ESCOLA DOMINICAL BETEL Conteúdo da
Lição 11
Revista da
Betel Melhor Idade na Presença de Deus
13 de março de 2016
Texto Áureo
“Também há entre nós encanecidos e idosos, muito mais idosos do que teu
pai.” Jó 15,10
Verdade Aplicada
A Palavra de Deus alimenta e estimula o respeito pelos mais velhos.
Textos de Referência.
Josué 14.9-11
9 Então Moisés naquele dia jurou, dizendo: Certamente a terra que pisou o
teu pé será tua, e de teus filhos, em herança perpetuamente; pois perseveraste
em seguir ao Senhor meu Deus.
10 E, agora, eis que o Senhor me conservou em vida, como disse; quarenta
e cinco anos há agora, desde que o Senhor falou esta palavra a Moisés, andando
Israel ainda no deserto; e, agora, eis que já hoje sou da idade de oitenta e
cinco anos.
11 E, ainda hoje, estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou;
qual a minha força então era, tal é agora a minha força, para a guerra, e para
sair, e para entrar.
Introdução
Calebe se destacou em todas as fases da sua vida. Quando jovem, superou o
cativeiro do Egito; na meia idade, venceu as dificuldades do deserto e, na
velhice, foi em busca dos seus sonhos (Js 14.10-11).
1. Os idosos são exemplos para os jovens.
A Palavra de Deus está repleta de exemplos que mostram o quanto os idosos
são uma verdadeira bênção para os mais jovens.
1.1. Uma fé de longo alcance.
Noé tinha 600 anos quando o dilúvio veio sobre a Terra (Gn 7.6). Ele
construiu a arca, ajuntou os animais e pregou para as pessoas na sua época (2Pe
2.5),. Por temer a Deus, Noé, junto com sua família, sobreviveu ao dilúvio. Ele
tornou-se o pai de todas as pessoas que vivem na Terra atualmente. Mesmo bem
idoso, Noé permaneceu fiel ao Senhor. Sua fé e determinação produziram
benefícios que são vistos até o dia de hoje e merecem ser imitados por servos
de Deus de todas as idades (Hb 11.7).
1.2. Influência na família.
O Eterno Deus ordenou que Abrão saísse de sua terra aos 75 anos (Gn
12.1-2). Ele obedeceu e só depois de 25 anos viu a realização da promessa do
Senhor (Gn 21.2),5). Ele morou em tendas e como estrangeiro durante o restante
de sua vida (Gn 12.4: Hb 11.8-9). A perseverança do patriarca Abraão teve forte
influência na vida do seu filho Isaque, que permaneceu toda a sua existência
(180 anos), como estrangeiro em Canaã. A base da perseverança de Isaque era sua
fé na promessa de Deus feita aos seus pais e que, mais tarde, o próprio Deus se
encarregou de reforçar (Gn 26.2-5). Os idosos que servem lealmente ao Senhor
podem ter uma influência saudável sobre os membros de sua família (Pv 22.6).
1.3. Influência sobre os irmãos na fé.
Com 110 anos, José deu uma ordem a respeito dos seus ossos (Gn 50.25; Hb
11.22). Sua atitude foi um raio de esperança para o povo de Israel durante os
anos de escravidão que se seguiram após sua morte, dando-lhes a certeza de que
a libertação viria. Baseado nesse ato de fé que Moisés, aos 80 anos, levou os
ossos de José para fora do Egito (Êx 13.19).Vale ressaltar também que o próprio
Moisés foi uma fonte de conselhos maduros e de sabedoria para o jovem Josué (Êx
24.12-18; 32.15-17; Nm 11.28). Com essa injeção de ânimo e influência poderosa,
Josué e Calebe motivaram seus irmãos na fé durante a conquista da Terra
Prometida (Js 14.6-13).
2. A Bíblia, a Igreja e o idoso.
É importante compreender que as Sagradas Escrituras fazem questão de
mencionar a idade daqueles que falecem em adiantada velhice, tamanha a sua
relevância.
2.1. Sábios conselhos.
O Senhor ordenou ao povo de Israel, por intermédio de Moisés, que os
anciãos fossem extremamente respeitados (Lv 19.32). Ao instruir o jovem
Timóteo, o apóstolo Paulo certamente tinha essa ordenança guardada em seu
coração (1Tm 5.1). Por outro lado, o imprudente rei Roboão não levou em
consideração o sábio conselho dos anciãos para diminuir a carga tributária e,
então, provocou a divisão do reino de Israel (1Rs 12.1-15). Os idosos devem ser
apreciados por sua experiência (Pv 20.29). Sem dúvida alguma, os jovens podem
aprender lições valiosas da vida dos idosos (Sl 71.18).
2.2. Conselhos para os idosos.
Preocupado com a boa reputação da Igreja e com o avanço do Evangelho, o
apóstolo Paulo instrui a Tito quanto aos mais idosos na comunidade cristã (Tt
2.2-5). Ele encoraja os homens idosos a serem constantes e sadios na fé. Quanto
às mulheres idosas, Paulo aconselha a serem sérias no seu viver e não
caluniadoras. O apóstolo incentiva as irmãs idosas a serem mestras no bem e
professoras das mais novas. Vale ressaltar que não se trata aqui da instrução
formal, mas que o conselho e encorajamento das irmãs idosas às mais novas se dê
pela palavra e pelo exemplo. É admirável quando os idosos realizam esse
importante trabalho de aconselhamento, de ensino, de transição, para que os
mais novos saibam como fazer e por que fazer.
2.3. Um ministério específico para os idosos.
A Igreja possui um grande número de idosos acima de sessenta anos e,
assim como possui ministério específico com crianças, jovens e adultos, precisa
criar o ministério próprio para os idosos. Tem que ser um ministério que se
preocupe e se comprometa com a atenção e cuidado, buscando formas e métodos que
correspondam ás suas necessidades e expectativas espirituais, sociais,
psicológicas e biológicas. Um ministério que promova a independência, participação,
atenção, realização pessoal e dignidade. Sabendo que o idoso ainda pode
contribuir com sua família, igreja e sociedade, porque a Bíblia valoriza o
idoso (Sl 92.12-15).
3. Três níveis de compreensão.
Diante de uma realidade cada vez mais frequente, o desafio do ministério
com idosos é trabalhar com três níveis de compreensão. São eles:
3.1. Compreensão para o idoso.
Trata-se da educação para o envelhecimento, levando-os a refletir sobre
algumas questões como: Qual a visão do seu auto envelhecimento? O que o
envelhecimento significa para você? Com que idade alguém se torna “velho”? Como
fazer para que os anos acrescentados de esperança de vida transcorram com uma
qualidade de vida mais satisfatória? Como você pode ajudar os outros a
envelhecerem com mais sucesso?
3.2. Compreensão do idoso.
Para isso, é necessário quebrar paradigmas da sociedade em geral quanto
ao envelhecimento. Combater intensamente o preconceito contra os idosos,
permitindo-lhes manter sua independência, reconhecer sua autonomia para tomar
suas decisões e reafirmar a sua dignidade, respeito, valor e reconhecimento.
3.3. Compreensão com o idoso.
Nesse estágio é necessário preparar e capacitar àqueles que desejam atuar
no ministério com a melhor idade para que os reconheçam, honrem, integrem e os
envolvam com as demais gerações (inter geracionalidade). É necessária a
formação de um grupo de convivência para a melhor idade, objetivando um
envelhecimento saudável e de forma integral, isto é,
bio-psico-social-espiritual para os idosos. Para isso, devemos ter em mente
alguns objetivos específicos: proporcionar aos idosos a oportunidade de
formação e fortalecimento de amizades e o desenvolvimento do companheirismo;
criar oportunidades de compartilhar e valorizar experiências vividas;
possibilitar o aprendizado de novas habilidades, ampliando o interesse pelo
mundo à sua volta; proporcionar alternativas para utilização das novas e
antigas habilidades (voluntariado e remunerado); oferecer atualização de
conhecimentos; criar oportunidades para a realização de passeios, viagens e
excursões; proporcionar momentos de reflexão a respeito do processo de
envelhecimento; proporcionar capacitação física e recreativa através do lazer,
atividades lúdicas, sociais e culturais; despertar e reforçar princípios
cristãos que permitam uma vivência mais significativa e feliz.
Conclusão.
É preciso entender que a contribuição do idoso pode ser valiosíssima no
desenvolvimento da família, da Igreja e da sociedade. Seu envelhecimento pode
ser caracterizado por atividades produtivas. O que você será quando envelhecer?
O que fará quando envelhecer?
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