Introdução ao Antigo Testamento
Antigo testamento (AT) é o nome que os cristãos dão ao conjunto das Escrituras Sagradas do povo de Israel. Esses livros, originalmente escrito em hebraico, fazem parte também da Bíblia Sagrada dos cristãos.
O Antigo Testamento fala sobre a antiga aliança de Deus, por meio dos patriarcas e de Moisés, fez com o seu povo. Já o Novo Testamento trata da nova aliança que Deus, por meio de Jesus Cristo, fez com o seu povo.
Os israelitas agrupam os livros do antigo Testamento em três divisões:
1- Lei:
A Lei agrupa os primeiros cinco livros do AT.
2- Profetas:
Os profetas têm duas divisões: Os Profetas Anteriores (de Josué a 2Reis), e os Posteriores (Isaias a Malaquias). Os profetas de Oséias a Malaquias recebem dos israelitas o nome de “O Livro dos Doze”.
3- Escritos:
fazem parte desta divisão os seguintes livros: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.
fazem parte desta divisão os seguintes livros: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.
As três divisões correspondem à ordem histórica em que os seus livros foram aceitos como autorizados a fazerem parte do cânon dos israelitas. “Cânon” é a coleção de livros aceitos como Escrituras Sagradas.
As Igrejas Cristãs seguem, em geral, um arranjo diferente do dos israelitas, mas os livros são os mesmos, em número de trinta e nove. Essa ordem se encontra nas antigas versões gregas e latinas usadas pela igreja primitiva.
Os primeiros cinco livros do AT são chamados de “Pentateuco” ou “Os Livros da Lei”. A palavra “Pentateuco” quer dizer “cinco volumes”. Eles falam sobre a criação do mundo e da humanidade e contam a história dos hebreus, começando com a chamada de Abraão e continuando até a morte de Moisés, que aconteceu quando o povo de Israel estava para entrar em Canaã, a Terra Prometida.
Os doze livros seguintes, de Josué até Ester, são livros históricos, que narram os principais acontecimentos da história de Israel desde a sua entrada na Terra Prometida até o tempo em que as muralhas de Jerusalém foram reconstruídas, depois da volta dos israelitas do cativeiro. Isso aconteceu uns quatrocentos e quarenta e cinco anos antes do nascimento de Cristo.
Os livros de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Lamentações de Jeremias são chamados de Livros Poéticos.
Os últimos dezessete livros do AT contêm mensagens de Deus anunciadas ao povo de Israel pelos profetas. Esses mensageiros de Deus condenavam os pecados do povo, exigiam o arrependimento e prometiam as bênçãos divinas para as pessoas que confiassem em Deus e vivessem de acordo com a vontade dele. Es livros estão divididos em dois grupos: Profetas Maiores (Isaias a Daniel) e Profetas Menores (Oséias a Malaquias).
Algumas versões antigas, tais como a Septuaginta, em grego, e a Vulgata, em latim, incluem no AT alguns livros que não se encontram na Bíblia Hebraica de Israel. Esses livros foram escritos no período intertestamentário. A Igreja Romana os aceita e os chama de “Deuterocanônicos”, isto é, pertencem a um “segundo cânon”. São eles: Tobias, Judite, Ester Grego, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Carta de Jeremias e os acréscimos a Daniel, que são a Oração de Azarias e as histórias de Suzana, de Bel e do Dragão.
A formação do Antigo Testamento
Os trinta e nove livros que compõem o AT foram escritos durante um período de mais de mil anos. As histórias, os hinos, as mensagens dos profetas e as palavras de sabedoria foram agrupadas em coleções, que, com o tempo foram juntadas e aceitas como escritura sagrada.
Alguns livros de história que são mencionados no AT se perderam. São eles: Livro do Justo (Js 10.13), a História de Salomão (1Rs 11.41), a História dos Reis de Israel (1Rs 14.19) e a História dos Reis de Judá (1Rs 14.29).
Os livros de Salmos e de Provérbios são obra de vários autores.
Para o povo de Israel conhecer o autor de determinado livro das Escrituras não era tão importante como reconhecer que se tratava de livro que tinha sido escrito por inspiração divina e que continha mensagem ou mensagens de valor permanente a respeito de Deus e de seus relacionamentos com o povo de Israel em particular e com os povos do mundo em geral. São variadas e divididas as opiniões dos estudiosos das Escrituras quanto à autoria de cada livro em particular.
Prosa e Poesia no Antigo Testamento
Boa parte do AT está escrita em prosa. Estão escritos em prosa os relatos da vida de pessoas, como se pode ver em Gênesis e Rute. Outros livros narram a história de Israel, por exemplo, Êxodo 1-19, partes de Números, Josué, Juizes, Samuel, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Estão em prosa os registros das leis dadas por Deus a Israel, bem como os assuntos relacionados ao culto.
O Livro de Deuteronômio consta principalmente de discurso pronunciados por Moisés.
Há livros de profetas escritos em prosa, como, por exemplo, Jeremias (boa parte), Ezequiel, Daniel e os profetas menores, menos Naum e Habacuque.
Nos livros de Provérbios e Eclesiastes, aparece uma forma especial de prosa apropriada à literatura de sabedoria.
Há vários livros e partes de livros que foram escritos em forma de poesia. A poesia hebraica se expressa de uma forma especial chamada de paralelismo. As características desse tipo de poesia são tratadas em Salmos, ela se chama litúrgica, porque os Salmos forma escritos para serem usados no culto.
O livro de Jó também é poético. Há livros proféticos que empregam a linguagem poética, como Isaías, partes de Jeremias, Lamentações, Naum e Habacuque.
Geografia de Israel
Incluindo-se os territórios dos dois lados do rio Jordão, o Israel antigo ocupava uma área de mais ou menos 16.000 km quadrados. De norte a sul, isto é, de Dã até Berseba, a distância era de 240 km. De leste a oeste, isto é, de Gaza até o mar Morto, a distância é de 86 km. Mas é impressionante o fato de que um país tão pequeno tenha exercido uma influência religiosa tão poderosa que se estende pelo mundo inteiro até hoje.
Os vizinhos mais próximos de Israel eram, no litoral, os filisteus e os fenícios; ao norte, estavam os heteus e os arameus (sírios); a leste do Jordão, habitavam os amonitas e os moabitas; e, ao sul, os edomitas. Os vizinhos mais distantes eram o Egito e a Assíria.
Durante o período da conquista dos Juízes, o país foi dividido pelas tribos de Israel. No período do Reino unido, a capital era Jerusalém. Após a divisão a capital de Judá (Reino do Sul), era Jerusalém e capital de Israel (Reino do Norte), era Samaria.
Na terra de Israel, observam-se quatro zonas paralelas, na direção norte-sul. A primeira zona é a planície costeira. A segunda, no centro, é a região montanhosa. A terceira é o vale do Jordão, rio que desemboca no mar Morto. E a quarta é o planalto onde hoje está a Jordânia.
Os Israelitas dividiam o ano em duas estações. No verão, fazia calor e se colhiam frutas; no inverno, terminavam as colheitas, chovia e fazia frio.
Períodos da História de Israel
A história do povo de Deus no AT divide-se em oito períodos.
1º Período: De mais ou menos 1900 a 1700 aC, e nele viveram os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
2º Período: Escravidão no Egito e êxodo, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O líder nesse período é Moisés.
3º Período: Conquista e posse de Canaã, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O povo é comandado por Josué e pelos Juízes. O último juiz foi Samuel.
4º Período: O Reino unido, mais ou menos de 1030 a 932 aC. O povo é governado por três reis: Saul, Davi e Salomão.
5º Período: O Reino dividido, de 931 a 586 aC. O Reino de Israel, ao norte, durou 200 anos. Samaria, sua capital, caiu em 722 aC. Conquistada pelos assírios. O Reino de Judá, ao sul, durou 345 anos, tendo chegado ao fim com a conquista de Jerusalém pelos babilônios em 587 ou 586 aC.
6º Período: O período do cativeiro, também chamado de exílio, começou em 722, com a conquista de Samaria. Os moradores do Reino do norte foram levados como prisioneiros para a Assíria. 136 anos depois, em 587 ou 586, Jerusalém foi conquistada, e os moradores do Reino do sul foram levados para a Babilônia.
7º Período: A volta do povo de Deus à Terra Prometida começou em 538 aC, por ordem de Ciro, rei da Pérsia, que havia dominado a Babilônia. Vários grupos de judeus voltaram para a terra de Israel, ficaram morando nela e reconstruíram o templo (520 aC) e as muralhas de Jerusalém (445-443 aC).
8º Período: É o intertestamentário, isto é, o que fica entre o fim do Antigo Testamento e o começo do Novo Testamento. Ele vai de Malaquias, o último profeta, que profetizou entre 500 e 450 aC, até o nascimento de Cristo.
Este período é chamado de helenístico por causa do domínio e da cultura grega. O rei grego Alexandre, o Grande, começou a governar Israel em 333 aC.
De 323 a 198, o governo foi exercido pelos ptolomeus, descendentes de um general de Alexandre. De 198 a 166, o domínio foi dos selêucidas, descendentes de um general de Alexandre que havia governado a Síria. De 166 a 63, Israel viveu 123 anos de independência, sendo o país governado pelos asmoneus, que eram descendentes de Judas Macabeu, o líder da libertação de Israel. Em 63 aC, Jerusalém caiu em poder dos romanos e passou a fazer parte do Império Romano. O governo em Israel era exercido por reis nomeados pelo Imperador de Roma. Um desses reis foi Herodes, o Grande, que governou de 37 a 4 aC.
Valores Religiosos
O Antigo Testamento registra a experiência que os seus autores e o povo de Israel tiveram com Javé, o verdadeiro Deus. As nações vizinhas tinham vários deuses e deusas, que eram adorados na forma de imagens (ídolos). A crença de Israel era diferente. Javé era o único Deus de Israel, e dele não se faziam imagens. Javé era o Deus único, Criador e Senhor do Universo. Ele era um Deus vivo e salvador, sempre vivendo com o seu povo.
Esse Deus impunha aos seus adoradores leis e normas morais que tinha em vista um procedimento correto nos relacionamentos da vida. E havia leis sociais que protegiam interesses das outras pessoas, inclusive as marginalizadas, e do povo como um todo. Javé perdoava as pessoas que quebravam suas leis. Mas o perdão era somente concedido na condição de as pessoas se arrependerem, confessarem os seus erro e se disporem a corrigir-se. As pessoas que permaneciam em pecado, eram julgadas por Deus e castigadas.
Javé fez com o povo de Israel uma aliança, pela qual ele prometeu ser o Deus de Israel; e o povo, por sua vez, prometeu ser fiel a Deus, disposto a seguir e obedecer às suas leis. Essa doutrina fundamental da crença do povo de Israel é complementada por estas palavras que Jesus pronunciou na ocasião da instituição da Ceia: “Este cálice é a nova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês” (Lc 22.20).
Por meio de símbolos e de profecias, o AT preparou o povo de Deus para a vinda do Messias, aquele que Deus iria enviar a fim de trazer a salvação completa para as pessoas.
Para se entender bem o Novo Testamento, é necessário recorrer ao AT, porque este forma a base para os ensinamentos encontrados no Novo Testamento. Mas nem todo os ensinamentos encontrados no AT têm validade para os cristãos. O cristão lê o AT com a luz que vem da maneira de Jesus interpretá-lo e completá-lo. Jesus disse: “Não pensem que eu vim acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo” (Mt 5.17). E, logo adiante Jesus afirmou algo que é totalmente novo: “Vocês sabem o que foi dito: ‘Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.’ Mas eu lhes digo: ‘Ame os seus inimigos e amem os que perseguem vocês’” (Mt 5.43,44). Essas palavras de Jesus sobre inimigos vão muito além dos ensinamentos do AT sobre o assunto.
Os ensinamentos do AT sobre a lei, o culto, a conduta das pessoas, a sua vida, a sua morte e a sua vida após a morte são entendidos e vividos pelos cristãos à luz da revelação completa e final que se encontra no Novo Testamento.
Fonte: Bíblia de Estudo NTLH
TEXTO E FORMA
Antigo Testamento é o nome dado, desde os primórdios do Cristianismo, às escrituras sagradas do povo de Israel, formadas por um conjunto de livros muito diferentes uns dos outros em caráter e gênero literário e pertencentes a diversas épocas e autores.
O Antigo Testamento ocupa, sem dúvida, um lugar preeminente no quadro geral da importante literatura surgida no Antigo Oriente Médio. No decorrer da sua longa história, egípcios, sumérios, assírios, babilônicos, fenícios, hititas, persas e outros povos da região produziram um importante tesouro de obras literárias porém nenhuma delas se compara ao Antigo Testamento quanto à riqueza dos temas e beleza de expressão e, muito menos, quanto ao valor religioso.
Os gêneros literários do Antigo Testamento
Em termos gerais, todos os escritos do Antigo Testamento podem ser incluídos em um ou outro dos dois grandes gêneros literários que são a prosa e a poesia em tudo, uma segunda aproximação permite apreciar a grande diversidade de classes e estilos que, muitas vezes misturados entre si, configuram ambos os gêneros.
Quanto à prosa, é o gênero no qual estão escritos textos como os seguintes:
a) relatos históricos, presentes sobretudo nos livros de caráter narrativo e que, a partir de Abraão (Gn 11.27-25.11), referem-se ou diretamente ao povo de Israel e aos seus personagens mais significativos ou indiretamente aos povos e nações cuja história está relacionada muito de perto com Israel;
b) o relato de Gn 1-3 sobre as origens do mundo e da humanidade, o qual, do ponto de vista literário, merece referência à parte;
c) passagens especiais (p. ex., a história dos patriarcas), narrações épicas (p. ex., o êxodo do Egito e a conquista de Canaã), quadros familiares (p. ex., o livro de Rute), profecias (em parte), visões, crônicas oficiais, diálogos, discursos, instruções, exortações e genealogias;
d) textos legais e normas de conduta e regulamentação da prática religiosa coletiva e pessoal.
Quanto à poesia, o Antigo Testamento oferece vários modelos literários, que podem ser resumidos em:
a) cúlticos (p. ex., Salmos e Lamentações);
b) proféticos (uma parte muito importante dos textos dos profetas de Israel);
c) sapienciais, os quais recolhem reflexões e ensinamentos relativos à vida diária (Provérbios e Eclesiastes) ou que giram em torno de algum problema de caráter teológico (Jó).
Autores e tradição
De acordo com a sua origem, os livros do Antigo Testamento podem ser classificados em dois grandes grupos. O primeiro é formado pelos escritos que deixam transparecer a atividade criadora do autor e parecem ser marcados pelo selo da sua personalidade. Tal é o caso de boa parte dos textos proféticos, cuja mensagem inicial foi, às vezes, ampliada, chegando, posteriormente, ao seu pleno desenvolvimento em âmbitos onde a inspiração do profeta original se deixava sentir com intensidade.
No segundo grupo são incluídos os livros nos quais, não tendo permanecido marcas próprias do autor, foram as tradições que se encarregaram de transmitir a mensagem preservada pelo povo, proclamando-a e aplicando-a às circunstâncias próprias de cada tempo novo. A esse grupo pertence uma boa parte da narrativa histórica e da literatura cúltica e sapiencial.
Transmissão do texto
A passagem da tradição oral para a escrita chega ao Antigo Testamento num tempo em que o papiro e o pergaminho já estavam em uso como materiais de escrita. Deles se faziam longas tiras que, convenientemente unidas, formavam os chamados "rolos", uma espécie de cilindros de peso e volume às vezes consideráveis. Assim, chegaram até nós os textos do Antigo Testamento (cf. Jr 36), ainda que não nos seus manuscritos hebraicos originais, porque com o tempo todos desapareceram, mas graças à grande quantidade de cópias feitas ao longo de muitos séculos. Dentre elas, as mais antigas que temos pertencem ao séc. I a.C. Foram descobertas em lugares como Qumran, a oeste do mar Morto, algumas em muito bom estado de conservação e outras, muito deterioradas e reduzidas a fragmentos.
Das cópias que contêm o texto integral da Bíblia Hebraica, a mais antiga é o Códice de Alepo, que data do séc. X d.C. e é o reflexo da tradição tiberiense.
O sistema alfabético utilizado nos primitivos manuscritos hebraicos carecia de vogais: na sua época e de acordo com um uso comum de diversas línguas semíticas, somente as consoantes tinham representação gráfica. Essa peculiaridade era, obviamente, uma fonte de sérios problemas de leitura e interpretação dos escritos bíblicos, cuja unificação realizaram os especialistas judeus do final do séc. I d.C.
O trabalho daqueles sábios foi favorecido na última parte do séc. V a.C. pelo desenvolvimento, sobretudo em Tiberíades e Babilônia, de um sistema de leitura que culminou entre os séculos VIII e XI d.C. com a composição do texto chamado "massorético". Nele, fruto do intenso trabalho realizado pelos "massoretas" (ou "transmissores da tradição"), ficou definitivamente fixada a leitura da Bíblia Hebraica através de um complicado conjunto de sinais vocálicos e entonação.
Apesar do excelente cuidado que os copistas tiveram para fazer e conservar as cópias do texto bíblico, nem sempre puderam evitar que aqui e ali fossem introduzidas pequenas variantes na escrita. Por isso, a fim de descobrir e avaliar tais variantes, o estudo dos antigos manuscritos implica uma minuciosa tarefa de comparação de textos, não somente entre umas ou outras cópias hebraicas, mas também em antigas traduções para outras línguas:
o texto samaritano do Pentateuco (escrita samaritana)
as versões gregas, especialmente a LXX (feita em Alexandria entre os séculos III e II a.C. e utilizada freqüentemente pelos escritores do Novo Testamento)
as aramaicas (os targumim, versões parafrásticas)
as latinas, em especial a Vulgata
as siríacas, as coptas ou a armênia. Os resultados desse trabalho de fixação do texto se encontram sintetizados nas edições críticas da Bíblia Hebraica.
GEOGRAFIA E RELIGIÃO
A Palestina do Antigo Testamento
A região onde se desenrolaram os acontecimentos mais importantes registrados no Antigo Testamento está situada na zona imediatamente a leste da bacia do Mediterrâneo. O nome mais antigo dela registrado na Bíblia é "terra de Canaã" (Gn 11.31), substituído posteriormente, entre os israelitas, por "terra de Israel" (1Sm 13.19 Ez 11.17 Mt 2.20). Os gregos e romanos preferiram chamá-la de "Palestina", termo derivado do apelativo "filisteu", pelo qual era conhecido o povo que habitava a costa do Mediterrâneo. No tempo em que o Império Romano dominou o país, pelo menos uma região deste recebeu o nome de "Judéia". Durante a maior parte do período monárquico (931-586 a.C.), a terra de Israel esteve dividida em duas: ao sul, o reino de Judá, sendo Jerusalém sua capital e ao norte, o reino de Israel, tendo a cidade de Samaria como capital. As grandes diferenças políticas que separavam ambos os reinos aumentaram ainda mais quando, em 721 a.C., o reino do Norte foi conquistado pelo exército assírio.
O território palestino é formado por três grandes faixas paralelas que se estendem do Norte ao Sul. A ocidental, uma planície banhada pelo Mediterrâneo, estreita-se em direção ao Norte, na Galiléia, e depois fica cercada pelo monte Carmelo. Nessa planície se encontravam as antigas cidades de Gaza, Asquelom, Asdode e Jope (atualmente um subúrbio de Tel Aviv) e a Cesaréia romana, de construção mais recente.
A faixa central é formada por uma série de montanhas que, desde o Norte, como que se desprendendo da cordilheira do Líbano, descem paralelas pela costa até penetrar no Sul, no deserto de Neguebe. O vale de Jezreel (ou de Esdrelom), entre a Galiléia e Samaria, cortava a cadeia montanhosa, cujas duas alturas máximas estão uma (1.208 m) na Galiléia e a outra (1.020 m), na Judéia. Nessa faixa central do país, encontra-se a cidade de Jerusalém (cerca de 800 m acima do nível do mar) e outras importantes da Judéia, Samaria e Galiléia.
A oriente da região montanhosa serpenteia o rio Jordão, o maior rio da Palestina, o qual nasce ao norte da Galiléi
Antigo Testamento é o nome dado, desde os primórdios do Cristianismo, às escrituras sagradas do povo de Israel, formadas por um conjunto de livros muito diferentes uns dos outros em caráter e gênero literário e pertencentes a diversas épocas e autores.
O Antigo Testamento ocupa, sem dúvida, um lugar preeminente no quadro geral da importante literatura surgida no Antigo Oriente Médio. No decorrer da sua longa história, egípcios, sumérios, assírios, babilônicos, fenícios, hititas, persas e outros povos da região produziram um importante tesouro de obras literárias porém nenhuma delas se compara ao Antigo Testamento quanto à riqueza dos temas e beleza de expressão e, muito menos, quanto ao valor religioso.
Os gêneros literários do Antigo Testamento
Em termos gerais, todos os escritos do Antigo Testamento podem ser incluídos em um ou outro dos dois grandes gêneros literários que são a prosa e a poesia em tudo, uma segunda aproximação permite apreciar a grande diversidade de classes e estilos que, muitas vezes misturados entre si, configuram ambos os gêneros.
Quanto à prosa, é o gênero no qual estão escritos textos como os seguintes:
a) relatos históricos, presentes sobretudo nos livros de caráter narrativo e que, a partir de Abraão (Gn 11.27-25.11), referem-se ou diretamente ao povo de Israel e aos seus personagens mais significativos ou indiretamente aos povos e nações cuja história está relacionada muito de perto com Israel;
b) o relato de Gn 1-3 sobre as origens do mundo e da humanidade, o qual, do ponto de vista literário, merece referência à parte;
c) passagens especiais (p. ex., a história dos patriarcas), narrações épicas (p. ex., o êxodo do Egito e a conquista de Canaã), quadros familiares (p. ex., o livro de Rute), profecias (em parte), visões, crônicas oficiais, diálogos, discursos, instruções, exortações e genealogias;
d) textos legais e normas de conduta e regulamentação da prática religiosa coletiva e pessoal.
Quanto à poesia, o Antigo Testamento oferece vários modelos literários, que podem ser resumidos em:
a) cúlticos (p. ex., Salmos e Lamentações);
b) proféticos (uma parte muito importante dos textos dos profetas de Israel);
c) sapienciais, os quais recolhem reflexões e ensinamentos relativos à vida diária (Provérbios e Eclesiastes) ou que giram em torno de algum problema de caráter teológico (Jó).
Autores e tradição
De acordo com a sua origem, os livros do Antigo Testamento podem ser classificados em dois grandes grupos. O primeiro é formado pelos escritos que deixam transparecer a atividade criadora do autor e parecem ser marcados pelo selo da sua personalidade. Tal é o caso de boa parte dos textos proféticos, cuja mensagem inicial foi, às vezes, ampliada, chegando, posteriormente, ao seu pleno desenvolvimento em âmbitos onde a inspiração do profeta original se deixava sentir com intensidade.
No segundo grupo são incluídos os livros nos quais, não tendo permanecido marcas próprias do autor, foram as tradições que se encarregaram de transmitir a mensagem preservada pelo povo, proclamando-a e aplicando-a às circunstâncias próprias de cada tempo novo. A esse grupo pertence uma boa parte da narrativa histórica e da literatura cúltica e sapiencial.
Transmissão do texto
A passagem da tradição oral para a escrita chega ao Antigo Testamento num tempo em que o papiro e o pergaminho já estavam em uso como materiais de escrita. Deles se faziam longas tiras que, convenientemente unidas, formavam os chamados "rolos", uma espécie de cilindros de peso e volume às vezes consideráveis. Assim, chegaram até nós os textos do Antigo Testamento (cf. Jr 36), ainda que não nos seus manuscritos hebraicos originais, porque com o tempo todos desapareceram, mas graças à grande quantidade de cópias feitas ao longo de muitos séculos. Dentre elas, as mais antigas que temos pertencem ao séc. I a.C. Foram descobertas em lugares como Qumran, a oeste do mar Morto, algumas em muito bom estado de conservação e outras, muito deterioradas e reduzidas a fragmentos.
Das cópias que contêm o texto integral da Bíblia Hebraica, a mais antiga é o Códice de Alepo, que data do séc. X d.C. e é o reflexo da tradição tiberiense.
O sistema alfabético utilizado nos primitivos manuscritos hebraicos carecia de vogais: na sua época e de acordo com um uso comum de diversas línguas semíticas, somente as consoantes tinham representação gráfica. Essa peculiaridade era, obviamente, uma fonte de sérios problemas de leitura e interpretação dos escritos bíblicos, cuja unificação realizaram os especialistas judeus do final do séc. I d.C.
O trabalho daqueles sábios foi favorecido na última parte do séc. V a.C. pelo desenvolvimento, sobretudo em Tiberíades e Babilônia, de um sistema de leitura que culminou entre os séculos VIII e XI d.C. com a composição do texto chamado "massorético". Nele, fruto do intenso trabalho realizado pelos "massoretas" (ou "transmissores da tradição"), ficou definitivamente fixada a leitura da Bíblia Hebraica através de um complicado conjunto de sinais vocálicos e entonação.
Apesar do excelente cuidado que os copistas tiveram para fazer e conservar as cópias do texto bíblico, nem sempre puderam evitar que aqui e ali fossem introduzidas pequenas variantes na escrita. Por isso, a fim de descobrir e avaliar tais variantes, o estudo dos antigos manuscritos implica uma minuciosa tarefa de comparação de textos, não somente entre umas ou outras cópias hebraicas, mas também em antigas traduções para outras línguas:
o texto samaritano do Pentateuco (escrita samaritana)
as versões gregas, especialmente a LXX (feita em Alexandria entre os séculos III e II a.C. e utilizada freqüentemente pelos escritores do Novo Testamento)
as aramaicas (os targumim, versões parafrásticas)
as latinas, em especial a Vulgata
as siríacas, as coptas ou a armênia. Os resultados desse trabalho de fixação do texto se encontram sintetizados nas edições críticas da Bíblia Hebraica.
GEOGRAFIA E RELIGIÃO
A Palestina do Antigo Testamento
A região onde se desenrolaram os acontecimentos mais importantes registrados no Antigo Testamento está situada na zona imediatamente a leste da bacia do Mediterrâneo. O nome mais antigo dela registrado na Bíblia é "terra de Canaã" (Gn 11.31), substituído posteriormente, entre os israelitas, por "terra de Israel" (1Sm 13.19 Ez 11.17 Mt 2.20). Os gregos e romanos preferiram chamá-la de "Palestina", termo derivado do apelativo "filisteu", pelo qual era conhecido o povo que habitava a costa do Mediterrâneo. No tempo em que o Império Romano dominou o país, pelo menos uma região deste recebeu o nome de "Judéia". Durante a maior parte do período monárquico (931-586 a.C.), a terra de Israel esteve dividida em duas: ao sul, o reino de Judá, sendo Jerusalém sua capital e ao norte, o reino de Israel, tendo a cidade de Samaria como capital. As grandes diferenças políticas que separavam ambos os reinos aumentaram ainda mais quando, em 721 a.C., o reino do Norte foi conquistado pelo exército assírio.
O território palestino é formado por três grandes faixas paralelas que se estendem do Norte ao Sul. A ocidental, uma planície banhada pelo Mediterrâneo, estreita-se em direção ao Norte, na Galiléia, e depois fica cercada pelo monte Carmelo. Nessa planície se encontravam as antigas cidades de Gaza, Asquelom, Asdode e Jope (atualmente um subúrbio de Tel Aviv) e a Cesaréia romana, de construção mais recente.
A faixa central é formada por uma série de montanhas que, desde o Norte, como que se desprendendo da cordilheira do Líbano, descem paralelas pela costa até penetrar no Sul, no deserto de Neguebe. O vale de Jezreel (ou de Esdrelom), entre a Galiléia e Samaria, cortava a cadeia montanhosa, cujas duas alturas máximas estão uma (1.208 m) na Galiléia e a outra (1.020 m), na Judéia. Nessa faixa central do país, encontra-se a cidade de Jerusalém (cerca de 800 m acima do nível do mar) e outras importantes da Judéia, Samaria e Galiléia.
A oriente da região montanhosa serpenteia o rio Jordão, o maior rio da Palestina, o qual nasce ao norte da Galiléi
a, no monte Hermom, e caminha em direção ao sul ao longo de 300 km, (pouco mais de 100 km, em linha reta). No seu curso, atravessa o lago Merom e depois o mar ou lago da Galiléia (ou ainda "mar de Tiberíades") e corre por uma depressão que se torna cada vez mais profunda, até desembocar no mar Morto, a 392 m abaixo do nível do Mediterrâneo.
Mais além da depressão do Jordão, no seu lado oriental, o terreno torna a elevar-se. Sobretudo na região norte há cumes importantes, como, já fora da Palestina, o monte Hermom, com até 2.758 m de altura.
A Palestina é predominantemente seca, desértica em extensas regiões do Leste e Sul do país, com montanhas muito pedregosas e poucos espaços com condições favoráveis para o cultivo. Os terrenos férteis, próprios para a agricultura, encontram-se, sobretudo, na planície de Jezreel, ao norte, no vale do Jordão e nas terras baixas que, ao ocidente, acompanham a costa. As altas temperaturas predominantes se atenuam nas partes elevadas, onde as noites podem chegar a ser frias. As duas estações mais importantes são o inverno e o verão (cf. Gn 8.22 Mt 24.20,32), mas, quanto ao clima, o essencial para os trabalhos agrícolas é a regularidade na chegada das chuvas: as temporãs (entre outubro e novembro) e as serôdias (entre dezembro e janeiro). Armazena-se, então, a água em algibes (ou cisternas), para poder tê-la durante os outros meses do ano.
Valorização religiosa do Antigo Testamento
No Antigo Testamento, como em toda a Bíblia, é reconhecida, em sua origem, uma autêntica experiência religiosa. Deus se revelou ao povo de Israel na realidade da sua história e fez isso como o único Deus, Criador e Senhor do universo e da história, não se assemelhando a nenhuma outra experiência humana, nem identificando-se com alguma imagem feita pelos homens. Deus é o Autor da vida, o Criador da existência de todos os seres e é um Deus salvador, que está sempre ao lado do seu povo, mas que não se deixa manipular por ele que impõe obrigações morais e sociais, que não se deixa subornar, que protege os fracos e ama a justiça. É um Deus que se achega ao povo, especialmente no culto um Deus perdoador, que quer que o pecador viva, porém julga com justiça e castiga a maldade. As idéias e a linguagem do Antigo Testamento transparecem nos escritos do Novo Testamento, em cujo pano de fundo está sempre presente o Deus do Antigo Testamento, o Pai de Jesus Cristo, em quem é revelado, definitivamente, o seu amor e a sua vontade salvadora para todo aquele que o recebe pela fé.
O Antigo Testamento dá especial atenção ao relacionamento de Deus com Israel, o seu povo escolhido. Um dos mais importantes aspectos desse relacionamento é a Aliança com Israel, mediante a qual Javé se compromete a ser o Deus daquele povo que tomou como a sua possessão particular e dele exige o cumprimento religioso dos mandamentos e das leis divinas. Assim, a fé comum, as celebrações cúlticas e a observância da Lei são os elementos que configuram a unidade de Israel, uma unidade que se rompe quando se torna infiel ao Deus ao qual pertence. A história de Israel como povo escolhido revela que o mais importante é manter a sua identidade religiosa em meio ao mundo ao seu redor, passo necessário que será dado em direção à mensagem universal que depois, em Jesus Cristo, será proclamada pelo Novo Testamento.
Nem todos os aspectos do Antigo Testamento mantêm igual vigência para o cristão. O Antigo Testamento deve ser interpretado à luz da sua máxima instância, que é Jesus Cristo. A projeção histórica e profética do povo de Israel no Antigo Testamento é uma etapa precursora no caminho que conduz à plena revelação divina em Cristo (Hb 1.1-2). Por outro lado, o Novo Testamento é o testemunho de fé de que as promessas feitas por Deus a Israel são cumpridas com a vinda do Messias (cf., p. ex., Mt 1.23 Lc 3.4-6 At 2.16-21 Rm 15.9-12). Por isso, certas instruções absolutamente válidas para o povo judeu deixam de ser igualmente vigentes para o novo povo de Deus, que é a Igreja (cf. At 15 Gl 3.23-29 Cl 2.16-17 Hb 7.11-10.18) e alguns aspectos da lei de Moisés, do culto do Antigo Testamento e da doutrina sobre o destino do ser humano, pessoal e comunitariamente considerado, devem ser interpretados à luz do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
HISTÓRIA E CULTURA
A existência de Israel como povo remonta, provavelmente, ao último período do séc. XI a.C. Era o tempo do nascimento da monarquia e da unificação das diversas tribos, que viviam separadas entre si até que, sob o governo do rei Davi, constituiu-se o Estado nacional, com Jerusalém por capital.
Até chegar a esse momento, a formação do povo havia sido lenta e difícil, mesclada freqüentemente com a história das mais antigas civilizações que floresceram no Egito, às margens do Nilo e na Mesopotâmia, nas terras regadas pelo Tigre e o Eufrates. As fontes extrabíblicas da história de Israel naquela época são muito limitadas, carentes da base documental necessária para se estabelecerem com precisão as origens do povo hebreu. Nesse aspecto, o livro de Gênesis proporciona alguns dados de valor inestimável, pois o estudo dos relatos patriarcais permite descobrir alguns aspectos fundamentais da origem do povo israelita.
A época dos patriarcas Os personagens do Antigo Testamento, habitualmente denominadas "patriarcas", eram chefes de grupos familiares seminômades que iam de um lugar a outro em busca de comida e água para os seus rebanhos. Não havendo chegado ainda à fase cultural do sedentarismo e dos trabalhos agrícolas, os seus assentamentos eram, em geral, eventuais: duravam o tempo em que os seus gados demoravam para consumir os pastos.
Gênesis oferece uma visão particular do começo da história de Israel, que é mais propriamente a história de uma família. Procedentes da cidade mesopotâmica de Ur dos caldeus, situada junto ao Eufrates, Abraão e a sua esposa chegaram ao país de Canaã. Deus havia prometido a Abraão que faria dele uma grande nação (Gn 12.1-3 cf. 15.1-21 17.1-4) e, conforme essa promessa, nasceu o seu filho Isaque, que, por sua vez, foi o pai de Jacó. Durante a sua longa viagem, primeiro na direção norte e depois na direção sul, Abraão deteve-se em diversos lugares mencionados na Bíblia: Harã, Siquém, Ai e Betel (Gn 11.31-12.9) atravessou a região desértica do Neguebe e chegou até o Egito, de onde, mais tarde, regressou para, finalmente, estabelecer-se em um lugar conhecido como "os carvalhais de Manre", junto a Hebrom (Gn 13.1-3,18). Ao morrer Abraão (Gn 25.7-11 cf. 23.2,17-20), Isaque converte-se no protagonista do relato bíblico, que o apresenta como habitante de Gerar e Berseba (Gn 26.6,23), lugares do Neguebe (Gn 24.62), na região meridional da Palestina. Isaque, herdeiro das promessas de Deus a Abraão, aparece no meio de um quadro descritivo da vida seminômade do segundo milênio a.C.: busca de campos de pastoreio, assentamentos provisórios, ocasionais trabalhos agrícolas nos limites de povoados fronteiriços e discussões por causa dos poços de água onde se dava de beber ao gado (Gn 26).
Depois de Isaque, a atenção do relato concentra-se nos conflitos pessoais surgidos entre Jacó e o seu irmão Esaú, que são como que uma visão antecipada dos graves problemas que, posteriormente, haveriam de acontecer entre os israelitas, descendentes de Jacó, e os edomitas, descendentes de Esaú. A história de Jacó é mais longa e complicada que as anteriores. Consta de uma série de relatos entrelaçados: a fuga do patriarca para a região mesopotâmica de Padã-Arã a inteligência e a riqueza de Jacó o regresso a Canaã o episódio de Peniel, onde Deus mudou o nome de Jacó para Israel (Gn 32.28) a revelação de Deus e a renovação das suas promessas (Gn 35.1-15) a história de José e a morte de Jacó no Egito (Gn 37.1-50.14).
A saída do Egito
A situação política e social das tribos israelitas, do Egito e dos países do Oriente Médio, no período que vai da morte de José à época de Moisés, sofreu mudanças consideráveis.
O Egito viveu um tempo de prosperidade depois de expulsar do país os invasores hicsos. Este povo oriundo da Mesopotâmia, depois de passar por Canaã, havia se apropriado, no início do séc. XVIII a.C., da fértil região egípcia do delta do Nilo. Os hicsos dominaram no Egito cerca de um século e meio, e, provavelmente, foi nesse tempo que Jacó se instalou ali com toda a sua família. Esta poderia ser a explicação da acolhida favorável que foi dispensada ao patriarca, e de que alguns dos seus descendentes, como aconteceu com José (Gn 41.37-43), chegaram a ocupar postos importantes no governo do país.
A situação mudou quando os hicsos foram finalmente expulsos do Egito. Os estrangeiros residentes, entre os quais encontravam-se os israelitas, foram submetidos a uma dura opressão. Essa mudança na situação política está registrada em Êx 1.8, que diz que subiu ao trono do Egito um novo rei "que não conhecera a José." Durante o mandato daquele faraó, os israelitas foram obrigados a trabalhar em condições subumanas na edificação das cidades egípcias de Pitom e Ramessés (Êx 1.11). Porém, em tais circunstâncias, teve lugar um acontecimento que haveria de permanecer gravado, para sempre, nos anais de Israel: Deus levantou um homem, Moisés, para constituí-lo libertador do seu povo.
Moisés, apesar de hebreu por nascimento, recebeu uma educação esmerada na própria corte do faraó. Certo dia, Moisés viu-se obrigado a fugir para o deserto, e ali Javé (nome explicado em Êx 3.14 como "EU SOU O QUE SOU") revelou-se a ele e lhe deu a missão de libertar os israelitas da escravidão a que estavam submetidos no Egito (Êx 3.1-4.17). Regressou Moisés ao Egito e, depois de vencer com palavras e ações maravilhosas a resistência do faraó, conseguiu que a multidão dos israelitas se colocasse em marcha em direção ao deserto do Sinai.
Esse capítulo da história de Israel, a libertação do jugo egípcio, marcou indelevelmente a vida e a religião do povo. A data precisa desse acontecimento não pode ser determinada. Têm-se sugerido duas possibilidades: até meados do séc. XV e até meados do séc. XIII. (Neste último caso seria durante o reinado de Ramsés II ou do seu filho Meneptá.).
Durante os anos de permanência no deserto do Sinai, enquanto os israelitas dirigiam-se para Canaã, produziu-se um acontecimento de importância capital: Deus instituiu a sua Aliança com o seu povo escolhido (Êx 19). Essa Aliança significou o estabelecimento de um relacionamento singular entre Javé e Israel, com estipulações fundamentais que ficaram fixadas na lei mosaica, cuja síntese é o Decálogo (Êx 20.1-17). A conquista de Canaã e o período dos juízes.
Depois da morte de Moisés (Dt 34), a direção do povo foi colocada nas mãos de Josué, a quem coube guiá-lo ao país de Canaã, a Terra Prometida. A entrada naqueles territórios iniciou-se com a passagem do Jordão, fato de grande significação histórica, porque com ela inaugurava-se um período decisivo para a constituição da futura nação israelita (Js 1-3).
Conquistar e assentar-se em Canaã não se tornou empresa fácil. Foi um longo e duro processo (cf. Jz 1), às vezes, de avanço pacífico, mas, às vezes, de inflamados choques com os hostis povos cananeus (cf. Jz 4-5), formados por populações diferentes entre si, ainda que todas pertencentes ao comum tronco semítico muitas delas terminaram absorvidas por Israel (cf. Js 9).
Naquele tempo da chegada e conquista de Canaã, os grandes impérios do Egito e da Mesopotâmia já haviam iniciado a sua decadência. Destes eram vassalos os pequenos Estados cananeus, de economia agrícola e cuja administração política limitava-se, geralmente, a uma cidade de relativa importância nos limites das suas terras. Em relação à religião, caracterizava-se sobretudo pelos ritos em honra a Baal, Aserá e Astarote, e a deuses secundários, geralmente divindades da fecundidade.
A etapa conhecida como "período dos juízes de Israel" sucedeu à morte de Josué (Js 24.29-32). Desenvolveu-se entre os anos 1200 e 1050 a.C., e a sua característica mais evidente foi, talvez, a distribuição dos israelitas em grupos tribais, mais ou menos independentes e sem um governo central que lhes desse um mínimo sentido de organização política. Naquelas circunstâncias surgiram alguns personagens que assumiram a direção de Israel e que, ocasionalmente, atuaram como estrategistas e o guiaram nas suas ações de guerra (ver, p. ex., em Jz 5, o Cântico de Débora, que celebra o triunfo de grupos israelitas aliados contra as forças cananéias). Entre todos os povos vizinhos, foram, provavelmente, os filisteus que representaram para Israel a mais grave ameaça. Procedentes de Creta e de outras ilhas do Mediterrâneo oriental, os filisteus, conhecidos também como "os povos do mar", que primeiramente haviam intentado sem êxito penetrar no Egito, apoderaram-se depois (por volta de 1175 a.C.) das planícies costeiras da Palestina meridional. Ali estabeleceram-se e constituíram a "Pentápolis", o grupo das cinco cidades filistéias: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom (1Sm 6.17), cujo poder reforçou-se com a sua aliança e também com o monopólio da manufatura do ferro, utilizado tanto nos seus trabalhos agrícolas quanto nas suas ações militares (1Sm 13.19-22).
O início da monarquia de Israel
A figura política dos "juízes", apta para resolver assuntos de caráter tribal, mostrou-se ineficaz ante os problemas que, mais tarde, haveriam de ameaçar a sobrevivência do conjunto de Israel no mundo palestino. Assim, pouco a pouco, veio a implantação da monarquia e, com ela, uma forma de governo unificado, dotado da autoridade necessária para manter uma administração nacional estável. Ainda que a monarquia tenha enfrentado, no início, fortes resistências internas (1Sm 8), paulatinamente chegou a impor-se e consolidar-se. Samuel, o último dos juízes de Israel, foi sucedido por Saul, que em 1040 a.C. iniciou o período da monarquia, que se prolongou até 586 a.C., quando, durante o reinado de Zedequias, os babilônios sitiaram e destruíram Jerusalém, tendo Nabucodonosor à frente. Saul, que começou a reinar depois de ter obtido uma vitória militar (1Sm 11) e de ter triunfado em outras ocasiões, todavia, nunca conseguiu acabar com os filisteus, e foi lutando contra eles no monte Gilboa que morreram os seus três filhos e ele próprio (1Sm 31.1-6).
Saul foi sucedido por Davi, proclamado rei pelos homens de Judá na cidade de Hebrom (2Sm 2.4-5). O seu reinado iniciou-se, pois, na região meridional da Palestina, mas depois estendeu-se em direção ao norte. Reconhecido como rei por todas as tribos israelitas, conseguiu unificá-las sob o seu governo. Durante o tempo em que Davi viveu, produziram-se acontecimentos de grande importância: a anexação à nova entidade nacional de algumas cidades cananéias antes independentes, a submissão de povos vizinhos e a conquista de Jerusalém, convertida desde então na capital do reino e centro religioso por excelência. Próximo já da sua morte, Davi designou por sucessor o seu filho Salomão, sob cujo governo alcançou o reino as mais altas cotas de esplendor. Salomão soube estabelecer importantes relacionamentos políticos e comerciais, geradores de grandes benefícios para Israel. As riquezas acumuladas sob o seu governo permitiram realizar em Jerusalém construções de enorme envergadura, como o Templo e o palácio real. O prestígio de Salomão fez-se proverbial, e a fama da sua prudência e sabedoria nunca tiveram paralelo na história dos reis de Israel (1Rs 5-10).
A ruptura da unidade nacional
A despeito de todas as circunstâncias favoráveis que rodearam o reinado de Salomão, foi precisamente aí que a unidade do reino começou a fender-se. Por um e outro lado do país, surgiam vozes de protesto pelos abusos de autoridade, pelos maus tratos infligidos à classe trabalhadora e pelo agravamento dos tributos destinados a cobrir os gastos que originavam as grandes construções. Tudo isso, fomentando atitudes de descontentamento e rebeldia, foi causa do ressurgimento de antigas rivalidades entre as tribos do Norte e do Sul.
Os problemas chegaram ao extremo quando, morto Salomão, ocupou o trono o seu filho Roboão (1Rs 12.1-24). Sem a sensatez do seu pai, Roboão provocou, com imprudentes atitudes pessoais, a ruptura do reino: de um lado, a tribo de Judá, que seguiu fiel a Roboão e manteve a capital em Jerusalém de outro, as tribos do Norte, que proclamaram rei a Jeroboão, antigo funcionário da corte de Salomão. Desde esse momento, a divisão da nação em reino do Norte e reino do Sul se fez inevitável.
Judá, sempre governada por um membro da dinastia davídica, subsistiu por mais de trezentos anos, ainda que a sua independência nacional tivesse sofrido importantes oscilações desde que, no final do séc. VIII a.C., a Assíria a submeteu a uma dura vassalagem. Aquele antigo império dominou a Palestina até que medos e caldeus, já próximo do séc. VI a.C., apagaram-na do panorama da história (Na 1-3). Então, em Judá, onde reinava Josias, renasceram as esperanças de recuperar a perdida independência mas, depois da batalha de Megido (609 a.C.), com a derrota de Judá e a morte de Josias (2Cr 35.20-24), o reino entrou em uma rápida decadência, que terminou com a destruição de Jerusalém em 586 a.C. O Templo e toda a capital foram arrasados, um número grande dos seus habitantes foi levado ao exílio, e a dinastia davídica chegou ao seu fim (2Rs 25.1-21). Ao que parece, a perda da independência de Judá supôs a sua incorporação à província babilônica de Samaria mas, além disso, o país havia ficado arruinado, primeiro pela devastação que causaram os invasores e em seguida pelos saques a que o submeteram os seus povos vizinhos, Edom (Ob 11), Amom e outros (Ez 25.1-4).
O reino do Norte, Israel, nunca chegou a gozar uma situação politicamente estável. A sua capital mudou de lugar em diversas ocasiões, antes de ficar finalmente instalada na cidade de Samaria (1Rs 16.24), e várias tentativas para constituir dinastias duradouras terminaram em fracasso, freqüentemente de modo violento (Os 8.4). A aniquilação do reino do Norte sob a dominação assíria ocorreu gradualmente: primeiro foi a imposição de um grande tributo (2Rs 15.19-20) em seguida, a conquista de algumas povoações e a conseqüente redução das fronteiras do reino e, por último, a destruição de Samaria, o exílio de uma parte da população e a instalação de um governo estrangeiro no país conquistado.
O exílio
Os babilônios permitiram que os exilados do reino de Judá formassem famílias, construíssem casas, cultivassem pomares (Jr 29.5-7) e chegassem a consultar os seus próprios chefes e anciãos (Ez 20.1-44) e, igualmente, permitiram-lhes viver em comunidade, em um lugar chamado Tel-Abibe, às margens do rio Quebar (Ez 3.15). Assim, pouco a pouco, foram-se habituando à sua situação de exilados na Babilônia. Em semelhantes circunstâncias, a participação comum nas práticas da religião foi, provavelmente, o vínculo mais forte de união entre os membros da comunidade exilada e a instituição da sinagoga teve um papel relevante como ponto de encontro para a oração, a leitura e o ensinamento da Lei, o canto dos Salmos e o comentário dos escritos dos profetas.
Desta maneira, com o exílio, a Babilônia converteu-se num centro de atividade religiosa, onde um grupo de sacerdotes entregou-se com empenho à tarefa de reunir e preservar os textos sagrados que constituíam o patrimônio espiritual de Israel. Entre os componentes desse grupo se contava Ezequiel, que, na sua dupla condição de sacerdote e profeta (Ez 1.1-3 2.1-5), exerceu uma influência singular.
Dadas as condições de tolerância e até de bem-estar em que viviam os exilados na Babilônia, não é de estranhar que muitos deles renunciassem, no seu tempo, regressar ao seu país. Outros, pelo contrário, mantendo vivo o ressentimento contra a nação que os havia arrancado da sua pátria e que era causa dos males que lhes haviam sobrevindo, suspiravam pelo momento do regresso ao seu longínquo país (Sl 137 Is 47.1-3).
Retorno e restauração
A esperança de uma rápida libertação cresceu entre os exilados quando Ciro, rei de Anshan, empreendeu a sua carreira de conquistador e fundador de um novo império. Elevado já ao trono da Pérsia (559-530 a.C.), as suas qualidades de estrategista e de político permitiram-lhe superar rapidamente três etapas decisivas: primeiro, a fundação do reino medo-persa, com a sua capital Ecbatana (553 a.C.) segundo, a conquista de quase toda a Ásia Menor, culminada com a vitória sobre o rei de Lídia (546 a.C.) terceiro, a entrada triunfal na Babilônia (539 a.C.). Desse modo, ficou configurado o império persa, que, durante mais de dois séculos, dominou o panorama político do Oriente Médio.
Ciro praticou uma política de bom relacionamento com os povos submetidos. Permitiu que cada um conservasse os seus usos, costumes e tradições e que praticasse a sua própria religião, atitude que redundou em benefício aos judeus residentes na Babilônia, os quais, por decreto real, ficaram com a liberdade de regressar à Palestina.
O livro de Esdras contém duas versões do referido decreto (Ed 1.2-4 e 6.3-12), no qual se ampararam os exilados que quiseram voltar à pátria. E é importante assinalar que o imperador persa não somente permitiu aquele regresso, mas também devolveu aos judeus os ricos utensílios do culto que Nabucodonosor lhes havia arrebatado e levado à Babilônia. Para maior abundância, Ciro ordenou também uma contribuição de caráter oficial para apoiar economicamente a reconstrução do templo de Jerusalém.
O retorno dos exilados realizou-se de forma paulatina, por grupos, o primeiro dos quais chegou a Jerusalém sob a liderança de Sesbazar (Ed 1.11). Tempos depois iniciaram-se as obras de reconstrução do Templo, que se prolongaram até 515 a.C. Para dirigir o trabalho e animar os operários contribuíram o governador Zorobabel e o sumo sacerdote Josué, apoiados pelos profetas Ageu e Zacarias (Ed 5.1). O passar do tempo deu lugar a muitos problemas de índole muito diversa. As duras dificuldades econômicas às quais tiveram que fazer frente, as divisões no seio da comunidade e, muito particularmente, as atitudes hostis dos samaritanos foram causa da degradação da convivência entre os repatriados em Jerusalém e em todo Judá.
Ao conhecer os problemas que afligiam o seu povo, um judeu chamado Neemias, residente na cidade de Susã, copeiro do rei persa Artaxerxes (Ne 2.1), solicitou que, com o título de governador de Judá, tivesse a permissão de ajudar o seu povo (445 a.C.). Neemias revelou-se um grande reformador, que atuou com capacidade e eficácia. A sua presença na Palestina foi decisiva, não somente para que se reconstruíssem os muros de Jerusalém, mas também para que a vida da comunidade judaica experimentasse uma mudança profunda e positiva (cf. Ne 8-10).
Artaxerxes investiu, também de poderes extraordinários, ao sacerdote e escriba Esdras, a fim de que este, dotado de plena autoridade, se ocupasse de todas as necessidades do Templo e do culto em Jerusalém e cuidasse de colocar sob a lei de Deus tanto os judeus recém-repatriados como os que nunca haviam saído da Palestina (Ed 7.12-26). Entre eles, promoveu Esdras uma mudança religiosa e moral tão profunda, que, a partir de então, Israel converteu-se no "povo do Livro". A sua figura ocupa nas tradições judaicas um lugar comparável ao de Moisés. Com relação às referências a Artaxerxes no livro de Esdras (7.7) e no de Neemias (2.1), se correspondem a um só personagem ou a dois, os historiadores não têm chegado a uma conclusão definitiva.
O período helenístico
O domínio persa no Oriente Médio chegou ao seu fim quando o exército de Dario III sucumbiu em Isso (333 a.C.) ante as forças de Alexandre Magno (356-323 a.C.). Ali começou a hegemonia do helenismo, que se manteve até 63 a.C. e que entre os seus sucessos contou com o estabelecimento de importantes vínculos entre Oriente e Ocidente. Mas as rivalidades surgidas entre os sucessores de Alexandre (os Diádocos) impediram o estabelecimento de uma unidade política eficaz nos territórios que ele havia conquistado. De tais divisões originou-se, com referência à Palestina, a que fora dominada primeiro pelos ptolomeus (ou lágidas) do Egito e depois pelos selêucidas da Síria, duas das dinastias fundadas pelos generais sucessores de Alexandre. Durante a época helenística estendeu-se consideravelmente o uso do grego, e muitos judeus residentes na "diáspora" (ou "dispersão") habituaram-se a utilizá-lo como língua própria. Chegou um momento em que se fez necessário traduzir a Bíblia Hebraica para atender às necessidades religiosas das colônias judaicas de fala grega. Essa tradução, chamada de Septuaginta ou Versão dos Setenta, foi feita aproximadamente entre os anos 250 e 150 a.C.
Durante o reinado do selêucida Antíoco IV Epífanes (175-163 a.C.), produziu-se na Palestina um intento de helenização do povo judeu, que causou entre os seus membros uma grave dissensão. Muitos adotaram abertamente costumes próprios da cultura grega, divergentes das práticas judaicas tradicionais, enquanto que outros se agarraram com tenaz fanatismo à lei mosaica. A tensão entre eles foi crescendo até desembocar na rebelião dos macabeus. Essa rebelião desencadeou-se quando um ancião sacerdote chamado Matatias e os seus cinco filhos organizaram a luta contra o exército sírio. Depois da morte de Matatias, Judas, o seu terceiro filho, ficou à frente da resistência e, chefiando os seus, reconquistou o templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos sírios, e o purificou e o dedicou. A Hannuká ou Festa da Dedicação (Jo 10.22) comemora esse fato. Convertido em herói nacional, Judas foi o primeiro a receber o sobrenome de "macabeu" (provavelmente "martelo"), que depois foi dado também aos seus irmãos.
Depois da morte de Simão, o último dos macabeus, a sucessão recaiu sobre o seu filho João Hircano I (134-104 a.C.), com quem teve início a dinastia hasmonéia. Ainda viveu a Judéia alguns dias de esplendor, mas, em geral, durante o governo dos hasmoneus, a estabilidade política deteriorou-se progressivamente. Mais tarde, entrou em jogo o Império Romano, e, no ano 63 a.C., o general Pompeu conquistou Jerusalém e a anexou, com toda a Palestina, à que já era oficialmente província da Síria. A partir desse momento, a própria vida religiosa judaica ficou hipotecada, dirigida aparentemente pelo sumo sacerdote em exercício, mas submetida, em última instância, à autoridade imperial.
Fonte:
iLúmina - A Bíblia do século XXI
Mais além da depressão do Jordão, no seu lado oriental, o terreno torna a elevar-se. Sobretudo na região norte há cumes importantes, como, já fora da Palestina, o monte Hermom, com até 2.758 m de altura.
A Palestina é predominantemente seca, desértica em extensas regiões do Leste e Sul do país, com montanhas muito pedregosas e poucos espaços com condições favoráveis para o cultivo. Os terrenos férteis, próprios para a agricultura, encontram-se, sobretudo, na planície de Jezreel, ao norte, no vale do Jordão e nas terras baixas que, ao ocidente, acompanham a costa. As altas temperaturas predominantes se atenuam nas partes elevadas, onde as noites podem chegar a ser frias. As duas estações mais importantes são o inverno e o verão (cf. Gn 8.22 Mt 24.20,32), mas, quanto ao clima, o essencial para os trabalhos agrícolas é a regularidade na chegada das chuvas: as temporãs (entre outubro e novembro) e as serôdias (entre dezembro e janeiro). Armazena-se, então, a água em algibes (ou cisternas), para poder tê-la durante os outros meses do ano.
Valorização religiosa do Antigo Testamento
No Antigo Testamento, como em toda a Bíblia, é reconhecida, em sua origem, uma autêntica experiência religiosa. Deus se revelou ao povo de Israel na realidade da sua história e fez isso como o único Deus, Criador e Senhor do universo e da história, não se assemelhando a nenhuma outra experiência humana, nem identificando-se com alguma imagem feita pelos homens. Deus é o Autor da vida, o Criador da existência de todos os seres e é um Deus salvador, que está sempre ao lado do seu povo, mas que não se deixa manipular por ele que impõe obrigações morais e sociais, que não se deixa subornar, que protege os fracos e ama a justiça. É um Deus que se achega ao povo, especialmente no culto um Deus perdoador, que quer que o pecador viva, porém julga com justiça e castiga a maldade. As idéias e a linguagem do Antigo Testamento transparecem nos escritos do Novo Testamento, em cujo pano de fundo está sempre presente o Deus do Antigo Testamento, o Pai de Jesus Cristo, em quem é revelado, definitivamente, o seu amor e a sua vontade salvadora para todo aquele que o recebe pela fé.
O Antigo Testamento dá especial atenção ao relacionamento de Deus com Israel, o seu povo escolhido. Um dos mais importantes aspectos desse relacionamento é a Aliança com Israel, mediante a qual Javé se compromete a ser o Deus daquele povo que tomou como a sua possessão particular e dele exige o cumprimento religioso dos mandamentos e das leis divinas. Assim, a fé comum, as celebrações cúlticas e a observância da Lei são os elementos que configuram a unidade de Israel, uma unidade que se rompe quando se torna infiel ao Deus ao qual pertence. A história de Israel como povo escolhido revela que o mais importante é manter a sua identidade religiosa em meio ao mundo ao seu redor, passo necessário que será dado em direção à mensagem universal que depois, em Jesus Cristo, será proclamada pelo Novo Testamento.
Nem todos os aspectos do Antigo Testamento mantêm igual vigência para o cristão. O Antigo Testamento deve ser interpretado à luz da sua máxima instância, que é Jesus Cristo. A projeção histórica e profética do povo de Israel no Antigo Testamento é uma etapa precursora no caminho que conduz à plena revelação divina em Cristo (Hb 1.1-2). Por outro lado, o Novo Testamento é o testemunho de fé de que as promessas feitas por Deus a Israel são cumpridas com a vinda do Messias (cf., p. ex., Mt 1.23 Lc 3.4-6 At 2.16-21 Rm 15.9-12). Por isso, certas instruções absolutamente válidas para o povo judeu deixam de ser igualmente vigentes para o novo povo de Deus, que é a Igreja (cf. At 15 Gl 3.23-29 Cl 2.16-17 Hb 7.11-10.18) e alguns aspectos da lei de Moisés, do culto do Antigo Testamento e da doutrina sobre o destino do ser humano, pessoal e comunitariamente considerado, devem ser interpretados à luz do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
HISTÓRIA E CULTURA
A existência de Israel como povo remonta, provavelmente, ao último período do séc. XI a.C. Era o tempo do nascimento da monarquia e da unificação das diversas tribos, que viviam separadas entre si até que, sob o governo do rei Davi, constituiu-se o Estado nacional, com Jerusalém por capital.
Até chegar a esse momento, a formação do povo havia sido lenta e difícil, mesclada freqüentemente com a história das mais antigas civilizações que floresceram no Egito, às margens do Nilo e na Mesopotâmia, nas terras regadas pelo Tigre e o Eufrates. As fontes extrabíblicas da história de Israel naquela época são muito limitadas, carentes da base documental necessária para se estabelecerem com precisão as origens do povo hebreu. Nesse aspecto, o livro de Gênesis proporciona alguns dados de valor inestimável, pois o estudo dos relatos patriarcais permite descobrir alguns aspectos fundamentais da origem do povo israelita.
A época dos patriarcas Os personagens do Antigo Testamento, habitualmente denominadas "patriarcas", eram chefes de grupos familiares seminômades que iam de um lugar a outro em busca de comida e água para os seus rebanhos. Não havendo chegado ainda à fase cultural do sedentarismo e dos trabalhos agrícolas, os seus assentamentos eram, em geral, eventuais: duravam o tempo em que os seus gados demoravam para consumir os pastos.
Gênesis oferece uma visão particular do começo da história de Israel, que é mais propriamente a história de uma família. Procedentes da cidade mesopotâmica de Ur dos caldeus, situada junto ao Eufrates, Abraão e a sua esposa chegaram ao país de Canaã. Deus havia prometido a Abraão que faria dele uma grande nação (Gn 12.1-3 cf. 15.1-21 17.1-4) e, conforme essa promessa, nasceu o seu filho Isaque, que, por sua vez, foi o pai de Jacó. Durante a sua longa viagem, primeiro na direção norte e depois na direção sul, Abraão deteve-se em diversos lugares mencionados na Bíblia: Harã, Siquém, Ai e Betel (Gn 11.31-12.9) atravessou a região desértica do Neguebe e chegou até o Egito, de onde, mais tarde, regressou para, finalmente, estabelecer-se em um lugar conhecido como "os carvalhais de Manre", junto a Hebrom (Gn 13.1-3,18). Ao morrer Abraão (Gn 25.7-11 cf. 23.2,17-20), Isaque converte-se no protagonista do relato bíblico, que o apresenta como habitante de Gerar e Berseba (Gn 26.6,23), lugares do Neguebe (Gn 24.62), na região meridional da Palestina. Isaque, herdeiro das promessas de Deus a Abraão, aparece no meio de um quadro descritivo da vida seminômade do segundo milênio a.C.: busca de campos de pastoreio, assentamentos provisórios, ocasionais trabalhos agrícolas nos limites de povoados fronteiriços e discussões por causa dos poços de água onde se dava de beber ao gado (Gn 26).
Depois de Isaque, a atenção do relato concentra-se nos conflitos pessoais surgidos entre Jacó e o seu irmão Esaú, que são como que uma visão antecipada dos graves problemas que, posteriormente, haveriam de acontecer entre os israelitas, descendentes de Jacó, e os edomitas, descendentes de Esaú. A história de Jacó é mais longa e complicada que as anteriores. Consta de uma série de relatos entrelaçados: a fuga do patriarca para a região mesopotâmica de Padã-Arã a inteligência e a riqueza de Jacó o regresso a Canaã o episódio de Peniel, onde Deus mudou o nome de Jacó para Israel (Gn 32.28) a revelação de Deus e a renovação das suas promessas (Gn 35.1-15) a história de José e a morte de Jacó no Egito (Gn 37.1-50.14).
A saída do Egito
A situação política e social das tribos israelitas, do Egito e dos países do Oriente Médio, no período que vai da morte de José à época de Moisés, sofreu mudanças consideráveis.
O Egito viveu um tempo de prosperidade depois de expulsar do país os invasores hicsos. Este povo oriundo da Mesopotâmia, depois de passar por Canaã, havia se apropriado, no início do séc. XVIII a.C., da fértil região egípcia do delta do Nilo. Os hicsos dominaram no Egito cerca de um século e meio, e, provavelmente, foi nesse tempo que Jacó se instalou ali com toda a sua família. Esta poderia ser a explicação da acolhida favorável que foi dispensada ao patriarca, e de que alguns dos seus descendentes, como aconteceu com José (Gn 41.37-43), chegaram a ocupar postos importantes no governo do país.
A situação mudou quando os hicsos foram finalmente expulsos do Egito. Os estrangeiros residentes, entre os quais encontravam-se os israelitas, foram submetidos a uma dura opressão. Essa mudança na situação política está registrada em Êx 1.8, que diz que subiu ao trono do Egito um novo rei "que não conhecera a José." Durante o mandato daquele faraó, os israelitas foram obrigados a trabalhar em condições subumanas na edificação das cidades egípcias de Pitom e Ramessés (Êx 1.11). Porém, em tais circunstâncias, teve lugar um acontecimento que haveria de permanecer gravado, para sempre, nos anais de Israel: Deus levantou um homem, Moisés, para constituí-lo libertador do seu povo.
Moisés, apesar de hebreu por nascimento, recebeu uma educação esmerada na própria corte do faraó. Certo dia, Moisés viu-se obrigado a fugir para o deserto, e ali Javé (nome explicado em Êx 3.14 como "EU SOU O QUE SOU") revelou-se a ele e lhe deu a missão de libertar os israelitas da escravidão a que estavam submetidos no Egito (Êx 3.1-4.17). Regressou Moisés ao Egito e, depois de vencer com palavras e ações maravilhosas a resistência do faraó, conseguiu que a multidão dos israelitas se colocasse em marcha em direção ao deserto do Sinai.
Esse capítulo da história de Israel, a libertação do jugo egípcio, marcou indelevelmente a vida e a religião do povo. A data precisa desse acontecimento não pode ser determinada. Têm-se sugerido duas possibilidades: até meados do séc. XV e até meados do séc. XIII. (Neste último caso seria durante o reinado de Ramsés II ou do seu filho Meneptá.).
Durante os anos de permanência no deserto do Sinai, enquanto os israelitas dirigiam-se para Canaã, produziu-se um acontecimento de importância capital: Deus instituiu a sua Aliança com o seu povo escolhido (Êx 19). Essa Aliança significou o estabelecimento de um relacionamento singular entre Javé e Israel, com estipulações fundamentais que ficaram fixadas na lei mosaica, cuja síntese é o Decálogo (Êx 20.1-17). A conquista de Canaã e o período dos juízes.
Depois da morte de Moisés (Dt 34), a direção do povo foi colocada nas mãos de Josué, a quem coube guiá-lo ao país de Canaã, a Terra Prometida. A entrada naqueles territórios iniciou-se com a passagem do Jordão, fato de grande significação histórica, porque com ela inaugurava-se um período decisivo para a constituição da futura nação israelita (Js 1-3).
Conquistar e assentar-se em Canaã não se tornou empresa fácil. Foi um longo e duro processo (cf. Jz 1), às vezes, de avanço pacífico, mas, às vezes, de inflamados choques com os hostis povos cananeus (cf. Jz 4-5), formados por populações diferentes entre si, ainda que todas pertencentes ao comum tronco semítico muitas delas terminaram absorvidas por Israel (cf. Js 9).
Naquele tempo da chegada e conquista de Canaã, os grandes impérios do Egito e da Mesopotâmia já haviam iniciado a sua decadência. Destes eram vassalos os pequenos Estados cananeus, de economia agrícola e cuja administração política limitava-se, geralmente, a uma cidade de relativa importância nos limites das suas terras. Em relação à religião, caracterizava-se sobretudo pelos ritos em honra a Baal, Aserá e Astarote, e a deuses secundários, geralmente divindades da fecundidade.
A etapa conhecida como "período dos juízes de Israel" sucedeu à morte de Josué (Js 24.29-32). Desenvolveu-se entre os anos 1200 e 1050 a.C., e a sua característica mais evidente foi, talvez, a distribuição dos israelitas em grupos tribais, mais ou menos independentes e sem um governo central que lhes desse um mínimo sentido de organização política. Naquelas circunstâncias surgiram alguns personagens que assumiram a direção de Israel e que, ocasionalmente, atuaram como estrategistas e o guiaram nas suas ações de guerra (ver, p. ex., em Jz 5, o Cântico de Débora, que celebra o triunfo de grupos israelitas aliados contra as forças cananéias). Entre todos os povos vizinhos, foram, provavelmente, os filisteus que representaram para Israel a mais grave ameaça. Procedentes de Creta e de outras ilhas do Mediterrâneo oriental, os filisteus, conhecidos também como "os povos do mar", que primeiramente haviam intentado sem êxito penetrar no Egito, apoderaram-se depois (por volta de 1175 a.C.) das planícies costeiras da Palestina meridional. Ali estabeleceram-se e constituíram a "Pentápolis", o grupo das cinco cidades filistéias: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom (1Sm 6.17), cujo poder reforçou-se com a sua aliança e também com o monopólio da manufatura do ferro, utilizado tanto nos seus trabalhos agrícolas quanto nas suas ações militares (1Sm 13.19-22).
O início da monarquia de Israel
A figura política dos "juízes", apta para resolver assuntos de caráter tribal, mostrou-se ineficaz ante os problemas que, mais tarde, haveriam de ameaçar a sobrevivência do conjunto de Israel no mundo palestino. Assim, pouco a pouco, veio a implantação da monarquia e, com ela, uma forma de governo unificado, dotado da autoridade necessária para manter uma administração nacional estável. Ainda que a monarquia tenha enfrentado, no início, fortes resistências internas (1Sm 8), paulatinamente chegou a impor-se e consolidar-se. Samuel, o último dos juízes de Israel, foi sucedido por Saul, que em 1040 a.C. iniciou o período da monarquia, que se prolongou até 586 a.C., quando, durante o reinado de Zedequias, os babilônios sitiaram e destruíram Jerusalém, tendo Nabucodonosor à frente. Saul, que começou a reinar depois de ter obtido uma vitória militar (1Sm 11) e de ter triunfado em outras ocasiões, todavia, nunca conseguiu acabar com os filisteus, e foi lutando contra eles no monte Gilboa que morreram os seus três filhos e ele próprio (1Sm 31.1-6).
Saul foi sucedido por Davi, proclamado rei pelos homens de Judá na cidade de Hebrom (2Sm 2.4-5). O seu reinado iniciou-se, pois, na região meridional da Palestina, mas depois estendeu-se em direção ao norte. Reconhecido como rei por todas as tribos israelitas, conseguiu unificá-las sob o seu governo. Durante o tempo em que Davi viveu, produziram-se acontecimentos de grande importância: a anexação à nova entidade nacional de algumas cidades cananéias antes independentes, a submissão de povos vizinhos e a conquista de Jerusalém, convertida desde então na capital do reino e centro religioso por excelência. Próximo já da sua morte, Davi designou por sucessor o seu filho Salomão, sob cujo governo alcançou o reino as mais altas cotas de esplendor. Salomão soube estabelecer importantes relacionamentos políticos e comerciais, geradores de grandes benefícios para Israel. As riquezas acumuladas sob o seu governo permitiram realizar em Jerusalém construções de enorme envergadura, como o Templo e o palácio real. O prestígio de Salomão fez-se proverbial, e a fama da sua prudência e sabedoria nunca tiveram paralelo na história dos reis de Israel (1Rs 5-10).
A ruptura da unidade nacional
A despeito de todas as circunstâncias favoráveis que rodearam o reinado de Salomão, foi precisamente aí que a unidade do reino começou a fender-se. Por um e outro lado do país, surgiam vozes de protesto pelos abusos de autoridade, pelos maus tratos infligidos à classe trabalhadora e pelo agravamento dos tributos destinados a cobrir os gastos que originavam as grandes construções. Tudo isso, fomentando atitudes de descontentamento e rebeldia, foi causa do ressurgimento de antigas rivalidades entre as tribos do Norte e do Sul.
Os problemas chegaram ao extremo quando, morto Salomão, ocupou o trono o seu filho Roboão (1Rs 12.1-24). Sem a sensatez do seu pai, Roboão provocou, com imprudentes atitudes pessoais, a ruptura do reino: de um lado, a tribo de Judá, que seguiu fiel a Roboão e manteve a capital em Jerusalém de outro, as tribos do Norte, que proclamaram rei a Jeroboão, antigo funcionário da corte de Salomão. Desde esse momento, a divisão da nação em reino do Norte e reino do Sul se fez inevitável.
Judá, sempre governada por um membro da dinastia davídica, subsistiu por mais de trezentos anos, ainda que a sua independência nacional tivesse sofrido importantes oscilações desde que, no final do séc. VIII a.C., a Assíria a submeteu a uma dura vassalagem. Aquele antigo império dominou a Palestina até que medos e caldeus, já próximo do séc. VI a.C., apagaram-na do panorama da história (Na 1-3). Então, em Judá, onde reinava Josias, renasceram as esperanças de recuperar a perdida independência mas, depois da batalha de Megido (609 a.C.), com a derrota de Judá e a morte de Josias (2Cr 35.20-24), o reino entrou em uma rápida decadência, que terminou com a destruição de Jerusalém em 586 a.C. O Templo e toda a capital foram arrasados, um número grande dos seus habitantes foi levado ao exílio, e a dinastia davídica chegou ao seu fim (2Rs 25.1-21). Ao que parece, a perda da independência de Judá supôs a sua incorporação à província babilônica de Samaria mas, além disso, o país havia ficado arruinado, primeiro pela devastação que causaram os invasores e em seguida pelos saques a que o submeteram os seus povos vizinhos, Edom (Ob 11), Amom e outros (Ez 25.1-4).
O reino do Norte, Israel, nunca chegou a gozar uma situação politicamente estável. A sua capital mudou de lugar em diversas ocasiões, antes de ficar finalmente instalada na cidade de Samaria (1Rs 16.24), e várias tentativas para constituir dinastias duradouras terminaram em fracasso, freqüentemente de modo violento (Os 8.4). A aniquilação do reino do Norte sob a dominação assíria ocorreu gradualmente: primeiro foi a imposição de um grande tributo (2Rs 15.19-20) em seguida, a conquista de algumas povoações e a conseqüente redução das fronteiras do reino e, por último, a destruição de Samaria, o exílio de uma parte da população e a instalação de um governo estrangeiro no país conquistado.
O exílio
Os babilônios permitiram que os exilados do reino de Judá formassem famílias, construíssem casas, cultivassem pomares (Jr 29.5-7) e chegassem a consultar os seus próprios chefes e anciãos (Ez 20.1-44) e, igualmente, permitiram-lhes viver em comunidade, em um lugar chamado Tel-Abibe, às margens do rio Quebar (Ez 3.15). Assim, pouco a pouco, foram-se habituando à sua situação de exilados na Babilônia. Em semelhantes circunstâncias, a participação comum nas práticas da religião foi, provavelmente, o vínculo mais forte de união entre os membros da comunidade exilada e a instituição da sinagoga teve um papel relevante como ponto de encontro para a oração, a leitura e o ensinamento da Lei, o canto dos Salmos e o comentário dos escritos dos profetas.
Desta maneira, com o exílio, a Babilônia converteu-se num centro de atividade religiosa, onde um grupo de sacerdotes entregou-se com empenho à tarefa de reunir e preservar os textos sagrados que constituíam o patrimônio espiritual de Israel. Entre os componentes desse grupo se contava Ezequiel, que, na sua dupla condição de sacerdote e profeta (Ez 1.1-3 2.1-5), exerceu uma influência singular.
Dadas as condições de tolerância e até de bem-estar em que viviam os exilados na Babilônia, não é de estranhar que muitos deles renunciassem, no seu tempo, regressar ao seu país. Outros, pelo contrário, mantendo vivo o ressentimento contra a nação que os havia arrancado da sua pátria e que era causa dos males que lhes haviam sobrevindo, suspiravam pelo momento do regresso ao seu longínquo país (Sl 137 Is 47.1-3).
Retorno e restauração
A esperança de uma rápida libertação cresceu entre os exilados quando Ciro, rei de Anshan, empreendeu a sua carreira de conquistador e fundador de um novo império. Elevado já ao trono da Pérsia (559-530 a.C.), as suas qualidades de estrategista e de político permitiram-lhe superar rapidamente três etapas decisivas: primeiro, a fundação do reino medo-persa, com a sua capital Ecbatana (553 a.C.) segundo, a conquista de quase toda a Ásia Menor, culminada com a vitória sobre o rei de Lídia (546 a.C.) terceiro, a entrada triunfal na Babilônia (539 a.C.). Desse modo, ficou configurado o império persa, que, durante mais de dois séculos, dominou o panorama político do Oriente Médio.
Ciro praticou uma política de bom relacionamento com os povos submetidos. Permitiu que cada um conservasse os seus usos, costumes e tradições e que praticasse a sua própria religião, atitude que redundou em benefício aos judeus residentes na Babilônia, os quais, por decreto real, ficaram com a liberdade de regressar à Palestina.
O livro de Esdras contém duas versões do referido decreto (Ed 1.2-4 e 6.3-12), no qual se ampararam os exilados que quiseram voltar à pátria. E é importante assinalar que o imperador persa não somente permitiu aquele regresso, mas também devolveu aos judeus os ricos utensílios do culto que Nabucodonosor lhes havia arrebatado e levado à Babilônia. Para maior abundância, Ciro ordenou também uma contribuição de caráter oficial para apoiar economicamente a reconstrução do templo de Jerusalém.
O retorno dos exilados realizou-se de forma paulatina, por grupos, o primeiro dos quais chegou a Jerusalém sob a liderança de Sesbazar (Ed 1.11). Tempos depois iniciaram-se as obras de reconstrução do Templo, que se prolongaram até 515 a.C. Para dirigir o trabalho e animar os operários contribuíram o governador Zorobabel e o sumo sacerdote Josué, apoiados pelos profetas Ageu e Zacarias (Ed 5.1). O passar do tempo deu lugar a muitos problemas de índole muito diversa. As duras dificuldades econômicas às quais tiveram que fazer frente, as divisões no seio da comunidade e, muito particularmente, as atitudes hostis dos samaritanos foram causa da degradação da convivência entre os repatriados em Jerusalém e em todo Judá.
Ao conhecer os problemas que afligiam o seu povo, um judeu chamado Neemias, residente na cidade de Susã, copeiro do rei persa Artaxerxes (Ne 2.1), solicitou que, com o título de governador de Judá, tivesse a permissão de ajudar o seu povo (445 a.C.). Neemias revelou-se um grande reformador, que atuou com capacidade e eficácia. A sua presença na Palestina foi decisiva, não somente para que se reconstruíssem os muros de Jerusalém, mas também para que a vida da comunidade judaica experimentasse uma mudança profunda e positiva (cf. Ne 8-10).
Artaxerxes investiu, também de poderes extraordinários, ao sacerdote e escriba Esdras, a fim de que este, dotado de plena autoridade, se ocupasse de todas as necessidades do Templo e do culto em Jerusalém e cuidasse de colocar sob a lei de Deus tanto os judeus recém-repatriados como os que nunca haviam saído da Palestina (Ed 7.12-26). Entre eles, promoveu Esdras uma mudança religiosa e moral tão profunda, que, a partir de então, Israel converteu-se no "povo do Livro". A sua figura ocupa nas tradições judaicas um lugar comparável ao de Moisés. Com relação às referências a Artaxerxes no livro de Esdras (7.7) e no de Neemias (2.1), se correspondem a um só personagem ou a dois, os historiadores não têm chegado a uma conclusão definitiva.
O período helenístico
O domínio persa no Oriente Médio chegou ao seu fim quando o exército de Dario III sucumbiu em Isso (333 a.C.) ante as forças de Alexandre Magno (356-323 a.C.). Ali começou a hegemonia do helenismo, que se manteve até 63 a.C. e que entre os seus sucessos contou com o estabelecimento de importantes vínculos entre Oriente e Ocidente. Mas as rivalidades surgidas entre os sucessores de Alexandre (os Diádocos) impediram o estabelecimento de uma unidade política eficaz nos territórios que ele havia conquistado. De tais divisões originou-se, com referência à Palestina, a que fora dominada primeiro pelos ptolomeus (ou lágidas) do Egito e depois pelos selêucidas da Síria, duas das dinastias fundadas pelos generais sucessores de Alexandre. Durante a época helenística estendeu-se consideravelmente o uso do grego, e muitos judeus residentes na "diáspora" (ou "dispersão") habituaram-se a utilizá-lo como língua própria. Chegou um momento em que se fez necessário traduzir a Bíblia Hebraica para atender às necessidades religiosas das colônias judaicas de fala grega. Essa tradução, chamada de Septuaginta ou Versão dos Setenta, foi feita aproximadamente entre os anos 250 e 150 a.C.
Durante o reinado do selêucida Antíoco IV Epífanes (175-163 a.C.), produziu-se na Palestina um intento de helenização do povo judeu, que causou entre os seus membros uma grave dissensão. Muitos adotaram abertamente costumes próprios da cultura grega, divergentes das práticas judaicas tradicionais, enquanto que outros se agarraram com tenaz fanatismo à lei mosaica. A tensão entre eles foi crescendo até desembocar na rebelião dos macabeus. Essa rebelião desencadeou-se quando um ancião sacerdote chamado Matatias e os seus cinco filhos organizaram a luta contra o exército sírio. Depois da morte de Matatias, Judas, o seu terceiro filho, ficou à frente da resistência e, chefiando os seus, reconquistou o templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos sírios, e o purificou e o dedicou. A Hannuká ou Festa da Dedicação (Jo 10.22) comemora esse fato. Convertido em herói nacional, Judas foi o primeiro a receber o sobrenome de "macabeu" (provavelmente "martelo"), que depois foi dado também aos seus irmãos.
Depois da morte de Simão, o último dos macabeus, a sucessão recaiu sobre o seu filho João Hircano I (134-104 a.C.), com quem teve início a dinastia hasmonéia. Ainda viveu a Judéia alguns dias de esplendor, mas, em geral, durante o governo dos hasmoneus, a estabilidade política deteriorou-se progressivamente. Mais tarde, entrou em jogo o Império Romano, e, no ano 63 a.C., o general Pompeu conquistou Jerusalém e a anexou, com toda a Palestina, à que já era oficialmente província da Síria. A partir desse momento, a própria vida religiosa judaica ficou hipotecada, dirigida aparentemente pelo sumo sacerdote em exercício, mas submetida, em última instância, à autoridade imperial.
Fonte:
iLúmina - A Bíblia do século XXI
É importante para determinar o cânon da Bíblia hebraica antes da era da Igreja, porque, como o apóstolo Paulo declara, os judeus estavam comprometidos com os 'oráculos de Deus "(Rm 3:02). Esta é uma declaração importante indicando que havia um corpo de escritos divinamente inspirados e autoritárias produzidas exclusivamente por meio da nação judaica. Identificá-los é fundamental para a questão da autoridade, porque só os livros que são verdadeiramente 'os oráculos de Deus "têm autoridade para a Igreja. A questão é: Será que o termo 'os oráculos de Deus ", referem-se a um corpo reconhecido de escritos de um número específico, ou se foi o cânone abrir?Apologistas romanos afirmam que o cânon dos judeus estava aberto e, de fato, chegou a incluir os livros apócrifos. Roma aponta para dois principais eventos históricos para apoiar a sua reivindicação. O primeiro é o Conselho de Jamnia, que se reuniu entre 75 dC e 117. Este conselho incluído anciãos judeus que estavam supostamente responsável por fechar oficialmente o cânon das Escrituras judaicas.Em segundo lugar, em Roma aponta para os judeus de Alexandria que usaram a Septuaginta, a tradução grega das Escrituras Hebraicas.Argumenta-se que eles incluíram os Apócrifos junto com as Escrituras Hebraicas como seu corpus canônico, porque os manuscritos mais antigos que possuímos da Septuaginta contêm alguns dos livros apócrifos. protestantes rejeitar esses argumentos porque eles são uma deturpação dos fatos. Na época do Novo Testamento, o cânon da Bíblia hebraica consistia de um número preciso de livros e foram ordenados de acordo com uma estrutura específica, provando que foi fechado muito antes da época de Cristo. Testemunhas do número e estrutura dos livros do cânon é confirmada por várias fontes independentes, incluindo:
1. Jesus eo Novo Testamento
2. Os apócrifos
3. O Pseudepigrapha
4. Philo
5. Josephus
6. Os fariseus e essênios
7. A tradução grega de Áquila da Bíblia Hebraica
8. Os Pais da Igreja
9. A literatura rabínica
2. Os apócrifos
3. O Pseudepigrapha
4. Philo
5. Josephus
6. Os fariseus e essênios
7. A tradução grega de Áquila da Bíblia Hebraica
8. Os Pais da Igreja
9. A literatura rabínica
O Testemunho de Jesus e o Novo Testamento
Assim como Paulo referiu-se às Escrituras do Antigo Testamento em sentido geral como 'os oráculos de Deus,' Jesus (e outros escritores do Novo Testamento) também se referiu ao Antigo Testamento em termos gerais. Isso deixa claro que Jesus e os apóstolos tinham em mente alguns livros que seriam incluídas em uma destas posições gerais. Por exemplo, Jesus referiu-se ao Antigo Testamento como a Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. A "Lei de Moisés" foi universalmente entendido para representar o Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Quando Jesus falou com os discípulos no caminho de Emaús, Lucas registrou estes comentários: "E começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras" (Lc 24:27). Novamente, essas são descrições gerais. Moisés e os profetas são chamados de "as Escrituras." Mas Moisés e os Profetas compreendia um conjunto específico de livros. Outros títulos utilizados para representar os livros do Antigo Testamento como uma coleção foram: "a Lei", "a Lei e os Profetas", "as Escrituras" e "a palavra de Deus. ' Esses títulos gerais confirmam que certos livros foram autoritariamente recebido como Escritura canônica. Quando um judeu utilizou o termo 'a Prophets'-todos sabiam quais os livros que ele queria dizer. Este teria sido o caso de Paul, bem como quando ele usou o termo 'os oráculos de Deus.' Enquanto Jesus referiu-se às Escrituras, em termos gerais, ele também freqüentemente especificada particulares livros que ele considerava ser divinamente inspirada. Por exemplo, depois de ler Isaías na sinagoga no início do seu ministério, ele disse: "Hoje, esta passagem da Escritura se cumpriu aos vossos ouvidos" (Lc 4:21). Em seu conflito com os saduceus, Jesus citou Gênesis, prefaciar seu discurso com: 'Não lestes o que Deus disse a você' E em Marcos 12:10, Jesus cita o Salmo como Escrituras. Ele também era uma prática comum em Israel, para prefaciar uma referência a uma Escritura canônica com a declaração: "Está escrito." Em sua tentação com Satanás, Jesus citou Deuteronômio três vezes, cada vez que a introdução de seu discurso com: "Está escrito" (Mt 4:04, 7, 10). Vemos isso de novo em Lucas 19:46, onde ele cita Isaías e Jeremias, e em Marcos 14:27, onde ele cita Zacarias.
Claramente, então, quando Jesus se referiu às Escrituras, ele tinha um conjunto específico de livros em mente. Jesus e os apóstolos aceitaram o cânon autoritariamente estabelecido pelos judeus. Foi pelos judeus que Deus havia produzido as Escrituras e aos judeus que Deus lhes confiou.
Como FF Bruce escreveu:Nosso Senhor e seus apóstolos podem ser diferentes de os líderes religiosos de Israel sobre o significado das escrituras; não há nenhuma sugestão de que eles diferem sobre os limites das escrituras. 'As escrituras "sobre cujo significado eles diferiam não eram uma coleção amorfa: quando falavam de" as escrituras "eles sabiam que os escritos que tinham em mente e poderia distingui-los de outros escritos que não foram incluídos em 0,2" as escrituras "
Se sabemos que o cânon que Jesus abraçou então sabemos que os livros são os "oráculos de Deus. ' Roger Beckwith ressalta o significado desta:
Para os cristãos, no entanto, o ensinamento de Jesus, os apóstolos e os outros escritores do Novo Testamento tem também um significado teológico; pois se eles nos ensinam o que era o seu cânon do Antigo Testamento, que eles não também nos ensinam que, para os cristãos, o cânon do Antigo Testamento deveria ser?
Jesus não nos deixou uma lista de livros inspirados do Antigo Testamento. No entanto, seguindo a visão judaica tradicional do cânon, ele referiu-se às Escrituras pela divisão tríplice da Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. O termo salmos era uma outra maneira de se referir à terceira grande categoria dos escritos canônicos hebreus, vulgarmente conhecido como o Hagiographa, dos quais os Salmos ocupou o lugar mais proeminente. Assim, se pode determinar quais livros composta cada uma dessas três categorias para os hebreus, vamos então saber quais os livros Jesus acreditava inspirada.
A estrutura do hebraico Canon
Historicamente, o cânon do Antigo Testamento foi dividido em três categorias principais sob os títulos gerais: a Lei, os Profetas e os Hagiographa. Como mencionado acima, essa classificação tríplice é referido por Jesus, mas há muitas testemunhas adicionais também, provando que não era apenas o ponto de vista pessoal de Jesus, mas a tradição do povo judeu como um todo. Antes de Jesus, não há validação histórica para esta classificação tripla, principalmente a partir do livro apócrifo de Eccelsiasticus; o historiador judeu, Josephus;o filósofo judeu de Alexandria, Philo; o pai da Igreja, Jerônimo; ea literatura rabínica.
O prólogo da tradução grega do Eclesiástico, escrito por volta de 130 aC pelo neto de Jesus ben Sirah, declarou:Enquanto muitas e grandes coisas me foram entregues a nós pela lei e os profetas, e por outros que seguiram seus passos, para as coisas que Israel deveria ser elogiado por aprendizado e sabedoria e da qual não só os leitores devem ficar mais hábil necessidades si, mas também os que o desejo de aprender a ser capaz de lucro que estão de fora, tanto falando e escrevendo: meu avô Jesus, quando ele tinha muito dado a si mesmo para a leitura da lei, e os profetas, e outros livros de nossos pais, e tinha ficado ali o bom senso, foi desenhado em também se a escrever algo relacionado ao aprendizado e sabedoria; com a intenção de que aqueles que estão desejosos de aprender, e é viciado em essas coisas, pode lucrar muito mais em viver de acordo com a lei. Portanto, deixe-me suplicar que você lê-lo com atenção e favor, e para nos perdoar, onde podemos parecem vir curto de algumas palavras, o que temos trabalhado para interpretar; para as mesmas coisas ditas em hebraico, e traduzido para outra língua, não tem a mesma força em si. E não só essas coisas, mas a própria lei, e os profetas, eo resto dos livros, não têm pequena diferença, quando se fala em seu próprio language.
Roger Beckwith comenta estas declarações:Parece, então, que, para este autor, existem três grupos de livros que têm uma autoridade única, e que seu avô escreveu só depois de ganhar grande familiaridade com eles, como seu intérprete e não como sua rival. O tradutor distingue explicitamente 'essas coisas' (ou seja, Eclesiástico, ou composições hebraicos não-canônicos como Eclesiástico) "da própria Lei e os Profetas eo resto dos livros." Além disso, ele considera até mesmo o Hagiographa como (patrivwn) livros 'ancestrais', tempo suficiente estimado para ter sido traduzido para o grego, e seu número como completo ("os outros que se seguiram seus passos ',' os outros livros dos pais ',' o resto dos livros "). E não só ele afirmar que, em sua época não havia essa tríplice canon, que se distingue de todos os outros escritos, em que mesmo o Hagiographa formaram uma coleção fechada de livros antigos, mas ele implica que tal era o caso na época de seu avô também.
É significativo, como Beckwith aponta, que o autor separa o livro de Eclesiástico das Escrituras canônicas e não incluí-lo com eles.
Outra testemunha da divisão tripartite do cânon do Antigo Testamento é Joesphus, um sacerdote, Fariseu e historiador judeu que testemunhou a queda de Jerusalém em 70 dC Ele escreveu: Não possuímos miríades de livros incoerentes, contraditórios entre si, [como os gregos fazem]; mas os nossos livros, aqueles que são justamente acreditava, são apenas 22 ... Destes, cinco são os livros de Moisés, os profetas ... depois que Moisés escreveu os eventos de suas próprias épocas em treze livros. Os restantes quatro livros contêm hinos a Deus e preceitos para a realização de vida humano
Outra testemunha da divisão tripartite do cânon do Antigo Testamento é Joesphus, um sacerdote, Fariseu e historiador judeu que testemunhou a queda de Jerusalém em 70 dC Ele escreveu: Não possuímos miríades de livros incoerentes, contraditórios entre si, [como os gregos fazem]; mas os nossos livros, aqueles que são justamente acreditava, são apenas 22 ... Destes, cinco são os livros de Moisés, os profetas ... depois que Moisés escreveu os eventos de suas próprias épocas em treze livros. Os restantes quatro livros contêm hinos a Deus e preceitos para a realização de vida humano
Josephus dividiram os livros em três seções: a Lei de Moisés, nos Profetas e que ele chamou de 'hinos a Deus e preceitos para a vida humana ", também conhecido como as Escrituras ou o Hagiographa. Philo, um judeu alexandrino do início do século primeiro, em sua obra, De Vita Contemplativa, também testemunhou a divisão tripartite do cânon do Antigo Testamento.
Beckwith dá a seguinte explicação de fundo e comentários de Philo:O De Vita Contemplativa dá uma conta significativa de coisas que cada um dos Therepeutae leva com ele em sua oratória.Ele não toma nenhuma das coisas comuns da vida, mas "(as) A legislação, e (as) Oráculos dadas por inspiração através de (as) Profetas, e (a) Salmos (u {mnou ~), e os outros livros em que o conhecimento e piedade são aumentadas e completou ... (De Vit. Cont. 25).
Os primeiros três grupos de livros aqui listados (sem o artigo, como é comum em títulos) parecem corresponder de perto às referidas pelo neto de Ben Sira e especialmente por Jesus, em Lucas 24. {Umnoi como observações Conybeare, é Philo nome regular para os Salmos; e que aqui mais uma vez, não se refere simplesmente ao Saltério, mas para o Hagiographa em geral é sugerido pelos apelos de Filo a Jó e Provérbios como Escritura, e por apelos da comunidade Qumran a Provérbios e Daniel como Escritura ... O Therapeutae, com sua monaquismo , suas peculiaridades de calendário e seus livros sectárias e hinos, eram claramente semelhante a da comunidade de Qumran, e declaração de Philo pode indicar que não só ele, com suas inclinações Pharasaic, mas também os terapeutas, com suas inclinações essênios, estavam acostumados a dividir o cânone em três seções. O único problema é que se entende por "outros livros (ou coisas) através do qual o conhecimento ea devoção são aumentadas e completou. Estes também são evidentemente livros, tanto por causa do contexto e que eles aumentam o conhecimento. " A explicação mais provável é que eles são os livros fora do cânone ao qual o Therapeutae atribuídas quase igual autoridade. Philo não necessariamente compartilhar seu próprio ponto de vista, mais do que em alguns outros pontos em que ele registra views.7 distintivo do Thrapeutae
É altamente significativo que Philo, vindo de Alexandria, onde a Septuaginta originou, nunca citou os apócrifos. Herbert Edward Ryle faz estas observações sobre Philo e sua relação com os livros apócrifos:
Os escritos de Philo, que morreu cerca de 50 dC, não jogue muito luz positiva sobre a história da Canon. Para ele, como para outros judeus alexandrinos, a Lei só foi no sentido mais elevado do cânon das Escrituras, e só participou de inspiração divina no grau mais absoluto. Escritos de Filo, no entanto, mostram que ele estava bem familiarizado com muitos outros livros do Antigo Testamento, além do Pentateuco. Ele cita a partir de Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, os Profetas Menores, Salmos, Provérbios, Jó, e Esdras. Segundo alguns estudiosos, ele é dito para mostrar familiaridade com os livros apócrifos. Mas isso é muito duvidoso; e, mesmo que lhe fosse concedida, ele certamente nunca agrada a eles em apoio de sua doutrina da maneira que ele faz aos livros incluídos no cânon hebraico, e nunca se aplica a eles as fórmulas de citação que ele emprega, quando se refere ao livros reconhecidos das Escrituras judaicas. Em comparação com as citações do Pentateuco, suas citações de outros escritos sagrados são muito escassos; mas é observável que, mesmo nestes poucos extratos ele atribui uma origem inspirada a Josué, Samuel, Reis, Esdras, Salmos, Provérbios, Isaías, Jeremias, Oséias e Zacarias. O valor negativo de seu testemunho é forte, embora não conclusivos, contra a canonicidade de qualquer livro dos apócrifos, ou de qualquer trabalho não acabou incluído no hebraico Canon.
FF Bruce acrescenta o seguinte:Filo de Alexandria (c 20 BC-AD 50), evidentemente, sabia que as escrituras nos apenas a versão grega. Ele era um ilustre representante do judaísmo alexandrino, e se, de fato, o judaísmo alexandrino reconhecer uma forma mais abrangente do que o cânone judaísmo palestino, se poderia esperar para encontrar algum vestígio desse em volumosos escritos de Filo. Mas, de fato, enquanto Philo não nos deu uma declaração formal sobre os limites do cânone, como temos em Josefo, os livros que ele reconheceu como Sagrada Escritura foram muito certamente livros incluídos na Bíblia hebraica tradicional ... ele não mostra nenhum sinal de aceitar a autoridade de qualquer dos livros que conhecemos como o Apocrypha.
Jerome foi um estudioso do hebraico com os professores judeus que viveu por muitos anos na Palestina e escreveu no quarto e quinto primeiros séculos atrasados. No prefácio de sua tradução para o latim da Vulgata do Livro de Samuel e Reis, Jerome deixou clara a sua aceitação do cânon judaico da estrutura tríplice da Lei, nos Profetas e nos Hagiographa:
O primeiro desses livros é chamado Bresith, a que damos o nome de Gênesis. O segundo, Elle Smoth, que leva o nome de Êxodo; a terceira, Vaiecra, que é Lv; a quarta, Vaiedabber, que chamamos de números; o quinto, Elle Addabarim, intitulado Deuteronômio. Estes são os cinco livros de Moisés, que eles chamam corretamente Thorath, que é lei. A segunda classe é composta pelos profetas ... Para a terceira classe pertencem a Hagiographa ...
Além disso, a literatura rabínica dos primeiros séculos cristãos também falou de uma divisão tripla do Antigo Testamento.
O Talmude Babilônico em Baba Bathra 14 se refere a esta divisão, documentando os livros reais e sua ordem:Nossos rabinos ensinaram: a ordem dos Profetas é, Josué, Juízes, Samuel, Reis, Jeremias, Ezequiel, Isaías, os doze profetas menores ... [Nossos rabinos ensinaram:] A ordem do Hagiographa é Ruth, o livro dos Salmos , Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, lamentação, Daniel eo pergaminho de Ester, Esdras e Chronicles.
FF Bruce observa que esta era uma tradição judaica de longa data, possivelmente a partir do primeiro século:Uma das declarações mais claras e mais antigos dessas três divisões e seus respectivos conteúdos vem em uma Baraitha (uma tradição do período AD 70-200) citado no Talmud babilônico, no tratado Baba Bathra.
McDonald explica a importância da elaboração deste documento:Embora preservadas no Talmud babilônico, essa passagem é geralmente entendida como uma baraita, isto é, uma tradição do período tannaitic, 70 CE-200 CE .... É uma referência muito importante porque identifica claramente os escritos que compõem a vinte e quatro coleção de livros de escritos sagrados para os judeus e assume uma divisão tríplice da canon. bíblica
O número de livros no cânon hebraico
A Bíblia hebraica não só foi estruturado de uma certa maneira, mas os livros que compunham o cânon foram limitadas a um número específico de qualquer um e vinte e dois ou vinte e quatro, dependendo de como os livros foram organizados. Às vezes, Ruth foi anexado ao Juízes e Lamentações a Jeremias, fazendo com que o número vinte e dois. Quando listados separadamente o número aumentou para vinte e quatro. Esta numeração é encontrado em muitos escritos históricos. Uma das primeiras testemunhas do número vinte e dois é Josefo:Porque não temos uma multidão inumerável de livros entre nós, discordando de e contraditórias entre si, [como os gregos têm], mas apenas vinte e dois books.
Josefo não só deu o número exato dos livros canônicos, mas afirmou que a nação Jewsish reconhecido estes vinte e dois anos sozinho como canônica. O que é importante sobre o seu testemunho é que ele usou a versão Septuaginta do Velho Testamento. Assim, mesmo que ele usou a versão grega, ele citou o limitado cânone dos hebreus. E, como mencionado anteriormente, Philo também usou a Septuaginta e não incluiu os apócrifos como Escritura canônica autoritário. Estes casos demonstram que não se segue que aqueles que usaram a Septuaginta aceitou um cânone expandido, em particular, Jesus e os apóstolos. Comentários Ryle sobre a importância do testemunho de Josefo:
Devemos lembrar que Josefo escreve como o porta-voz de seu povo, a fim de defender a exatidão e suficiência das suas Escrituras, em comparação com as recentes e contraditórias histórias por escritores gregos ... Neste controvérsia ele defende o julgamento do seu povo. Ele não se limita a expressar uma opinião pessoal, ele diz representar seus conterrâneos ... Como, então, ele descreve os Livros Sagrados? Ele menciona o seu número; ele fala deles como consistindo de vinte e dois livros ".Ele os considera como uma coleção nacional bem definida. Isto quer dizer, Josephus e seus compatriotas, no início do segundo cento. AD, reconheceu uma coleção do que ele, pelo menos, chama vinte e dois livros, e não mais, como a Canon da Sagrada Escritura. Esta Canon era profanação de pensar em ampliar, diminuir, ou alterar em qualquer way.
Um número de pais da igreja também atestou a numeração tradicional judaica do cânon. Orígenes, que teve contato com judeus escreveu que o número de livros canônicos, transmitida por eles foi de vinte e two.16 Outros pais que listaram o número de livros como vinte e dois eram Hilário de Poitiers, 17 Cirilo de Jerusalém, 18 Atanásio, 19 Epifânio, 20, que era um nativo da Palestina, Gregório de Nazianzo, Basílio, o Grande 21, 22 e Rufino, 23, enquanto Jerome deu numerações de ambos os vinte e dois e vinte e quatro. O trabalho pseudepigraphal, Jubileus, encontrada entre a comunidade dos essênios em Qumran, também numerados livros do Antigo Testamento, aos vinte e dois anos e foi provavelmente o mais antigo testemunho do número de livros que compunham o cânon hebraico, antecipando Josefo.
Lee McDonald explica a importância deste trabalho:Em uma edição posterior do livro antigo conhecido como Jubileus, há uma referência a uma coleção de vinte e dois livros de escrituras, bem como a vários grupos importantes de vinte e dois anos na tradição judaica ... O texto em questão diz:Havia vinte e dois chefes de Adão até Jacó, e vinte e dois tipos de obras foram feitas antes do sétimo dia. O primeiro é abençoado e santificado, e este último também é abençoado e santificado. Um deles era como o outro com respeito à santificação e bênção. E foi concedido ao ex que devem sempre ser os abençoado e santificado do testemunho e da primeira lei exatamente como ele havia santificado e abençoado dia de sábado no sétimo dia (Jubileus 2,23).
O texto Simeão Logothetes é semelhante ao anterior, exceto que ele lê no meio "Pelo que também existem vinte e duas letras eo mesmo número de livros entre os hebreus" e em vez de "ele diz que" este texto lê "Moisés diz. Beckwith observa uma outra forma de este texto ocorrendo em Georgius Syncellus (ca. 800CE) que diz: "Todas as obras estão juntos vinte e dois, iguais em número de vinte e dois fundadores de Adão a Jacob. Qual destas três tradições textuais é o mais antigo é discutível, mas se eles podem ser datados no primeiro século aC, ou mesmo CE, todos eles fornecem evidência de que a primeira instância de vinte e dois livros cânone pode ser encontrada no livro dos Jubileus, que foi descoberto em fragmentos em Qumran.
A literatura talmúdica Rabínica em Baba Bathra deu a listagem como vinte e quatro. Como se observa, esta escrita era considerada uma antiga tradição entre os judeus e, como veremos, dá uma identidade precisa dos vinte e quatro livros. Não incluía os Apócrifos. Aquila, o prosélito judeu, é outro importante, se testemunha indireta do primeiro século com o número de livros. Ele traduziu o Antigo Testamento hebraico para o grego, substituindo a Septuaginta em torno de AD 128-129. Os judeus haviam se desencantado com a Septuaginta por causa de seu uso pelos cristãos. Aquila trabalharam para tornar uma tradução muito literal, sob os auspícios dos judeus palestinos. Ele, portanto, teria seguido o tradicional cânon hebraico de vinte e dois ou vinte e quatro livros, excluindo os apócrifos.
Swete dá a este fundo em Aquila:Aquila foi o tradutor do Ponto, da famosa Sinope porto de mar ... mas ele era de origem gentílica. Ele viveu durante o reinado de Adriano (117-138 dC), e foi uma ligação do Imperador Adriano ... empregadas seu parente para supervisionar a construção da Aelia Capitolina no local de Jerusalém, e enquanto não Aquila se converteu ao cristianismo pelos cristãos que havia retornado de Pella. Recusando-se, no entanto, abandonar a prática pagã de astrologia, ele foi excomungado; sobre a qual ele usou de seu ressentimento, submetendo-se à circuncisão e anexando-se aos rabinos judeus. O propósito de sua tradução foi deixar de lado a interpretação da LXX, na medida em que ele apareceu para apoiar os pontos de vista da Igreja Cristã ... Depois de sua conversão ao judaísmo, Aquila se tornou um aluno de R. Elezer e R. Joshua ... ou , de acordo com outra autoridade, de R. Akiba ... Era natural que a versão de Áquila deve ser recebido com aclamação pelos seus correligionários. Seus professores felicitou-o nas palavras de Salmos xlv.3. O Talmud cita ou refere-se a sua tradução não poucas passagens ... No tempo de Orígenes, foi de confiança implícita nos círculos judaicos, e utilizados por todos os judeus que não entendiam hebraico ... e ao mesmo preferência por Aquila parece ter sido característica dos judeus na quarta e quinta centuries.
Swete observa que Aquila foi aprovado pelo Talmud, e desde o Talmud aprovado apenas os tradicionais livros do cânon hebraico, parece claro que o número de livros traduzidos Aquila teria sido vinte e dois ou vinte e quatro.
Identidade do hebraico livros canônicos
O cânon judaico não só incluía uma tríplice divisão clara de um número específico de livros, mas sua identidade foi bem estabelecido também. Obviamente, se Josefo e outros poderiam dizer que o cânon consistia de vinte e dois ou vinte e quatro livros que eles sabiam quais os livros que eram. A questão é: seria um cânone limitado a vinte e dois ou vinte e quatro livros de permitir a inclusão de todas as obras do apócrifos? Os fatos históricos revelam que a resposta seja não. Para começar, os livros específicos que compõem o cânon do Antigo Testamento hebraico pode ser deduzida a partir de observações de Josefo. Sua é a mais antiga evidência existente que possuímos dos livros do cânone:Porque não temos uma multidão inumerável de livros entre nós, discordando de e contraditórias entre si, [como os gregos têm], mas apenas vinte e dois livros, que contêm os registros de todos os tempos passados; que são justamente acreditava ser divino; e deles cinco pertencem a Moisés, que contêm as suas leis e as tradições da origem da humanidade até sua morte.Este intervalo de tempo foi de pouco menos de três mil anos; mas quanto ao tempo da morte de Moisés até o reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia, que reinou depois de Xerxes, os profetas, que eram depois de Moisés, escreveu o que foi feito em suas épocas em treze livros.
Os restantes quatro livros contêm hinos a Deus, e preceitos para a conduta da vida humana. É verdade, a nossa história estão escritos desde Artaxerxes muito particularmente, mas não vos foi estimado da autoridade como com o anterior pelos nossos antepassados, porque nunca houve uma sucessão exata de profetas desde aquela época; e como firmemente que temos dado crédito a esses livros da nossa própria nação é evidente pelo que fazemos; pois durante tantos séculos como já se passaram, ninguém foi tão ousado ou adicionar qualquer coisa a eles, para tirar as coisas a partir deles, ou fazer qualquer alteração neles; mas tornou-se natural a todos os judeus imediatamente, e de seu nascimento, para estimar esses livros para conter doutrinas divinas, e persistir neles, e, se a ocasião se voluntariamente para morrer por them.
Josefo escreve que o cânon consistia em os cinco livros de Moisés, treze dos Profetas e quatro do que ele se referia como hinos a Deus e preceitos para a vida humana. É claro que essa perspectiva foi uma realizada por um longo tempo pelos judeus, que considerava esses vinte e dois livros por si só ser de origem divina e tiveram o cuidado de preservar a integridade e número deles. Na verdade, tão grande foi a sua veneração destes livros, eles estavam dispostos a morrer por eles. Certamente, tal compromisso implica a convicção de que esses livros só foram verdadeiramente canônico. Além disso, é claro que o cânone referido por Josefo não incluiu os livros apócrifos, e que ele considerava o cânone a ser fechado. Ele afirma que os vinte e dois livros foram escritos no período específico de tempo de Moisés até Artaxerxes e há livros escritos após este tempo foram considerados inspirados. Ele menciona outros livros escritos após os profetas, que não foram considerados pelos judeus para realizar a mesma autoridade, ou seja, eles não foram inspirados e eram, portanto, não canônicos. Esta é uma clara referência a um número de livros apócrifos.
John Wenham resume a importância de Josefo e os seus escritos:Josefo, nascido por volta do ano 37, foi, talvez, o judeu mais distinto e mais erudito de sua época. Seu pai era um sacerdote e sua mãe era descendente de reis macabeus. Dada a melhor educação possível, ele provou ser uma espécie de prodígio ... O que é particularmente interessante sobre a declaração de Josefo é a clara distinção entre os livros canônicos, que foram concluídas no tempo de Artaxerxes, e aqueles escritos mais tarde, que não foram considerados dignos como de crédito ", porque a sucessão exata dos profetas cessou". A idéia, evidentemente, é que os livros canônicos eram ou escrito (ou acreditado), pelos profetas, mas que, quando a era profética acabou, não há mais livros adequados para a Canon foram escritos ... Josephus se compromete com uma data bastante precisa para o fechamento de a Canon. Artaxerxes reinou durante quarenta anos, 465-425 aC. Esdras chegou a Jerusalém, no sétimo, e Neemias no século XX, ano de seu reinado (Ez 7:1, 8;. Ne 2:1). Além de Josefo, existem várias outras testemunhas que apontam para o tempo de Esdras e Neemias, com ocasionalmente uma referência para os ministérios de Ageu, Zacarias e Malaquias, que no momento da coleta, realização e reconhecimento do Testamento Velho Canon.
FF Bruce explica como os livros precisos pode ser inferida a partir de declarações de Josefo:Quando Josefo fala de vinte e dois livros, ele provavelmente se refere a exatamente os mesmos documentos que os vinte e quatro do cômputo judaico tradicional, Ruth sendo contado como um apêndice de juízes e Lamentações a Jeremias. Suas três divisões pode ser chamado de a Lei, os Profetas e os Escritos. Sua primeira divisão compreende os mesmos cinco livros como a primeira divisão do arranjo tradicional. Mas a sua segunda divisão tem treze livros, e não oito, o adicional de cinco, sendo talvez Jó, Ester, Daniel, Crônicas e Esdras-Neemias. Os quatro livros da terceira divisão, então, seria Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos. É impossível ter a certeza, porque ele não especifica os livros das três divisões, um por um. É improvável que a classificação dos livros de Josefo era o seu próprio; provavelmente ele reproduz uma tradição com a qual ele tinha sido familiar por muito tempo, depois de ter aprendido tanto no círculo sacerdotal em que ele nasceu, ou entre os fariseus, com cujo partido ele próprio associado como uma jovem man.
Ryle oferece essa observação adicional:Ele grava um teste de sua canonicidade. Ele menciona o padrão que, aparentemente, na opinião judaica atual, todos os livros satisfeito que foram incluídos no Cânon. Não há textos históricos, ao que parece, pertencia a ele, que foram considerados como tendo sido composto até o reinado de Assuero. A menção a este limite particular, parece ser feita de forma expressa com referência ao livro de Ester, no qual só o Artaxerxes de Josephus (o Assuero do livro hebraico de Esther) figuras. Assim, ficamos a saber que um teste popularmente aceita, a de data de composição, no entanto, erroneamente aplicada, determinada a questão da canonicidade. Na primeira cento. AD, a impressão que prevaleceu os livros da Canon foram todos antiga, que nenhum era mais recente que Assuero, e que toda a longa tinha sido considerado como canônico. O mesmo limite de data, embora não de forma tão clara aplicada aos livros poéticos, foi, com toda a probabilidade, a intenção de aplicar-se igualmente a eles, já que combinados com os livros dos profetas para lançar luz sobre o mesmo intervalo de história. Que tal padrão de canonicidade como o de antiguidade deve ser afirmado, bruto que possa parecer, deve ser suficiente para nos convencer de que os limites da Canon teve durante muito tempo estiveram undisturbed.
Jerônimo, famosa por traduzir o Antigo Testamento hebraico para o latim, tinha a intenção de traduzir apenas os livros considerados canônicos pelos judeus. Ele não só testemunha a classificação tradicional tríplice da Bíblia hebraica, mas também para que os livros composta cada categoria. Sua lista é essencialmente a mesma que a inferida a partir dos escritos de Josefo.
Os livros específicos que ele enumera são:
1) A Lei de Moisés:. Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio
2) Os Profetas: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores.
3 ) O Hagiographa: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Daniel, Crônicas, Esdras-Neemias e Esther.
2) Os Profetas: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores.
3 ) O Hagiographa: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Daniel, Crônicas, Esdras-Neemias e Esther.
Obviamente, se o número de livros canônicos é vinte e dois esta excluiria os apócrifos. Jerome afirmou claramente que os judeus não receberam os livros apócrifos como canonical. Agostinho concordou, escrevendo:
Durante o mesmo tempo, também as coisas foram feitas, que estão escritas no livro de Judith, o que, de fato, os judeus dizem não ter recebido no cânone das escrituras ... E o acerto de contas de suas datas é encontrado; não nas Sagradas Escrituras que são chamados canônicos, mas em outros, entre os quais, são também os livros dos Macabeus. Estas são realizadas como canônicos, não, pelos judeus, mas pela Igreja, por causa da extrema e 'maravilhosas sofrimentos de certos mártires ... Os judeus não têm esta passagem da Escritura, que é chamado Macabeus, como fazem a lei e os profetas , para que o Senhor dá testemunho a respeito de suas testemunhas. Mas ele é recebido pela Igreja não sem vantagem, se for lido e ouvido sobriamente, especialmente por causa da história dos Macabeus, que sofreram muito com a mão de perseguidores por causa da lei de God.
Orígenes e Epifânio também testemunhou que os judeus rejeitaram certo dos apócrifos. Orígenes escreveu que os judeus tinham uma baixa relação de Judith e Tobias, nunca aceitando-os como canônicos, 34 e Epifânio afirmou que eles rejeitaram Eclesiástico, Sabedoria, Baruc ea Epístola de Jeremias. Isto é confirmado por Beckwith em seus comentários sobre a lista Antigo Testamento canônico dada por Epifânio:Os conteúdos das listas parecem ser exactamente idêntica quanto ao conteúdo de Jerome. Os únicos apêndices livros são Ruth acrescentou a Juízes e Lamentações adicionado a Jeremias. Eclesiástico e Sabedoria estão firmemente declarou estar fora do cânon judaico ... no cap. 5 ele fala de "as epístolas de Baruch (tradução siríaca," de Jeremy e Baruch ') a ser contada com Jeremias. Mas no lugar de última chamada, acrescenta que as duas epístolas não estão incluídos pelos judeus ...
Outra evidência histórica para o número de livros canônicos do Antigo Testamento é o Pseudepigraphal trabalho apocalíptico 2 Esdras, mais tarde conhecido como 4 Esdras, composto por volta do ano 100 AD. Ele contaram os livros do cânon hebraico, aos vinte e quatro anos, o que implica que quanto uma coleção, esses livros foram aceitos como canônicos, desde os dias de Esdras e Neemias. Beckwith fornece as seguintes fundo sobre este trabalho e sua importância na questão do cânone:No cap. 14 de 2 Esdras, afirma-se que algumas das coisas reveladas a Moisés que ele foi dito para publicar abertamente e alguns para se esconder (vv. 4-6), mas que, quando os babilônios conquistaram Judá Lei de Deus foi queimado (v. 21) . Ezra é, portanto, representado como sendo inspirado pelo Espírito Santo a ditar lei de Deus mais uma vez para os escribas, e como receber o comando 'quando tiveres feito, algumas coisas, tu publicar abertamente, e algumas coisas, tu entregar em segredo para o sábio "(vv. 22-26). Tudo isto é realizado no espaço de 40 dias. (Vv. 36-43).
Assim, em 40 dias foram escritos e oitenta e quatorze livros. E sucedeu que, quando os 40 dias foram cumpridos, que o Altíssimo me falou, dizendo: 'O primeiro que tens escrito publicar abertamente, e deixar que o digno e indigno lê-lo, mas manter a setenta passado, que tu possas entregá-los a como ser sábio entre o teu povo: porque nelas é a primavera do entendimento, a fonte da sabedoria, e os fluxos de conhecimento ". E eu fiz isso (vv. 44-8).
Desses 94 livros, os setenta que Ezra é ordenado a manter para os poucos privilegiados são, sem dúvida, os numerosos apocalipses pseudônimas dos quais 2 Esdras é em si um exemplo, livros acarinhados em círculos limitados, ao passo que o 24 que ele é ordenado a publicar abertamente dignos e indignos tanto de ler devem ser os livros da canon.
Outra testemunha aos livros precisos do cânon vem do Talmud judaico, escritos rabínicos datados de 200 a 500 dC No Talmude Babilônico, Baba Bathra 14b, datado do final do século V, há uma declaração explícita dos livros que composta a estrutura tripartida do cânon:Nossos rabinos ensinaram: a ordem dos Profetas é, Josué, Juízes, Samuel, Reis, Jeremias, Ezequiel, Isaías, os doze profetas menores ... [Nossos rabinos ensinaram:] A ordem do Hagiographa é Ruth, o livro dos Salmos , Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, lamentação, Daniel eo pergaminho de Ester, Esdras e Crônicas ... Quem escreveu as Escrituras?-Moisés escreveu seu próprio livro ea parte de Balaão e Job. Josué escreveu o livro que leva seu nome e [os] últimos oito versículos do Pentateuco. Samuel escreveu o livro que leva seu nome eo livro de Juízes e Rute. David escreveu o livro de Salmos, incluindo nele o trabalho dos dez anciãos, ou seja, Adão, Melquisedeque, Abraão, Moisés, Heman, Yeduthun, Asafe e os três filhos de Coré. Jeremias escreveu o livro que leva seu nome, o livro dos Reis, e Lamentações. Ezequias e seus colegas escreveram (mnemônico YMSHQ) Isaías, Provérbios, o Cântico dos Cânticos e Eclesiastes. Os Homens da Grande Assembléia escreveu (QNDG mnemônico) Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Daniel eo pergaminho de Ester. Esdras escreveu o livro que leva seu nome e as genealogias do livro de Crônicas até seu próprio tempo. Isto confirma a opinião de Rab (220 ~ 450), uma vez que Rab Judá (250-290) disse em nome de Rab: Ezra não deixou a Babilônia para ir até Eretz Yisrael até que ele tinha escrito a sua própria genealogia. Quem, então, terminar [o livro de Crônicas]?-Neemias, filho de Hachaliah.
Como observamos anteriormente, este anúncio foi apresentado como uma antiga tradição, como algo proferidas pelos rabinos.Comentários McDonald pena repetir:Embora preservadas no Talmud babilônico, essa passagem é geralmente entendida como uma baraita, isto é, uma tradição do período tannaitic, 70 CE-200 CE .... É uma referência muito importante porque identifica claramente os escritos que compõem a vinte e quatro coleção de livros de escritos sagrados para os judeus e assume uma divisão tríplice da canon.38 bíblica
Ao listar os livros canônicos, o Talmud exclui os apócrifos e é precisamente o mesmo em conteúdo que foi dada por Jerome e que é inferida a partir dos escritos de Flávio Josefo, no primeiro século. Isso nos traz de volta a Aquila, que, como vimos, traduziu a Bíblia do hebraico para o grego, sob os auspícios do judaísmo palestino. Portanto, ele teria seguido o cânone tradicional dos judeus dos vinte e dois ou vinte e quatro livros, como expresso por Jerome eo baraita dos escritos talmúdicos, excluindo assim os apócrifos. Além disso, havia outras versões gregas das Escrituras, que não incluem os apócrifos, como a produzida por Theodotion. Outro ponto a salientar é que dois dos livros apócrifos eliminar-se da consideração canônico devido ao seu testemunho interno. O autor de I Macabeus escreveu que, no momento da escrita do seu trabalho não havia profeta em Israel (I Macc. 4,46). Ao fazê-lo ele estava admitindo que ele não era um profeta e, portanto, não inspirada.
Mc Donald explica:O autor do 1 Macabeus 9 (ca. 100 aC), escrevendo sobre os tempos difíceis em Israel após a morte de Judas Macabeu, pensei que os profetas de Israel, bem como o espírito de profecia foram embora e que a literatura inspirada tinha, portanto, cessou. Depois de Judas Macabeu haviam retomado o templo dos Selêucidas, que havia contaminado, ele atribuiu sacerdotes para purificá-la, e nós lemos que os sacerdotes derrubou o altar do templo "e armazenadas as pedras em um lugar conveniente na colina do templo até deve vir um profeta para dizer o que fazer com eles "(1 Macc. 04:46 RSV). A visão de que não havia nenhum profeta na terra era uma parte do pensamento do escritor de 1 Macabeus (1 Macc 9:27;. 14:41) .
O neto do autor de Eclesiástico deixou claro que o cânon estava no local muito antes de seu avô escreveu e que ele escreveu apenas como intérprete e comentarista, não como um profeta. Estes livros nunca foram recebidos como canônicos pelos judeus. Claramente, o cânon protestante é consistente com o cânon hebraico. A Enciclopédia Católica New afirma o seguinte:
Para os protestantes Testamento velhos seguem o cânone judaico; eles têm apenas os livros que estão na Bíblia Hebraica. Os católicos têm, além disso, sete livros deuterocanônicos do Antigo Testament.
Apologistas católicos romanos opor a estas conclusões a respeito da estrutura e número de livros no cânon em três pontos fundamentais.Em primeiro lugar, eles afirmam que o uso da Septuaginta por alguns dos Judeus sugere que os judeus não tinham cânone fixo. Eles alegam que, embora os judeus da Palestina eram mais conservador, os judeus de Alexandria abraçou um cânon mais amplo que incluiu os apócrifos. Isto é visto, dizem eles, o fato de que a Septuaginta, que se originou na Alexandria, incluiu os livros apócrifos e foi a Bíblia comumente usada por Jesus e os escritores do Novo Testamento. Conseqüentemente, eles sustentam que, uma vez que usou a Septuaginta, eles devem ter aceito os apócrifos também. Em segundo lugar, os católicos romanos afirmam que o Conselho de Jamnia, composto de anciãos judeus depois da queda de Jerusalém em 70 dC, debateu o status canônico de uma série de livros, provando que o cânon da Palestina não era uma questão fechada ou liquidado. Em terceiro lugar, os católicos afirmam que os essênios realizada a uma mais ampla cânone do que tradicionalmente realizada na Palestina. Iremos abordar cada uma dessas objeções.
A Septuaginta e o Dois Canon Teoria
A Septuaginta é a tradução grega do Antigo Testamento hebraico. Na época de Cristo era a Bíblia usada por judeus de língua grega e de certa forma até mesmo pelos judeus na Palestina. Ele é citado por Jesus e os escritores do Novo Testamento, embora não exclusivamente.Na época do Novo Testamento, a Septuaginta foi acreditado inspirado principalmente devido a uma lenda sobre sua origem. Esta lenda foi amplamente considerado pelos pais da igreja primitiva, que muito influenciaram a sua veneração pela Septuaginta.
A Septuaginta é a tradução grega do Antigo Testamento hebraico. Na época de Cristo era a Bíblia usada por judeus de língua grega e de certa forma até mesmo pelos judeus na Palestina. Ele é citado por Jesus e os escritores do Novo Testamento, embora não exclusivamente.Na época do Novo Testamento, a Septuaginta foi acreditado inspirado principalmente devido a uma lenda sobre sua origem. Esta lenda foi amplamente considerado pelos pais da igreja primitiva, que muito influenciaram a sua veneração pela Septuaginta.
FF Bruce dá o seguinte plano:No decorrer do tempo, uma lenda ligou-se a esta versão grega da lei, contando como foi o trabalho de setenta ou melhor, setenta e dois anciãos de Israel que foram trazidos para Alexandria para o efeito. É por causa desta lenda que o termo Septuaginta (do latim septuaginta, 'setenta') veio a ser anexado à versão. Conforme o tempo passava, o termo passou a ser anexado a todo o Antigo Testamento em grego, e da lenda original do setenta foi ainda mais embelezada. A lenda é gravado originalmente em um documento chamado Carta de Aristeu, que conta como os anciãos completou a tradução do Pentateuco, em 72 dias, alcançando uma versão acordada como o resultado da conferência e comparação regular. Enfeites posteriores não só estendeu seu trabalho para cobrir todo o Antigo Testamento, mas contou que eles estavam isolados uns dos outros em celas separadas para todo o período e produziu setenta e dois idênticos prova versões-conclusivos, foi instado, da inspiração divina da trabalho!
Uma das razões que os católicos romanos defendem um cânon mais amplo é que os mais antigos manuscritos existentes da Septuaginta contêm uma série de livros apócrifos. Estes manuscritos são: Vaticanus (início do século 4), Sinaiticus (início do século 4) e Alexandria (início do século 5 º). Os livros apócrifos da Sabedoria, Eclesiástico, Judite e Tobias estão incluídos em todas as três, mas também há diferenças. Não Vaticanus não incluir qualquer um dos livros dos Macabeus, enquanto Sinaiticus inclui 1 e 4 Macabeus e de Alexandria inclui 1, 2, 3 e 4 Macabeus e uma obra conhecida como os Salmos de Salomão. Se a inclusão de um livro no manuscrito prova sua canonicidade, como católicos romanos afirmam, em seguida, 3 e 4 Macabeus eram canônicos. No entanto, sabemos com certeza que este não era o caso. Também é verdade que a Septuaginta incluía uma série de apêndices aos livros canônicos do Antigo Testamento, como Ester, 1 Esdras, as adições ao Daniel (Canção dos Três Filhos, Bel eo Dragão e Susana) e as adições ao Jeremias ( Baruch e da Epístola de Jeremy).
Mas, como Henry Swete aponta, nenhum desses livros, ou o resto dos apócrifos, faziam parte do cânon hebraico:O MSS. e muitas das listas de Antigo Testamento grego incluem certos livros que não encontram lugar no cânon hebraico. O número desses livros varia ... mas as coleções mais completas conter o seguinte: I Esdras, Sabedoria de Salomão, a Sabedoria de Sirac, Judite, Tobias, Baruque ea Epístola de Jeremias, i.-iv. Macabeus. Podemos acrescentar os Salmos de Salomão, um livro que foi algumas vezes incluído no MSS. de livros salomónicas, ou, em Bíblias completa, no final da Canon 42 ...
Além disso, temos de contar com o testemunho de Josephus. Ele usou a Septuaginta, mas sua citação do cânon hebraico não incluiu os apócrifos. Há uma série de problemas com os pressupostos da Igreja Católica Romana. Primeiro de tudo, os manuscritos da Septuaginta são todos de origem cristã dos séculos IV e V ao contrário de Alexandria, no Egito. Não sabemos com certeza que a própria Septuaginta incluía os livros apócrifos como canônicos Escrituras. Em segundo lugar, como já mencionado, havia livros nesses manuscritos que nunca foram considerados canônicos pelos judeus ou da Igreja, em particular, 3 e 4 Macabeus. Portanto, só porque um livro foi listado nos manuscritos não quis dizer que era canônico. Significa simplesmente que esses livros foram lidos na Igreja. Isso provavelmente se assemelha a perspectiva geral de muitos dos pais da Igreja primitiva. Durante a era da Igreja, certos livros foram designados canônica, enquanto outros foram chamados eclesiástica, mas todos foram agrupados sem distinção. Os livros eclesiásticos eram úteis para a leitura e edificação, mas não tinham autoridade para o estabelecimento de doutrina. Esta posição foi mantida por ambos Atanásio e Cirilo de Jerusalém, que usou a Septuaginta, mas tiveram o cuidado de excluir os livros apócrifos do estatuto de Escritura canônica. Esta foi também a prática dos judeus da Palestina. Embora rejeitando Tobias e Judite como canônicos, eles ainda lê-los. Isto é visto a partir das declarações de Josephus que usaram a Septuaginta, mas excluídos os livros apócrifos de status canônico. Uma situação semelhante provavelmente existia entre os judeus de língua grega que pode ter incluído-los na Septuaginta. Philo, que residia em Alexandria e usou a Septuaginta, não citou os apócrifos como canônicos, mas se referia a uma quarta classe de livros que eram altamente estimados, mas não são considerados canônicos.
Como Lee McDonald escreve, não há nenhuma evidência de que os judeus de Alexandria realizada a uma mais ampla cânone do que aqueles na Palestina:O maior problema com a teoria do cânon Alexandrino é que não existem listas ou coleções se pode olhar para a fim de ver o que os livros composta lo. Pfeiffer próprio reconheceu que ninguém sabe o que o cânone dos alexandrinos e outros judeus da diáspora era antes da LXX foi condenada na Palestina, ca. 130 CE. Há muito tempo atrás E. Reuss concluiu que não sabemos nada sobre a LXX antes do momento em que a Igreja fez uso extensivo do mesmo. Isso inclui a condição do texto e da sua forma, bem como a sua extensão. Outro problema com a teoria cânon Alexandrino é que não foi mostrado de forma conclusiva que os judeus de Alexandria ou os outros judeus da Dispersão eram mais propensos a adotar outros escritos como escrituras sagradas do que foram os judeus da Palestina no BCE dois séculos ea primeira CE do século. Além disso, não há evidências ainda de que mostra a existência de um cânon diferente das escrituras em Alexandria do que na Palestina a partir do segundo século aC ao século II dC .... Desde as comunicações entre Jerusalém e Alexandria foram consideradas muito bom durante o primeiro século BCE e CE, não é certo que tanto a noção ou a extensão da escritura divina seria muito diferente entre os dois locais durante o período antes de 70 EC ... Embora os judeus da Dispersão foram mais afetados por helenismo que foram os judeus da Palestina, há pouca evidência para mostrar que essa influência também afetou sua noção de escritura ou os limites de sua scriptures.
FF Bruce confirma estas conclusões quando ele diz:Tem sido frequentemente sugerido que, enquanto o cânon dos judeus palestinos foi limitada a vinte e quatro livros da Lei, Profetas e Escritos, o cânon dos judeus de Alexandria foi mais abrangente. Não há nenhuma evidência de que isso era tão: na verdade, não há nenhuma evidência de que os judeus alexandrinos já promulgou um cânone de scripture.
John Wenham fornece esses comentários perspicazes sobre o cânone judaico e da popularidade da Septuaginta:A verdade parece ser que os judeus eram perfeitamente claro quanto aos limites da Canon, apesar do fato de que eles lêem e estimado altamente uma série de outros livros. Os escritos apocalípticos tiveram especial popularidade em um Palestina fervendo de esperança messiânica, e os livros apócrifos que buscavam efetivar a reconciliação entre o judaísmo ea filosofia grega tinha uma popularidade especial no judaísmo helenístico, especialmente em centros culturais como Alexandria. Mas, como Josefo e Philo show de suas citações, bem como por seus comentários diretos sobre o assunto, o conhecimento eo uso da tradução Septuaginta da Lei, Profetas e Hagiographa não implica o reconhecimento da canonicidade dos livros apócrifos que foram incorporados no codices.45 depois.
O Conselho de Jâmnia
Tem sido frequentemente argumentado que, como o Conselho de Jâmnia debateu o status canônico de vários livros do Antigo Testamento, os rabinos envolvidos tinha a autoridade para tomar uma decisão final sobre a extensão do cânon. Historicamente, houve uma série de livros no cânon hebraico, que eram uma fonte de debate dentro do judaísmo como a sua inspiração. Tradicionalmente, estes eram Ezequiel, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Ester. Mas só porque não houve debate, não se segue que não havia dúvida de que nunca sério entre a maioria do seu estatuto canônico ou que o cânon estava aberta. Este é certamente o caso de Jâmnia. O fato é que a discussão dos livros não era sobre se certos livros, anteriormente considerados uncanonical, deve ser elevado ao status canônico, mas se aqueles tradicionalmente realizada como canônicos, deve continuar assim. Nunca houve discussão de aceitar qualquer um dos livros apócrifos no cânon.
Roger Beckwith deixa isso claro:A teoria de que um cânone aberto foi fechado no Sínodo de Jâmnia sobre AD 90 volta a Heinrich Graetz, em 1871, que propôs (e com mais cautela do que tem sido desde que o costume) que o Sínodo de Jâmnia levou ao fechamento do cânon.Embora outros manifestaram recentemente hesitações sobre a teoria, sua refutação completa tem sido o trabalho de JP Lewis e SZ Leiman. Os resultados combinados das suas investigações é como se segue:
(A) O termo "sínodo" ou "conselho" é inadequada. A academia em Jâmnia, estabelecida pelo rabino Johanan ben Zakkai pouco antes da queda de Jerusalém em 70 dC, era ao mesmo tempo uma faculdade e um corpo legislativo, ea ocasião em questão era uma sessão dos anciãos lá.
(b) A data do sessão pode ter sido tão cedo quanto AD 75 ou tão tarde como AD 117.
(c) No que respeita aos livros em disputa, a discussão foi confinada à pergunta se Eccelsiastes e do Cântico dos Cânticos (ou possivelmente Eccelsiastes sozinho) fazer as mãos impuras, ou seja, são divinamente inspirado.
(d) A decisão tomada não foi considerado como autoritário, uma vez que as opiniões contrárias continuou a ser expresso ao longo do segundo century.
(b) A data do sessão pode ter sido tão cedo quanto AD 75 ou tão tarde como AD 117.
(c) No que respeita aos livros em disputa, a discussão foi confinada à pergunta se Eccelsiastes e do Cântico dos Cânticos (ou possivelmente Eccelsiastes sozinho) fazer as mãos impuras, ou seja, são divinamente inspirado.
(d) A decisão tomada não foi considerado como autoritário, uma vez que as opiniões contrárias continuou a ser expresso ao longo do segundo century.
Como Bruce confirma, o Conselho de Jamnia não mudou nada em relação ao status canônico de qualquer um dos livros do Antigo Testamento:Na medida em que as escrituras estão em causa, os rabinos em Jâmnia introduziu nenhuma inovação; revisaram a tradição que tinham recebido e deixou-o mais ou menos como era. É provavelmente imprudente falar como se houvesse um Conselho ou Sínodo de Jâmnia, que estabeleceu os limites da canon.47 do Antigo Testamento.A teoria de Jamnia é insustentável porque os apócrifos nunca foi considerado para o cânone. Ele nunca foi sequer discutido. Mesmo Jâmnia fechado o cânon (sugerindo que tinha sido aberta) os apócrifos nunca fez parte da discussão. E a história do judaísmo seguinte Jâmnia demonstra que os apócrifos nunca foi aceito pelos judeus. Mais uma vez, observamos isso no testemunho de Aquila, que traduziu a Bíblia do hebraico para o grego após Jâmnia. Sua canon concorda com os escritos do Talmude, que foi o cânone catalogadas por Jerome e Josefo. A obra de Aquila prova que a Bíblia judaica aceitou incluiu os cinco livros disputados, como no tempo de Josefo, mas não os livros apócrifos. Jâmnia não mudou nada em relação ao cânone. Como Beckwith aponta:
Temos provas nos fragmentos sobreviventes da tradução de Áquila que (embora não há nenhum indício de que inclusive qualquer livro apócrifo) incluiu todos os cinco livros em disputa ... credenciais rabínicas de Aquila são incontestáveis, e seu trabalho mostra que, rabinos qualquer que seja individuais podem ter disse antes de AD 128-129 ou mais tarde, a Bíblia judaica aceitou nessa data incluiu os livros em disputa, tal como aconteceu na época de Josefo, trinta ou mais anos earlier.
Isso nos leva à conclusão de Ryle:A Mishná registra como surgiram disputas entre rabinos judeus sobre a canonicidade de certos livros, e, em particular, de livros no Hagiographa, e como as dúvidas foram dissipadas através da influência de homens como o rabino Johanan ben Zaccai e Rabi Akiba, que morreu cerca de 135 AD (Yadaim, III.5). A linguagem que eles são relatados para ter usado mostra, além de qualquer dúvida, que eles aceitaram a divisão tripartida da Canon, e que, mesmo enquanto eles estavam discutindo as qualidades de livros cujo direito a uma posição no cânon das Escrituras foi questionado por alguns, que nunca duvidou de que o conteúdo da Canon tinha sido determined.
Os essênios
Os essênios eram um grupo marginal judeu que se tinham separado Judaísmo ortodoxo durante o segundo século aC. Seus escritos foram descobertos nos Manuscritos do Mar Morto em Qumran. Eles pareciam ter aprovado uma categoria mais ampla de livros do que o tradicional vinte e dois ou vinte e quatro do cânon hebraico, o que sugere para alguns que o cânon não foi fechado em Palestenian judaísmo. As descobertas dos Manuscritos do Mar Morto que demonstrar que havia muitos escritos adicionais às Escrituras canônicas do Antigo Testamento hebraico na comunidade dos essênios. No entanto, isso não significa que eles realizada para um cânone mais amplo.Os essênios produzido um conjunto significativo de literatura apocalíptica pseudepigraphal, mas eles não consideraram estas a ser inspirado. Eles eram altamente estimados como interpretações autorizadas dos livros canônicos, mas não se acreditava serem Escritura canônica. O trabalho pseudepigraphal, Jubileus, originou-se com os essênios e cita o número de livros canônicos a ser vinte e dois, a mesma que a dada por Josefo, o fariseu. Este fato prejudica a teoria de um essênio cânone mais amplo e leva à conclusão de que o cânon dos Essênios era a mesma que a do judaísmo em geral. FF Bruce enfatiza houve nenhum desacordo fundamental entre os fariseus, saduceus e essênios sobre a natureza do cânone:
É provável, aliás, que, no início da era cristã os essênios (incluindo a comunidade de Qumran) estavam de acordo substancial com os fariseus e os saduceus sobre os limites da escritura hebraica. Pode ter havido algumas diferenças de opinião e prática em relação a um ou dois dos "Escritos", mas as divergências entre partidos lembrado na tradição judaica tem muito pouco a ver com os limites do cânon. A idéia de que os saduceus (como os samaritanos) reconheceu o Pentateuco apenas como Sagrada Escritura é baseado em um mal-entendido: quando Josefo, por exemplo, diz que os saduceus não admitem observância a todos para além das leis ', ele quer dizer não o Pentateuco com a exclusão dos Profetas e os Escritos, mas a lei escrita (do Pentateuco) para a exclusão da lei oral (a interpretação farisaica e aplicação da lei escrita, que, como a própria lei escrita, foi realizada, em teoria, ter foi recebida e transmitida por Moisés) .
Como Beckwith observa, já que a estrutura tríplice e número preciso de livros é apoiada por tantas fontes, a evidência sugere fortemente que esta estrutura e número estavam no local por tempos do Novo Testamento. Portanto, Jesus e seus apóstolos estavam familiarizados com um cânone fechado de Escrituras do Antigo Testamento, que por si só são inspirados-os oráculos de Deus entregue aos judeus:É difícil conceber o cânone a ser organizado de acordo com um princípio racional, ou de seus livros que estão sendo organizados em uma ordem definida, a menos que a identidade desses livros já foi resolvido eo cânon fechado, é ainda mais difícil de conceber os livros que estão sendo contados, eo número a ser geralmente aceite e bem conhecido, se o cânon permaneceu aberto ea identidade de seus livros incerto. Mesmo se não houvesse (como de fato há) evidências que mostram que os livros-se que foram contados, por vezes, em ordem alfabética, como 22, às vezes mais simplesmente como 24, a presunção que ainda se mantêm de que a identidade dos livros deve ter sido decidido antes que pudessem ser contados, e que o acordo sobre o número implica um acordo sobre a sua identidade. E tal acordo, como nós já vimos, provavelmente tinha sido alcançado pelo segundo século antes de Cristo ... O fato de que o cânon do Antigo Testamento em que o Novo Testamento em várias outras formas refere-se tinha um número estabelecido de livros pelo Novo Testamento vezes é mais uma indicação de que Jesus e seus primeiros seguidores estavam familiarizados com um cânone fechado, e elogiou um cânone fechado ao Church.51 Christian
Algum objeto a essas conclusões, dizendo que há muitas referências por escritores do Novo Testamento para os apócrifos e, portanto, não podemos legitimamente manter a visão de que Jesus e os apóstolos inscrito para o limitado cânone dos judeus palestinos. As provas oferecidas para isto é as citações listadas pela edição Nestle-Aland do grego do Novo Testamento, que inclui um apêndice de supostas referências e alusões ao apócrifos e outros escritos utilizados pelos escritores do Novo Testamento. No entanto, a ilegitimidade deste apêndice torna-se aparente após exame de algumas das alusões dadas. Por exemplo, somos informados de que Mateus 4:4 é uma alusão a Sabedoria de Salomão 16:26. Na verdade, é uma citação direta de Deuteronômio 08:03. Também nos é dito que Mateus 4:15 é uma alusão a uma Macabeus 5:15, mas o verso é uma citação direta de Isaías 9:01. FF Bruce dá esta crítica da compilação Nestle-Aland:
A edição de Nestle-Aland do grego do Novo Testamento (1979) tem um índice de textos do Antigo Testamento citados ou aludidos no Novo Testamento, seguido por um índice de alusões não só para o "Septuagintal plus ', mas também para várias outras obras não incluídos na Septuaginta. Muitos destes últimos são semelhanças ao invés de alusões conscientes; apenas um é uma citação reta expressamente atribuída à sua origem. Essa é a citação de "Enoch na sétima geração de Adão" em Judas 14; isso vem reconhecidamente do livro apocalíptico de Enoque (1 Enoque 1:9) .
A citação direta a partir de 1 Enoque não significa que Jude considerado o trabalho seja canônico ou inspirou mais do que a citação de poetas pagãos por Paul iria dar credibilidade a qualquer idéia que ele considerou os inspiraram. O livro de 1 Enoque nunca foi considerado canônico ou inspirados pelos judeus por isso é completamente fora dos limites do presente consideração dos apócrifos eo cânon dos judeus. Os fatos revelam que não há um único apelo por Jesus ou os escritores do Novo Testamento para os apócrifos. Roger Nicole faz o seguinte comentário:É de notar que todo o Novo Testamento não contém sequer uma citação explícita de qualquer um dos Apócrifos do Antigo Testamento que são considerados como canônicos pela Igreja Católica Romana. Esta omissão dificilmente pode ser visto como accidental.
G. Douglas Young faz uma avaliação semelhante:O Novo Testamento citam os apócrifos? A resposta é um não categórico. Não há um único citação de qualquer um dos 14 ou 15 livros. Sem dúvida, os escritores do Novo Testamento sabiam da existência desses livros. Não em uma única instância, no entanto, é um deles citado, quer como escritura inspirado, ou como entidade, ou de qualquer forma. Não em um único caso é um deles citado de alguma maneira para qualquer finalidade. Professor CC Torrey, que, em sua Os apócrifos Literatura, lista um número muito grande de supostas citações apócrifos ou alusões, é forçado a admitir do Novo Testamento que "em geral, os apócrifos Escrituras foram deixados despercebidos" (p. 18). As supostas citações foram retiradas de livros fora daqueles em apreço, os apócrifos. Um exemplo é a citação de Enoque em Judas. Tudo o que se pode dizer é que os autores do Novo Testamento têm alguma convivência com materiais escritos mais cedo, para que, no máximo, aludem indiretamente, ou de fatos que, eventualmente, aparecem em ambos documents.54 bíblica e não-bíblica
Bruce Metzger confirma a conclusão de Nicole e Young:Ao discutir o tema de paralelos e alusões ao apócrifos encontrados no Novo Testamento, às vezes é instado que nenhuma passagem da apócrifos nunca é citado expressamente por um autor do Novo Testamento como processo de uma autoridade sagrada. Isto é, sem dúvida, true.
Uma objeção freqüentemente levantada é que este é um argumento de silêncio. Alguns argumentam que podemos legitimamente questionar a atitude de Jesus e dos apóstolos para algumas das Escrituras Hebraicas que nunca são referidos por eles com base neste argumento. Bruce Metzger vozes essa preocupação com estas declarações imediatamente após os citados acima:Por outro lado, no entanto, também é verdade que em nenhum lugar do Novo Testamento há uma citação direta a partir dos livros canônicos de Josué, Juízes, Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Abdias, Sofonias, e Naum; e alusões do Novo Testamento para eles são poucos em number.
A lógica não se sustenta. Não há paralelo real entre a falta de alusão a certos livros do Antigo Testamento e da falta de alusão aos apócrifos. Como vimos, o cânon do Antigo Testamento estava bem estabelecida na época de Jesus. Ele próprio menciona sua tripla divisão e Josefo nos diz que essas três divisões foram composta de vinte e dois livros, um número confirmado por muitas outras fontes históricas judaicas. Além disso, não há absolutamente nenhuma evidência de que qualquer dos escritos apócrifos jamais foram recebidos como canônicos pelos judeus. As fontes históricas consistentemente demonstram o contrário. Alguns dos livros apócrifos eliminam-se do status canônico, com base em seu próprio testemunho. Os pais da Igreja primitiva consistentemente testemunhar que os judeus não receberam os livros apócrifos. Assim, a falta de alusão a certos livros do Antigo Testamento não tem qualquer influência sobre se Jesus e os autores do Novo Testamento aceita-los como parte do cânone, porque eles faziam parte da coleção de vinte e dois livros, que foi aceito por Jesus sob o títulos gerais da Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. A falta de alusões ao apócrifos, no entanto, é significativo porque confirma o fato de que o cânon judaico, eo cânone aceito por Jesus e os apóstolos, não incluiu os apócrifos. É-nos dito pelo apóstolo Paulo de que os judeus foram confiados os "oráculos de Deus" (Rom. 3:02) por Deus. Embora mais tarde rejeitou a Cristo, isso em nada minimiza o fato de que as Escrituras do Antigo Testamento autoritários foram cometidos exclusivamente para eles e eles por si só. A documentação acima revelou os livros que tinham sido comunicadas à autoridade do povo judeu. É a vinte e dois ou vinte e quatro livro canônico do judaísmo palestino conhecido como 'Lei', 'a Lei e os Profetas ", ou pela designação tríplice dada por Jesus de" a Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. " É este cânon que é respeitado pela Igreja Protestante, mas contestadas pela Igreja de Roma.
Terminamos esta seção com a pergunta feita por Beckwith:Para os cristãos, no entanto, o ensinamento de Jesus, os apóstolos e os outros escritores do Novo Testamento tem também um significado teológico; pois se eles nos ensinam o que era o seu cânon do Antigo Testamento, que eles não também nos ensinam que, para os cristãos, o cânon do Antigo Testamento deveria ser? 57
(notas www.christiantruth.com)
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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