SUBSIDIO (1) BETEL SUPERANDO CONFLITOS NO LAR
Efésios
5.22-30.
Foi no
Éden que a família vivenciou seu primeiro e maior conflito. A consequência
desta desordem é sentida até hoje em todos os lares. Porém, Deus não foi pego
de surpresa com o pecado do homem e já no Éden providenciou a solução para as
famílias e para a iniquidade: Jesus Cristo. O Filho de Deus veio ao mundo como
um bebê e experimentou a vida familiar. Atualmente, em Jesus, as famílias podem
resolver seus conflitos. Com o amor verdadeiro no coração, que é resultado da
graça divina, poderemos não somente vencer, mas evitar as confusões. Para isto
precisamos convidar Jesus a fazer do nosso lar sua morada permanente. Que o
Filho de Deus tenha a primazia em nossos lares.
Conflito: Embate, discussão acompanhada
de injúrias e ameaças; desavença.
Os
conflitos familiares vêm de tempos imemoriais. No Éden, antes da Queda, havia
um ambiente perfeito: harmônico e amoroso. Mas o casal, ouvindo o tentador,
perdeu a doce comunhão com Deus, e a consequência não podia ser outra: o início
de sérios conflitos familiares. A boa nova para os nossos dias é saber da
possibilidade, em Cristo, de equacionarmos os problemas que, às vezes, afetam a
família cristã.
I.
DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
1.
Temperamentos diferentes. Dentre os vários motivos existentes para justificar
os desentendimentos entre os cônjuges, o que mais se destaca é o temperamento.
Segundo os psicólogos, temperamento “é a combinação de características inatas
que herdamos dos nossos pais que, de forma inconsciente, afetam o nosso
comportamento”. De acordo com o conceito popular, podemos dizer que o
temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e
situações que se nos apresentam cotidianamente (Gn 25.27). Mas, pelo amor,
podemos (e devemos) vencer todas as nossas diferenças, a fim de que tenhamos um
casamento feliz (1Pe 4.8).
2.
Fatores que trazem conflitos. Diversos são os fatores que desencadeiam
conflitos no lar. Eis alguns deles:
a) Falta
de confiança. O casamento só tem sentido quando é estabelecido na plena
confiança do amor verdadeiro, pois o amor folga com a verdade (1Co 13.6).
Quando há amor entre o casal não há motivos para desconfianças ou ciúmes (1Co
13.5b). Há quem pense que o ciúme desenfreado é prova de amor. Grande engano! É
loucura que pode, inclusive, colocar em risco a estabilidade conjugal.
b)
Tratamento grosseiro. Onde o Espírito Santo se faz presente há perfeito amor,
paz, alegria e longanimidade, que é a paciência para se suportar as falhas
alheias (Gl 5.22). Uma das formas de demonstrarmos o fruto do Espírito é vista
na maneira como usamos nossas palavras, pois a palavra branda joga para longe o
furor. Mas os conflitos entre os cônjuges suscitam ira, ódio e destruição (Pv
15.1). E a forma com que tratamos uns aos outros é vista por Deus como uma
referência para designar quem é sábio ou não, pois a sabedoria é manifesta em
obras de mansidão (Tg 3.13).
c)
Dívidas. As dívidas ocasionam muitos conflitos familiares, chegando até mesmo a
terminar um relacionamento conjugal. Quando uma pessoa se endivida não pensa em
mais nada a não ser nas dívidas. Algumas pessoas até adoecem. Assim, precisamos
ouvir a Palavra de Deus e nada dever a ninguém (Rm 13.8). Através de um
planejamento eficiente, bom senso e autocontrole podemos fugir das dívidas.
Faça isso para o bem-estar da sua família (Pv 11.15; 22.7,26)!
d)
Infidelidade. Quando o cônjuge encobre a sua conduta pecaminosa o pecado vem a
público inesperadamente (Lc 12.2). O casamento sofre um duro golpe, os filhos
ficam sem direção e a família transtorna-se. É imperativo que os cônjuges evitem,
a todo o custo, o envolvimento extraconjugal. Além de ser um grave pecado
contra Deus, é uma ofensa contra o cônjuge, filhos e filhas (ler Pv 5.3-6). A
infidelidade contra o cônjuge é infidelidade contra Deus.Falta de confiança,
tratamento grosseiro, dívidas e infidelidade podem causar conflitos familiares.
II.
ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS
1. A
mulher no mercado de trabalho. Devido às modernas demandas sociais, a mulher
deixou de se dedicar exclusivamente às funções domésticas, e passou também a
exercer funções em empresas e organizações diversas, ocupando a maior parte do
seu tempo em atividades profissionais. Mas essa mudança tem trazido sérias
consequências. Há mais de uma década, para cada dez homens que morria de
infarto, apenas uma mulher sofria desse mal. Hoje, o número de mulheres que
morre desse mal subiu para quatro.
2. A
ausência dos pais prejudica a criação dos filhos. Sem a presença dos pais, as
crianças ficam desorientadas. Muitas vezes elas convivem com pessoas que não
têm a menor capacitação para educá-las. Por outro lado, algumas crianças ficam
o dia todo em frente da “babá eletrônica”, a televisão, ou com a “mestra
eletrônica”, a internet. Ali, são “educadas” pelos heróis artificiais. As
figuras do pai e da mãe presentes estão cada vez mais escassas. Tal ausência é
sentida quando os nossos filhos entram na adolescência, uma fase de novidades e
mudanças bruscas.
Os pais
podem trabalhar fora, todavia, não podem descuidar da educação de seus filhos.
A educação dos filhos deve ser prioridade.
III. MÁ
EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1.
Educação prejudicada. A melhor escola ainda é o lar. Precisamos ensinar a
Palavra de Deus aos nossos filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4; Pv 22.6).
Infelizmente, o excesso de ocupação dos pais relegou a educação dos filhos às
instituições educacionais. Esperando que tais entidades construam o caráter dos
seus filhos, os pais ignoram a família como instituição responsável pela formação
espiritual e moral da criança. Muitos não acompanham a rotina escolar dos
filhos e sequer a filosofia pedagógica adotada pela instituição de ensino.
2. Quem
são os professores? Infelizmente, são graves os prejuízos à nação na área
educacional. Os “mestres” das crianças, hoje, são os artistas e as empresas de
telecomunicação. É comum ver as nossas crianças e adolescentes prostrados
diante da TV, consumindo todo tipo de má educação. Mas é raro vê-los nos cultos
de oração e ensino da Palavra. Que a igreja local invista nos professores de
Escola Dominical. Que os professores da Escola Dominical se preparem
eficazmente para o grande desafio de ensinar a Palavra de Deus num mundo que
jaz no maligno (Rm 12.7).
3. Falta
de estrutura espiritual e moral. A ausência de Deus é o inimigo número um do
lar. É essencial que aqueles que constituem família convidem Jesus, o maior
educador de todos os tempos, a estar presente em seu lar. É indispensável que
os pais, com a assistência da Igreja, optem por servirem a Deus, contrariando
as propostas do mundo (Js 24.15). Realizemos o culto doméstico e, juntamente
com os nossos filhos, estudemos a Bíblia. Não nos esqueçamos: “Se o Senhor não
edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1).A ausência de
Deus é o inimigo número um do lar. Jesus, o maior educador de todos os tempos,
precisa estar presente em nossos lares.
Sempre
haverá conflitos nas relações familiares, mas a família cristã precisa saber
como contornar tais conflitos à luz da Palavra de Deus. Com o amor verdadeiro
no coração, poderemos não somente vencer, mas igualmente evitar os conflitos.
Basta ter a Jesus como o hóspede de nosso lar.
“Zelo Bíblico
como Relacionamento
Nós
acreditamos que o companheirismo permanece sendo o propósito primário do
casamento. Apesar de todas as coisas maravilhosas que Deus criou no jardim do
Éden, elas eram inadequadas para suprir as necessidades de Adão. Nenhum dos
animais, esplêndidos como devem ter sido antes da queda, podiam oferecer uma
companhia adequada para ele. Naquele momento o Senhor criou a primeira família.
Em Gênesis 2.18, Deus disse: ‘Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma
adjutora que esteja diante dele.’ Aqui está de novo — paternidade segue a
parceria. Paternidade depende de fidelidade. O papel estratégico do
relacionamento marido/esposa no casamento estabelece um ponto central no alvo familiar.
Tudo mais é secundário. Tudo o mais é inferior, porque quando o companheirismo
não funciona, a família não pode funcionar.
Nós,
pais, permanecemos no pináculo estabelecido por Deus, em nossa unidade
familiar, por isso somos ao mesmo tempo gratos, temerosos e esperançosos no que
se refere a nossa tarefa de liderança e ao nosso zelo divino (cuidado
estabelecido pela aliança) por nossos relacionamentos no casamento” (GANGEL, K.
O. & GANGEL, J. S. Aprenda a ser pai com o Pai: Tornando-se o pai que Deus
quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD, 2004, pp.72-3).
“Esta passagem [Ef 5.19-21] tem sido deturpada e fica quase irreconhecível em algumas
interpretações. Muitas vezes ouço pessoas fazendo malabarismos com essa
passagem em favor daquele versículo que diz que as esposas têm que se submeter
aos seus maridos — que os homens são o cabeça da casa. Mas pegar esse versículo
isolado da passagem anterior destrói o significado da Escritura. Nós podemos
ser tentados a controlar os outros, para transformá-los em alguma espécie de
imagem que nós formamos. Mas este tipo de intolerância não é o que Paulo está
falando. A ideia de Paulo era que maridos e esposas devem submeter-se
mutuamente. Eles devem ser sensíveis às necessidades um do outro e fazer o
possível para alcançá-las. Eles precisam ver seus cônjuges como distintos, como
independentes deles, com necessidades peculiares, e não devem controlar ou
dominar o esposo, ou a esposa, ou dizer a eles como devem viver. também não
devem viver inteiramente separados do seu parceiro. Paulo idealizou uma
interação íntima e santa entre marido e mulher: ‘Assim também vós, cada um em
particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o
marido’ (Ef 5.33)” (HAWKINS, D. 9 erros críticos que todo casal comete:
Identifique as armadilhas e descubra a ajuda de Deus. 3 ed., RJ: CPAD, 2010,
p.93).
Conflitos
na Família
A vida
em sociedade nunca foi livre de conflitos, e o mesmo se dá no lar. Nenhuma
família está isenta de passar por situações em que seus membros não apenas
possuem opiniões diferentes, mas apresentam muitas vezes reações emocionais
extremas quando contrariados. Independente da existência de conflitos, eles
devem ser tratados de forma coerente, bíblica e, acima de tudo, de forma que
Deus seja honrado e a unidade da família seja preservada. Dentre as diversas
formas de conflitos na família, destacamos:
Brigas
na família — Cada pessoa na família possui um temperamento diferente.
Temperamento e, em síntese, a forma com que reagimos diante de situações e
estímulos. Ainda que tenham temperamentos diferentes, somos desafiados a agir
não de acordo com nossos temperamentos, mas sim de acordo com a presença de
Deus em nossas vidas.
Atividades
dos pais — Em nossos dias, temos visto que pais e mães de família têm se
dedicado muito ao trabalho, devido aos muitos desafios financeiros e o custo de
vida cada vez mais alto. Isso pode prejudicar a família, se os pais não tiverem
um tempo adequado para ficar com seus filhos, participar da educação deles,
passar-lhes as tradições da família e acima de tudo, repassar-lhes a fé em Deus
e no evangelho.
Questões
financeiras — Conflitos familiares podem advir de questões financeiras. Um
cônjuge que não possui controle de gastos e tem propensões consumistas pode
atrapalhar seu casamento, pois coloca em risco a economia de toda a família. Os
cônjuges precisam ter um controle correto de seus gastos, aprender a gerir
corretamente seus recursos financeiros e evitar desconfortos que atrapalhem a
convivência. É preciso aprender a poupar, tentar comprar a vista os bens
necessários e abster-se de adquirir coisas que não são necessárias naquele
momento. Todo cuidado nessa esfera é importante, a fim de que a família não
passe necessidade por culpa de um de seus membros que não possui domínio
próprio.FONTE CPAD
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.