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segunda-feira, 7 de março de 2016

Subsidio (3) CPAD talentos dons na comunidade 13/3/2016




                      SUBSIDIO (3) JOVENS TALENTO

                             E DONS NA COMUNIDADE






“Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens” (Ef 4.8).Os dons foram concedidos à igreja para o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento.

Romanos 12.1-8.

1 - Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 - E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 - Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 - Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
5 - assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

A Epístola aos Romanos divide-se em dois principais blocos. No primeiro, a ênfase está no ensino das doutrinas (1-11). O segundo é exortativo e se estende do capítulo 12 ao 16. Temos, portanto, duas características singulares: o ensino e a prática cristã. Nos 315 versículos, distribuídos pelos onze capítulos, o apóstolo ministrou à igreja sobre os profundos mistérios salvíficos da doutrina cristã (11.25). Agora, nesta nova seção, discursa a respeito da prática, devoção e responsabilidades da pessoa justificada. O tema condutor do primeiro era “a justiça divina”, mas nesta última, a ética, os dons e o amor procedentes da justificação. Por conseguinte, pretende ser mais prática do que teórica, mais exortativa do que explicativa. Se na primeira seção, Paulo descreveu a doutrina da graça de Deus, nesta, os atos que se esperam de quem vive na graça.

“Rogo-vos”. Este termo no original significa, “eu os exorto” (12.1), isto é, “os encorajo ou admoesto”. O apelo à “compaixão de Deus” conforma-se ao caráter litúrgico da passagem. Os versículos 1 e 2 apresentam termos que lembram os sacrifícios do Antigo Testamento: “apresentar” (o altar), “sacrifício” (a vítima), “culto” (o serviço), “perfeito” (a qualidade). No entanto, diferencia-se deste em razão de ser vivo e racional — dois elementos não encontrados no animal utilizado no sacrifício na Antiga Aliança. O “culto racional” é aquele que procede da plena consciência de que, uma vez livres do pecado pela graça, devemos nos oferecer voluntariamente como sacrifício espiritual, santo e agradável a Deus como demonstração da operação da graça divina em nossas vidas. O crente é chamado para ser “conforme” à imagem de Cristo (Rm 8.29), portanto, não pode se “conformar” ou seguir o modelo do mundo (v.2). Pelo contrário, viver a vida cristã renovada segundo a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Esta nova vida requer o uso diligente dos dons espirituais concedidos aos crentes.
Todo serviço no Reino de Deus deve ser feito à base de verdadeira fé. É o Senhor que habilita o crente, mediante dotação especial, a realizar sua obra da melhor maneira possível. É dele que provém toda a ciência, capacidade e dons ministeriais e espirituais. Por isso, não podemos fazer a obra de Deus com espírito de competição. O único objetivo do nosso labor deve ser o desenvolvimento e o bem-estar do corpo de Cristo.

I. UM APELO À CONSAGRAÇÃO PESSOAL

Antes de tratar de alguns dons especiais concedidos pelo Espírito Santo, e de falar sobre o corpo de Cristo, o apóstolo Paulo rogou aos irmãos de Roma que consagrassem suas vidas a Deus, a fim de conhecerem, por experiência, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Segundo o apóstolo, esta é a única forma de sermos o que Ele quer que sejamos e de fazermos o que deseja que façamos. É justamente esta entrega total como “sacrifício vivo”, este ato de adoração incondicional, que torna o cristão capaz de ser usado plenamente por Deus.

1. Um apelo à consagração. “Rogo-vos, pois, irmãos” (v.1). Rogar é suplicar, apelar com intenso desejo de alcançar alguma coisa. Paulo rogou aos crentes de Roma, em nome da compaixão divina, que apresentassem seus corpos em “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”, isto é, que se separassem completamente das coisas mundanas e se dedicassem integralmente a Deus e ao seu serviço.
Nesta passagem, Paulo faz-nos um apelo à consagração total. E esta consagração envolve dois atos distintos: o de Deus e o nosso. O nosso é apresentar-nos; o de Deus é tornar-nos capazes de pôr em prática a sua vontade.

2. Um apelo à humildade. Ao realizarmos a obra de Deus, não devemos fazê-lo por nossa própria sabedoria, mas conforme a medida da fé que é concedida por Deus. Paulo exorta os irmãos romanos a não terem de si mesmos um conceito acima do que se deve. Consideremos, pois, as verdades abaixo:

a) Há sempre a tentação da superestimação da própria importância. É bom notar que Paulo dirigia-se a uma comunidade que estava em Cristo.
b) Não se deve esquecer de que Deus concedeu a cada crente uma certa “medida” de fé. Não devemos nos estribar no próprio conhecimento, mas, com temperança buscar somente o que convém.
c) Somente os que discernem a vontade de Deus e se rendem integralmente a Ele conseguem identificar sua real posição no corpo de Cristo.
d) É imprescindível ao cristão ter uma idéia correta de si mesmo para integrar-se perfeitamente ao corpo de Cristo.

II. A IGREJA COMO O CORPO DE CRISTO

O apóstolo Paulo utilizou-se da figura do corpo humano para demonstrar a função de cada membro do corpo de Cristo na administração dos dons.
1. Um só corpo em Cristo. Cada membro tem sua função, específica a desempenhar e, contudo, num corpo sadio, todas as partes funcionam harmoniosa e independentemente para o bem do todo, assim deve ser na igreja (Ef 1.22,23).
A união de cada membro tem de ser justa e perfeita (1 Co 12.12). Não pode haver desunião nem diferenças entre os irmãos, pois Deus colocou “cada um deles como quis”. Quando um membro sofre, todos padecem com ele! (1 Co 12.25,26).
O valor de cada membro é medido pela contribuição que dá ao bom funcionamento do corpo inteiro (1 Co 12.21-23). Qualquer atividade dentro da igreja só terá valor se estiver relacionada com o todo. O trabalho do corpo como um todo é o que importa!
2. Diferentes membros, diferentes funções. Somos diversos membros com distintas funções no corpo. Sendo Deus quem confere dons especiais aos crentes (1 Co 12.4-11), cada qual deverá exercer seu trabalho com o único objetivo de enaltecer a Cristo, que é a cabeça do corpo, e não a si mesmo.
Portanto, se somos mãos, pés, ouvidos, boca, etc, Cristo realiza sua obra através de nós. Para isso fomos comissionados. Aleluia! (Mt 28.19,20).

III. O USO DOS DONS

O apóstolo Paulo não teve a finalidade de listar ou classificar os dons. Ele apenas preocupou-se com o uso destes, entre muitos outros, que podem trazer conforto, unidade e crescimento para a igreja.

1. Profecia. A profecia é um dos dons verbais colocados à disposição dos santos com o propósito de exortar, edificar e consolar a igreja. Ela é concedida ao crente pelo Espírito Santo, de forma direta e imediata, a fim de trazer à luz a verdade divina. Este dom deve ser exercido segundo a medida da fé (v.6); isto é: o poder espiritual dado a cada crente para o desempenho de sua responsabilidade específica. Há dois pontos que devem ser considerados:
a) O crente que profetiza tem de saber perfeitamente quando está indo além do que lhe foi dado, e deve estar consciente de sua responsabilidade de entregar somente o que Deus lhe autorizou. É necessário que o servo de Deus esteja totalmente sob o controle do Espírito de Deus.
b) O crente que profetiza tem de saber que toda a profecia deve ser julgada, provada (1 Co 14.29; 1 Ts 5.19-21) Toda verdade concedida pelo Espírito Santo é coerente e não se contradiz. Sendo assim, qualquer profecia, para ser aceita, deve ser submetida ao padrão estabelecido pela Profecia Escrita, a Palavra de Deus (Gl 1.8; 1 Jo 2.20,27; 4.1-3).

2. Serviço. É a disposição, ou capacidade, concedida por Deus, para o crente servir e prestar assistência prática aos membros e aos líderes da igreja. Este dom se manifesta em toda forma de ajuda que os cristãos possam prestar uns aos outros, em nome de Jesus. Os que possuem este dom têm prazer em ministrar aos santos as coisas materiais que lhes são necessárias. O dom do serviço, como qualquer outro, é essencial para o bom funcionamento do corpo de Cristo. Quem o tem deve exercê-lo empregando toda a sua energia, no temor do Senhor.

3. Ensino. Diferente da profecia, que é de inspiração direta e imediata (1 Co 14.30), o ensino é resultado da preparação do mestre. Ele é exortado a estudar, a ler, a meditar na Palavra de Deus (1 Tm 4.14-16). Quem ensina recebe de Deus uma capacidade especial para expor e esclarecer as Escrituras com poder e eficiência, a fim de edificar o corpo de Cristo.

4. Exortação. Há uma diferença fundamental entre exortar e ensinar. O ensino tem por objetivo transmitir o conhecimento, lidar com o intelecto, a mente. A exortação toca no coração e atinge a consciência e a vontade de quem está sendo exortado, de modo que a sua fé é estimulada. O crente passa a ter um maior compromisso com o Reino de Deus. Na exortação, as verdades ensinadas são aplicadas imediatamente à vida cristã. Quem tem o dom de exortar não é necessariamente um mestre, embora possa sê-lo (At 11.23).
5. Repartir. Há pessoas especialmente capacitadas por Deus para dar, repartir com os que não têm. Estas devem fazê-lo com simplicidade, lembrando-se das palavras do Mestre: “não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita” (Mt 6.1-4).
6. Governo. É o dom de exercer governo ou presidir, de alguma forma, na Igreja. É a tarefa de cuidar do povo e dos bens do Reino (Hb 13.7; 1 Tm 5.17; 1 Ts 5.12,13). Aos que têm este dom, o apóstolo Pedro diz: “apascentai com cuidado, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto, nem como tendo domínio sobre o rebanho de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe 5.2-4).
7. Misericórdia. É o dom de ministrar e prestar ajuda aos necessitados e aflitos. Este dom deve ser posto em prática com todo o coração, bom ânimo e entusiasmo. Aquele que tem este dom comunica todo o amor divino aos angustiados.
Que dom recebeu você de Cristo? Você o tem exercido com amor e piedade? Ou já o enterrou de forma egoísta? No Reino de Deus, há importantes obras a serem executadas. Por isso, é de fundamental importância exercermos os dons que o Espírito Santo tem nos concedido, a fim de que o Reino se expanda até aos confins da Terra. Que Deus nos ajude nesta tão gloriosa tarefa!

                     “Os dons individuais (12.6-8)

Antes de examinar os dons individualmente, devemos enfatizar que para cada dom o ponto é o mesmo: Se você tem um, use-o. E por isso que a lista de dons é incompleta — de fato, nenhuma lista de dons feita por Paulo é exaustiva (1 Co 12.8-10,28; Ef 4.11). Embora a passagem diante de nós apresente algumas explicações sobre como esses dons devem ser usados, o propósito primário de Paulo é motivação, não instrução. Isso não é incomum. Paulo não define os vários dons em nenhuma das passagens onde ele os alista. Ele presume um entendimento comum por parte da audiência sobre a natureza desses dons, os quais eles teriam recebido por ensino e por observância dos dons em ação. A exceção — isto é, a extensa discussão sobre a natureza de profecia e línguas em 1 Coríntios 14 — não é uma tentativa de apresentar e definir esses dois dons, mas corrigir a percepção dos coríntios e o uso destes.
A lista de sete dons está dividida em duas partes pela estrutura gramatical da passagem que muda abruptamente com o quarto dom. Para cada um dos primeiros três dons, a frase na qual eles aparecem começa com ‘se’; os últimos quatro começam com ‘o que’” (Van Johnson. Romanos. In ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. Comentário Bíblico Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.893-4). FONTE CPAD






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