doze tribos (Ez 48.31,32; Ap 21.12,13).
Quanto ao local, a Nova Jerusalém vem do céu; quanto à origem, de Deus (Ap 21.2); quanto à identidade, é a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, o Tabernáculo de Deus, a Esposa do Cordeiro (Ap 21.2,9). 
  
                                                    introdução

Emílio Conde, num momento de raríssima inspiração, assim cantou a esperança do crente em relação à Nova Jerusalém:
“Quão glorioso, cristão, é pensares / Na cidade que não tem igual / Onde os muros são de puro jaspe / E as ruas de ouro e cristal / Pensa como será glorioso / Ver-se a triunfal multidão / Que cantando, aguarda a chegada / Dos que vencem a tribulação” (Harpa Cristã, 26).
O anseio demonstrado pelo irmão Conde, que já dorme no Senhor, é também o nosso. Não podemos depositar a nossa esperança num mundo que jaz no maligno, e que não poupa esforços por destruir a santíssima fé que recebemos de Cristo Jesus. Embora estejamos ainda aqui, o nosso coração acha-se ligado àquela ditosa cidade, cujo arquiteto e artífice é o próprio Deus. Na Jerusalém Celeste, passaremos a eternidade na companhia de Cristo Jesus — o Imaculado Cordeiro que se entregou a si mesmo, redimindo-nos de nossas iniquidades.

I. A REALIDADE DA NOVA JERUSALÉM

A crença na Jerusalém Celeste não é uma ficção futurística, nem um devaneio inconsequente. Trata-se de uma doutrina sólida, cujas raízes podem ser descobertas já no alvorecer da História Sagrada. Haja vista o sonho de Jacó. O patriarca viu uma escada unindo a terra ao céu, e por esta desciam e subiam os anjos de Deus (Gn 28.10-17). Na consagração do Santo Templo, o rei Salomão confessa a sua fé na imensidade do Todo-Poderoso, afirmando que o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos humanas (2 Cr 6.18). Referia-se ele à excelsa habitação do Senhor. Mais adiante, nos Salmos, pergunta o poeta: “Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?” (Sl 15.1).
No livro de Isaías, deparamo-nos com explícitas referências aos novos céus e à nova terra: “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17). Embora haja abundantes referências e muitas inferências sobre a futura morada dos santos, as passagens citadas são mais do que suficientes para mostrar-nos que a crença no porvir não é uma fantasia; é uma doutrina digna de todo o crédito.

II. A GRANDE E BENDITA ESPERANÇA DO POVO DE DEUS

O verdadeiro crente tem a sua esperança centrada em Deus. Sabe que, neste mundo, não passa de um peregrino que, orando e chorando, encaminha-se para a Jerusalém Celeste. Concentremo-nos, pois, no exemplo de Abraão, nosso pai na fé.

1. A experiência de Abraão. Apesar de Abraão haver recebido a terra de Canaã por herdade perpétua, sua esperança achava-se voltada para os céus, conforme escreve o autor da Epístola aos Hebreus: “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11.8-10).
Ora, se a herança temporal e terrena do patriarca era algo inaudito, o que não dizer da promessa de uma cidade arquitetada e construída pelo próprio Deus? Abraão, olhando além do horizonte material, visualizou a Jerusalém Celeste.

2. Pensando nas coisas que são de cima. No capítulo 12 de sua Segunda Epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo, descrevendo suas experiências, revela que, certa vez, foi arrebatado ao terceiro céu, onde ouviu palavras inefáveis que o comum dos mortais não poderia escutar. Teria ele visto a Jerusalém Celeste? Eis porque exorta-nos a pensar nas coisas que são de cima: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Cl 3.1,2).
Que exortação! Se a nossa mente estivesse sempre centralizada nas coisas que são de cima, jamais perderíamos tempo com as coisas passageiras desta vida.

III. O QUE É A NOVA JERUSALÉM

Ao contrário do que ensinam os incrédulos, a Nova Jerusalém não é uma suposição nem algo imaginário; é real e concreta. No Apocalipse, temos dela uma descrição rica e pormenorizada. Vejamos o que é, de fato, a gloriosa cidade que, um dia, estaremos adentrando, a fim de estarmos para sempre com Nosso Senhor Jesus Cristo.

1. Definição. A Nova Jerusalém, também conhecida como a Jerusalém Celeste, é o lugar que nos preparou o Senhor, para que, na consumação de todas as coisas, estejamos eternamente com Ele. É descrita ainda, pelo próprio Senhor, como a casa de meu Pai, onde há muitas moradas (Jo 14.1-4). Isto significa que há lugar para todos os que vierem a recebê-lo como o seu único e suficiente Salvador.

2. A localização da Nova Jerusalém. Acha-se esta cidade muito além do espaço sideral, num lugar jamais imaginado pela mente humana. Neste exato momento, enquanto ansiamos pela chegada do Cordeiro, a Nova Jerusalém, lindamente ataviada, aguarda a chegada do Esposo que, juntamente com a Igreja, adentrará os seus limites, levando os céus e a terra, conforme cantamos no hino três da Harpa Cristã, a ser a mesma grei. É o que podemos adiantar, por enquanto, acerca da localização da Nova Jerusalém. Quando lá estivermos; viremos a conhecê-la detalhadamente.

3. Suas dimensões. A cidade forma um cubo perfeito numa alusão ao Santo dos santos do Tabernáculo. Suas dimensões chefiam a 12 mil estádios (Ap 21.16) que, de conformidade com as medidas atuais, equivalem a 2.260 km². Isso, em medidas terrenas. As medidas celestes estão do outro lado; não são aprendidas aqui. Concluímos que a cidade toda formará um perfeito santuário, no qual o Senhor será sublime e eternamente glorificado pelos redimidos de todas as eras da História Sagrada.

4. Seu aspecto. A beleza da cidade é singularmente indescritível. Utilizando-se da limitação e das imperfeições da linguagem humana, embora inspirado por Deus, João assim descreve-nos a Ditosa Cidade: “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel. Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro” (Ap 21.9-15).

Quem entrará na Jerusalém Celeste? Aquele, cujo nome encontra se no Livro da Vida do Cordeiro. Portanto, se você ainda não recebeu a Jesus como o seu único e suficiente Salvador, aceite-o neste momento, e siga-o fielmente ate o fim. E, assim, entrará você na Cidade, e para sempre estará com o Senhor.
Ressaltamos, porém, que o nosso maior prazer não será propriamente estar na Jerusalém Celeste; e, sim, permanecer na companhia de Nosso Senhor Jesus Cristo pelos séculos dos séculos.
Maranata! Ora vem, Senhor Jesus! 

“As cidades antigas eram modestas, se não francamente sujas. Tinham paredes de pedra, construídas sobre leitos de rochas ou montes de terra batida. Os portões eram feitos de madeira grossa e suportados por barras de ferro. As estradas eram sujas, apenas pavimentadas com pedras em casos excepcionais. Os melhores edifícios eram feitos de pedra, e os menores com tijolo cozido ao sol. Sem nenhum sistema de saúde pública e de remoção regular de lixo, a maioria delas estava assolada por moléstias e maus odores.
A Nova Jerusalém será totalmente diferente. Sua descrição nesse livro enfatiza sua pureza e perfeição. Os limites da cidade formam um perfeito cubo, exatamente como o lugar santíssimo do Tempo de Jerusalém. Suas dimensões são em números múltiplos de doze, um número associado à perfeição desde as doze tribos de Israel. As fundações da cidade são de pedras semipreciosas ao invés de barro, jaspe ao invés de rochas em suas paredes e edifícios feitos de ouro, e não, de madeira ou pedras.

A descrição da Nova Jerusalém no Apocalipse é semelhante à de Isaías 60. O profeta do Antigo Testamento mencionou um extenso uso de metais e materiais preciosos (60.5-9,17), a luz eterna vinda do Senhor (vv.1,2,20) — não do sol, lua ou estrelas (v.19,20) —, os portões que nunca se fecham (v.11), a justiça de cada habitante (v.21) e os reis das nações estrangeiras que vêm à cidade para adorar a Deus (vv.11-14)” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, p.1923).


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