SUBSIDIO CPAD ADULTOS O JUIZO FINAL
Apocalipse
20.11-15.
Professor, estamos próximo ao término
do trimestre. Sua classe tem crescido na graça e no conhecimento conforme nos
adverte a Bíblia? Como sua turma tem se comportado durante as lições? Estão
motivados? Interessados? Estão participando ativamente por meio de perguntas e
colocações. Faça uma avaliação! Elabore um questionário com perguntas sobre as
lições anteriores. Recapitule. A recapitulação é sumamente importante para
garantir o encadeamento de ideias e um elevado nível de retenção dos conteúdos
de ensino. Quando pontos mais importantes são revistos, reforça-se o
aprendizado de conceitos-chaves.
O vocábulo grego traduzido por
“tribunal” no Novo Testamento é “bema”, cujo significado literal é “passo”, representando
“uma medida pequena”. A expressão em Atos 7.5 “bema podos” traduzido por
“julgarei” é no grego “o espaço de um pé”, referindo-se à plataforma oficial de
onde se proferia discursos (At 12.21), juízos e sentenças (Jo 19.13), ou onde o
réu comparecia (At 25.6). Portanto, a palavra se refere ao “tribunal” ou a um
“trono de julgamento”. O Novo Testamento menciona três tipos de tribunais:
humano (1 Co 4.3), de Cristo e de Deus (2 Co 5.10; Rm 14.10), bem como cinco
categorias de julgamentos: das nações (Mt 25.31-40), de Israel (Ez 20.34-38; Ml
3.2-5), dos crentes nos céus (2 Co 5.10), dos anjos (1 Co 6.3; 2 Pe 2.4; Jd
v.6) e do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). Neste último, serão julgados todos
os homens não inscritos no Livro da Vida (Ap 20.12,15). Após o julgamento, o
destino ou estado final destes são identificados como “fogo e tormento
eterno”(Mt 25.41,46) e, “segunda morte” (Ap 21.8).
DIDÁTICA
Professor, para esta aula sugerimos a
utilização de um Quadro Didático que exponha os principais tipos de julgamentos
mencionados na Bíblia. Desenhe o modelo abaixo num quadro-de-giz ou cartolina.
Não faça letras muito pequenas. O tamanho deve ser proporcional à distância da
qual o cartaz será lido.
INTRODUÇÃO
Terminada a Segunda Guerra Mundial, os
aliados reuniram-se na cidade alemã de Nuremberg, a fim de julgar os líderes
nazistas por haverem estes cometido o mais hediondo crime contra a humanidade.
Apesar de vários assessores de Hitler serem punidos com a morte, outros
criminosos, igualmente culpáveis, conseguiram fugir ao julgamento, e
refugiarem-se em confortáveis anonimatos.
No Julgamento Final, entretanto,
ninguém escapará à justiça divina. Contra esta não há casuísmo nem brechas
jurídicas. Os culpados serão, severamente, lançados no lago de fogo, onde serão
atormentados pelos séculos dos séculos.
Nesta lição, estaremos considerando o
Julgamento Final. Veremos por que este será instaurado e como atuará.
I. O JULGAMENTO FINAL
1. Definição. O Julgamento Final é a
sessão judicial que terá lugar na consumação de todas as coisas temporais que,
conduzido pelo Todo-Poderoso, retribuirá a cada criatura moral o que esta tiver
cometido através do corpo durante a sua vida terrena.
2. No Antigo Testamento. Embora seja o
Julgamento Final tratado, implicitamente, do primeiro ao último livro do Antigo
Testamento, foi o profeta Daniel que discorreu, de forma mais explícita, acerca
deste ato que haverá de realçar a supremacia e a singularidade da justiça
divina: “Naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar
escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns
para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Os sábios, pois,
resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a
justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente” (Dn 12.1-3).
3. No Novo Testamento. No Sermão
Profético, o Senhor deixa bem claro que o Julgamento Final não é uma mera
hipótese; é uma realidade: “E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e
todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e
todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o
pastor aparta dos bodes as ovelhas” (Mt 25.31-41).
Paulo, Pedro e João tratam do
Julgamento Final como algo integrante do plano redentivo de Deus. Na presente
era, o Todo-Poderoso, através de seu Filho, oferece gratuitamente a salvação a
todos os que creem, mas, na vindoura, haverá de condenar a quantos rejeitaram o
Senhor Jesus e a graciosa salvação que ele consumou na cruz (2 Tm 4.1; 1 Pe
4.5; Ap 20.4).
4. Nosso Credo. O Credo das Assembleias
de Deus no Brasil afirma de forma bem clara e irrespondível: “Cremos no Juízo
Vindouro que justificará os fiéis e condenará os infiéis”.
II. OBJETIVOS DO JULGAMENTO FINAL
Tem o Julgamento Final vários objetivos
conforme revelam-nos as Sagradas Escrituras:
1. Mostrar que a justiça de Deus deve
ser observada e acatada por todos. Quando intercedia por Sodoma e Gomorra,
indaga Abraão ao Senhor: “Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn
18.25). Esta mesma pergunta é feita ainda hoje por milhões de seres humanos
inconformados com a situação a que este mundo chegou. No Julgamento Final,
contudo, mostrará Deus que a sua justiça haverá de prevalecer de forma absoluta
tanto sobre os vivos como sobre os que já tiverem morrido. Nosso Deus não
compactua com a impunidade.
2. Punir os que rejeitaram a Cristo
Jesus e sua tão grande salvação. Os que aceitam a Cristo Jesus são
automaticamente justificados pela fé diante de Deus. Todavia, aqueles que
rejeitam a sua justiça, hão de ser lançados no lago de fogo (Ap 20.15; Mt
25.41). Jamais entraremos nos céus fiados em nossa justiça que, aos olhos de
Deus, não passa de trapos de imundície (Is 64.6).
3. Destruir a personificação do mal. Afirma
Paulo aos irmãos de Corinto que iremos julgar os anjos: “Não sabeis vós que
havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1
Co 6.3). O apóstolo refere-se, logicamente, aos anjos que acompanharam o ungido
querubim em sua estúpida rebelião contra Deus; aos tais reservou o Senhor o
lago de fogo (Mt 25.41). E, assim, estará sendo destruída, de uma vez por
todas, a personificação do mal. Aliás, o Diabo há de ser lançado no eterno
tormento antes mesmo da instauração do Julgamento Final (Ap 20.10-12).
III. OS FUNDAMENTOS DO JULGAMENTO FINAL
Se os falhos e imperfeitos julgamentos
humanos têm os seus fundamentos, o que não diremos do Julgamento Final que será
efetuado pelo justíssimo Deus. Vejamos, pois, em que consistem os fundamentos
do Julgamento Final.
1. A natureza justa e santa de Deus. Em
sua primeira carta, João oferece-nos uma das mais belas definições essenciais
do Todo-Poderoso: “Deus é amor” (1 Jo 4.8). Contudo, não podemos esquecer-nos
de que Deus possui uma natureza santa e justa. Todas as vezes que a sua
santidade é ferida, sua justiça reclama, de imediato, uma reparação. Por
conseguinte, estes dois atributos de Deus: a justiça e a santidade acham-se a
fundamentar o Julgamento Final. Neste, todos os que porfiaram em menosprezar a
santidade de Deus terão de se haver ante a sua justiça (Rm 2.5-10).
2. A Palavra de Deus. Além da natureza
santa e justa de Deus, o Julgamento Final terá como fundamento a Palavra de
Deus. Os que hoje a desprezam, serão por ela julgados conforme realçou o Senhor
Jesus Cristo: “Quem me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem
quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia”
(Jo 12.48).
3. A consciência das criaturas morais.
Os impenitentes também serão julgados por sua própria consciência que, embora
falha, não deixa de ser um dos fundamentos do Julgamento Final: “Os quais
mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua
consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Rm
2.15). A lei moral divina acha-se gravada na consciência de todo o ser humano.
É um dos “livros” a ser aberto no dia do juízo (Ap 20.12).
IV. COMO SE DARÁ O JULGAMENTO FINAL
O Julgamento Final terá início logo
após o Milênio. O Apocalipse mostra que, terminados os mil anos, Satanás será
temporariamente solto, e sairá a seduzir as nações, buscando induzi-las a se
revoltarem contra o Cristo de Deus. Mas eis que sairá fogo do céu, e destruirá
por completo os que se houverem levantado contra o Senhor (Ap 20.7-10).
Em seguida, terá início o Julgamento
Final, que o Livro de Apocalipse descreve de forma vívida:“E vi um grande trono branco e o que
estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se
achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante
do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os
mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as
suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram
os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a
morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E
aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”
(Ap 20.11-15).
Hoje, através de Cristo Jesus, somos
justificados por Deus. A partir do momento em que, pela fé, recebemos a Jesus
como o nosso único e suficiente Salvador, passamos a ser vistos por Deus como
se jamais tivéssemos cometido qualquer pecado; passamos a ser vistos como
santos.
Se você ainda não recebeu a Jesus,
faça-o agora mesmo! Somente Ele pode justificar-nos.
Querido Jesus, agradecemos-te, porque
morreste na cruz, para que fôssemos plenamente justificados. E, agora, com base
no teu precioso sangue, nenhuma condenação pesa sobre nós. Como a tua graça é
maravilhosa! Tu nos livraste da ira vindoura.
“Este será o grande dia: o Juiz, o
Senhor Jesus Cristo, vestido de majestade e terror. As pessoas que serão
julgadas são os mortos, pequenos e grandes, jovens e velhos; altos e baixos;
ricos e pobres. Ninguém é tão vil que não tenha talentos dos quais deverá
prestar contas; e ninguém é tão grande que possa se livrar da prestação de
contas; não somente os que estiverem vivos quando Cristo vier, mas todos os
mortos também. Há um livro de memórias para o bem e o mal; o livro da
consciência dos pecadores, mesmo que antes secreto, então será aberto. Cada
homem recordará todos os seus atos passados, ainda que muitos os tenham
esquecido há muito tempo. Outro livro será aberto, o livro das Escrituras, a
regra da vida; representa o conhecimento do Senhor sobre o seu povo e suas
declarações de arrependimento, a fé e as boas obras deles, mostrando as bênçãos
do novo pacto. Os homens serão condenados ou justificados pelas suas obras; Ele
provará seus princípios por suas práticas... Esta é a segunda morte, a
separação final entre os pecadores e Deus. Que o nosso grande desejo seja
observar se as nossas Bíblias nos justificam ou nos condenam agora; Cristo
julgará os segredos de todos os homens conforme o Evangelho. Quem habitará com
as chamas devoradoras?” (HENRY, M. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 3 ed.,
RJ: CPAD, 2003, pp.1113-4)
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PAZ DO SENHOR
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