Nazaré geografia e historia
Nazaré
Hebraico נָצְרַת
()
Árabe الناصرة
(an-Nāṣira)
Governo Cidade
Distrito Norte
Coordenadas 32°
42′ N 35° 18′ E
População 64
800[1]
Área metropolitana: 185 000
Jurisdição 14
200 dunams (14,2 km²)
Nazaré (em hebraico: נָצְרַת, transl. Náẓərat,
hebraico tiberiano Nāṣəraṯ, em árabe: الناصرة, transl. an-Nāṣira ou
an-Naseriyye) é a capital e maior cidade do distrito Norte de Israel. Também
funciona como uma capital árabe para os cidadãos árabes de Israel que
constituem a vasta maioria da população local.[2] No Novo Testamento, a cidade
é descrita como local de nascimento da Virgem Maria e onde Jesus passou sua
infância , e por este motivo é um centro de peregrinação cristã, com muitos
santuários celebrando as associações bíblicas.
Índice
1 Etimologia
2 Geografia e população
3 História
3.1 História antiga e evidência arqueológica
3.2 Referências bíblicas
4 Referências extra-bíblicas
4.1 Domínio islâmico
4.2 1947-1948
5 Eventos atuais
6 Economia
7 Esportes
8 Santuários religiosos
9 Pontos de vista contrários
10 Cidades-irmãs
Etimologia
ver também: Gennesaret (Ya-Nezareth)
Há ainda suposições de escritores amadores que
fazem sucesso entre leigos de que nazareno, significando "da vila de
Nazaré", era confundido com "nazireu", que significava um judeu
"separado", que fez um voto de não tocar em cadáveres, não cortar o
cabelo e barba, e de não tocar em uvas nem em seus sub-produtos. Desde o tempo
de Eusébio de Cesareia, porém, até o século XX especula-se que a etimologia de
Nazaré deriva de netser, um "ramo" ou "broto", enquanto o
Evangelho de Felipe (apócrifo) deriva o nome de nazara, que significa
"verdade".[3] Porém, todas essas hipóteses são unanimente
ridicularizadas por acadêmicos especialistas na área, como Bart Ehrman, que já
desmascarou todas tentativas de miticistas dizerem que a cidade não existiu ou
que não tem relação com Jesus Cristo.
Geografia e população
Coordenadas: 32° 42' 07" N 35° 18'
12" E
Um bairro de Nazaré ao pôr-do-sol
A Nazaré moderna está sobre em um platô, a
cerca de 350m acima do nível do mar, situada entre em meio aos montes de 1 600
pés que formam a parte mais ao sul da cadeia de montanhas do Líbano.[4] Está a
cerca de 25 km do Mar da Galileia e a cerca de 9 km a oeste do monte Tabor.De
acordo com o Escritório Central de Estatísticas de Israel, Nazaré tem uma
população de aproximadamente 65 000 (em 2005). A imensa maioria de seus
residentes são cidadãos árabes de Israel, dos quais 31,3% são cristãos e 68,7%
são muçulmanos.[5] Nazaré forma uma área metropolitana com os conselhos locais
de Yafa an-Naseriyye ao sul, Reineh, Mashhad e Kafr Kanna ao norte, Iksal e a
cidade adjacente de Nazaré Illit ao leste e Elot ao oeste. Juntas, elas formam
a região metropolitana de Nazaré, que tem uma população de aproximadamente
185.000, dos quais mais de 145.000 são árabes.
História
História antiga e evidência arqueológica
A pesquisa arqueológica revelou um centro
funerário e religioso em Kfar HaHoresh, a cerca de duas milhas de Nazaré,
datado como tendo aproximadamente 9 000 anos (correspondendo ao período que é
conhecido como Neolítico pré-cerâmica B). Os restos de 65 indivíduos foram
encontrados, enterrados sob imensas estruturas horizontais de pedra, algumas
das quais chegam a 3 toneladas de gesso branco produzido no próprio local.
Caveiras humanas ornamentadas que foram descobertas no local levaram os
arqueólogos a acreditar que Kfar HaHoresh foi um importante centro de culto
naquela era remota.
Chad Emmet é autor de um estudo sociológico
sobre a Nazaré moderna intitulado "Além da Basília: cristãos e muçulmanos
em Nazaré". Este livro tenta "compreender melhor como cristãos e
muçulmanos conseguiram viver juntos por séculos em uma relativa paz, numa
região conhecida por seus conflitos étnicos e religiosos, e determinar até que
ponto eles permaneceram segregados em bairros diferentes de acordo com suas
religiões."[9] Emmet afirma que as escavações arqueológicas na vizinhança
das atuais Basílica da Anunciaão e Igreja de São José revelaram pedaços de
cerâmica da Idade do Bronze (2200 a 1500 a.C.) e artefatos, silos e moinhos da
Idade do Ferro (1500 a 586 a.C.).[9] Entretanto, escavações conduzidas antes de
1931 na área venerada pelos franciscanos não revelaram "nenhum traço de
colonização romana ou grega" ali, e, de acordo com estudos feitos entre
1955 e 1990, nenhuma evidência arqueológica dos períodos assírio, babilônio,
persa, helênico ou do início do período romano foi encontrada. Bagatti, o
principal arqueólogo nos sítios venerados em Nazaré, desenterrou grandes
quantidades de artefatos do final do período romano e do período bizantino,[13]
o que assegura a indiscutível presença humana ali do século II em diante.
Emmet também afirma que "casas e
sepulturas feitas de pedra construídas sobre cavernas, naturais ou escavadas na
rocha, também foram encontradas, e que datariam da era romana (63 a.C. - 324
d.C.)."" No entanto, a afirmação costumeira de que os Nazarenos eram
trogloditas (ou seja, viviam em cavernas) é impossível, pois "as cavernas
da Galileia são úmidas e molhadas de dezembro a maio, e só poderiam ser usadas
durante o verão e o outono."
Finalmente, Emmet afirma que "Sob o
espectro dos dados arqueológicos, especula-se que os primeiros habitantes de
Nazaré possam ter sido os cananeus, depois os israelitas e judeus da
Galileia." De fato, os habitantes da região na Idade do Bronze devem ter
sido cananeus, mas a falta de evidência arqueológica mostra que a presença
israelita na bacia ainda não foi substanciada.
James Strange, um arqueólogo americano,
ressalta que “Nazaré não é mencionada nas fontes antigas judaicas antes do
século III. Isto provavelmente reflete a sua falta de proeminência tanto na
Galileia como na Judeia.”[16] Strange primeiro estimou a população de Nazaré na
época de Cristo como de “aproximadamente 1600 a 2000 pessoas”, e, numa
publicação subsequente, em um máximo de 480 pessoas.Alguns historiadores sugeriram
que a ausência de referências textuais a Nazaré no Velho Testamento e no
Talmude, assim como nas obras de Josefo, sugeririam que uma cidade chamada
'Nazaré' nem mesmo existia nos dias de Jesus.
Muitos autores supõem que a antiga Nazaré foi
construída em uma encosta, como era exigido pelas escrituras: "[E levaram
Jesus] ao topo do monte no qual a cidade fora construída, para que o pudessem
arremessar para baixo" (Lucas 4:29). O monte em questão, no entanto, o
Nebi Sa'in, é muito íngreme para as antigas moradias. Bagatti mostrou, no
entanto, que esta área foi claramente usada para tumbas e trabalhos de
agricultura nas Idades do Bronze e do Ferro, assim como na segunda metade da
ocupação romana.
Na metade dos anos 1990, um lojista chamado
Elias Shama descobriu túneis sob sua loja, próxima ao Poço de Maria em Nazaré.
Os túneis foram identificados como sendo o hipocausto de uma terma. O sítio ao
redor foi escavado nos anos de 1997 e 98 por Y. Alexandre, e os restos
arqueológicos expostos foram estabelecidos como datando dos períodos dos
romanos, cruzados, mamelucos e otomanos.
Uma tabuleta que está atualmente na Biblioteca
Nacional de Paris, datada de 50 d.C., foi enviada de Nazaré para Paris em 1878.
Ela contém uma inscrição conhecida como a "Ordenança de César", que
prescreve a pena de morte para aqueles que violarem tumbas e sepulturas. No
entanto, suspeita-se que esta inscrição tenha vindo de Nazaré de algum outro
lugar (possivelmente Séforis). Bagatti escreve: “Não temos certeza de que ela
foi encontrada em Nazaré, ainda que ela tenha vindo de Nazaré para Paris. Em
Nazaré viviam vários vendedores de antiguidades, que conseguiam material antigo
de diversos lugares.” C. Kopp é mais definitivo: "Deve-se aceitar com
certeza que a [Ordinância de César]... foi trazida ao mercado de Nazaré por
mercadores de fora." Jack Finegan descreve outras provas arqueológicas
relacionadas ao povoamento da região de Nazaré durante as Idades do Bronze e do
Ferro, e acrescenta que "Nazaré era um povoado fortemente judaico no
período romano." A questão crítica agora sob o ponto de vista do debate
acadêmico é de quando no período romano Nazaré veio a existir, ou seja, se os
assentamentos lá começaram antes ou depois do ano 70 d.C. (a Primeira Guerra
Judaica.
Referências bíblicas
Poço de Maria - este santuário, celebrando a
Virgem Maria, é um símbolo de Nazaré localizado em uma antiga fonte.
De acordo com o Novo Testamento, Nazaré era a
terra natal de José e Maria, e o local da Anunciação, quando Maria foi
informada pelo arcanjo Gabriel que teria Jesus como seu filho. Nazaré é também
o local onde Jesus passou parte de sua vida, desde quando voltou do Egito em
algum ponto de sua infância até os seus 30 anos.Em João 1:46, Natanael
pergunta: "Pode algo de bom sair de Nazaré?" O sentido desta questão
tem sido debatido. Alguns analistas sugerem que isto significaria apenas que
Nazaré era muito pequena e pouco importante. Mas outros dizem que a questão não
se refere ao tamanho de Nazaré e sim à sua "bondade". Na verdade,
Nazaré era vista com hostilidade pelos evangelistas, pois os habitantes da
cidade não acreditavam em Jesus (vide Rejeição de Jesus em sua cidade) e «ele
não poderia fazer sua obra poderosa lá» (Marcos 6:5). Em todos os evangelhos
pode-se ler o famoso dito, "Um profeta só não é respeitado em seu próprio
país, entre sua própria gente, e em seu próprio lar" (Mateus 13:57; Marcos
6:4; Lucas 4:24; João 4:44) Em uma passagem, os nazarenos até mesmo tentam
matar Jesus jogando-o de um penhasco (Lucas 4:29). Muitos acadêmicos, desde W.
Wrede (em 1901) notaram que o assim-chamado "segredo messiânico",
através do qual a verdadeira natureza e missão de Jesus passariam despercebidos
por tantos, incluindo seu estreito círculo de discípulos (Marcos 8:27-33; cf.
apenas aqueles para quem o Pai revelar Jesus serão salvos, João 6:65, João
17:6-9 etc.). Assim, a questão de Natanael está consistente com a visão
negativa de Nazaré nos evangelhos canônicos e com o fato de que até mesmo os
irmãos de Jesus não acreditavam nele (João 7:5).
Referências extra-bíblicas
Referências textuais fora da Bíblia não
ocorrem até cerca de 200 d.C., quando Sexto Júlio Africano, citado por Eusébio
de Cesareia[29] ), menciona “Nazara” como sendo uma vila na "Judeia"
e a localiza perto de uma “Cochaba”, até agora não-identificada. Esta curiosa
descrição não bate com a tradicional localização de Nazaré na Baixa
Galileia.[30] Na mesma passagem Africano escreve sobre os desposyni, irmãos de
Jesus, que ele afirma "terem mantido os registros de sua descendência com
grande cuidado". Textos posteriores mencionando Nazaré incluem um do
século X que fala de um certo mártir chamado Conon que teria morrido na
Panfília durante o reinado de Décio (249-251), e declarou em seu julgamento:
"Pertenço à cidade de Nazaré na Galileia e sou parente de Cristo, a quem
sirvo, como meus antepassados fizeram." Este Conon é tido como legendário.
Em 1962 uma inscrição em hebraico descoberta
em Cesareia, datando do final do século III ou início do século IV, menciona
Nazaré como um dos lugares no qual a família de sacerdotes de Hapizés residiu
após a revolta de Bar Kokhba (132-135 d.C.)[33] Dos três fragmentos que foram
encontrados, é possível mostrar que a inscrição era uma lista completa de vinte
e quatro linhagens sacerdotais (cf. I Crônicas 24:7-19; Neemias 11:12), com
cada linhagem (ou família) tendo sido designada sua ordem apropriada e o nome
de cada uma das cidades ou vilas na Galileia onde se assentaram. Um aspecto
interessante dessa inscrição é que o nome de Nazaré não está grafado com o "z"
(como se esperaria dos Evangelhos em grego) mas com o tsade hebraico
("Nasareth" ou "Natsareth").Epifânio escreve em seu
Panarion (c. 375 d.C.) sobre um certo conte José de Tiberíades, um judeu rico,
já de idade avançada, que se converteu ao cristianismo na época de Constantino
I. O conde José afirmava que quando jovem teria construído igrejas em Séforis e
outras cidades habitadas unicamente por judeus Nazaré foi mencionada, embora a
grafia não esteja clara. De qualquer
maneira, Joan Taylor escreve: "É possível concluir agora que existiu em
Nazaré, a partir da primeira parte do século IV, uma igreja pequena e incomum
que abrangia um complexo de cavernas." A cidade foi judaica até o sécuo
VI.
No século VI diversas lendas sobre a Virgem
Maria começaram a despertar interesse no local entre peregrinos, que fundaram a
Igreja da Anunciação no sítio de uma fonte de água fresca, conhecida hoje como
o Poço de Maria. Em 570, o Anônimo de Piacenza relata viagens de Séforis a
Nazaré e se refere à beleza das mulheres hebreias dali, que afirmavam que a
Santa Maria era sua parente, e registra: "A casa de Santa Maria é uma
basílica."
São Jerônimo, escrevendo no século V, diz que
Nazaré era um viculus, uma mera vila. A cidade judaica lucrava com o comércio
gerado pela peregrinação cristã que começou no século IV, mas as hostilidades
anticristãs latentes eclodiram em 614, quando os persas invadiram a Palestina.
Naquela época, os habitantes judeus de Nazaré ajudaram os persas a matar os
cristãos da terra. Quando o imperador bizantino Heráclio expulsou os persas da
Palestina em 630, escolheu Nazaré para uma punição especial. Neste momento a
cidade deixou de ser judia.
Domínio islâmico
A conquista muçulmana da Palestina no ano de
637 d.C. durante o início do período medieval eventualmente levou à Primeira
Cruzada, que começou com um longo período de conflitos. O controle sobre a
Galileia e Nazaré mudou frequentemente de mãos durante este período, com o
impacto subsequente na constituição religiosa da população.No ano de 1099 o
cruzado Tancredo capturou a Galileia e estabeleceu sua capital em Nazaré. A
antiga diocese de Citópolis foi transferida para o Arcebispo de Nazaré. A
cidade voltou ao controle muçulmano em 1187, depois da vitória de Saladino na
Batalha de Hattin.
O controle cristão da área foi retomado em
1229 como parte dos eventos da Sexta Cruzada, mas terminou em 1263 com a
destruição de todos os prédios cristãos pelo sultão Baibars e a expulsão da
população cristã até que Fakhr-al-Din II permitisse o seu retorno em 1620.
1947-1948
Loja de recordações próxima à Basílica da Anunciação
Nazaré estava no território designado ao
estado árabe de acordo com o Plano das Nações Unidas para a partilha da
Palestina[42] A cidade não se tornou um campo de batalha durante a Guerra
árabe-israelense antes da primeira trégua em 11 de junho, embora alguns dos
habitantes tivessem aderido aos desorganizados exércitos camponeses de
resistência, e tropas do Exército Árabe de Liberação entraram em Nazaré.
Durante os dez dias de batalha que ocorreram entre a primeira e a segunda
tréguas, Nazaré se rendeu a tropas israelenses em 16 de julho de 1948, durante
a Operação Dekel, oferecendo apenas uma resistência mínima. A rendição foi
formalizada em um acordo escrito, no qual os líderes da cidade concordaram em
cessar as hostilidades em troca de garantias dos oficiais israelenses,
incluindo o Comandante de Brigadas, Ben Dunkelman, líder da operação, de que
nenhum dano seria infligido aos civis da cidade. Algumas horas mais tarde o
Ramatcal Chaim Laskov ordenou a Dunkelman que evacuasse a população civil de
Nazaré. Dunkelman se recusou a obedecer estas ordens. Em grande contraste com o
que ocorreu nas cidades vizinhas, os habitantes árabes de Nazaré nunca foram
expulsos.
Eventos atuais
Os preparos para a visita do Papa a Nazaré no
ano 2000 despertou tensões altamente divulgadas com relação à Basília da
Anunciação. A permissao concedida em 1997 para a construção de uma praça
pavimentada que pudesse receber os milhares de peregrinos cristãos esperados na
ocasião do novo milênio causou protestos entre os muçulmanos e a ocupação do
lugar sugerido para a praça, considerado como a sepultura de um sobrinho de
Saladino. O local era a sede de uma escola construída sob o domínio otomano;
chamada de Al-Harbyeh (que significa 'Militar' em árabe), a escola era
recordada por muitos dos habitantes mais antigos de Nazaré, e em seu sítio
continuavam a funcionar o santuário de Shihab-Eddin e diversas lojas de
propriedade da waqf (entidade que administra as propriedades da coletividade
islâmica).
A discussão inicial entre as diferentes facções
políticas da cidade (representadas no concelho local) girava em torno de onde
as fronteiras do santuário e das lojas começariam e onde terminariam. A
aprovação inicial do governo de planos subsequentes para a construção de uma
grande mesquita no local gerou protestos dos líderes cristãos ao redor do
mundo, que continuaram depois da visita papal. Finalmente, em 2002, uma
comissão especial do governo interrompeu permanentemente a construção da
mesquita.[44] [45] Em março de 2006 protestos públicos que se seguiram à
interrupção de uma missa de Quaresma por um judeu israelense e sua mulher e
filha cristãs detonaram aparatos incendiários dentro da igreja[46] , e
demoliram um muro temporário que havia sido ereto em torno da praça pública,
terminando assim toda a controvérsia mas esta nunca desapareceu totalmente.
Em 19 de julho de 2006 um foguete lançado pelo
grupo militante xiita libanês Hizbollah como parte da Segunda Guerra do Líbano
matou duas crianças em Nazaré. Nenhum dos lugares santos foram danificados.
Um grupo de homens de negócio cristãos
declarou em 2007 seus planos de construir a maior cruz do mundo (60m de altura)
em Nazaré para celebrar a cidade da infância de Jesus Cristo.[48]
O time de futebol de Nazaré, Maccabi Akhi
Nazareth, joga na Liga Artzit.
Economia
Em 2011, Nazaré teve mais de 20 empresas
árabes de propriedade de alta tecnologia, principalmente na área de
desenvolvimento de software. De acordo com o jornal Haaretz a cidade tem sido
chamada de "Vale do Silício da comunidade árabe", tendo em conta o
seu potencial neste domíniosrael Military Industries emprega "cerca de
300" pessoas em Nazaré para a fabricação de munições.
Esportes
Principal clube de futebol da cidade, Ahi
Nazareth, atualmente joga na Liga Leumit, a segunda divisão do futebol
israelense. O clube passou duas temporadas no primeira divisão, na temporada de
2003-04 e novamente em 2009-10. Eles são baseados no Ilut Stadium na cidade
vizinha Ilut. Outros clubes locais são Al-Nahda Nazaré, atualmente joga no Liga
Bet, Beitar al-Amal Nazaré, Hapoel Bnei Nazaré e Hapoel al-Ittihad Nazaré todos
jogam na Liga Gimel.
Santuários religiosos
O minarete da Mesquita Branca e a torre do
relógio ao lado da Igreja da Anunciação, vistos do Velho Mercado de Nazaré
Em Nazaré estão inúmeras igrejas, que são suas
principais atrações turísticas. As mais importantes celebram eventos bíblicos.A
Igreja da Anunciação é a maior do Oriente Médio. De tradição católica
apostólica romana, ela assinala o lugar onde o arcanjo Gabriel teria anunciado
o nascimento vindouro de Jesus à Virgem Maria (Lucas 1:26-31).A Igreja Ortodoxa
construiu a Igreja de São Gabriel sobre um sítio alternativo da Anunciação.A
Igreja Greco-Católica Melquita é proprietária da Igreja Sinagoga, localizada
sobre o sítio da sinagoga onde, de acordo com a tradição, Jesus pregou.A Igreja
da Carpintaria de São José ocupa o local onde a tradição diz que funcionava a
oficina de José.
A Igreja Mensa Christi, gerida pela ordem
religiosa dos franciscanos, celebra o lugar onde Jesus teria feito sua refeição
com os apóstolos após a ressurreição.A Basílica de Jesus Adolescente, gerida
pela ordem religiosa dos salesianos, ocupa um morro próximo à cidade.
Pontos de vista contrários.
Alguns historiadores colocaram em dúvida a
tradicional associação da cidade com a vida de Jesus, sugerindo que o que era
originalmente um título, Nazareno, acabou se transformando no nome de sua
cidade natal. Alfred Loisy, por exemplo, em O Nascimento do Cristianismo,
afirma que Iesous Nazarene não significava "de Nazaré", mas sim que
seu título era "Nazareno".
Além isso, existem indicações bíblicas de que
Nazareno foi uma tradução imprecisa de "nazarita", uma pessoa que
havia feito um voto de santidade e, assim, se separava das massas. Mateus 2:23
afirma sobre Jesus que "E ele veio e morou numa cidade chamada Nazaré:
para que se cumpra o que foi dito pelos profetas, Ele será chamado de
Nazareno." Como não existem menções anteriores a 'Nazaré' nas Escrituras,
diversas bíblias de referência sugerem que a profecia citada neste versículo
está se referindo ao versículo do Livro dos Juízes que descreve Sansão como um
nazarita.
Frank Zindler, editor da American Atheist
Press, afirma que Nazaré não existia no século I Seus argumentos incluem:
Nenhum "historiador ou geógrafo da Antiguidade
menciona Nazaré antes do início do século IV."Nazaré não é mencionada no
Antigo Testamento, no Talmude, nem nos Evangelhos apócrifos ou na literatura
rabínica.Nazaré não foi incluída na lista de lugares colonizados pelas tribos
de Zebulom (Josué 19:10-16), que menciona doze cidades e seis aldeias.Nazaré
não consta entre as 45 cidades da Galileia mencionadas por Josefo (37-100
d.C.).Nazaré também não se encontra entre as 63 cidades da Galileia mencionadas
no Talmude.O ponto de vista de Zindler é historicamente plausível se Nazaré
tiver vindo a existir na mesma época em que o os Evangelhos do Novo Testamento
estivessem sendo escritos e redigidos. A maioria dos estudiosos situa esta
atividade literária entre as duas guerras judaicas (70-132 d.C.).
Fonte WIKIPEDIA.
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