SUBSIDIO
CPAD MATRIMONIO BIBLICO (2)
Efésios 5.22-28,31,33.
22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos,
como ao Senhor;
23 - Porque o marido é a cabeça da mulher, como
também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.
24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita
a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como
também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem
da água, pela palavra,
27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa,
sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 - Assim devem os maridos amar a suas próprias
mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si
mesmo.
31 - Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e
se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.
33 - Assim também vós cada um em particular ame a
sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
INTERAÇÃO
Inicie a aula pedindo aos alunos que citem algumas
características de um casamento bem-sucedido. À medida em que forem citando,
anote as características em uma folha ou escreva-as no quadro. Após ouvir os
alunos, explique que tais características oferecem uma ideia dos propósitos de
Deus para a vida a dois. Ressalte o fato de que, instituído por Deus, o
casamento tem o objetivo de ser a base da família e, consequentemente, de toda
a sociedade. Lembre que a Igreja deve fazer soar sua voz profética, denunciando
tudo que pode destruir o casamento monogâmico e heterossexual.
Palavra
Chave
Amor
Conjugal: O amor entre os cônjuges.
Por ser uma instituição criada por Deus para
atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio venha
sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por isso,
precisamos compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la em
nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as Escrituras ensinam: “venerado
seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (13.4). Tal verdade a
respeito do casamento indica-nos que ele deve ser respeitado, honrado e
valorizado.
I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
1. Um plano global. Como expressão de sua vontade,
o Criador ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se
unisse à sua mulher, para que ambos fossem “uma carne” (Gn 2.24). É exatamente
o que acontece no ato conjugal, sendo esta a vontade de Deus para todas as
pessoas, crentes ou não: que a humanidade cresça e, através da união legítima
entre um homem e uma mulher, multiplique-se.
2. Os indicadores da vontade de Deus. Ao aconselhar
os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los para
que tomem decisões conscientes. Nesse particular, é preciso buscar a vontade de
Deus, cujos indicadores são:
a) A Paz de Deus no coração. Um dos sinais da
aprovação divina quanto ao que fazemos, ou pretendemos fazer, é o sentimento de
paz interior, que nos domina os pensamentos e as emoções (Cl 3.15).
b) O comportamento pessoal. Se alguém não honra os
pais, como honrará o seu cônjuge? Se o noivo não respeita a noiva, demonstrando
um ciúme doentio a ponto de não lhe permitir que converse até mesmo com pessoas
da própria família, isso evidencia claramente que ele está fora da aprovação
divina. Tal relacionamento não dará certo.
c) Naturalidade. Procurar “casa de profetas” para
saber se o casamento é ou não da vontade de Deus é muito perigoso. Quando o
relacionamento é da vontade divina, um sente amor pelo outro, sente falta do
outro, considera o outro, demonstra afeto pelo outro. Tudo flui naturalmente. Além
disso, os pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes indicativos
realçam que Deus está de acordo com esta união.
d) Os princípios de santidade. Sabemos que as
tentações sobre os namorados e noivos são fortes. Mas não devemos nos esquecer:
a santidade é um requisito básico para a felicidade conjugal. Um relacionamento
que não leva em conta o princípio da castidade já está fora da orientação
divina. Portanto, se o namoro ou o noivado é marcado por atos e práticas que
ofendem a Deus, é sinal de que o relacionamento já está fadado ao fracasso (1
Co 6.18-20). O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êx 20.14; 1 Ts 4.3). E
a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito importante
aos olhos de Deus.Deus ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e
mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos sejam “uma só carne”.
II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
1. O dever primordial do casal. O marido que não
ama a própria esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus. Ao
contrário, ele peca por desobediência, pois amar é uma ordem divina. A Bíblia
recomenda solenemente: “vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). O amor à esposa,
ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao
amor de Cristo pela Igreja: “Como também Cristo amou a Igreja”. Perceba que o
termo “como” é um advérbio de modo. Por conseguinte, o amor do esposo pela
esposa deve ser como o amor de Cristo por sua Igreja. É um amor sublime e sem
igual.
2. O amor gera união plena. A união é o resultado
do amor sincero. Logo, o esposo deve estar unido à esposa de modo a formar uma
unidade, ou seja, “dois numa [só] carne” (Ef 5.31). Por isso, o apóstolo Paulo
ensina: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a
mulher, ao marido” (1 Co 7.3). Isto quer dizer igualdade e reciprocidade no
casamento; marido e mulher são iguais nos haveres de um para com o outro. Isso
exige do casal união de pensamentos, de sentimentos e de propósitos.O marido
que não ama a esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus.
III. A FIDELIDADE CONJUGAL
1. Fator indispensável à estabilidade no casamento.
Além de proporcionar segurança espiritual e emocional, a fidelidade é
indispensável ao bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade, o casamento
desaba. As estruturas do matrimônio não foram preparadas para suportar o peso
da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a família são devastadores. O
adultério é tremendamente destrutivo tanto para o homem como para a mulher (1
Co 6.15-20).
2. Cuidado com os falsos padrões. O amor que se vê
nos filmes, novelas e revistas seculares está longe de preencher os requisitos
da Palavra de Deus. É falso e pecaminoso. O verdadeiro padrão do amor conjugal
é o de Cristo para com a Igreja! Através de Malaquias, o Senhor repreendeu
severamente os varões israelitas por sua infidelidade conjugal (Ml 2.13-16).
Biblicamente, o casamento é uma aliança que deve perdurar até a morte de um dos
cônjuges. Não é um “contrato” com prazo de validade, mas uma união perene, cuja
fidelidade é um dos elementos indispensáveis para que os cônjuges sejam
felizes.O verdadeiro padrão do amor conjugal que deve ser seguido por todos,
sobretudo pelo cristão, é o mesmo que o de Cristo pela Igreja.
Nosso desejo é que as igrejas promovam o
crescimento das crianças, adolescentes, jovens e casais na Palavra de Deus.
Enfim, que toda a família seja edificada em Cristo. Dessa maneira,
demonstraremos o valor do casamento bíblico e os perigos das novas
“configurações familiares” defendidas e apoiadas pelos que desprezam e debocham
dos princípios divinos. Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e
denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico,
heterossexual e indissolúvel. Se a família não for sadia, a sociedade será
enferma.
“Bom
seria que o homem não tocasse em mulher (1 Co 7.1)
[...] A questão do casamento é unicamente dos
gentios. Os judeus, de cuja herança Paulo também compartilhava, adotavam uma
posição baseada em Gênesis 2.18: ‘Não é bom que o homem esteja só’. No
judaísmo, o casamento era considerado a principal responsabilidade de todo
homem. Mas alguns coríntios, que haviam sido convertidos da cultura geral, com
atitudes negligentes em relação ao sexo e indecisos sobre a extensão da pureza
moral à qual eram exortados em Cristo, foram para outro extremo. Também é
provável que, para alguns, seu passado de relacionamentos sexuais havia se
tornado uma questão de orgulho, uma base para a pretensão àquela
espiritualidade superior à qual muitos se inclinavam, desejando ter um
prestígio superior no corpo de Cristo.
A resposta de Paulo rejeitava esse conceito e argumentava
a favor de uma expressão normal e plena do sexo dentro do casamento” (RICHARDS,
L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007,
p.354).
“A Obrigação de Reciprocidade (1 Co 7.3,4)
Paulo declara francamente que a relação entre as
pessoas não é só um aspecto válido no casamento, mas também é uma obrigação de
acordo com a necessidade e o desejo. O verbo traduzido como pague ‘não
significa a concessão de um favor, mas o pagamento de uma obrigação, aqui do
marido para a esposa e da esposa para o marido’. Godet diz: Este versículo nos
confirma a ideia de que entre alguns dos coríntios existia uma tendência
‘espiritualista’ exagerada, que ameaçava ferir as relações conjugais, e desse
modo a santidade da vida. Em seu sentido mais profundo, o verbo pague
(apodidomi) significa dar o que se deve, ou o que se está sob a obrigação de
dar. O apóstolo coloca o aspecto sexual do casamento em sua perspectiva
correta, evitando tanto uma atitude promíscua como um ascetismo rígido.
No versículo 4, Paulo expande a ideia de mútua
reciprocidade para incluir tudo o que faz parte da vida, ao declarar que
parceiros casados possuem poder sobre os corpos um do outro. As palavras não
têm poder refere-se ao exercício de autoridade. O entendimento mútuo elimina
dois extremos no estado dos casados — a posse separada de si mesmo, e a
sujeição de uma parte a outra. No casamento, cada parceiro tem um direito
legítimo à pessoa do outro. Em outras passagens Paulo considera o marido como a
cabeça da família, declarando que a esposa lhe deve ser sujeita (Ef 5.22-23).
Mas na área sexual ambos estão no mesmo nível. O principal ensinamento aqui é
que maridos e esposas têm os mesmos direitos. Ambos devem agir como cristãos.
Portanto, qualquer conduta excessiva ou abusiva é proibida” [GREATHOUSE, W. M.;
METZ, D. S.; CARVER, F. G. (Orgs.) Comentário Bíblico Beacon. Volume 8, 1 ed.,
RJ: CPAD, 2006, p.295].
As bases do Casamento
Cristão
O casamento é uma instituição divina, e a Palavra
de Deus nos mostra em diversos textos a importância dele diante de Deus e da
sociedade.
Dentre as bases do casamento cristão está o amor.
Nesse aspecto, é importante deixar claro a importância de utilizarmos o bom
senso na escolha do futuro cônjuge. A não ser a descrição de Gênesis 2.22, em
que Deus literalmente traz Eva a Adão, a Bíblia não traz outros textos em que
Deus apresenta diretamente uma pessoa à outra. E como a Bíblia não diz que
“João” vai se casar com “Josefina”, entendemos que a escolha de uma pessoa para
o casamento deve passar pela orientação geral de Deus e pelo bom senso que Ele
dá aos Seus servos.
A profecia manifesta a vontade de Deus, mas, no
tocante ao casamento, Deus não se utiliza de profecias para direcionar
casamentos. A função da profecia é exortar, edificar e consolar, e não casar
pessoas. Por isso, não recomendamos profecias casamenteiras para crentes
solteiros. É imprescindível que os casais, ao invés de buscarem profetas para
descobrirem se Deus é favorável a tal união ou não, analisem a forma com que o
pretendente trata os pais, como se porta na igreja e fora dela, se é uma pessoa
que busca trabalhar e ter uma vida produtiva, se sabe buscar ao Senhor em
oração e obedece à vontade dEle, e se sabe resolver conflitos de forma
adequada.
Outra base para que o casamento dê certo, dentro
dos parâmetros bíblicos, é a abstinência sexual dos solteiros até o matrimônio
e a fidelidade sexual dos casados. A castidade é necessária tanto para as moças
quanto para os rapazes da igreja, pois diante de Deus não há diferença no
tocante à santidade do sexo. Os moços cristãos não podem alegar que precisam
ser experientes sexualmente para desobedecer ao Senhor. E a fidelidade sexual
dos casados é esperada por Deus como requisito de um compromisso feito no
altar, diante do próprio Deus.
A monogamia também é uma das bases para o casamento
cristão, inclusive é uma das características esperadas de quem está no
ministério pastoral. Um ministro que não respeita a monogamia perde a
capacidade de estar diante do rebanho do Senhor, pois a Palavra de Deus deixa
claro que o obreiro deve ser marido de uma mulher, reiterando a monogamia.
Logo, para que possa ministrar, deve obedecer à Palavra. Caso contrário, que se
afaste do ministério, pois não terá o aval da parte de Deus para permanecer à
frente do rebanho. Deus não espera menos de seus ministros do que espera da
igreja.
fonte CPAD
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