ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 5 - Revista Betel
O Amor Puro e Insondável, Proveniente de Deus
01 de maio de 2016
Texto Áureo
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo
o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo. Lucas 10.27
Verdade Aplicada
Demonstrar amor nem sempre é suficiente, importante é como
você ama.
Textos de Referência
1Coríntios 13.1, 3, 4, 6 e 7
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e
não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para
sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e
não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é
invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece,
6 não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Introdução
A primeira característica do fruto do Espírito Santo que
estudaremos é o amor na ótica humana, mas o amor insondável de Deus e Sua
manifestação na vida do homem.
1. Amor: um dom divino
Para se oferecer amor, é necessário que tenha sido de alguma
forma recebido por nós ou gerado em nós. A característica do fruto do Espírito
conhecida como amor é gerada por Deus e cultivada por nós para que possamos
distribuí-la em nossos relacionamentos.
1.1. O amor identifica o servo de Cristo
A primeira característica do fruto destacado por Paulo foi a
caridade. Em muitas versões, aparece como amor, pois, em sua colocação, Paulo
escolheu a palavra “ágape” para identifica-la, Isto quer dizer que caridade é o
amor puro e insondável de Deus. Quem desenvolve esta característica busca o bem
de todos sem nada querer em troca (Ef 5.2). O amor já tem em si ferramentas
para fazer com que o indivíduo seja identificado como uma pessoa tocada de alguma
forma pelo poder de Deus. Tal característica faz com que o indivíduo aja como
um verdadeiro servo de Cristo.
1.2. Amor, essência do Evangelho
Em sua primeira carta aos Coríntios, Paulo dedica um
capítulo em especial para definir o que é o amor. Em suas palavras, o apóstolo
apresenta dezesseis qualidades que são acrescidas por quem desenvolve o amor.
Poderíamos aqui definir cada uma delas que se encontram na epístola no capítulo
13, do versículo 4 até o 8, entretanto, queremos apenas deixar claro que, sendo
o amor a essência do Evangelho (Mc 12.30-31), ao desenvolvê-lo, o indivíduo
terá a oportunidade de ter uma vida abundante em Cristo. Viver em amor é o
produto de uma vida santa não contaminada por situações que interferem na nossa
intimidade com o Criador.
1.3. Amar pregando o Evangelho
O amor nos livra da necessidade de buscar por informações
externas que, em muitas vezes, nos assustam com imagens violentas que
demonstram como o mundo está morto no maligno. As imagens produzidas pelo
maligno ferem os princípios do amor, pois visam em todo o tempo colocar temor
em nossos corações, tentando nos afastar do real propósito de Deus para nossas
vidas, que é anunciar o Evangelho. O que devemos fazer é demonstrar amor
através da pregação da Palavra, para que os que estão aprisionados por Satanás
possam vir a ter o conhecimento da verdade e assim alcancem a graça salvadora
de Jesus Cristo.
2. Compartilhando o amor
O fruto do Espírito está dividido em três seções. O amor
está incluído na seção que se refere ao homem consigo mesmo. Desta forma, para
o indivíduo amar, é necessário que esteja em harmonia pessoal. O amor só pode
ser compartilhado por quem ama a si próprio (Mt 22.39).
2.1. Relacionamentos comprometidos
O amor é a base dos relacionamentos, seja ele amoroso,
familiar ou de amizade. Hoje temos visto essas relações se esfriarem devido ao
uso indiscriminado dos meios tecnológicos. Basta observarmos os lugares
públicos que veremos muitos casais, que antes estariam conversando, ou até
mesmo trocando carinhos, focados em seus aparelhos eletrônicos. Este tipo de
comportamento também tem invadido muitas residências onde as famílias não se
comunicam como antes. Alguns dos membros estão diante da TV, outros no
computador e outros ainda em tabletes e smartphones. A troca de informações e
os momentos em volta da mesa são cada vez mais raros.
2.2. O esfriamento do amor
Em suas palavras, Jesus nos deixou uma grave advertência. O
texto de Mateus 24.12 se refere, em especial, aos falsos profetas que haviam de
surgir quando o fim se aproximasse. Logo, não é surpresa para quem conhece a
Palavra de Deus os muitos acontecimentos que temos presenciado. Violência,
morte e destruição não são mais nenhuma novidade. Contudo, temos percebido que
a mídia tem trabalhado sem pestanejar para criar um sentimento de insegurança
em meio à sociedade, com o desejo de colocar pânico, produzindo corações
amedrontados. É impossível que um coração amedrontado produza amor. A
proliferação da iniquidade tem sido, em sua maioria, disseminada pela mídia,
que tem funcionado como falso profeta.
2.3. Difundindo o verdadeiro amor
Muitos pensam que é impossível expressar o amor de maneira
verdadeira. No entanto, podemos declarar que se o indivíduo experimentar a ação
de um amor verdadeiro, ele poderá sim transferir este amor a outrem, criando
assim uma corrente positiva de boas ações e boas notícias. Enquanto o diabo
trabalha produzindo notícias ruins, o amor personificado, que é Cristo, produz
em nós o desejo de fazer o bem sem nenhum interesse (1Co 13.5)). Se não
estivermos livres de todo sentimento mal, nem as nossas ofertas serão aceitas
pelo Senhor (Mt 5.23-24). Uma vida de bem-aventuranças dependerá também de uma
vida devotada em espalhar o amor. O amor é a base para o início de uma vida
frutífera nas mãos do Senhor.
3. Lições práticas
Toda atitude grandiosa tem que passar por um filtro. O servo
do Senhor deve em tudo viver uma vida espiritual, mas deve também ter uma
relação racional com o Criador (Rm 12.1). Quando conseguimos perceber o
propósito de Deus para nossas vidas, passamos a entender o quanto amar é
necessário. A paixão é irracional, mas o amor é totalmente racional, porque é
dom de Deus.
3.1. Os benefícios do amor
Na sua primeira carta aos Coríntios, Paulo nos mostra a
excelência do amor (1Co 13), enquanto, em sua primeira carta, João nos
apresenta os benefícios do amor (1Jo 4.9-19). No texto descrito por João,
aprendemos o que nos é dado por Deus através do amor por Ele expressado em
Cristo. Entretanto, o texto nos adverte que não adianta receber tanto se não
estivermos dispostos a dividi-los com aqueles que estão próximos a nós (1 Jo
4.20-21).
3.2. A prova do amadurecimento
Quando aceitamos a Cristo, conhecemos o fruto do Espírito.
Este nos é dado de maneira graciosa, a fim de que tratemos do seu
amadurecimento. Nenhum fruto que não está maduro é saboroso o suficiente para
ser consumido, sendo assim, fica claro o tamanho da nossa responsabilidade.
Cada característica do fruto tem um valor próprio e especial. O amor é
imprescindível para que sejamos saudáveis no corpo, na alma e no espírito. Para
termos uma vida verdadeiramente saudável, devemos tratar de maneira especial do
amadurecimento do fruto do Espírito Santo em nós. Ao doarmos amor, provamos que
estamos andando no Espírito (Gl 5.25) e isto mostra que o fruto está em
processo de amadurecimento.
3.3. Ganhando almas pelo amor
Em meios aos muitos apelos midiáticos nos quais está
mergulhado o mundo, aquele que recebeu o fruto do Espírito Santo deve proceder
de maneira inteligente, não se deixando envolver inadvertidamente por tais
apelos, pois estes certamente irão desviá-los do propósito escolhido. O projeto
do Criador é que alcancemos o maior número possível de almas. Através do amor
de Deus personificado em nós, certamente apresentaremos um sem número de salvos
ao Pai.
Conclusão
Devemos valorizar ainda mais o desenvolvimento do amor,
característica do fruto do Espírito, em nós a doação do mesmo a todos que estiverem
ao nosso alcance. A melhor maneira para fazermos isso é abandonando os novos
costumes que nos têm sido impostos pelo uso inadequado da tecnologia.
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