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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Arqueologia biblica manuscritos do mar Morto (2)


                        

                   Manuscritos do NovoTestamento (2)


Nos tempos do Novo Testamento grego era a língua falada por todas as terras da história da Bíblia. Os livros do Novo Testamento foram escritos em grego - grego não clássica, mas a linguagem cotidiana falada por pessoas comuns. Desde o início, as pessoas fizeram cópias de cartas que Paulo e os outros tinham escrito, bem como cópias dos registros do Evangelho, e os enviou para as igrejas longe e de perto. Tudo isso levou tempo, e muitos anos se passaram antes que todos os escritos foram reunidos para formar o Novo Testamento completo tal como a conhecemos hoje .
Manuscritos gregos eram de dois tipos, aqueles escritos inteiramente em letras unciais (ou de capital), e aqueles escritos em letras minúsculas (ou minúsculas). Escrevendo em uncials foi mais comum nos séculos anteriores, mas foi gradualmente substituído pelo script minúscula mais conveniente.
Erros dos copistas são mais comuns nos manuscritos gregos do Novo Testamento que nos manuscritos hebraicos do Antigo Testamento. Mas as variações nos manuscritos gregos não afetam seriamente a nossa compreensão do que os escritores do Novo Testamento escreveram. Há na existência mais de cinco mil manuscritos do Novo Testamento grego (em parte ou no todo), e embora estes aumentam o número de variações, elas também aumentam a possibilidade de eliminar os erros.
Os manuscritos mais valiosas vêm do período do quarto para o sexto séculos dC, embora existam os anteriores. Como regra geral, quanto mais cedo o manuscrito, o mais provável é ser correto. Por outro lado, um manuscrito mais recente poderia ser mais preciso, se ele foi copiado de um manuscrito muito mais cedo e mais confiável. Uma maneira de verificar a exatidão dos manuscritos é compará-los com as primeiras traduções do Novo Testamento, ou com citações do Novo Testamento nos escritos dos primeiros autores.
Como eles estudam todas essas evidências, os especialistas são capazes de avaliar o valor de manuscritos e organizá-los em grupos de acordo com suas características comuns. Tornou-se evidente que os diferentes grupos de manuscritos pertenciam originalmente a diferentes regiões (por exemplo, Roma, Alexandria, Bizâncio). Isto dá estudiosos a indicação dos tipos de manuscritos que estavam em uso em várias fases da história da igreja primitiva, e assim ajuda no sentido de determinar a formulação exacta da escrita original.
Um texto confiável

Usando todo o material disponível para eles, os especialistas nos processos descritos acima podem preparar edições precisas do hebraico o Antigo Testamento eo Novo Testamento em grego. Estes livros são chamados de textos. As traduções modernas da Bíblia são feitas a partir destes textos, não dos manuscritos antigos. A maioria dos manuscritos são cuidadosamente preservados em museus ou locais de aprendizagem em todo o mundo.

Sem dúvida, uma vez que existem novas descobertas e novos insights sobre linguagens e práticas antigas, haverá novas revisões do texto hebraico e grego. Qualquer alteração será, provavelmente, apenas menor, como a história tem mostrado que as alterações feitas no texto através de novas descobertas têm sido relativamente poucas e sem importância. Apesar dos danos aos manuscritos antigos através de desgaste, mau uso, erros dos copistas e oposição do governo, as Escrituras foram preservadas, essencialmente, como eram quando primeiro escrito. Deus preservou sua Palavra, de tal forma que nenhum ensinamento importante é em qualquer lugar afetado.

fonteEvangélica Dicionário de Baker de Teologia Bíblica 



   O Verdadeiro Tesouro dos Manuscritos do Mar Morto

“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices [...] são mais desejáveis do que ouro, [...] em os guardar há grande recompensa [...] Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata” (Salmo 19.7,10-11; Salmo 119.72).

Muhammad estava agitado e inquieto. Sua cabra travessa tinha sumido. Ao vaguear sem rumo longe de seu rebanho e de seus amigos, o beduíno chegou a uma caverna que ficava em posição elevada e dava frente para a costa noroeste do Mar Morto. Por pensar que o animal desgarrado tivesse se perdido dentro da caverna, o beduíno começou a jogar pedras pela entrada da gruta a fim de fazê-lo sair lá de dentro. Quando ele ouviu o ruído das pedras que batiam em peças de cerâmica, ficou intrigado. Será que lá dentro da caverna poderia haver um tesouro escondido? Com toda a empolgação, ele correu até a entrada da caverna, porém, no interior dela não encontrou ouro, nem prata, apenas jarros grandes e antigos ao longo das paredes, os quais continham rolos de pergaminhos despedaçados.
Ele pensou: “pelo menos os pergaminhos de couro vão servir para fazer correias e tiras de sandálias”. Lamentavelmente, Muhammad não conseguiu perceber a real importância daquele momento. A teimosia de sua cabra o levara àquela que pode ser considerada, nos tempos modernos, a maior descoberta de manuscritos: uma incalculável reserva entesourada da Palavra escrita – os Manuscritos do Mar Morto.
Beduínos não marcam o tempo como os ocidentais, mas assemelham-se aos seus antepassados; sua concepção de tempo e momento está relacionada com outros acontecimentos. Assim, não se pode datar essa descoberta com precisão. Após uma revisão, a nova data para a descoberta do primeiro rolo de manuscritos é a de 1935 ou 1936. A partir de então até o ano de 1956, muitos outros manuscritos foram achados. Acredita-se que esses manuscritos sejam de datas diferentes, as quais variam do século III a.C. até o século I d.C.
A maior parte deles foi descoberta em cavernas de formação calcária em Qumran, situadas exatamente a noroeste do Mar Morto. A maioria dos pergaminhos é escrita em hebraico; o restante deles é escrito em aramaico e grego. Foram achados mais de 900 documentos, que correspondem a 350 obras distintas em suas múltiplas cópias. Muitos dos escritos bíblicos e extrabíblicos estão representados em pequeníssimos fragmentos. Só em uma caverna foram encontrados 520 textos, na forma de 15 mil fragmentos. Como se pode imaginar, juntar todos esses pedaços de pergaminho na sua respectiva posição para que se faça a tradução tem se constituído numa tarefa gigantesca.
A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na
atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Na foto: as cavernas de Qumran.
A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Apesar dos ataques contra a Bíblia, a Palavra de Deus permanece para sempre: “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam” (2 Samuel 22.31).
Sempre houve pessoas que questionaram a confiabilidade das Escrituras. Uma vez que o texto foi copiado e re-copiado ao longo dos séculos, os críticos alegam que é impossível saber-se com certeza o que os escritores bíblicos escreveram ou queriam dizer originalmente. Os Manuscritos do Mar Morto invalidam tal hipótese ou suposição no que se refere ao Antigo Testamento. Foram achadas entre 223 e 233 cópias das Escrituras Hebraicas, as quais foram comparadas com o texto atual. O único livro do Antigo Testamento que não foi encontrado nessa descoberta é o livro de Ester. É possível que ele esteja oculto numa caverna ainda não identificada de algum lugar isolado.
Antes dessa descoberta, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam do século IX d.C. ao século XI d.C. Tais manuscritos constituem aquele que é chamado de Texto Massorético, termo este originado da palavra hebraica masorah que significa “tradição”. Os escribas judeus de Tiberíades, denominados massoretas, procuraram meticulosamente padronizar o texto hebraico e sua pronúncia; a obra que realizaram ainda é considerada uma referência confiável nos dias de hoje. Os manuscritos de Qumran são, no mínimo, mil anos mais antigos que o Texto Massorético. Na realidade, esses manuscritos são até mesmo mais antigos que a Septuaginta, uma tradução grega do Antigo Testamento elaborada no Egito durante o período de 300 a 200 a.C.

Vasos encontrados em Qumran.

Comparações minuciosas têm sido feitas entre o Texto Massorético e os Manuscritos do Mar Morto. Encontraram-se diferenças insignificantes de ortografia e gramática. Os críticos e céticos em relação à Bíblia ficaram surpresos quanto à maneira pela qual o texto daqueles manuscritos se assemelha ao texto atual. Eles não encontraram nenhuma objeção evidente às principais doutrinas das Escrituras Sagradas. A parte bíblica da literatura descoberta em Qumran confirma o estilo de expressão verbal e o significado do Antigo Testamento que temos em nossas mãos na atualidade: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (João 5.39).
Além das cópias das Escrituras do Antigo Testamento, as cavernas do Mar Morto também nos proporcionaram outras obras escritas. Esses documentos descrevem o estilo de vida e as crenças da misteriosa comunidade que viveu na região de Qumran. Embora não sejam escritos bíblicos, são registros valiosos que possibilitam a compreensão do contexto de vida e da cultura na época do Novo Testamento. Infelizmente os estudiosos dão mais atenção a essas obras de menor relevância do que às Escrituras, ainda que os textos bíblicos sejam mais importantes para os problemas da vida, pois o legítimo plano de Deus para a redenção da humanidade só se encontra no texto da Bíblia.

Uma Exatidão Maravilhosa
O grande rolo de Isaías, encontrado quase intacto em Qumran.

O Manuscrito do Livro [i.e., rolo] de Isaías encontrado na caverna 1 da região de Qumran oferece um sensacional exemplo da transmissão exata do texto na tradução. Acredita-se que esse extraordinário manuscrito date de cem anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Foi um manuscrito semelhante a esse que Jesus utilizou na sinagoga da aldeia de Nazaré, quando leu a seguinte passagem das Escrituras: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres” (Lucas 4.18; Isaías 61.1). Ele continuou a leitura até determinado ponto. Em seguida, devolveu o livro [i.e., rolo] ao assistente da sinagoga e se sentou. Enquanto todos tinham os olhos fitos em Jesus, Ele declarou que aquela porção das Escrituras acabara de se cumprir diante dos ouvintes. Dessa forma, Jesus afirmou claramente ser Ele mesmo o Messias de Deus, vindo ao mundo para conceder a salvação a todo aquele que O receber.
A mesma passagem bíblica traduzida diretamente a partir do Manuscrito do Livro de Isaíasdescoberto em Qumran (o qual é cerca de mil anos mais antigo do que o manuscrito hebraico [i.e., o Texto Massorético] no qual se basearam as outras traduções), é praticamente idêntica: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque YHVH [N. do T., o tetragrama sagrado em hebraico que se refere ao nome supremo de Deus: Yahveh ou Javé] me ungiu para pregar as boas novas aos quebrantados”. A integridade da reivindicação de Cristo, conforme está escrita em nossas Bíblias, se confirma.
É fascinante que os manuscritos achados com mais freqüência em Qumran, sejam completos, sejam na forma de pequenos fragmentos, referem-se aos mesmos livros da Bíblia geralmente citados no Novo Testamento: Deuteronômio, Isaías e Salmos. Tal fato desperta um interesse ainda maior à luz das próprias palavras de Jesus concernentes às Escrituras Hebraicas:“A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lucas 24.44).
Muitos outros exemplos poderiam ser citados. O fato principal acerca da Bíblia e desses rolos de manuscritos resume-se naquilo que um grande expositor das Escrituras, o inglês G. Campbell Morgan (1863-1945), certa feita compartilhou: “Não existe vida nas Escrituras em si mesmas, porém, se seguirmos a direção para onde as Escrituras nos levam, elas nos conduzirão até Ele e assim encontraremos a vida, não nas Escrituras, mas nEle através delas”.
“Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is 40.8).
Infindáveis argumentações e debates têm surgido acerca desses manuscritos. Contudo, os crentes em Cristo podem estar certos de que tais manuscritos bíblicos antigos ratificam, apóiam e dão credibilidade à Bíblia que temos nos dias de hoje. A Palavra de Deus continua a ser a única fonte legítima da fé e da doutrina para todo aquele que busca recompensa eterna.
“São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa” (Salmo 19.10-11).
Sendo assim, pobre Muhammad! Ele tinha esperança de encontrar os tesouros deste mundo, mas achou apenas pergaminhos despedaçados que só prestavam para fazer correias de sandálias! Lamentavelmente o lucro deste mundo é uma prioridade que absorve a pessoa completamente. O mundo considera as Escrituras Sagradas como algo sem valor; ou com alguma utilidade, de vez em quando, para serem citadas como “palavras da boca pra fora”, mas nunca para serem aceitas pela fé e praticadas. Todavia, nós, os salvos em Cristo, temos um conhecimento mais apurado. Temos conhecimento suficiente para não desprezar o tesouro verdadeiro e incalculável que só pode ser descoberto quando se faz uma escavação no solo da Palavra de Deus:

“E, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus” (Provérbios 2.3-5). (Peter Colón - Israel My Glory - h

                   A Mais Antiga das Antigüidades

A cópia mais antiga das Escrituras do Antigo Testamento conhecida até o dia de hoje foi descoberta em 1979. São dois minúsculos rolos de manuscritos feitos de prata, que eram usados como talismãs e foram descobertos dentro de um túmulo em Jerusalém. O texto de sua inscrição foi cunhado em hebraico antigo. O manuscrito, surpreendentemente, continha uma citação da benção sacerdotal registrada em Números 6.24-26:“O Senhor te abençoe e te guarde;o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz”.
A inscrição data do século VII a.C., por volta da época do templo de Salomão e do profeta Jeremias. Portanto, esses versículos, provenientes do quarto livro da Torah [i.e., do Pentateuco], são cerca de 400 anos mais antigos do que os Manuscritos do Mar Morto.

fonte Revista Notícias de Israel julho de 2007



Os rolos foram vistos por vários estudiosos na parte posterior do ano 1947, e alguns deles confessam que na época, menosprezaram-nos como sendo falsificações. Um dos professores que reconheceram a verdadeira anti­guidade dos rolos foi o falecido Prof. Eleazar L. Sukenik da Universidade Hebraica, e ele conseguiu mais tarde comprar alguns deles. Outros rolos foram levados para a Escola Americana de Pesquisas Orientais em Jerusalém, onde o Diretor interino, Dr. John C. Trever, percebendo seu grande valor, mandou fotografar os pedaços que foram levados a ele. Uma das suas foto­grafias foi enviada ao Prof. William F. Albright, que imediatamente declarou que esta foi “a descoberta a mais importante que já tinha sido feita no assunto de manuscritos do Antigo Testamento”.
Os rolos que foram comprados pela Universidade Hebraica incluíam o Rolo de Isaías da Universidade Hebraica (lQIsb), que contém uma parte do Livro, a Ordem da Guerra, conhecido também como A Guerra dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas (1QM), e os Hinos de Ações de Graças, ou Hodayot (1 QH). 
Os rolos comprados pelo arcebispo sírio e publicados pelas Escolas Americanas de Pesquisas Orientais incluíam o Rolo de Isaías de São Marcos (lQI5a), que é um rolo do Livro inteiro, o Comentário de Habacuque (lQpHab), que contém o texto dos caps. 1 e 2 de Habacuque com um comentário, e o Manual de Disciplina (1QS), que contém as regras para os membros da comunidade de Cunrã. Subseqüentemente, estes rolos passaram a integrar o patrimônio do Estado de Israel, e são conservados num santuário especial da Universidade Hebraica em Jerusalém. Têm sido publicados em numerosas edições e recensões, e traduzidos para várias línguas, havendo grandes facilidades para quem deseja estudá-los em tradução ou em fac-símile.
Depois da descoberta destes rolos, que são de grande importância por ter sido quase unanimemente reconhecido que pertencem ao último século a.C. e ao primeiro século d.C., a região onde foram achados tem sido sujeitada a exploração sistemática. Numerosas cavernas têm sido achadas, e até agora, onze destas cavernas têm oferecido materiais da mesma época dos rolos originais. A maior parte destes rolos tem vindo da quarta caverna a ser explorada (Caverna Quatro, ou 4Q), e outros de grande significado foram achados nas cavernas 2Q, 5Q, e 5Q. Segundo as últimas notícias, as descobertas as mais significativas têm sido as da caverna 11Q.
Só da caverna 4Q, os fragmentos achado representam um mínimo de 382 manuscritos diferentes, e uma centena destes são manuscritos bíblicos. Estes incluem fragmentos de todos os livros da Bíblia hebraica menos Ester. Alguns dos livros são representados em muitas cópias diferentes: há, por exemplo, 14 manuscritos diferentes de Deuteronômio, 12 manuscritos de Isaías, e 10 manuscritos dos Salmos, representados nos fragmentos achados em 4Q; outros fragmentos destes mesmo livros têm sido achados em 11Q, mas ainda não foram publicados. Um dos achados significantes, que pode ter grande valor em avaliar teorias sobre data e autoria, diz respeito ao Livro de Daniel, fragmentos do qual têm a mudança do hebraico para o aramaico em Dn 2:4, e do aramaico para o hebraico em Dn 7:28-8:1, exatamente como nos textos de Daniel que se empregam mais recentemente.
Além dos achados de Livros bíblicos, descobriram-se fragmentos de livros deuterocanônicos, especificamente Tobias e Eclesiástico, e também de vários escritos não canônicos. Alguns destes já eram conhecidos: Jubileus, Enoque, o Testamento de Levi, etc. Outros foram totalmente desconhecidos, especial­mente os documentos que pertenciam ao grupo de Cunrã: Salmos de ações de graças, o Livro da Guerra, os comentários sobre trechos das Escrituras, etc~ Estes últimos nos oferecem uma visão da natureza e das crenças da comunidade de Cunra.
Perto dos penhascos no planalto aluvial que domina as praias do Mar Morto há os alicerces de um prédio antigo e complexo, muitas vezes chamado de “mosteiro”. Este foi totalmente escavado durante várias estações, e isto tem desvendado informações importantes quanto à natureza, ao tamanho e à data da comunidade de Cunrã. As moedas achadas ali, junta­mente com outros vestígios, têm oferecido indicações para fixar a data da comunidade entre 140 a.C. e 67 d.C.
 Os membros eram quase todos masculinos, embora que a literatura regulamente as condições para a admissão de mulheres e crianças. O número de pessoas que viviam ali ao mesmo tempo seria aproximadamente entre 200 e 400. Uns 2 km ao sul, em Ain Fexca, foram descobertos remanescentes de outras construções, cuja natureza não tem sido exatamente esclarecida. A água doce da fonte provavelmente foi usada para o plantio, e para outras necessidades da comunidade.
Pela literatura que a seita deixou, sabemos que o povo de Cunrã era judaico, um grupo que se separara da corrente central do judaísmo que se situava em Jerusalém, e que até criticava e mostrava hostilidade aos sacerdotes de Jerusalém. O fato de adotarem o nome “Filhos de Zadoque”, levou alguns estudiosos a postular que os sectários de Cunrã fossem vinculados aos Zadoquitas ou Saduceus; outros estudiosos acreditam que seria mais correto identificá-los com os Essênios, uma terceira seita do judaísmo, descrita por Josefo e Fílon. Não é impossível que haja elementos de verdade em ambas es­tas teorias, e que tenha havido originalmente uma cisão na linhagem sacerdotal ou saducéia que aderiu ao movimento chamado dos hasideanos, os antepassados espirituais dos fariseus, seguida por outra separação posterior para formar uma seita fechada, separatista, parte da qual se situou em Cunrã. Devemos aguardar mais descobertas antes de procurar dar uma resposta final a este problemas complexos.
A comunidade dedicava-se ao estudo da Bíblia. A vida da comunidade era ascética, na sua mor parte, e suas práticas incluíam o banho ritual, que às vezes tem sido chamado batismo. Alguns estudiosos têm entendido que esta prática foi a origem do batismo de João Batista. Uma comparação do batismo de João com o dos cunranianos mostra, no entanto, que as duas práticas eram inteiramente distintas entre si. Isto sendo o caso, mesmo se João tivesse pertencido a esta comunidade (o que não se comprovou, e talvez nunca venha a ser provado), este deve ter desenvolvido distinções importantes na sua própria doutrina e prática do batismo.
Alguns estudiosos acreditam que haja elementos do zoroastrismo nos escritos de Cunrã, especificamente no que diz respeito ao dualismo e à angelologia. O problema é extremamente complexo. O dualismo do zoroastrismo desenvolveu-se consideravelmente na era cristã, e por este motivo é precário argumentar que as crenças do zoroastrismo conforme hoje as conhecemos representem as crenças de um ou dois séculos antes de Cristo.
As descobertas de Cunrã são importantes para estudos bíblicos em geral. Não se pode tirar conclusões acerca do cânon, sendo que o grupo de Cunrã era cismático desde o princípio, e além disto, a ausência do Livro de Ester não implica necessariamente que rejeitava este Livro do Cânon. Quanto à matéria do texto do Antigo Testamento, os rolos do Mar Morto têm grande importância. O texto do Antigo Testamento Grego, ou Septuaginta, e as citações do Antigo Testamento no Novo, indicam que tenha havido outros textos além daquele que veio até nós (o Texto Massorético). 
O estudo dos rolos do Mar Morto revela claramente que, na época de serem produzidos, que seria mais ou menos na época da elaboração dos manuscritos bíblicos utilizados pelos autores do Novo Testamento, havia no mínimo três tipos de textos circulando: um pode ser chamado o precursor do Texto Massorético; o segundo estava nitidamente relacionado com aquele utilizado pelos tradutores da Septuaginta; o terceiro era diferente de ambos. As diferenças não são grandes, e em passagem alguma envolvem assuntos de doutrina; mas para um estudo textual pormenorizado é importante que nos libertemos do conceito que o Texto Massorético seja o único texto autêntico. A verdade é que as citações do Antigo Testamento que se acham no Novo, dão margem para se compreender que não foi o Texto Massorético aquele que mais se empregava pelos autores do Novo Testamento. Precisamos qualificar estas declarações pela explicação que a qualidade do texto é diferente entre os vários livros do Antigo Testamento, e que há muito mais uniformidade no texto do Pentateuco do que em algumas outras porções da Bíblia Hebraica. Os rolos do Mar Morto têm feito uma grande contribuição para, o estudo do texto dos Livros de Samuel.
No que diz respeito ao Novo Testamento, os rolos do Mar Morto são igualmente de grande importância. Obviamente, não existe nenhum texto do Novo Testamento nas descobertas de Cunrã, sendo que o primeiro Livro do Novo Testamento foi escrito muito pouco tempo antes da destruição da comunidade de Cunrã. 
Além disto, não há motivo algum para que alguma escrita neotestamentária tenha sido trazido a Cunrã. Por outro lado, há certas referências e pressuposições no Novo Testamento, mormente na pregação de João Batista e Jesus Cristo, e nas escritas de Paulo e João, que podem ser colocados contra um pano de fundo reconhecidamente semelhante àquele descrito nos documentos de Cunrã. Por exemplo, o pano de fundo gnóstico de certas escritas paulinas que antigamente foi considerado como situação histórica do gnosticismo grego do segundo século d.C. — o que implicaria numa data posterior para a composição da Epístola aos Colossenses — reconhecese agora como sendo o gnosticismo judaico do primeiro século d.C. ou ainda antes da era cristã. Semelhantemente, o estilo do Quarto Evangelho revela-se como sendo palestiniano e não helenístico.
Muita coisa tem sido escrito no assunto do relacionamento entre Jesus Cristo e a comunidade de Cunrã. Não há evidência nos documentos de Cunrâ que Jesus tenha sido membro da seita, e nada há no Novo Testamento que exija tal ponto de vista. Bem ao contrário, a maneira de Jesus encarar o mundo, e mais especialmente, Seu próprio povo, é diametricalmente oposta à cosmo visão de Cunrã, e podemos declarar, sem medo de errar, que Jesus não tenha sido membro daquele grupo em tempo algum. Pode ter sido alguns discípulos que tenham surgido de um passado deste tipo, mais especificamente os discípulos que antes seguiam a João Batista, mas há muita falta de provas neste assunto. A tentativa de comprovar que o Ensinador da Retidão de Cunrã tenha servido como padrão da descrição de Jesus que se registra nos Evangelhos não se corrobora pelo estudo dos rolos do Mar Morto. 
O Ensina-dor da Retidão era um jovem magnífico com grandes ideais, que morreu cedo demais; não há, no entretanto, nenhuma declaração clara que tenha sido condenado à morte, nem se pode inferir que tenha sido crucificado para então ressurgir dentre os mortos, e que os sectários de Cunrã tenham aguarda­do sua volta. A diferença entre Jesus e o Ensinador da Retidão destaca-se nitidamente em vários pormenores: o Ensinador da Retidão nunca foi considerado o Filho de Deus ou Deus Encarnado; sua morte não se revestiu de natureza sacrificial; a refeição sacramental (se realmente tenha sido isto mesmo), não era considerada como sendo uma lembrança da sua morte nem como uma promessa da sua volta, e nada tinha que ver com a remissão dos pecados. t óbvio que no caso de Jesus Cristo, todos estes aspectos são claramente declarados, não só urna vez, mas repetidas vezes no Novo Testamento, e, afinal, são doutrinas fundamentais sem as quais não poderia existir a fé cristã.


Extraído do Livro: “Manual Bíblico – Halley

Arqueologia biblica o textos do mar Morto


                                  Manuscritos do Mar Morto

                  Importância para o cânone bíblico (1)

Antes da descoberta dos Rolos do Mar Morto, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam da época do nono e do décimo século da era cristã. Havia muitas dúvidas sobre a confiabilidade dessas cópias. A análise dos textos encontrados mostra que os textos hebraicos eram bastante fluidos antes de sua canonização. Há textos que são quase idênticos ao texto massorético embora haja fragmentos do livro do Êxodo e de Samuel com diferenças significativas das cópias modernas.
Mas o Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto, declarou: "O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa."
O rolo mencionado por Barrera trata-se de uma peça com 7 metros de comprimento, em aramaico, contendo o inteiro livro de Isaías. Diferentemente deste rolo, a maioria deles é constituída apenas por fragmentos, com menos de um décimo de qualquer dos livros. Os livros bíblicos mais populares em Qumran eram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21 exemplares). Estes são também os livros mais frequentemente citados nas Escrituras Gregas Cristãs.
Embora os rolos demonstrem que a Bíblia não sofreu mudanças fundamentais, eles também revelam, até certo ponto, que havia versões diferentes dos textos bíblicos hebraicos usadas pelos judeus no período do Segundo Templo, cada uma com as suas próprias variações. Nem todos os rolos são idênticos ao texto massorético na grafia e na fraseologia. Alguns se aproximam mais da Septuaginta grega.
Anteriormente, os eruditos achavam que as diferenças na Septuaginta talvez resultassem de erros ou mesmo de invenções deliberadas do tradutor. Agora, os rolos revelam que muitas das diferenças realmente se deviam a variações no texto hebraico. Isto talvez explique alguns dos casos em que os primeiros cristãos citavam textos das Escrituras Hebraicas usando fraseologia diferente do texto massorético. — Êxodo 1:5; Atos 7:14. Assim, este tesouro de rolos e fragmentos bíblicos fornece uma excelente base para o estudo da transmissão do texto bíblico hebraico. Os Rolos do Mar Morto confirmaram o valor tanto da Septuaginta como do Pentateuco samaritano para a comparação textual.
Os rolos que descrevem as normas e as crenças da seita de Qumran tornam bem claro que não havia apenas uma forma de judaísmo no tempo de Jesus. A seita de Qumran tinha tradições diferentes daquelas dos fariseus e dos saduceus. É provável que essas diferenças tenham levado a seita a se retirar para o ermo. Eles se encaravam como cumprindo Isaías 40:3 a respeito duma voz no ermo para tornar reta a estrada de YHWH. Diversos fragmentos de rolos mencionam o Messias, cuja vinda era encarada como iminente pelos autores deles. Isso é de interesse especial por causa do comentário de Lucas, de que “o povo estava em expectativa” da vinda do Messias. — Lucas 3:15.[carece de fontes]

Os Rolos do Mar Morto ajudam até certo ponto a compreender o contexto da vida judaica no tempo em que Jesus pregava. Fornecem informações comparativas para o estudo do hebraico antigo e do texto da Bíblia. Mas o texto de muitos dos Rolos do Mar Morto ainda exige uma análise mais profunda.

Nome dado a mais de oitocentos manuscritos judaicos antigos recuperados de onze cavernas ao longo da costa noroeste do Mar Morto. A primeira caverna, contendo sete pergaminhos, foi descoberto acidentalmente no início de 1947 por um jovem pastor beduíno. Entre 1952,1956 mais dez cavernas contendo manuscritos e materiais relacionados foram encontrados. Estudiosos têm datado esses manuscritos do século III aC para o primeiro século dC A maioria não foram encontrados intactos; em vez disso, os estudiosos tiveram de juntar, e, assim, tentar entender, milhares de fragmentos. Este processo tem sido muito tedioso e lento; Por isso, muitos fragmentos permanecem inéditos.
Perto das cavernas em que os pergaminhos foram descobertos encontra-se um sítio arqueológico conhecido como Khirbet Qumran. Arqueólogos escavaram as ruínas entre 1951,1956 e determinou que o local foi habitado por uma comunidade de judeus do meio do século II aC de A. D. 68 Havia dois principais períodos de ocupação. O primeiro ponto (. C 141-107 aC) é composto por duas fases: uma fase inicial envolvendo modestos, edifícios temporários, e uma segunda fase (107-31 aC), caracterizada por uma extensa atividade de construção, que fixa as linhas permanentes do assentamento. Após um terremoto e um incêndio em 31 aC o acordo foi abandonado. O site jazia abandonado até 4 aC, que marcou o início do segundo período principal de ocupação (4 aC-68 dC), durante o qual o site foi reparado e reconstruído ao longo do mesmo plano. Evidências de um grande incêndio ea presença de pontas de seta e moedas romanas sinalizar a destruição da liquidação pelos romanos durante a revolta judaica em anúncio .
O complexo de Qumran incluiu um grande edifício e vários pequenos. No grande edifício era uma torre, uma cozinha, salas de armazenamento, uma grande cisterna, e vários outros quartos, um dos quais continha mesas, bancos, e tinteiros, e parece ter sido usado para copiar manuscritos. Apenas ao sul do edifício principal foi uma grande sala de reuniões com uma despensa adjacente, de onde foram recuperados mais de mil peças de cerâmica. O acordo também inclui um complexo de cerâmica, um complexo de grãos, um grande número de cisternas e piscinas menores, e um extenso sistema de aquedutos. Do lado de fora do assentamento são três cemitérios, contendo mais de mil sepulturas. O principal cemitério contém apenas os homens; dois cemitérios secundários incluem mulheres e crianças. Em um oásis uma milha a sul é um assentamento menor chamado Ain Feshka. Esta foi, aparentemente, um centro agrícola e industrial para Qumran. Ele incluiu um sistema de irrigação, um gabinete para os animais, e que parece ter sido um curtume. 
Ligações entre as ruínas e os pergaminhos sugerem que os pergaminhos pertencia a esta comunidade.
] Em primeiro lugar, as cavernas estão perto das ruínas, a maioria dentro de cinco a dez minutos a pé. Caverna 4, que continha mais de quinhentos dos oitocentos manuscritos, é, literalmente, a poucos passos do local. Em segundo lugar, os manuscritos foram copiados durante o mesmo período de tempo em que o acordo foi ocupada. Em terceiro lugar, a cerâmica encontrada nas ruínas corresponde a cerâmica encontrada nas cavernas. Em quarto lugar, a escrita encontrados na cerâmica nas partidas ruins que foram encontrados na cerâmica em várias das cavernas. Finalmente, o caráter das ruínas oferece o cenário lógico para as lavagens rituais, refeição sagrada, e cópia do manuscrito reflete nos pergaminhos. Os habitantes de Qumran provavelmente escondeu os pergaminhos nas cavernas, em antecipação do avanço das forças romanas. A maioria dos estudiosos identificam esta comunidade como um grupo de essênios, uma seita monástica de judeus descrita pelos escritores antigos Josephus, Philo e Plínio, o Velho.
Os pergaminhos são compostos por quatro tipos de material. Primeiro, há cópias de livros do Antigo Testamento. Apenas Esther está faltando entre os pergaminhos. Em segundo lugar, há livros apócrifos. Alguns, como Tobit e Jubileus, eram conhecidos antes da descoberta dos pergaminhos. Muitos outros, como o Gênesis Apócrifo e Testamento de Amram, não eram. Em terceiro lugar, há livros que apresentam as doutrinas e práticas da seita distintas. Estes consistem principalmente de regras, livros poéticos e litúrgicas, e livros de interpretação bíblica. Finalmente, há livros que não se encaixam em nenhuma categoria específica, como o Rolo de Cobre.

Este artigo incidirá sobre os documentos sectários. Ele irá analisar as principais idéias encontradas nesses documentos e, portanto, dar algumas dicas sobre esta comunidade de judeus que, nas suas fases mais avançadas, foi contemporâneo de Jesus e da Igreja primitiva.
Embora as origens da seita são obscuras, eles parecem ter centrado em torno de diferenças que a seita tinha com a liderança do templo. A figura-chave no início da história da seita foi o Mestre de Justiça, um indivíduo de outra forma sem nome que deu a direção seita e foco em seus estágios iniciais. A seita acredita que Deus havia revelado ao Mestre de Justiça os mistérios sobre o direito. Assim, só ele poderia interpretar corretamente a Lei; outros judeus entendeu mal. Liderado pelo Mestre da Justiça, que era um sacerdote, a seita rejeitou o culto do templo de Jerusalém como era praticada atualmente e provavelmente até o sacerdócio no poder como sendo ilegítimo. Guiados por Isaías 40: 3 ("no deserto: Preparai o caminho do Senhor" cf. Mt 3, 3), a seita removidos se a área do deserto perto do Mar Morto para aguardar a guerra final, a partir do qual, com a ajuda de Deus , que como o verdadeiro Israel sairia vitorioso e depois que eles iriam restaurar o culto sacrificial e do sacerdócio de Jerusalém.
A comunidade era governada por procedimentos rigorosos de entrada, um código detalhado de conduta, e uma hierarquia organizacional rígida, sob a liderança dos sacerdotes. Os sectários tinha um estilo de vida comum, a partilha de bens e de trabalho, estudar a Torá, e reunir-se para a discussão de assuntos comunitários e cerimônias. A adoração era um aspecto importante da vida comunitária; seita entendeu-se como participar do culto dos anjos de Deus. Especialmente significativa foi a refeição sagrada. Lavagens para cerimônia de purificação eram regulares, e foi dada ênfase ao uso do calendário solar, em vez de o calendário lunar do judaísmo oficial. Incapaz de oferecer sacrifícios no Templo de Jerusalém profanada, a comunidade viu a oração ea obediência como oferendas aceitáveis. Outros aspectos da piedade pessoal incluído um profundo sentimento de fragilidade e pecaminosidade e agradecimento a Deus por sua graça e eleição.
Um dos documentos fundamentais da comunidade de Qumran é o Manual de Disciplina (1QS) ou a Regra da Comunidade. O Manual apresenta seus membros como os Filhos da Luz; outsiders são os Filhos das Trevas, de quem eles foram chamados para separar. Eles uniram-se em conjunto, como a Comunidade de Deus, que recebeu a sua Aliança da Graça. Eles vivem uma vida em comum, compartilhando propriedade e trabalho, estudar a Lei, e reunir-se para a discussão de assuntos comunitários e cerimônias, tais como a refeição comunal. A comunidade tem uma hierarquia organizacional estrito; praticamente todos os assuntos, desde a disposição dos assentos para o fim de falar, são determinadas pela classificação. No topo estão os sacerdotes, filhos de Zadok. Em seguida, vêm os levitas, ou anciãos. Finalmente, existem as pessoas, que são classificados em milhares, centenas, cinqüenta e dez (cf. Êxodo 18:25). Durante toda a comunidade está o Mestre. Cada indivíduo é analisado anualmente, ocasião em que sua posição pode ser ajustada para cima ou para baixo, dependendo do seu entendimento e comportamento.
A entrada para a comunidade é cuidadosamente regulado. O iniciado primeiro faz um juramento, na presença de toda a comunidade, a obedecer à Lei, pois é interpretada na comunidade e para separar os homens de falsidade. Ele é examinado pelo Mestre e, se declarado apto para a disciplina, é admitido no Pacto para começar a receber instruções sobre as regras da comunidade. Durante o primeiro ano, ele não participar da refeição comunal, e ele mantém sua propriedade distinta da da comunidade. No final do primeiro ano, ele é submetido a um segundo exame. Se ele é autorizado a continuar, ele embarca em um segundo ano de estágio, durante o qual ele não participa da bebida comum e sua propriedade é detida em confiança por parte da comunidade. No fim do segundo ano, ele é submetido a um terceiro exame. Se ele for considerado aceitável, ele se torna um membro de pleno direito da comunidade e é dado um rank, e sua propriedade é fundido com o da comunidade.

O manual também dá uma visão sobre algumas das doutrinas fundamentais da comunidade. Deus nos criou para as pessoas Dois Espíritos em que a pé até o final: o Príncipe da Luz / Angel of Truth / Espírito da Verdade e do Angel of Darkness / Espírito de falsidade (cf. 1 Jo 4, 6). Aqueles que andam de acordo com o Príncipe da Luz vai receber a vida eterna; aqueles que seguem o Angel of Darkness, o tormento eterno. O espírito com que as pessoas pertencem é determinado pela escolha de Deus, não deles. O hino que conclui o Manual expressa um profundo sentimento de pecado humano e dependência da misericórdia de Deus. O Manual também revela as expectativas messiânicas da seita. Três figuras são esperados: o profeta e dois Messias, o Messias de Aarão, presumivelmente um Messias sacerdotal, eo Messias de Israel, presumivelmente um Messias real.
Uma série de conceitos do Manual foram marcantes paralelos do Novo Testamento. A centralidade da refeição sagrada (e bebida) chama a atenção para a importância da Ceia do Senhor na igreja primitiva e referência a ser aspergido com água purificadora levou alguns a pensar de batismo. Aspectos da estrutura organizacional (anciãos, supervisor) são uma reminiscência do que a encontrada nas pastorais. A dependência da graça de Deus tem sido associada por alguns a justificação pela fé. Além disso, há uma lista de atitudes que caracterizam aqueles liderados por cada um dos dois Espíritos (cf. Gl 5, 19-23), uma chamada para amar os filhos da luz (cf. Jo 13:34) e odiar os filhos das trevas (cf. Mt 5, 43-44), e identificação da seita como o Caminho (cf. At 9, 2), o uso de Isaías 40: 3 para justificar um movimento no deserto (cf. Marcos 1: 2), a noção de oração como sacrifício (cf. Hebreus 13:15), e uma interpretação da pedra angular de Isaías 28:16 (cf. 1 Pedro 2: 4-8).
A segunda regra importante contendo diplomas legais e regulamentos organizacionais para a comunidade é a Damasco Rule (CD). Este documento também fornece informações importantes sobre as origens da comunidade, elogiando o Mestre da Justiça e castigando seu principal adversário, o escarnecedor, ou o Man of Lies. A Regra de Damasco parece exibir uma expectativa de um Messias, o Messias de Aarão e Israel, ao invés de dois. Além disso, ele antecipa a vinda do intérprete da lei eo príncipe de toda a congregação. Nesse meio tempo, a seita entende-se como a comunidade da Nova Aliança.
A Regra da Congregação (1QSa) é um curto documento estabelecendo normas para ordenar a comunidade de Qumran nos últimos dias. Ele descreve, entre outras coisas, a reunião do conselho chamado pelo Messias sacerdotal, para que o Messias de Israel virão, eo ritual da refeição messiânica. Significativa é a preeminência do Messias sacerdotal sobre o Messias real neste documento. A Regra da Congregação fornece alguns paralelos notáveis ​​com o Novo Testamento. Sua exclusão das pessoas com defeitos físicos das reuniões do conselho (e, portanto, a partir da refeição messiânica) forma um contraste marcante com o ensinamento de Jesus em Lucas 14: 12-24. Para se conectar a justificativa para esta exclusão, com a presença dos anjos é semelhante a um aspecto do argumento de Paulo a respeito da cabeça de uma mulher cobrindo em 1 Coríntios 11:10. Seus comentários sobre a refeição, que são os mais extenso nos pergaminhos, parecem ligar a refeição comunitária regular com a refeição messiânica escatológica, tanto quanto Jesus faz em Mateus 26: 26-29.
O Rolo do Templo (11QT) é uma reafirmação da Lei dada a Moisés. É preciso leis relacionadas por assunto, mas espalhados por todo o Pentateuco, e leva-los para formar um código sistemático. Também reescreve algumas das leis e acrescenta novos. Em particular, preenche as lacunas óbvias no Pentateuco com os regulamentos de execução relativas ao templo e ao rei. Ela exibe uma preocupação especial para o layout ea pureza do templo, bem como da própria Jerusalém, e para o ciclo de festivais e seus sacrifícios de acordo com um calendário solar.
A Regra de Guerra (1QM) é uma descrição da guerra escatológica entre os Filhos da Luz (isto é, a seita), e os Filhos das Trevas, às vezes chamado de Quitim (cf. Daniel 11:30). Os Filhos da Luz estão sob o domínio do Príncipe da Luz, aparentemente identificado como o arcanjo Miguel (cf. Daniel 12: 1); os Filhos das Trevas são governados por Belial. Os sacerdotes continuar o seu papel proeminente; eles levam as tropas para a batalha, embora não como combatentes se. A confiança da comunidade, no entanto, não reside na sua própria proficiência militar, mas no poder de Deus. Uma grande parte da Regra de Guerra é retomada com descrições detalhadas de armas, batalha regalia e estratégia. Na superfície, a regra parece ter sido escrito para fornecer um manual de como a guerra final era para ser realizado. Seu objetivo real era provavelmente para confirmar os membros da comunidade em sua visão sectária por garantindo-lhes sua permanência no deserto não duraria para sempre; em última análise, Deus lhes daria vitória sobre seus inimigos e exaltá-los na sua própria posição como seus eleitos.
Há paralelos entre a regra de Guerra e certas partes do Apocalipse. Certamente a idéia de uma guerra final retratada em termos cósmicos é forte em ambos (cf. Apocalipse 12: 7, 16: 13-16, 19: 11-21). Eles também compartilham músicas comemorando a derrota do inimigo (cf. Apocalipse 18). Há um interesse no papel de trombetas (cf. Apocalipse 8-9) e em especificações precisas e pedras preciosas (cf. Apocalipse 21: 12-21). Embora ofuscado por Cristo, a figura de Michael tem um lugar significativo em um ponto no Apocalipse (12, 7); Além disso, enquanto a Regra de Guerra menciona o reino de Michael, o Apocalipse fala do reino de Cristo (11:15). O uso de imagens de militares no contexto do conflito espiritual é paralelo em Efésios 6: 13-17.
Além das regras, há uma série de documentos poéticos e litúrgicas entre os pergaminhos. O mais longo é o Pergaminho de Ação de Graças (1QH), uma coleção de salmos de ação de graças e louvor. Temas que permeiam esses hinos incluem um profundo sentimento de fragilidade e pecaminosidade, uma afirmação da graça e eleição de Deus, uma divisão da humanidade para o justo eo ímpio, e revelação deste conhecimento dentro da comunidade da aliança de Deus. Um hino fala do nascimento de um conselheiro maravilhoso, que alguns estudiosos têm interpretado messianicamente; outra retrata uma guerra escatológica entre Deus e Belial (ie, Satanás). Se a coleção foi destinado para leitura privada e meditação ou teve um papel litúrgico em adoração comunitária não é clara.
As Canções do Sacrifício sábado (4QShirShabb) é uma coleção de treze canções litúrgicas, um para cada sábado durante o primeiro trimestre do ano. As músicas parecem seguir uma certa progressão ao longo do ciclo de treze semanas: canções 1-5 foco na comunidade de adoração terrena; canções 6-8 deslocar a atenção para o culto divino, com destaque para o número sete, que é desenvolvido de forma elaborada em Cantares de Salomão 7 em sete chamadas para louvar dirigidas às sete sacerdócios angélicas; e canções 9-13 centro das características do santuário celestial e os participantes do culto celeste. As canções podem ter sido a intenção de levar o adorador em uma experiência de adoração angelical e, assim, reforçar a compreensão da comunidade sobre si mesma como fiel de Deus eo sacerdócio legítimo. Essa participação mística no culto celeste tem paralelo em Apocalipse e pode estar por trás do problema abordado em Colossenses.
As Bênçãos (1QSb) é uma série de bênçãos pronunciadas pelo mestre ao longo dos membros da comunidade, o sumo sacerdote, os sacerdotes, filhos de Zadok, eo príncipe da congregação, uma figura escatológica que vai estabelecer, e regra, reino eterno de Deus. O Berakoth (11QBer) é uma bênção litúrgica pedindo a Deus pelas bênçãos naturais (por exemplo, chuva, uma colheita abundante) sobre a comunidade.
Uma das características mais marcantes da seita era a sua forma distinta de interpretar o Antigo Testamento. Os membros acreditavam que os livros do Antigo Testamento estavam cheios de mistérios que se cumpriram na história da comunidade. O significado destes mistérios estava escondido até que Deus revelou para o Mestre da Justiça e alguns de seus seguidores; daí a necessidade de interpretação. Uma abordagem para tal interpretação foi a produção de comentários contínuos sobre os seguintes livros do Antigo Testamento: Habacuque, Miquéias, Salmos, Isaías, Oséias, Naum e Sofonias. Os comentários estão cheios de alusões históricas enigmáticas com números relacionados com a história da seita, como o Mestre da Justiça, o Man of Lies, o Mau Pastor eo Leão da Ira. Além disso, eles ilustram o entendimento da seita de como o Antigo Testamento foi cumprida nele. Um exemplo digno de nota é a interpretação de Habacuque 2: 4 ("O justo viverá pela fé"), que foi tão importante para a compreensão de Paulo da justificação pela fé em Cristo (Romanos 1:17, Gálatas 3:11): os pontos de vista comentarista os justos como aqueles que são caracterizados por obediência à lei e fidelidade a (os ensinamentos de) O professor da Justiça.
Outra estratégia interpretativa da seita era coletar e interpretar passagens do Antigo Testamento, de acordo com um tema específico. 4QTestimonia (4QTestim) parece ser uma antologia de textos messiânicos; 4QFlorilegium (4QFlor) é um amálgama de textos escatológicos e interpretações. Juntos, eles antecipam uma série de figuras escatológicas (o Profeta, a estrela de Jacob, o Cetro de Israel, o Poder de Davi, a intérprete da lei), a relação precisa entre os quais não é clara. Por outro lado, Melquisedeque (11QMelch), uma coleção de textos do Antigo Testamento e interpretações centradas em torno da pessoa misteriosa Antigo Testamento com o mesmo nome (cf. Gênesis 14: 18-20; Hebreus 5:10; 6: 20-7: 17) , vê a Melquisedeque como figura-chave no jubileu final, que irá restaurar e fazer expiação pelos filhos da luz e executará o juízo de Deus contra Belial e seu lote.
Desde a sua descoberta dos Manuscritos do Mar Morto têm despertado intensa controvérsia. Muitos fizeram alegações sensacionalistas sobre alegadas ligações entre os pergaminhos e cristianismo. O atraso na publicação de todos os fragmentos só tem alimentado a controvérsia, levando a acusações de um acadêmico e / ou conspiração eclesiástica para suprimir fragmentos que seriam prejudiciais ao cristianismo e / ou o judaísmo. Tais alegações são certamente falsa. Na verdade, a maioria das conjecturas de qualquer relação directa entre os pergaminhos e Cristianismo primitivo (por exemplo, que Jesus e / ou João Batista eram ao mesmo tempo uma parte da comunidade de Qumran) têm pouco apoio. Por outro lado, os pergaminhos servir como importante material de apoio para o estudo do Novo Testamento e contêm numerosos paralelos verbais e conceituais com os livros do Novo Testamento, especialmente o Evangelho de João. No entanto, tais paralelos não devem ofuscar as diferenças entre uma seita monástica de judeus obedecendo os ensinamentos de um professor morto e um movimento missionário de espírito de judeus e gentios proclamando a morte e ressurreição de um Senhor vivo.


                         manuscritos

Parece que os livros da Bíblia foram escritos originalmente em rolos de papiro, um material feito a partir de tiras secas e achatadas de papiro (ver escrito). Papyrus não durou bem, e os escritos originais todos pereceram há muito tempo. Mas de início, as pessoas tinham feito cópias dos escritos originais, e outros continuaram a fazer cópias ao longo dos séculos. Estas cópias são conhecidos como manuscritos (MS abreviado, no singular, MSS no plural).
Embora os escritos originais foram escritos por pessoas comuns em linguagem humana comum, que eram ao mesmo tempo escrito sob a direção especial do Espírito de Deus. Eles expressaram a verdade como Deus queria que ele expressa . As cópias que sobreviveram, no entanto, sofreram alguns danos de pessoas que têm copiado ou usado-los.
Como métodos de impressão mecânica eram desconhecidas nos tempos antigos, as pessoas que fizeram cópias das Escrituras tinha que escrevê-los à mão. Habilidades de escrita variados e copistas às vezes cometeu erros. Alguns dos erros mais comuns eram a descaracterizou a cópia principal, soletra, ou extraviar, omitir ou repetir palavras ou linhas. Houve também casos em que copistas deliberadamente alterou a redação para fazer uma frase significa que eles achavam que deveria dizer. No entanto, apesar das falhas humanas, Deus preservou sua Palavra. Há tantos bons manuscritos existentes que as pessoas com as habilidades necessárias são capazes de determinar o texto original com bastante precisão.

Manuscritos do Antigo Testamento

A linguagem do Antigo Testamento, o hebraico, lê-se da direita para a esquerda e foi escrito originalmente apenas com consoantes. A ausência de vogais não causou nenhum problema para os leitores, como eles poderiam mentalmente colocar no vogais como lêem. Mas, com a difusão da língua aramaica e grega durante os últimos séculos aC , hebraico tornou-se menos conhecido na Palestina nos tempos do Novo Testamento. Após a destruição do Estado judeu em 70 dC, o uso do hebraico diminuiu ainda mais. Este declínio continuou, até hebraico deixou de ser uma língua falada.
Durante um longo período a partir do sexto para o século XI dC, eruditos hebreus chamados massoretas introduziram um sistema de sinais vocálicos, ou "pontos", para garantir que o significado do texto original não se perdeu. Esses pontos vocálicos eram pontos e outros símbolos colocados abaixo ou acima das consoantes para mostrar o que a palavra era e como ela deve ser pronunciada. A versão do Antigo Testamento que os Massoretes estabelecidos é comumente chamado de Texto Massorético (MT).
Até a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, em 1948, os mais antigos manuscritos conhecidos do Antigo Testamento eram do nono para o décimo primeiro séculos AD. A razão pela qual não há manuscritos anteriores sobreviveu foi que, quando manuscritos tornou-se demasiado velho ou gasto de usar, os eruditos hebreus enterrado eles, ao invés de deixá-los cair no uso desonroso. Ao fazer manuscritos frescos, os copistas hebreus eram quase fanática de preservar todas as letras exatamente como era nos antigos manuscritos. Como resultado, eles fizeram alguns erros.Versões e traduções do passado antigo confirmar a confiabilidade geral dos manuscritos hebraicos. Entre os mais importantes são os Manuscritos do Mar Morto, uma coleção de Antigo Testamento e outros escritos pertencentes a uma comunidade judaica que vivia na região do Mar Morto, cerca de 130 aC a 70 dC.
Não é adicionado a confirmação deste confiabilidade nas cópias das primeiras traduções que foram baseados em manuscritos do Antigo Testamento mais velhos do que qualquer disponível hoje. Estes incluem traduções em grego no século II aC, em siríaco no primeiro século dC, e para o latim no século V dC. Outra confirmação vem da versão samaritano do Pentateuco e de citações do Antigo Testamento encontradas nos escritos judaicos dos cinco primeiros séculos dC.

Manuscritos do Novo Testamento

Nos tempos do Novo Testamento grego era a língua falada por todas as terras da história da Bíblia. Os livros do Novo Testamento foram escritos em grego - grego não clássica, mas a linguagem cotidiana falada por pessoas comuns. Desde o início, as pessoas fizeram cópias de cartas que Paulo e os outros tinham escrito, bem como cópias dos registros do Evangelho, e os enviou para as igrejas longe e de perto. Tudo isso levou tempo, e muitos anos se passaram antes que todos os escritos foram reunidos para formar o Novo Testamento completo tal como a conhecemos hoje .
Manuscritos gregos eram de dois tipos, aqueles escritos inteiramente em letras unciais (ou de capital), e aqueles escritos em letras minúsculas (ou minúsculas). Escrevendo em uncials foi mais comum nos séculos anteriores, mas foi gradualmente substituído pelo script minúscula mais conveniente.
Erros dos copistas são mais comuns nos manuscritos gregos do Novo Testamento que nos manuscritos hebraicos do Antigo Testamento. Mas as variações nos manuscritos gregos não afetam seriamente a nossa compreensão do que os escritores do Novo Testamento escreveram. Há na existência mais de cinco mil manuscritos do Novo Testamento grego (em parte ou no todo), e embora estes aumentam o número de variações, elas também aumentam a possibilidade de eliminar os erros.
Os manuscritos mais valiosas vêm do período do quarto para o sexto séculos dC, embora existam os anteriores. Como regra geral, quanto mais cedo o manuscrito, o mais provável é ser correto. Por outro lado, um manuscrito mais recente poderia ser mais preciso, se ele foi copiado de um manuscrito muito mais cedo e mais confiável. Uma maneira de verificar a exatidão dos manuscritos é compará-los com as primeiras traduções do Novo Testamento, ou com citações do Novo Testamento nos escritos dos primeiros autores.
Como eles estudam todas essas evidências, os especialistas são capazes de avaliar o valor de manuscritos e organizá-los em grupos de acordo com suas características comuns. Tornou-se evidente que os diferentes grupos de manuscritos pertenciam originalmente a diferentes regiões (por exemplo, Roma, Alexandria, Bizâncio). Isto dá estudiosos a indicação dos tipos de manuscritos que estavam em uso em várias fases da história da igreja primitiva, e assim ajuda no sentido de determinar a formulação exacta da escrita original.

fonte Manual biblico Halley.

Arqueologia biblica local do Jardim do Éden


                LOCALIZAÇÃO DO JARDIM DO EDEN


O Jardim do Éden, Jardim das Delícias ou Paraíso Terrestre é na tradição das religiões abraâmicas o local da primitiva habitação do homem.
Na tradição bíblica, o Jardim do Éden, do hebraico Gan Eden, é o local onde ocorreram os eventos narrados no Livro do Génesis (Gen., 2 e 3), onde é narrada a forma como Deus cria Adão e Eva, planta um jardim no Éden (a oriente), e indica ao homem que havia criado, para o cultivar e guardar. 

A origem do termo "Éden" em hebraico parece derivar da palavra acade edinu, que deriva do sumério E.DIN. Em todas estas línguas a palavra significa planície ou estepe. A Septuaginta traduz do hebraico (gan) “jardim” para palavra grego (pa·rá·dei·sos) paraíso. Devido a isso, temos a associação da palavra portuguesa paraíso com o jardim do Éden. 


A fim de localizar Eden é preciso entender as palavras antigas a ser utilizado. A "fonte" ou "cabeça" do rio é o que nós chamaríamos de "boca" do rio. Portanto, todos os quatro rios que deságuam no golfo Pérsico. Os rios Tigre e Eufrates são fáceis de localizar.Speiser identifica as possibilidades de os outros dois como a = Giom Diyala, Kirkha, ou Kerkha e = Psihon Kerkha, Karun, ou Wadi er-Rumma respectivamente. 

Se Giom é identificado com Kerkha, em seguida, os rios do Éden estão listados em uma direção de leste a oeste, e o Pisom seria o rio Karun na Elam. Se Eridu pode ser equiparado a Eden, em seguida, o Jardim seria apenas leste de Eridu onde um canal ramo produzido colheitas abundantes (Fischer 1996, 222).Note-se que naquela época o golfo Pérsico teria sido estendido por todo o caminho de volta para Eridu e Ur. 

Há uma outra nova identificação do Pisom rio com o Batin Wadi que foi visto a partir de fotos de satélite. Wadi Batin é um rio de secas, mas ao mesmo tempo que teria ligado a rios Tigre e Eufrates. Tem ver o Jardim do Éden foi localizado no último? para fotos e detalhes. Esta é uma possibilidade muito boa. O Giom seria então identificado com o rio Karun na Elam.Alguns pensam que a palavra hebraica "Eden" é a partir da palavra suméria "Edin", que significa "simples" e seu equivalente acadiano é edinu (Fischer 1996, 223) que se refere à terra entre os rios Trigris e Eufrates. 

Outros estudiosos igualar o jardim do Éden com a descrição similar de Dilmun antiga. Veja Túmulos de Dilmun. Dilmun foi provavelmente o Bahrain ilha no golfo Pérsico. Há uma história suméria direito Enki e Ninhursag, que descreve um paraíso semelhante ao Éden só é chamado Dilmun. Diz:A terra Dilmun é puro, o Dilmun terra é limpa; O Dilmun terra é mais brilhante. Em Dilmun o corvo não profere gritos, profere ittidu O pássaro-no chorar do ittidu-pássaro, o leão não mata, O lobo não arrebata o cordeiro, o doente de olhos não diz "Eu sou doente de olhos," Os doentes de cabeças não (diz) "Eu sou doente de cabeça",  a velha não (diz) "Eu sou uma velha", o velho não (diz) "Eu sou um homem velho," Ele encheu os diques com água , Ele encheu a valas com água, Ele encheu os lugares baldios com água. O jardineiro na poeira na sua alegria (ANET 1969, 38-9). 

A geografia em torno Eden parece ser o mesmo antes do dilúvio, bem como depois do dilúvio. Mesmos rios e montanhas são mencionados. Isto parece indicar que o dilúvio de Noé foi local. Há um excelente artigo sobre isso, John Munday Jr, intitulada Geografia do Éden desgasta Geologia Flood (Westminster Theological Journal 58:1. 123-44, 1996). 


“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado” Gênesis 2:8 

A mesopotâmia é conhecida como sendo o berço da civilização, pois é nessa região que a humanidade começou. Ali Adão e Eva foram formados. 

O relato bíblico do livro de Gênesis nos fornece uma série de descrições geográficas, ricas em detalhes, servindo como uma preciosa fonte de pesquisas e informações que podem ajudar o estudante a localizar lugares e comprovar histórias. 

Eu acredito que esse fato ocorre devido à intenção que o escritor e o autor (Moisés e Deus) têm de mostrar a veracidade e realidade dos fatos e eventos descritos no livro. 

É importante notar que em toda a Bíblia, de Gênesis até o Apocalipse, sempre ocorreu uma preocupação de se detalhar os fatos, para que o leitor pudesse acreditar na sua veracidade. 

No caso do Éden, muitas informações geográficas são dadas, e serão comentadas a seguir.

Mesopotâmia é uma palavra de origem grega e significa: “entre rios”. Esse nome foi dado devido à região estar localizada entre dois dos principais rios da região, o Tigre e o Eufrates. É um oásis em meio a uma região desértica.

O texto bíblico de Gênesis 2 nos dá informações importantes como: 

1. Do Éden nascia um rio que se dividia em quatro braços: Pisom, Giom, Tigre e o Eufrates; 

2. A etimologia (origem) das palavras usadas; 
3. Terras e lugares citados no texto; 

É importante observar que o texto de Gênesis, escrito por Moisés, foi desenvolvido apenas após o Dilúvio. Isto nos faz relembrar que antes da Torre de Babel, e conseqüentemente antes do Dilúvio todo o globo falava o mesmo idioma, todavia, as expressões citadas no livro de Gênesis, com relação ao Éden, têm sua origem em outros idiomas, que não o hebraico. Isso é de uma importância fundamental, como iremos ver. 

Alguns nomes são citados no texto (Gn 2:8-14): 

• Éden Nome que possui duas origens: a forma Suméria de Éden que quer dizer: "estepe", ou "campo aberto", ou o Semítico, denotando: "luxo" ou "delícia"; 

• Jardim Localizado ao Leste do Éden. Observe que o jardim era apenas uma parte territorial dentro da região denominada Éden; 

• Um Rio Não denominado, vindo de fora do jardim e regando-o, dividindo-se em quatro braços; 

• Pisom Primeira divisão do rio principal que vem até a terra de Havilá; 

• Havilá Terra ou distrito; 

• Giom Segunda divisão do rio principal que vem até a terra de Cuxe; 

• Cuxe Etiópia (Cuxe em hebraico). Uma terra ou distrito; 

• Tigre Terceira divisão do rio principal que vem até a terra da Assíria; 

• Assíria (Asshur em hebraico); 

• Eufrates Quarta divisão do rio principal; 

Os lugares citados no texto recebiam outros nomes, no período pré-diluviano, mas esses nomes não são utilizados por Moisés. Os nomes utilizados pelo escritor eram os nomes modernos – da época. Eram os nomes do período pós-diluviano. Então, uma pergunta nos vem à mente: Por que isso ocorreu? 

A resposta é simples: porque o autor queria que os leitores conseguissem identificar o local para ter a certeza da veracidade do texto. 

Vejamos alguns exemplos: 

"Assíria" (hebraico, Asshur) é um nome que os hebreus deram e que se origina de Asshur um filho de Sem, nascido depois do Dilúvio (Gn10:22). Então, no conceito hebraico o nome não existia antes do Dilúvio. 

"Havilá" é um nome pós-diluviano (Gn 10:29). 

"Etiópia" (Cush, ou Cuxe – Gn l0:6). Nome dado após o dilúvio, originário do neto de Noé, Cuxe, e filho de Cam. 

Isso é uma evidência forte de que o escritor estava usando nomes conhecidos na época. Esse é um fato de importância fundamental, pois mostra conclusivamente que ao usar nomes conhecidos o escritor tinha a intenção que os leitores da época conseguissem entender com clareza a mensagem e reconhecer geograficamente a localização do Éden. 

Daí a evidência conclusiva de que o lugar (Éden) era real. Se o escritor não tivesse a intenção de que o Éden fosse localizado, identificado, não teria dado tantas informações geográficas a respeito nem tão pouco teria usado os nomes conhecidos no período. 

Precisamos entender, ainda, que o jardim do Éden foi destruído com o Dilúvio, mas o local denominado biblicamente de Éden continuava lá, não o jardim, mas o local. 

Observe o fato de que o profeta Ezequiel usou o nome Éden para se referir a uma localidade existente em seus dias, em Ezequiel 27:23. Segundo esse texto o profeta Ezequiel localiza o Éden na região conhecida como Babilônia. 

Na Bíblia, o jardim do Éden não é só o nome do lugar onde Adão e Eva viveram, mas também uma representação metafórica do Jardim de Deus, isto é, o lugar onde Yahweh mora: Is 51:3; Ez 28:12-15, 31:8-18. 

A localização exata do Jardim do Éden permanece um mistério, todavia, o texto de Gênesis 2:8 afirma que Deus plantou o "jardim no Éden, da bando do Oriente", isto é, no Leste. 

Essa afirmação aponta para um lugar ao leste de Canaã, que também possuía quatro rios: o Pisom, o Giom, o Tigre e o Eufrates (vv. 10-14). 

O Tigre e o Eufrates como sabemos hoje em dia, sem sombra de dúvida, os dois rios da Mesopotâmia que possuem o seu curso inalterado ainda hoje. O Giom (possivelmente o hebraico para "esguichar") e Pisom (normalmente entendido como sendo uma forma do verbo semítico "pular para cima") são mais difíceis de se identificar. 

Muitos estudantes acreditam que o Giom é o rio Nilo, e que Cuxe é associado com Nubia, ao sul de Egito. Se esta associação estivesse correta, todo o restante da descrição do local do Éden não poderia fazer o menor sentido, porque nenhuma parte dessa região converge com o Tigre e o Eufrates. 

Outros identificam Cuxe como a terra dos Cassitas, ao leste do Tigre, também conhecido como Cuxe durante os tempos antigos. Esta teoria faz um sentido geográfico melhor. Finalmente, ainda há outra posição de alguns estudantes que acham que o Giom e o Pisom eram canais ou afluentes do Tigre e Eufrates. 

Há alguns anos uma equipe de pesquisadores conseguiu através de satélite tirar algumas fotos que mostram o leito de dois rios de grande porte juntos ao Tigre e ao Eufrates, que acredita-se tratar do Giom e do Pisom. 

Essa mesma região é conhecida pela sua terra de tom avermelhado. O interessante é que o texto bíblico relata que naquele lugar Deus fez o homem do pó da terra (Gn 2:7) e pôs nele o nome de Adão. É importante saber que a palavra Adão, no hebraico, significa: “Vermelho”. 


Assim sendo, localiza-se o Éden na região da Mesopotâmia, exatamente como o relato bíblico descreve, e o jardim do Éden ao Leste, contudo, o local exato do jardim não se sabe ao certo, mas as evidências históricas e geográficas são indiscutíveis: Um dia ele esteve ali.

FONTE GALERIABIBLICA.BLOGSPOT.COM