ULTIMA PAGINA POSTADA DA ESCOLA DOMINICAL TODOS ASSUNTOS DO BLOG

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Subsidio CPAD juniores a oração na igreja n.2

                   
                         SUBSIDIO JUVENIS LIÇÃO N.2

                                      Mateus 6.5-13.




A ORAÇÃO NA IGREJA

5 - E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.6 - Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.7 - E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.8 - Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes.9 - Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.10 - Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.
11 - O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
12 - Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
13 - E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!

Prezado mestre, na lição de hoje vamos estudar a respeito da oração-modelo ensinada por Jesus Cristo. O ensino do Senhor a respeito da oração originou-se da súplica dos discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lc 11.1). Não são poucas as pessoas que querem obter uma “fórmula mágica de oração” a fim de obterem respostas rápidas e previsíveis às suas petições. Tais pessoas frequentememente perguntam: “qual a posição correta para orar?” ou “qual o horário ideal?”. Na verdade deveriam fazer os seguintes questionamentos: “Será que nossas petições estão sendo realmente sinceras?”; “Estamos dispostos a pôr em prática a instrução bíblica?”. Para responder a essas perguntas precisamos atentar para cada detalhe da oração-modelo, começando pelo prefácio de Jesus: “Portanto, vós orareis assim:...” (Mt 6.9).

Contexto Histórico Cultural da oração no livro de Mateus

 Orando, não useis de vãs repetições, como os gentios (6.7)
A idéia pode não enfatizar tanto a natureza repetitiva da oração paga quanto o valor atribuído ao ritual. A adoração oficial em Roma exigia a repetição de fórmulas religiosas memorizadas. Se o sacerdote cometesse um único engano, todo o culto deveria ser repetido.
Em contraste Jesus nos lembra de que a oração é a expressão de um relacionamento pessoal, e não um rito religioso. Os pagãos confiam no ritual; o povo de Deus entra espontaneamente na presença daquele a quem conhecem como Pai Celestial.

 O pão nosso de cada dia dá-nos hoje (6.11)

A maioria das pessoas da Palestina na época de Jesus trabalhavam nas suas próprias plantações ou trabalhavam servindo as outras pessoas. Um trabalhador recebia um denário no final de cada dia. Com isto ele comprava comida para sua família, óleo para lâmpada e outras coisas. Aquele denário, que era o típico salário de um dia de trabalho, mal era suficiente para cobrir estas despesas diárias.
Assim, a oração que Jesus ensinou a seus seguidores era realmente comovente. Os cristãos devem confiar em Deus, diariamente, para o suprimento do seu pão.

I. A ORAÇÃO DEVE SER INERENTE AO CRENTE

1. Aprendendo a orar com o Mestre. Jesus estava orando em determinado lugar com seus discípulos. Quando terminou de orar, os discípulos pediram-lhe que os ensinasse a orar, como também João ensinou aos seus discípulos (Lc 11.1). O Senhor Jesus deu início a sua aula sobre oração, declarando: “Portanto, orareis assim”. Todavia, Jesus não estava dizendo que os discípulos “deviam” repetir mecanicamente esse modelo de oração toda vez que buscassem a face de Deus.
2. Os discípulos já conheciam a respeito da oração? Os discípulos já tinham conhecimento da importância da oração, pois os judeus devotos e os gentios que criam em Deus tinham como costume orar. De acordo com Atos 3.1, os judeus tinham um horário determinado para as orações: de manhã (as 9h), à tarde (as 15h) e à noite (no pôr do sol). Todavia, os discípulos nunca viram alguém orar como o Mestre.
Jesus no Sermão da Montanha ensinou a respeito de como devemos orar: “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mt 6.5,6). Jesus ensinou acerca disso, porque os líderes religosos de sua época, gostavam das orações em lugares públicos para chamarem a atenção (Mt 6.5,6), porém Jesus ensina que devemos ter o nosso momento secreto com o Pai em oração (Mt 6.3).
3. A oração era algo habitual para Jesus e seus discípulos. Os discípulos podiam observar o exemplo de Jesus. A oração era uma prática habitual entre eles (Lc 5.16; At 3.1). Precisamos buscar a face de Deus em oração diariamente. É impossível que um discípulo não converse com seu mestre; que um servo não conheça o que o seu senhor deseja. Como está a sua vida de oração? Precisamos buscar a face de Deus em oração diariamente. A oração e a Palavra de Deus são imprescindíveis para uma vida cristã vitoriosa como discípulo e amigo do Senhor Jesus (Jo 15.15).

II. A ORAÇÃO-MODELO

1. “Pai nosso, que estás nos céus” (v.9). Logo no início da Oração do Pai Nosso, Jesus ensina a quem devemos dirigir nossas petições. Deus é o Pai Celestial de todos os que seguem o “novo e vivo caminho”: o seu Filho Jesus Cristo (Hb 9.20; Jo 1.12,13; 14.6). A Bíblia declara que o Espírito Santo transmite ao crente a certeza de que Deus é seu Pai. O Espírito testifica com o nosso espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16). Ao contemplar a Deus como Pai, o crente deve ter em mente três verdades bíblicas sobre o amor de Deus:
a) Deus nos amou primeiro. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). O seu amor por nós precede a nossa própria existência e, consequentemente, as nossas transgressões (Rm 5.8).
b) Deus nos adotou como filhos pelo Espírito de adoção (Rm 8.15). Por meio da obra redentora de Cristo Jesus na cruz, “[...] nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade (Ef 1.5).
c) Deus nos fez herdeiros seus. A única coisa destinada ao homem era a sua própria condenação, resultante dos seus pecados (Rm 6.23; Jo 3.18,19). Entretanto, Deus, que é riquíssimo em misericórdia quis nos justificar por sua graça e amor (Rm 3.24; Tt 3.7). Ele, “[...] segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós”(1 Pe 1.3,4).
2. “Santificado seja o teu nome” (v.9). Deus é santo (Is 6.3). Seu nome é exaltado em cima nos céus e em baixo na terra, acima de qualquer outro nome (Is 12.4). A santidade de Deus é manifesta através do crente que dá bom testemunho. É dever de todo o crente honrar como santo o nome do Senhor nosso Deus, não só de lábios, mas com sua vida santa (1 Pe 1.15,16). Muitos estão profanando o nome de Deus à medida que dão mau testemunho.
3. “Seja feita a tua vontade” (v.10). Abrir mão da nossa vontade nem sempre é fácil, requer total dependência de Deus. Jesus, como homem perfeito, é o nosso exemplo. Certa vez Ele afirmou: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou...” (Jo 4.34). Deus é um Pai amoroso e a sua vontade sempre é boa, agradável e perfeita, por isso, devemos nos submeter a ela com alegria. Entretanto, como descobrir a vontade de Deus? Mediante a oração. A oração não é um monólogo, mas um diálogo onde podemos ouvir Deus e saber qual direção tomar. Como está escrito: “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas” (Sl 23.2).A oração-modelo ensina reconhecer a Deus como Pai; expressar sua soberania, santidade e dependência plena do Eterno. 

III. DECORRÊNCIAS PRÁTICAS DA ORAÇÃO-MODELO

1. “O pão nosso de cada dia”: a luta diária contra a auto-suficiência. Jesus nos ensina que, por mais que o homem trabalhe e lute para obter o seu sustento, Deus é o Provedor. Nenhum homem pode ignorar as providências divinas, mesmo que suas posses “garantam” sua manutenção (Dt 11.14,15; 28.12; Mt 5.45). A Bíblia declara que: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono” (Sl 127.2).
Deus conhece todas as nossas necessidades, de modo que não devemos estar inquietos por nossa subsistência (Mt 6,25-32; Sl 37.25; 34.10).
2. Perdão das nossas dívidas. O pecado é uma dívida que o homem contrai para com Deus quando transgride a sua Lei. O Senhor Jesus nos ensina a buscar o perdão do Pai e perdoar os que nos ofendem. Jesus deixa claro que só seremos perdoados por Deus pelas nossas faltas, se perdoarmos os que nos prejudicam: “se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14,15).
3. Livramento do mal. Todo crente está sujeito às tentações e ataques do mal. Todos têm o seu lado frágil e susceptível ao mal de cada dia (Rm 7.15-19; Cl 5.17; Tg 1.14,15; 1 Co 10.12,13); este fato não pode ser negligenciado. Jesus nos advertiu: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14.38). O suprimento diário, o perdão dos pecados e o livramento do mal são decorrências práticas da oração-modelo.
Quando o crente aprende biblicamente como se dirigir a Deus em oração, estando com a sua vida cristã em ordem, passa a ter a certeza de que suas orações serão respondidas. Afinal, as Sagradas Escrituras nos garantem: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).

A oração e seu caráter natural
Mateus 6

“Quando orares, não sejas como os hipócritas (v.5). Como podemos saber se a nossa religião é realmente hipocrisia? Quando é para ser vista pelos homens. É apenas hipocrisia quando as igrejas têm bons coros, exigem pregação de elevado estilo, fazem orações eloqüentes..., mas sem o Espírito. É hipocrisia colocar todas as mercadorias na vitrine, dando a entender que a loja tem grande estoque. É hipocrisia quando a adoração sai da boca para fora; é sinceridade somente se sair do íntimo do coração.
Os hipócritas... se comprazem em orar em pé nas sinagogas (v.5). Muitas vezes, a hipocrisia é tão acentuada nas igrejas que o mundo julga que todos os crentes são hipócritas.

[...] Entra no teu aposento (v.6). É evidente que Cristo não condena a oração nos cultos públicos (Jo 11.41,42; 17.1; At 1.14). Mas, mesmo a oração pública deve ser com ‘a porta fechada’, i.e., com o mundo excluído do coração e em contato com o trono de Deus em espírito. Na maior multidão, o crente pode achar seu ‘quarto de oração’. Mesmo no tempo de tristeza e angústia, é difícil evitar a hipocrisia, mas em secreto é mais fácil orar sem fingimento”.(BOYER, O. Espada Cortante. 2.ed. RJ: CPAD, 2006, p.313). fonte CPAD).


Nenhum comentário:

Postar um comentário

PAZ DO SENHOR

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.