SUBSIDO (1) (2) JUVENIS ETICA NA
TECNOLOGIA N.11
Vivemos em um tempo de
mudanças, em especial na área tecnológica. Muitos cristãos se sentem
intimidados diante de tais avanços, o que impede que venham aproveitar aquilo
de melhor que as novas tecnologias podem proporcionar. É importante que, como docentes,
tenhamos consciência de que não podemos demonizar a tecnologia, a mídia ou o
saber. Todavia, precisamos fazer uso das novas tecnologias e em especial da
mídia com sabedoria e discernimento. Sigamos o exemplo de Daniel, pois segundo
Terrence R. Lindvall, “ele era a última palavra em tudo, o melhor crítico da
mídia dos seus dias”, e foi chamado pelo Senhor de “homem mui desejado” (Dn
10.11).Reproduza o esquema abaixo. Utilize-o para explicar aos alunos as
principais mudanças tecnológicas do nosso tempo e os seus benefícios. Enfatize
que não devemos jamais demonizar os avanços tecnológicos, pois foi Deus que deu
capacidade e poder criativo ao homem. O que estamos vivendo atualmente é
cumprimento da Palavra de Deus. Ressalte que devemos desfrutar dos avanços com
discernimento e sabedoria. Precisamos sempre fazer as seguintes indagações:
“Isto é digno do meu dinheiro?”; “É digno do meu tempo?”.
TEXTO BÍBLICO
Êxodo 35.30-35.
30 — Depois, disse Moisés
aos filhos de Israel: Eis que o SENHOR tem chamado por nome a Bezalel, filho de
Uri, filho de Hur, da tribo de Judá.
31 — E o Espírito de Deus
o encheu de sabedoria, entendimento e ciência em todo artifício,
32 — e para inventar
invenções, para trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre,
33 — e em artifício de
pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em toda obra
esmerada,
34 — Também lhe tem
disposto o coração para ensinar a outros, a ele e a Aoliabe, filho de
Aisamaque, da tribo de Dã.
35 — Encheu-os de
sabedoria do coração, para fazer toda obra de mestre, e a mais engenhosa, e a
do bordador, em pano azul, e em púrpura, e em carmesim, e em linho fino, e a do
tecelão, fazendo toda obra e inventando invenções.
INTRODUÇÃO
A lição de hoje trata de
um assunto atualíssimo que é o amplo acesso à informação. Tal realidade só se
tornou possível por causa das novas tecnologias que proporcionam aos meios de
comunicação uma maneira quase “onipresente” de informar. Reconhecer que o
excesso de informação é um perigo não significa rejeitar o saber e apoiar o
obscurantismo. Se o Criador dotou-nos de condições físicas e mentais para que
conheçamos e produzamos conhecimento, obviamente que não iria condenar-nos por
isso (Gn 1.26-28; 2.15,19,20; Dn 1.17). Contudo, é preciso preocupar-se com a
qualidade da informação que recebemos, pois, a partir dela, acabamos formando
nossa opinião acerca de praticamente tudo à nossa volta (Fp 4.8).
I. AS INVENÇÕES ANTES E
DEPOIS DA QUEDA
1. O trabalho como forma
de administração da terra. Dizer que o trabalho é uma consequência da Queda
significa contrariar a Palavra de Deus, pois vemos explicitamente que o
Criador, antes da desobediência de Adão e Eva (Gn 3.6), ordenou ao homem que
cuidasse da terra (Gn 2.15). Ao obedecer à ordem divina, o homem glorificava o
seu Criador, da mesma forma como tudo o mais que existe no Universo (Sl 148).
Evidentemente que, para trabalhar, infere-se que o homem precisou inventar
ferramentas, assim como será no período do reino milenial de Cristo (Mq 4.3).
2. Invenções que afrontam
a Deus. O saber dado ao homem deve proporcionar o bem a todos e igualmente
refletir a imagem do Criador em nós (Mc 2.17; Gl 6.10; Tg 3.9). Contudo, a
torre de Babel, por exemplo, proporciona-nos uma visão do que significa
inventar ou produzir como forma de afrontar a Deus (Gn 11.1-6).
3. A arte divinamente
inspirada. Quando da elaboração do projeto divino do Tabernáculo, Deus, por
intermédio do seu Espírito, inspirou dois homens — Bezalel e Aoliabe —
enchendo-os de “sabedoria do coração, para fazer toda obra de mestre, e a mais
engenhosa, e a do bordador, em pano azul, e em púrpura, e em carmesim, e em
linho fino, e a do tecelão, fazendo toda obra e inventando invenções” (Êx
35.35).
O exemplo de ambos
ensina-nos que Deus, mesmo após a Queda, continua permitindo que as pessoas
projetem “invenções” e ensinem outras a fazerem o mesmo, porém, tal
conhecimento não deve servir para manipulações, antes para engrandecer ao
Altíssimo (1Co 10.31).
II. O CONSUMISMO
TECNOLÓGICO
1. A quase ilimitada
capacidade humana de projetar invenções. Já em seu tempo, Salomão reconheceu
que “não há limite para fazer livros” (Ec 12.12). Em nossos dias, as invenções
multiplicam-se em escala inimaginável. Uma vez que o Altíssimo faz com que “o
seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos”
(Mt 5.45), através da graça comum, que é a capacidade com a qual o Criador
dotou-nos para que tenhamos conhecimento e assim projetemos invenções, não é
difícil pressupor o que acontece em uma sociedade divorciada do temor de Deus.
A produção tecnológica, muitas vezes, não é pensada com vistas a meramente
facilitar a vida das pessoas, pois, muito mais que utilidade, os aparelhos e as
tecnologias são símbolos de ascensão e inclusão sociais que distinguem as
pessoas.
2. O assombroso
crescimento tecnológico. As modernas invenções tecnológicas deste novo século
denotam que chegamos a um período sem precedente (Dn 12.4). Como exemplo,
temos: laptops cada vez menores e mais leves, porém, com mais capacidade de
armazenamento de informações; smartphones; palmtops; ipads; ipods; TVs de
plasma, LED e de LCD, convencionais e também em 2, 3 e já se fala em até 4 Ds;
MP15; GPS; etc.
Quem se lembra de
disquete, disco de vinil, fita cassete e VHS ou ainda retro-projetor? Todas
essas tecnologias faziam parte do nosso cotidiano, porém, foram substituídas
por outras mídias que não apenas têm a mesma função das anteriores, mas as
suplantam e transcendem.
3. O perigo do consumismo
tecnológico. A Palavra de Deus em Isaías 55.2a, adverte-nos: “Por que gastais o
dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz?”
(ARA). Infelizmente, não poucos servos do Senhor encontram-se endividados por
atenderem aos apelos da mídia. O celular ainda não foi utilizado e já se torna
obsoleto com o novo modelo que acabou de ser lançado. O computador mal foi
tirado da embalagem, quando uma nova propaganda surge dando conta de que o mais
“inteligente” é o que sairá no mês que vem. Assim, em um ritmo cada vez mais
frenético, se não tivermos cuidado, tornamo-nos reféns de um consumismo
eletrônico que não se justifica.
III. A MANIPULAÇÃO
MIDIÁTICA DA MENTE
1. Analfabetismo digital.
O aumento do acesso à informação é algo que vem em ritmo crescente desde os
últimos vinte anos. Contudo, foi mesmo nesta primeira década do século 21 que a
internet deixou de ser algo apenas remoto e limitado aos aparelhos de
“fax-modem” com acesso discado, para acesso irrestrito através das “redes sem
fio” (Wi-Fi e Wireless).
Já não é mais preciso
estar em casa para acessar a grande rede e verificar o e-mail ou conferir as
notícias. É por isso que, constantemente, ouve-se afirmar que o analfabeto do
século 21 não é quem não sabe ler, e sim a pessoa que não sabe lidar com as
novas tecnologias.
O tempo passa a ser completo
e totalmente roubado com o excesso de envolvimento com as tecnologias, trazendo
até mesmo problemas profissionais e familiares. Na realidade, pesquisas já
apontam que o tempo que as pessoas passam conectadas à internet ultrapassa o
período dedicado à vida normal. Nestes tempos trabalhosos, até mesmo a
infidelidade conjugal tomou-se facilitada (2Tm 3.1). É preciso redobrar a
vigilância com o uso da tecnologia.
2. O excesso de
informação na era digital. Sabe-se que atualmente a quantidade de informação que
recebemos em apenas um dia é a mesma que uma pessoa levaria a vida inteira para
obter na Idade Média! É preciso que submetamos tais informações ao crivo da
Bíblia, pois senão corremos o risco de nos tornarmos secularizados (Fp 4.8).
Além disso, é preciso
cuidar-se para não formar opiniões unilaterais baseadas unicamente no que é
veiculado pelas agências de notícias (1Ts 5.21). Por falta de esclarecimento,
muitos passam a defender coisas erradas, inverídicas ou até mesmo certas, mas
de forma equivocada.
3. A mentalidade atual
formada pela mídia. A mentalidade do povo é formada pela mídia. Ela dita-lhe as
modas e os pensamentos. Entretanto, a Bíblia recomenda-nos que não nos
amoldemos ou tomemos a forma do sistema pecaminoso, mas que nos transformemos
pela renovação do entendimento (Rm 12.2). O nosso padrão e modelo de vida é
Jesus Cristo (Ef 4.13), e também as palavras que são consoantes à sã doutrina
(1Tm 6.3; 2Tm 1.13), e não o que pensa determinado político, artista, pensador
e até mesmo obreiro que não falar conforme a Palavra do Evangelho (Gl
1.8,9,13).Uma vez que a nossa opinião é formada com base nas informações que
absorvemos nos diversos meios, precisamos desenvolver uma atitude crítica na
triagem de tais conteúdos.
IV. AS REDES SOCIAIS E OS
RELACIONAMENTOS
1. Comunicação humana.
Sendo um ser social, o ser humano depende de outros para sobreviver. Desde o
Éden, o próprio Criador disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma
adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18b). Ora, se a própria Palavra de
Deus diz que o Criador “visitava” o homem na “viração do dia” (Gn 3.8), como
poderia este estar só? A única explicação é o fato de que o ser humano foi
criado como um ser gregário e sociável, tendo necessidade de comunicar-se (Gn
2.20-25).
2. Comunicação antiga. Em
seus primórdios, certamente a comunicação só se fazia de forma presencial.
Posteriormente, a humanidade foi desenvolvendo outras maneiras, mas o fato
incontestável é que o ser humano tem essa necessidade de relacionar-se.
3. Comunicação atual.
Nada pode ser comparado aos modelos de comunicação criados no século 21. É uma
verdadeira revolução no âmbito comunicativo. Através das chamadas redes
sociais, primeiramente com o extinto Orkut, suplantado pelo Facebook.
Atualmente, existem muitos outros canais (Twitter, por exemplo), sendo o
WhatsApp a sensação do momento. Entretanto, curiosamente, as pessoas
tornaram-se mais distantes. As redes sociais “aproximam” os distantes e
“distanciam” os próximos! Eis um dos grandes desafios da Igreja nesse século
21. A utilização consciente das redes sociais é um fator importantíssimo nos
dias atuais.
O que objetivou a
presente lição não foi demonizar a tecnologia, a mídia ou o saber. A
advertência caminha apenas no sentido de alertar o povo de Deus para a verdade
de que devemos, assim como Daniel e seus três amigos, influenciar, mas não
sermos influenciados (Dn 3.29; 6.26). O excesso de informação ameaça mudar a
nossa forma de pensar, porém devemos levar “cativo todo pensamento à obediência
de Cristo” (2Co 10.5 — ARA). Eis o nosso desafio.
“Os
Cristãos Interativos
Quando apareceu a
telegrafia, uma das primeiras tecnologias de comunicação revolucionárias, a
mensagem profética que Samuel Morse lançou para meditação pública foi: ‘O que
foi que Deus fez?’. Deveríamos fazer a mesma pergunta hoje com a explosão das
novas tecnologias interativas de comunicação.
O uso do entretenimento
para a educação também está se espalhando rapidamente nos países ocidentais.
Infelizmente, o pornográfico está criando outra vez uma desconfiança das novas
fronteiras da mídia, como a Internet. Em vez de permitir que os usos
corruptores potenciais da tecnologia de comunicação nos façam bater em retirada
por causa dos gigantes da Canaã do ciberespaço, o povo de Deus deveria estar
agressivamente procurando saber como Ele quer usar os CD-ROMs, a realidade
virtual interativa e a World Wide Webe (a Rede Mundial) para o cumprimento dos
seus propósitos” (PALMER, Michael D. (Org). Panorama do Pensamento Cristão. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2001, p.412).
SUBSIDIO (2) JUVENIS ETICA NAS TECNOLOGIAS
N.11
Daniel 12.4; Salmos
101.2-4; Deuteronômio 7.26.
Daniel 12
4 - E tu, Daniel, fecha
estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma
parte para outra, e a ciência se multiplicará.
Salmo 101
2 - Portar-me-ei com
inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um
coração sincero.
3 - Não porei coisa má
diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; nada se me
pegará.
4 - Um coração perverso
se apartará de mim; não conhecerei o homem mau.
Deuteronômio 7
26 - Não meterás, pois,
abominação em tua casa, para que não sejas anátema, assim como ela; de todo a
detestarás e de todo a abominarás, porque anátema é.
Professor, atualmente já
se trabalha na educação secular com um conceito denominado “educomunicação”,
que consiste em ações de cunho pedagógico que possuem o objetivo de oferecer
ferramentas para a decodificação e avaliação crítica da mídia (jornais,
revistas, televisão, rádio etc). Não se trata do uso didático de conteúdos
veiculados pelos diferentes meios, mas sim do processo de análise e/ou de
produção de materiais de comunicação como instrumentos de ensino e formação de
cidadãos. Você, professor, precisa ensinar seus alunos a analisarem os
conteúdos, mensagens e imagens veiculadas pela mídia, mas também a produzirem
mídia. Afinal, esta também pode ser uma poderosa ferramenta para a pregação do
evangelho.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, confronte com
sua turma as diferenças existentes entre a igreja e a mídia atual, utilizando o
gráfico abaixo. Reproduza a tabela de acordo com os recursos disponíveis em sua
igreja. Depois de ministrar o tópico “A mídia visual e seus programas perniciosos”,
apresente o gráfico aos alunos.
introdução
Palavra Chave
Mídia Visual: Cinema,
televisão, vídeo, internet e as novas formas de tecnocultura, como os vídeo
games interativos.
O século XX trouxe ao
mundo mais invenções e projetos tecnológicos do que qualquer outra época da
História. A tecnologia atingiu um ponto tão alto na evolução material, que a
ciência vem sendo endeusada em todo o mundo. E a igreja? Pode usufruí-la? Claro
que sim. Entretanto, mesmo desfrutando de diversos recursos tecnológicos, a
igreja jamais deve abandonar a unção e a dependência de Deus.
I. A MÍDIA VISUAL E SEUS
PROGRAMAS PERNICIOSOS
1. O mau uso do vídeo em
geral. Vejamos alguns problemas relacionados à televisão:
a) A TV estimula a
violência. Uma pesquisa mostrou que uma criança, no Brasil, ao completar 14
anos, já terá assistido 11.000 crimes na TV. Em 200 horas de programação, são
vistas 30 mortes cruéis; 1.018 lutas monstruosas e animalescas; 3.592
acidentes; 32 roubos; 616 cenas de uso criminoso de armas; 57 sequestros; 410
trapaças; 86 casos de chantagens e 321 aparições de monstros pavorosos e
infernais.
b) A TV estimula o
pecado. É comum cenas de insinuação sexual, no vídeo em geral, ensinando e
estimulando a prostituição, o adultério, a fornicação e o homossexualismo. A
Bíblia afirma que não devemos pôr coisa má diante de nós (Sl 101.2-4).
c) A TV modifica a visão
das coisas. Principalmente nas novelas, aquilo que é certo, como o amor
conjugal verdadeiro e a pureza, são vistos como algo ultrapassado. Casais,
famílias, lares felizes e abençoados jamais aparecem no vídeo, nos romances e
nas revistas. O materialismo é apresentado como algo muito nobre e elevado,
entretanto a Palavra de Deus adverte: “Ai dos que ao mal chamam bem...” (Is
5.20,21).
Sim, o cinema e o vídeo
tornaram-se uma escola de crimes, imoralidade, desrespeito, rebelião e vício.
As Escrituras sustentam: “Não meterás, pois, abominação em tua casa...” (Dt
7.26).
2. A mídia visual e o lar
cristão. Se os pais ou responsáveis não conseguem controlar e supervisionar o
que os filhos vêem na televisão, é preferível não possuir o aparelho, vídeo ou
DVD. Ou a família, controla a TV, ou será controlada por ela (Dt 7.26). Temos
de nos posicionar como o salmista: “Não porei coisa má diante de meus olhos”
(Sl 101.3). Diante disso, as famílias cristãs devem observar duas coisas
importantes:
a) O culto doméstico
diário (Dt 11.18-21). Esse é um poderoso recurso espiritual para unir a família
em torno do Senhor, através da oração, adoração e meditação na Palavra. Com
apenas 15 minutos diários, os pais podem estar com os filhos, louvando a Deus,
lendo sua Palavra e orando com e por toda a família. A ação do Espírito Santo
durante o culto doméstico é marcante na infância, especialmente por ajudar na
abstenção dos programas de vídeo imorais, violentos e ocultistas.
b) A dedicação aos
filhos. Os filhos são heranças do Senhor (Sl 127.3), Portanto, preciosos (Jr
31.20). Há pais cristãos que não dispensam aos filhos o necessário cuidado e
atenção. Por isso, o Diabo, valendo-se da omissão paterna ou materna, tem
procurado preencher essa lacuna com falsas amizades e programas televisivos
altamente perniciosos.O uso da televisão pode ocasionar vários problemas à igreja
e à família: estimular a violência, o pecado e modificar os padrões de certo e
errado.
II. A INTERNET E SUAS
AMEAÇAS À FAMÍLIA CRISTÃ
1. Presente em toda a
parte. A vida moderna está vinculada à informação e à imagem. A cultura secular
tornou-se mais visual do que dialógica, e a internet é uma das grandes
representantes dessa nova cultura que une comunicação, tecnologia e
representação gráfica. A tecnologia da informação, por exemplo, tomou conta de
todas as áreas da vida moderna. Em certo sentido, trata-se do cumprimento da
profecia de Daniel 12.4: “... e a ciência se multiplicará”. Portanto, é um
grande desafio para a família saber usar e controlar os meios de comunicação, a
partir do lar, nesses tempos difíceis e trabalhosos.
2. Ameaça para a família.
O FBI (polícia federal norte-americana) elaborou, recentemente, um “Guia de
Proteção para as Crianças ante a Rede Mundial de Computadores”. Este documento
visa alertar os pais para o perigo de deixarem seus filhos à mercê do conteúdo
da internet sem o indispensável acompanhamento. O texto diz que muitas
crianças, adolescentes e jovens são induzidas à prostituição e ao
relacionamento sexual promíscuo, sem que os pais o percebam. Além disso, muitos
casamentos estão sendo destruídos pelo uso pecaminoso e pornográfico da
internet. É a tecnologia a serviço do Diabo.A internet, bem como outros meios,
encerra em si uma grande contradição, porquanto pode ser um instrumento
profícuo para a propagação do evangelho e uma enorme ameaça à família.
III. VENCENDO O MAU USO
DA TECNOLOGIA
Como evitar a má
utilização da tecnologia? Vejamos:
1. Examinando tudo, mas
só retendo o bem. “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21). Aqui, o cristão é
convocado a discernir a cultura de seu tempo, e reter somente aquilo que é bom,
santo, agradável, justo e útil (1 Co 6.12; 10.23).
2. Valorizando o que é
correto. Nem tudo é imundície ou trevas nos meios de comunicação. Há muita
coisa útil, até mesmo para a vida cristã. Na internet, por exemplo, há estudos
bíblicos e mensagens que, antes, ficavam ao alcance apenas dos eruditos.
Todavia, precisamos examinar todas as coisas com muito cuidado e discernimento.
(1 Co 2.15).
3. Avaliando aquilo que
deve ocupar a nossa mente. Paulo, em sua carta aos Filipenses, capítulo 4,
versículo 8, dá-nos uma sábia orientação quanto ao que devemos acolher em nosso
coração, ou em nossa mente.Para resistirmos à influência da tecnologia,
precisamos examinar tudo e reter o bem, valorizar o que é certo e avaliar
aquilo que deve ocupar a nossa mente.
A tecnologia não é um
fim, mas um meio a serviço do homem. Cabe aos cristãos discernir entre o bem e
o mal. Tudo o que é útil e proveitoso, o Diabo tenta destruir, inclusive vidas.
Porém, com o poder de Deus, podemos vencer os desafios do mal (Fp 4.13).
VOCABULÁRIO
Comunicação de massa:
Comunicação social dirigida a uma ampla faixa de público.
Dialógico: Relativo a
diálogo; comunicação que se realiza por meio da empatia, discernimento e ética.
Discernente: Que
discerne; discernidor; crítico de sua cultura.
“Cultura
Popular e Mídia
Graças à tecnologia
moderna das comunicações, a cultura popular tornou-se incomodamente penetrante.
A cultura popular está em todas as partes, moldando os nossos gostos, linguagem
e valores. Hoje a cultura popular aparece em cada cartaz, grita da televisão em
inúmeros canais durante o dia inteiro, explode em nossos computadores, ressoa
no rádio do carro e enfeita nossas camisetas e tênis. Nenhum de nós consegue
escapar.
À medida que a cultura
popular se espalhou, o seu conteúdo piorou de maneira chocante. Não é preciso
dizer que durante as últimas três ou quatro décadas o nível do sexo e da
violência cresceu imensamente nos cinemas, na música, na televisão e até mesmo
nas revistas em quadrinhos. Naturalmente os cristãos sempre tiveram de lidar
com as coisas que eram vulgares, luxuriosas ou grosseiras, mas na maioria dos
casos nós podíamos simplesmente evitá-las. Hoje isto é praticamente impossível.
Podemos desfrutar da ‘comida rápida’ cultural desde que estejamos treinados
para ser seletivos, desde que não nos entreguemos aos hábitos do escapismo e da
distração, e desde que definamos limites para que as sensibilidades da cultura
popular não moldem o nosso caráter”.(COLSON, C.; PEARCEY, N. O cristão na
cultura de hoje. RJ: CPAD, 2006, p.287-288.)
APLICAÇÃO
O salmista Davi,
aspirando por uma vida santa, justa, reta e íntegra, toma a seguinte decisão:
“Não porei coisa má diante dos meus olhos”. Observando a sociedade em que
vivemos hoje, é impossível não fazermos coro à oração deste homem segundo o
coração de Deus. Se o mundo jaz no Maligno, a mídia, em sua maioria, está
assentada sobre bases malignas também, pois o que se vê é o mal prevalecendo
nas mais diversas áreas.
Como poderá o crente
sobreviver a um pensamento mundano que visa apenas o lucro e cria necessidades
de consumo, modificando hábitos, pensamentos e atitudes? A mídia televisiva,
principal meio de comunicação utilizado pela população, possui uma linguagem
audiovisual atraente, comercial, estética e mobilizadora. Por isso, exerce
poderosa influencia em nossa cultura. A TV, em virtude de estar a serviço do
Maligno, atua para persuadir, seduzir e afastar a família dos princípios
bíblicos. A resposta para essa indagação encontra-se na resolução de Davi mencionada
no início deste texto. Este é o maior desafio do servo de Deus, comprometido
com a santidade pessoal, principalmente em relação à sua casa.
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PAZ DO SENHOR
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