SUBSIDIO CPAD
JOVENS MATRIMONIO (3)
Êxodo 34.14-16; 2 Coríntios 6.14-18.
Êxodo 34
14 - Porque te não inclinarás diante de outro deus;
pois o nome do Senhor é Zeloso; Deus zeloso é ele;
15 - para que não faças concerto com os moradores
da terra, e não se prostituam após os seus deuses, nem sacrifiquem aos seus
deuses, e tu, convidado deles, comas dos seus sacrifícios.
16 - e tomes mulheres das suas filhas para os teus
filhos, e suas filhas, prostituindo-se após os seus deuses, façam que também
teus filhos se prostituam após os seus deuses.
2 Coríntios 6
14 - Não vos prendais a um jugo desigual com os
infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem
a luz com as trevas?
15 - E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou
que parte tem o fiel com o infiel?
16 - E que consenso tem o templo de Deus com os
ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles
habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
17 - Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz
o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei;
18 - e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim
filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso..
Há muitas coisas na vida nas quais você não pode
exercer seu direito de escolha, como por exemplo a família, ninguém escolhe em
que lar irá nascer. Todavia, Deus é tão maravilhoso que nos permite decidir com
quem formaremos uma nova família. Isto é um presente concedido pelo nosso
criador e como todo presente, podemos fazer com ele o que desejarmos. Rejeitá-lo
ou aceitá-lo, aproveitá-lo o máximo possível, ou ainda dá-lo para outra pessoa.
Esta é a segunda decisão mais importante da nossa vida — a primeira é aceitar a
Jesus como Salvador — e, portanto, deve ser feita com muito cuidado, e obedecer
a alguns critérios: A pessoa possui um compromisso firme com Deus? As
diferenças socioeconômicas são perfeitamente conciliáveis? Feito isso, os
propósitos traçados por Deus para o casamento, que é um processo contínuo e
dinâmico de adaptação e aperfeiçoamento conjugal, como a felicidade do casal, o
companheirismo, a intimidade, a origem de novos lares, a vitaliciedade e o
testemunhar de Cristo serão plenamente atingidos.
ORIENTAÇÃO
Leve uma corda para a sala de aula. Solicite a
colaboração de dois voluntários. Pegue a corda, amarre uma ponta na cintura de
um aluno e a outra ponta na do outro. Depois peça que eles permaneçam lado a
lado. Ao seu sinal, eles deverão andar para direções opostas. Todos observarão
que é impossível saírem do lugar desta maneira. Depois escreva no quadro de giz
a seguinte sentença: “Os opostos se atraem”. Agora discuta com sua turma.
introdução
A família é a unidade básica do gênero humano,
instituída por Deus no Éden, a partir do marido e da mulher (Adão e Eva), como
meio de propagação da raça humana. Em resumo, é o conjunto de pessoas unidas
por laços de parentesco, partindo do casamento. Quando Deus estabeleceu a
família, também designou um local apropriado para que o primeiro casal
constituísse o seu lar, que é o ambiente onde mora a família. A comunidade,
desde a menor até à metrópole, depende do lar para a sua existência; por isso,
quando o lar fracassa e se desmorona, a comunidade torna-se um caos.
I. NAMORO
1. Definição do termo. Namorar é literalmente
“despertar amor em alguém”. O termo é uma redução ortográfica do verbo
enamorar. Namoro, no sentido sério, é uma fase de conhecimento social e amoroso
entre um homem e uma mulher que pretendem se casar.
2. Namoro de verdade. É evidente que estamos a
tratar de namoro responsável, de compromisso, de duas pessoas que estão com o
propósito de casar e estabelecer uma família. Não estamos a falar aqui de duas
pessoas irresponsáveis, imaturas e compulsivas, que encaram o namoro como um
passatempo sem propósito; uma aventura passional, fruto de compulsão, de uma
febre, de imitação.
3. O namoro hoje. O namoro hoje está ocorrendo
quase todo fora do lar e infelizmente deixou de ser romântico e doméstico. Por
isso, quase não há mais namoro realmente afetivo, e sim de motivação
instintiva; logo, há tanto envolvimento sexual no namoro hoje.
II. O JUGO DESIGUAL NO NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO
(2Co 6.14)
Não está dito “o jugo”, como se fosse um só, mas
“um jugo”. Jugo é um implemento de trabalho, tipo canga, que se unem os bois
para puxarem o arado ou o carro. O “jugo desigual” do qual fala o texto
bíblico, ocorre quando se coloca no mesmo jugo animais de espécies diferentes,
o que é proibido na lei de Deus (Dt 22.10; Lv 19.19). Esses animais são também
diferentes no tamanho, na altura, no passo, na força, na alimentação etc. Em 2
Coríntios 6.14-17, a Bíblia, usando o termo jugo figuradamente, apresenta lições
práticas preventivas para a vida do crente, a fim de que este evite a
antibíblica e pecaminosa comunhão com o descrente. Este pode tornar-se
“bonzinho” e até mesmo “quase crente” para conquistar o pretendente ao namoro,
mas jamais mudará de vida, como está escrito em João 3.3,5 e 2 Coríntios 5.17.
1. Jugos desiguais na vida. Alguns desses casos
podem não parecer jugos desiguais agora, mas se não forem evitados hoje no
namoro e no noivado, eles levarão a um casamento problemático, indesejável e
infeliz.
a) O jugo desigual da fé, da religião e da igreja.
A ordem divina contrária é bem clara em textos como Deuteronômio 7.3,4; Esdras
9.2,12; Neemias 13.25. A doutrina bíblica é esclarecedora: “Casar com quem
quiser, contanto que seja no Senhor” (1Co 7.39). O namorado incrédulo não tem
compromisso com a doutrina bíblica, com a vontade de Deus, com a santidade, com
a pureza de atitudes.
b) O jugo desigual do caráter. Quando lemos Mateus
5.13,14 e Filipenses 2.15; 4.8, temos a certeza de que o caráter cristão não se
coaduna com o caráter tortuoso de quem não teme a Deus.
c) O jugo desigual da idade. Se a diferença de
idade é descabida, absurda e inadmissível, num curto prazo isso se transformará
num jugo entre os dois. A idade, no seu devido tempo, afeta na pessoa as suas
emoções, a cosmovisão da vida, o comportamento social, a vitalidade, a
mentalidade, etc.
d) O jugo desigual socioeconômico. Não parece, mas
se isso não for amplamente abordado no devido tempo, pode tornar-se um jugo,
como a disparidade na escolaridade, feitio da personalidade, status social,
doença crônica ou preexistente, estado civil pré-matrimonial, etc.
e) O jugo desigual e suas consequências nos filhos
amanhã. Em Neemias 13.23-26, vemos os males resultantes do casamento de crente
com incrédulo recaírem sobre os filhos. Eles perderam a sua identidade como
povo do Senhor.
III. NOIVADO
É a fase de preparação para o casamento. Nos tempos
bíblicos, o noivado já era a primeira fase do casamento, e portanto não podia
ser desfeito banalmente como hoje. Enquanto noivos, antes das bodas, o rapaz e
a moça residiam normalmente com os seus pais, sem qualquer envolvimento sexual.
1. A escolha do futuro cônjuge. A primeira escolha
mais importante de toda nossa vida é a de aceitar a Jesus como nosso Salvador e
Senhor. A segunda é a de um cônjuge, para juntos compartilharmos a jornada da
vida. Isso dá uma ideia da inestimável importância do casamento para quem o
leva a sério. Uma escolha malfeita terá más consequências pelo resto da vida, a
menos que o casal recorra a Deus.
2. O lado espiritual da escolha. “Do Senhor vem a
mulher prudente” (Pv 19.14). Para uma acertada escolha é preciso depender de
Deus, que conhece todas as coisas e pessoas. Isso é válido para o homem e para
a mulher (Ver Gênesis 24, todo o capítulo). Buscar a Deus, de coração e sem
reservas, é o primeiro passo nesse sentido.
3. O lado humano e pessoal da escolha. “O que acha
uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor” (Pv 18.22).
Achar é resultado de uma procura; é a parte humana neste assunto.
4. O noivado em si. Os noivos deverão a todo custo
buscar aconselhamento pré-marital na igreja, sob a forma de curso ou reuniões
específicas para isso, e também conversar com o pastor da igreja sobre o
assunto. Isso feito com oração e propósito dos noivos de viverem nos caminhos
do Senhor, conforme Efésios 5.21-33; 6.1-4 muito ajuda na estabilidade e
felicidade do casamento.
IV. CASAMENTO
O casamento é uma instituição social de origem
divina, fundada no princípio da raça humana, para dar origem e sustentação à
família (Gn 2.22-24; Mt 19.4-6). Quanto ao ato, o casamento é um concerto, ou
aliança, feito entre pessoas de sexos opostos — diante de Deus, da família, da
igreja — de serem marido e mulher enquanto viverem (Ml 2.14).
1. O casamento — a fase de união. É a fase da união
dos noivos. O bom casamento é mais do que uma união de corpos; é uma comunhão
plena de duas pessoas por amor. “Unir-se-á à sua mulher” (Gn 2.24; Mt 19.5). Um
bom casamento deve ser também a união de duas famílias.
2. O casamento — um estado digno e honroso (Hb
13.4). Isto acha-se também em Salmos 107.41; Efésios 5.31. O fato de Jesus
comparecer a uma festa de casamento em Caná da Galileia, e ali realizar o seu
primeiro milagre, muito dignifica o casamento.
3. O casamento — uma mudança de vida. O casamento
como Deus o instituiu não muda nunca.
a) Gênesis 2.24. O casamento na sua gênese.
“Deixará o homem seu pai e sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão os dois
uma só carne”. Casar é passar a viver independente dos pais.
b) Mateus 19.5. O casamento nos dias de Cristo. O
texto bíblico inicial não mudou nada. Casar é viver a dois indissoluvelmente.
c) Efésios 5.31. O casamento nos dias da Igreja. O
texto bíblico inicial de Gênesis 2.24 em nada mudou, no sentido de tornar-se,
vir a ser. Casar é um processo contínuo e dinâmico de adaptação e
aperfeiçoamento conjugal. Quando da criação do ser humano, de um só (Adão),
Deus criou os dois (Adão e Eva); no casamento, Deus, dos dois quer fazer um.
4. Propósito de Deus para o casamento. Alguns dos
propósitos de Deus no casamento:
a) Felicidade em geral do casal. “Bem-aventurado”
(Sl 128.2); “seja bendito” (Pv 5.18a); “goza a vida” (Ec 9.9).
b) Companheirismo, intimidade e complementação
mútua do casal (Gn 2.18,24; 1Co 11.11).
c) Dar origem a novos lares. Novas famílias para a
preservação da raça humana (Mt 19.5).
d) Vitaliciedade (Mt 19.6).
e) Testemunhar de Cristo e da sua Igreja (Ef
5.31,32).
Sempre que alguém da família está debilitado
espiritualmente, toda a família sofre. O “jugo desigual”, tanto no namoro,
noivado e casamento quanto em outras áreas de amizade, traz desequilíbrio à
vida cristã individual e familiar. Que ninguém pense em ser feliz na vida em
família, sem atentar para as normas bíblicas do Criador que a instituiu.
“A nossa mensagem é dirigida especialmente aos
jovens que pretendem constituir um lar. Começamos pelo período do noivado, que
é tempo certo para o lançamento das bases para o enlace matrimonial. Passaremos
agora a uma série de recomendações que podem constituir pré-requisitos para um
casamento feliz:
a) Vida de oração — Os noivos devem orar muito a
Deus, reservar tempo a esse exercício sagrado, ao invés das horas de
aproximação excessiva...
b) Certos da vontade do Senhor — Antes da decisão,
devem ter certeza de que o casamento é a vontade de Deus...
c) Firmeza de propósitos — Devem possuir firmeza de
propósitos quanto a obediência à sã doutrina, na direção do Espírito Santo...
d) Proteção à integridade do casamento — Os jovens
que se amam e se respeitam não serão egoístas, pois visarão à felicidade e ao
bem-estar um do outro. Cada um fará a sua parte para proteger a integridade do
casamento, sabendo que, ao se tornarem marido e mulher, terão toda a liberdade.
e) Domínio em todas as circunstâncias — Devem conservar-se
sem culpa diante de Deus. Um casamento pode chegar à ruína se os contraentes
levarem para ele o peso de culpa, por causa das liberdades que mantiveram antes
ou durante o noivado. Tais comportamentos podem gerar desconfiança, frustração
e atrair maldição de Deus.
f) Preparo psicológico e espiritual — O amor
alicerçado na sinceridade e no respeito pode se tornar puro como diamante e
mais forte do que a morte.
g) Preparo econômico — A fé em Deus não induz ao
descuido e à displicência. Ao contrário, produz suficiente visão dos deveres e
responsabilidades quanto à constituição e manutenção do lar... Daí a
importância do jovem, antes do casamento, conseguir trabalho capaz de
assegurar-lhe essas condições, mesmo que em proporções mínimas, em função da nova
vida.
h) Preparo físico — O despreparo físico ou falta de
saúde de um dos jovens podem transformar o casamento em um peso, uma
frustração.
Por fim, o casamento é o passo decisivo e o começo
de uma jornada que pode durar longos anos. É o propósito de Deus, bem como a
esperança dos pais que a vida conjugal dos filhos seja assinalada de alegria,
de prosperidade, de bênção do céu e plenamente feliz. Só assim estarão
tranquilos, e Deus será glorificado.
Com o casamento, evidencia-se o amor mútuo, que
gera o senso de pertencer um ao outro, o desejo de ajudar e procurar o
ajustamento necessário como companheiros da mesma sorte. As lutas, as vitórias,
os problemas e a alegria são comuns a todo lar. O casamento exige o
cumprimento, com dignidade, das promessas de honrar, proteger, ajudar e ser
fiel um ao outro, até que a morte os separe” (...E Deus fez a família. CPAD,
pp.45-48).
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PAZ DO SENHOR
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