ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 2 - Revista Betel
Os Perigos da Febre das Redes Sociais
10 de abril de 2016
Texto Áureo
“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”.
Is 55.6
Verdade Aplicada
Não podemos permitir que nada seja mais suficiente para nós do que uma
vida verdadeiramente em Cristo.
Textos de Referência.
Salmos 128.1-6
1 Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos.
2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
3 A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os
teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
4 Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.
5 O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em
todos os dias da tua vida.
6 E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.
Introdução
Nos últimos anos, as redes sociais se transformaram no maior meio de
contato virtual. Porém, também contribuíram para o afastamento de muitos do seu
convívio social. Abordaremos nesta lição este polêmico, mas real, tema.
1. O começo de tudo.
O conceito de redes sociais teve seu início na segunda metade dos anos 90
do século XX com a criação dos chamados chats de bate papo. As pessoas
começaram a se relacionar via Internet e a se conhecerem virtualmente. Em
meados de 1995, foi criado o Mirc, site com a proposta de colocar as pessoas em
contato através da rede mundial de computadores. A partir daí, foi dada a
largada ao que chamamos de relacionamentos virtuais. O Mirc viria a ser
substituído no início da década seguinte pelos chamados mensageiros
instantâneos, como o MSN.
1.1. As primeiras redes sociais.
Ao contrário do que muitos pensam, as redes sociais, como conhecemos
hoje, não são algo novo, elas também tiveram as suas primeiras inserções na
rede em meados de 1990. Na segunda metade da década, surgiu aquele seria
considerado o precursor do Instagram, o Fotolog. Assim como a popular rede
social de hoje, o Fotolog era utilizado para postagens de fotos com pequenos
textos e também começava a tornar popular aqueles que criavam o seu perfil
naquela rede. Nesta época, surgiram também o Flogão e ainda as páginas pessoais
gratuitas, como Geocities, HPG e Kit Net. A grande diferença hoje é a exposição
instantânea, devido ao acesso acelerado dos smartphones e à internet móvel.
1.2. Adolescentes e uma opção contra timidez.
Ainda falando dos anos noventa, podemos destacar que a grande novidade
desta época eram as salas de bate-papo, pois elas proporcionavam contato rápido
com parceiros virtuais. Isso foi uma grande oportunidade para adolescentes
tímidos que tinham dificuldade de se relacionar, principalmente com
adolescentes do sexo oposto, Em 1996, surgiu o ICQ que, em menos de uma ano, já
contava com mais de um milhão de usuários, se tornando o veículo de mensagem
rápida preferido desta faixa etária de internautas. O ICQ se manteve na
liderança até o inicio dos anos 2000, depois de conquistar cerca de 160 milhões
de usuários, quando perdeu a primazia para o MSN.
1.3. Influenciando comportamentos.
Ao longo das últimas três décadas, o comportamento humano vem sendo
modificado pela influência deste tipo de acesso à Internet. Enquanto, foi na
primeira década do século XXI que a exposição virtual apresentou um maior
impulso. Em 2004, chegou à rede aquele que seria o grande inovador do conceito
de rede social, o outrora maior site de relacionamento da Web, o Orkut. Este
site, durante 10 anos, dominou o inconsciente dos internautas, tendo sido
extinto pelos seus criadores em setembro de 2014, pela vertiginosa perda de
espaço para redes que ofereciam melhores opções de acesso: o Twiter e o
Facebook.
2. O bem e o mal.
Nosso estudo não tem a intenção de demonizar nem a Internet, nem as redes
sociais, mas mostrar o que de bom e ruim temos tanto em uma, quanto em outra,
já que essas têm servido de maneira satisfatória à pregação do Evangelho. O
problema está no exagero.
2.1. A infelicidade nas redes sociais.
Pesquisas realizadas por universidades através do mundo comprovam que o
tempo de exposição às redes sociais vem causando infelicidade em muitos
indivíduos. Alguns usuários têm se desesperado em busca de atenção nas redes e
são capazes de divulgar os mais terríveis posts em busca de curtidas. Fotos
extravagantes, e até mesmo íntimas, têm povoado a timeline (linha do tempo) de
muitos internautas. Só isso já é suficiente para refletirmos sobre que tipo de
valores têm permeado a nossa família e sociedade.
2.2. Comunhão com Deus em risco.
Pesquisas comprovam que os brasileiros chegam a passar 4 horas
diariamente nas redes sociais. Isso tem sido tremendamente nocivo para o seu
crescimento individual, pois, quando confrontados acerca do porquê não estudar
ou esforçar-se mais em busca de uma melhora profissional, muitos alegam falta
de tempo. Esse tempo cedido às redes sociais pode, inclusive, afetar o
crescimento espiritual. Parte desse tempo poderia ser utilizado com a meditação
da Palavra e contemplação das bênçãos recebidas do Senhor. O texto de Isaías
55.6 nos adverte a buscar o senhor enquanto está perto. O uso exagerado das
redes sociais promove o nosso afastamento de Deus, afetando a nossa comunhão
com Ele.
2.3. O risco das invasões de perfis.
Uma vida de fantasia tem levado muitos indivíduos a um estado de
depressão. Geralmente, quando descobrem algumas farsas plantadas por sites
inescrupulosos, ou então têm suas intimidades expostas por pessoas que outrora
tinham com íntimas, passam a ter uma vida reclusa, com medo da discriminação da
sociedade. Esse tipo de atitude, a exposição de intimidades, tem se
multiplicado, causando a infelicidade de muitos usuários, pois inocentes têm
tido seus perfis invadidos. A invasão de perfis tem sido responsável por muitas
desavenças. Ao acessar a rede, os menos avisados podem se tornar presas fáceis
para invasores, que irão utilizar seus perfis para fins promíscuos, como
divulgar pornografia infantil, por exemplo.
3. Lições práticas.
O uso contínuo das redes sociais vem, ao longo do tempo, comprometendo os
relacionamentos. Hoje em dia, temos um número sem fim de amigos nas redes, mas
com quantos poderíamos contar em caso de real necessidade?
3.1. Um novo conceito de amizade.
As redes sociais criaram um novo conceito acerca de amizade. Hoje, muitas
amizades são pautadas em relacionamentos superficiais, os quais não oferecem
nenhuma segurança. Em busca de amigos virtuais acabamos por perder a amizade de
Jesus, o nosso melhor amigo (Jo 15.15).
3.2. O comprometimento do casamento.
Muitas crises conjugais têm sido atribuídas às redes sociais. “Amizades”
entre homens casados e moças solteiras têm causado muitas brigas entre casais.
O esfriamento do contato com o cônjuge também tem sido a reclamação de muitas
pessoas, principalmente as mulheres, que se sentem abandonadas por seus
esposos. A Bíblia ensina que o homem deve deixar pai e mãe e unir-se a sua
mulher, fazendo com ela uma só carne (Gn 2.24; Mc 10.7; Ef 5.31). Então, por
que não deixar um pouco de lado os relacionamentos virtuais e valorizar o
casamento, que Deus criou para realização de seu maior projeto: a família? Em
muitos casos, vemos a atenção aos filhos sendo negada em favor de uma vida
voltada para o contato diário nas redes. Lembre-se de que os filhos são herança
do Senhor e o cuidado deles é o nosso compromisso (Sl 127.3).
3.3. O regate da perda.
Podemos ter acesso a todas as coisas, entretanto não podemos nos deixar
dominar por elas (1Co 6.12). Quando percebermos que o uso das redes sociais
está fugindo do nosso controle, invadindo a nossa privacidade, afastando do
nosso cônjuge e da nossa família, devemos imediatamente buscar o amadurecimento
do fruto do Espírito, que nos garantirá o retorno a uma perfeita comunhão com o
Senhor e esse retorno resgatará o que tivermos perdido.
Conclusão.
Muitos relacionamentos têm sofrido pelo mau uso dos meios de comunicação,
contudo, pudemos observar que existem meios de controlar esse uso e nos
mantermos ligados à modernidade, sem nos afastar do que realmente tem valor
para o homem: Deus e a família.
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