Lições
Bíblicas CPAD
Adultos 4º Trimestre
de 2015
Título: O
começo de todas as coisas —
Estudos sobre o livro de Gênesis
Comentarista:
Claudionor de Andrade
Lição 11:
Melquisedeque abençoa Abrão
Data: 13 de
Dezembro de 2015
TEXTO ÁUREO
“E abençoou-o
e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra”
(Gn 14.19).
VERDADE
PRÁTICA
A bênção de
Melquisedeque não se limitou a Abraão, mas alcança todos os que recebem Jesus
Cristo como sacerdote eterno.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda — Hb
7.1
Melquisedeque,
rei de Salém e sacerdote de Deus
Terça — Hb
7.2
Melquisedeque,
rei de Salém e rei de justiça
Quarta — Hb
7.3
Melquisedeque,
um sacerdócio eterno
Quinta — Gn
14.20
Melquisedeque
recebe os dízimos de Abraão
Sexta — Gn
14.18
Melquisedeque
traz pão e vinho a Abraão
Sábado — Sl
110.4
Jesus,
Sacerdote da ordem de Melquisedeque
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis
14.12-20.
12 — Também
tomaram a Ló, que habitava em Sodoma, filho do irmão de Abrão, e a sua fazenda
e foram-se.
13 — Então,
veio um que escapara e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos
carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol e irmão de Aner; eles eram
confederados de Abrão.
14 — Ouvindo,
pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em
sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã.
15 — E
dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os feriu, e os
perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco.
16 — E tornou
a trazer toda a fazenda e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e a sua
fazenda, e também as mulheres, e o povo.
17 — E o rei
de Sodoma saiu-lhes ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e
aos reis que estavam com ele) no vale de Savé, que é o vale do Rei.
18 — E
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus
Altíssimo.
19 — E
abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus
e da terra;
20 — e
bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E
deulhe o dízimo de tudo.
HINOS
SUGERIDOS
82, 126 e 198
da Harpa Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Saber que a
bênção de Melquesideque não se limitou a Abraão, mas alcança a todos que pela
fé receberam a Jesus como Salvador.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Saber a
respeito de Melquisedeque como rei de Salém;
II. Analisar
a vida de Abraão como gentio;
III. Mostrar
que Melquisedeque ao trazer pão e vinho a Abraão abençoa o patriarca.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Prezado
professor, animado para o estudo e o preparo de mais uma lição? Esperamos que
sim, pois um professor entusiasmado e bem preparado é importante, fundamental
no processo de ensino-aprendizagem. Na lição de hoje, estudaremos a respeito de
dois personagens: Melquisedeque e Abraão. Segundo o pastor Claudionor de
Andrade, a história de Melquisedeque é pequena, mas a teologia e a sua
importância são grandes. Melquisedeque era rei de Salém, que mais tarde veio a
se tornar Jerusalém. Ele é um tipo de Cristo. Melquisedeque não era apenas rei,
mas também um sacerdote. Seu nome significa “rei da justiça”. Ao aceitar a
bênção de Melquisedeque, Abraão demonstra reconhecer a sua autoridade
sacerdotal. Abraão não somente aceitou sua bênção, mas lhe deu o dízimo de tudo
(v.20).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A história de
Melquisedeque é tão breve que o autor sagrado pôde narrá-la em apenas três
versículos (Gn 14.18-20). Aliás, nem biografia possui o misterioso homem.
Sabemos apenas que ele era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo.
Se a história
é pequena, a teologia é grande. A importância de Melquisedeque faz-se plena com
a encarnação de Cristo que, desde o Calvário, exerce o seu sacerdócio junto ao
Pai.
O rei de
Salém entra em cena, quando sai ao encontro de Abraão, que vinha de uma renhida
batalha para libertar a Ló, seu sobrinho. E ali na antiga Jerusalém, abençoa no
patriarca toda a nação israelita. Nesta bênção, você também foi incluído.
PONTO CENTRAL
O Senhor
Jesus como sacerdote pertencia à ordem de Melquisedeque.
I.
MELQUISEDEQUE, REI DE SALÉM
Uma história
sem biografia. Assim podemos definir a aparição de Melquisedeque no relato do
Gênesis.
1. Rei de
Jerusalém. A antiga Salém, cujo nome em hebraico significa paz, é identificada
com a Jerusalém atual. O objetivo deste reino era promover a paz através da
justiça divina, já que o nome de Melquisedeque traz este glorioso significado:
rei de justiça (Hb 7.2).
Portanto, sua
função era difundir o conhecimento divino em toda aquela região, pois Israel
ainda não existia como o povo sacerdotal e profético do Senhor.
2. Sacerdote
do Deus Altíssimo. Melquisedeque foi o primeiro personagem da História Sagrada
a receber o título de sacerdote. É claro que, desde o princípio, houve ações
sacerdotais. Haja vista o oferecimento que Abel fez ao Senhor (Gn 4.4).
No texto
bíblico, ele é identificado como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18). Ao
contrário do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente,
o de Melquisedeque é eterno. Com um único sacrifício, o seu ministério
plenificou-se. Sim, com a morte de Cristo foi-nos garantida eterna redenção
perante Deus (Hb 7.23-28).
3. Figura de
Jesus. Filho do homem, Jesus tem uma genealogia que, em Mateus, remonta a
Abraão (Mt 1.1,2), e, em Lucas, vai até ao próprio Deus (Lc 3.38). Mas, como Filho
de Deus, Ele é eterno: não possui genealogia (Jo 1.1-3). Nesse sentido,
Melquisedeque é uma figura perfeita de Cristo (Hb 7.1-6).
Isso não
significa que Melquisedeque fosse eterno, ou uma pré-encarnação de Jesus
Cristo. O que o autor sagrado diz é que este personagem, apesar de sua
importância, não possui uma biografia escrita. Moisés foi inspirado a não
registrar-lhe o nome dos pais, a idade, a procedência, nem o dia de sua morte.
SÍNTESE DO
TÓPICO (I)
Melquisedeque
era sacerdote e rei de Salém.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
“Em hebraico
malkisedeq ou ‘rei da justiça’, é mencionado em Gênesis 14.18; Salmo 110.4;
Hebreus 5.6,10; 6.20; 7.1,10,11,15,17. No livro de Gênesis ele é um
rei-sacerdote cananeu de Salém (Jerusalém) que abençoou Abraão quando este
retornou depois de salvar Ló, e a quem Abraão pagou o dízimo do espólio da
batalha. Devido ao mistério que cerca seu repentino aparecimento no cenário da
história, e seu igualmente repentino desaparecimento, ele tem sido identificado
com um anjo, com o Espírito Santo, com o Senhor Jesus Cristo, com Enoque.
Quanto à religião, ele era ‘sacerdote do Deus Altíssimo’” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1247).
II. ABRAÃO, O
GENTIO
Abraão era
tão gentio quanto eu e você, quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt
26.5). No entanto, pela fé, tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que
creem.
1. O pai da
nação hebraica. Deus precisava de uma nação, através da qual pudesse redimir a
humanidade, segundo anunciara a Adão e Eva (Gn 3.15). Esta nação teria de vir
da linhagem de Sem, o filho mais velho de Noé (Gn 9.26,27). E, como todos
sabemos, Abraão era semita. Sua escolha evidenciou-se por uma fé inabalável em
Deus (Rm 4.3).
Nele seriam
abençoadas todas as nações da terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo
(Gn 12.3). Afinal, Jesus, segundo a carne, veio da descendência de Abraão (Mt
1.1). A missão da família hebreia, portanto, era testemunhar ao mundo acerca do
amor, da justiça e da Palavra de Deus (Rm 9.4,5). Apesar da aparente falha de Israel,
sua missão foi plenamente cumprida, pois a salvação chegou-nos por intermédio
dos judeus (Jo 4.22).
2. O pai dos
crentes. Quando chamado por Deus, o gentio Abraão creu e, sem demora,
aceitou-lhe a ordem. Imediatamente foi justificado (Gn 15.6). A partir daquele
momento, passou a ser visto pelo Senhor como se jamais tivesse cometido
qualquer falha: um homem justo e perfeito. Enfim, um amigo de Deus (Is 41.8).
Por esse
motivo, todos os que creem em Deus, à semelhança de Abraão, são tidos como seus
filhos na fé (Gl 3.7).
SÍNTESE DO
TÓPICO (II)
Abraão, o pai
da nação hebreia, era um gentio.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“Melquisedeque
e seu sacerdócio são exemplo de Cristo e de seu sacerdócio. O sacerdócio de
Melquisedeque não estava limitado a raça humana ou a tribo, sendo, portanto,
universal. Sua realeza não foi herdada de seus pais. E essa realeza também não
foi transmitida a um descendente; e assim ela era eterna. Portanto,
Melquisedeque é uma tipologia de Cristo e de seu sacerdócio eterno e universal”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1247).
III. A
OCASIÃO DA BÊNÇÃO
Por causa da
captura de Ló por Quedorlaomer, rei de Elão, o patriarca viu-se obrigado a
formar um exército para libertar o sobrinho (Gn 14.14). Na volta, já vitorioso,
é recebido por Melquisedeque.
1. Objetivo
da visita. Depois de uma vitória tão decisiva, Abraão, já nas imediações de
Salém, agradece a Deus ao ser recepcionado por Melquisedeque. O maior recebe o
menor (Hb 7.7). O patriarca sabia muito bem que estava diante do sacerdote do
Deus Altíssimo. Por isso, reverencia-o com os dízimos de seus bens pessoais e
não dos despojos de guerra, já que se recusou a recebê-los (Gn 14.20).
Verdadeira adoração e serviço a Deus. Que exemplo para nós.
2. A
autoridade de Melquisedeque. Por intermédio de Abraão, toda a nação hebreia
reverenciou Melquisedeque, até mesmo os sacerdotes da tribo de Levi, que sequer
haviam nascido (Hb 7.9). Ora, se o sacerdócio levítico era temporário, o de
Melquisedeque não podia ser interrompido pela morte, pois é eterno. Um
sacerdócio, aliás, que haveria de ser exercido por Cristo (Sl 110.4).
3. A simbologia
da visita. Melquisedeque, ao trazer pão e vinho a Abraão, abençoa-o: “Bendito
seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o
Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos” (Gn 14.19,20). O
que poderia redundar numa derrota ao patriarca transforma-se num momento de
triunfo. Seu pequenino exército dispersou as poderosas forças de Quedorlaomer.
No pão e
vinho que Melquisedeque trouxera a Abraão estava a simbologia da morte de Jesus
Cristo, o Cordeiro Imaculado. Mais tarde, o Filho de Deus servirá uma refeição
semelhante aos seus discípulos (Mt 26.26-30). Com a morte do Filho de Deus
cumpria-se o sacerdócio de Melquisedeque.
SÍNTESE DO
TÓPICO (III)
Melquisedeque
abençoa Abraão e este lhe entrega os dízimos.
CONCLUSÃO
Em Abraão,
todos os que cremos em Cristo fomos alcançados com a bênção de Melquisedeque.
Hoje, temos o Senhor Jesus que, junto ao Pai, intercede por nós, conforme
escreve o apóstolo João: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o
Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos,
mas também pelos de todo o mundo” (1Jo 2.1,2).
PARA REFLETIR
A respeito do
livro de Gênesis:
Quem foi
Melquisedeque?
Melquisedeque
era rei de Salém e sacerdote do Senhor. É um tipo de Cristo.
Qual o
significado de seu nome?
Melquisedeque
traz este glorioso significado: rei de justiça (Hb 7.2).
Descreva o
sacerdócio de Melquisedeque.
Melquisedeque
foi o primeiro personagem da História Sagrada a receber o título de sacerdote.
No texto bíblico, ele é identificado como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn
14.18). Ao contrário do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada
hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno. Com um único sacrifício, o seu
ministério plenificou-se.
Faça um breve
resumo da biografia de Abraão.
Abraão era
gentio, quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt 26.5). No entanto,
pela fé, tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que creem. Abraão era
semita. Sua escolha evidenciou-se por uma fé inabalável em Deus (Rm 4.3). Nele,
seriam abençoadas todas as nações da terra, com a proclamação do Evangelho de
Cristo (Gn 12.3).
Por que Jesus
é sacerdote, de acordo com a ordem de Melquisedeque?
Porque Jesus
é anterior a Abraão, a Levi e aos sacerdotes levíticos e maior que todos eles.
Melquisedeque serve como tipo de Cristo, cujo sacerdócio e jamais terá fim.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Melquisedeque
abençoa Abraão
As narrativas
sobre como Deus tratou Abraão, Isaque, Jacó e José, os patriarcas ancestrais do
povo de Israel estão registras nos capítulos de 12 a 50 de Gênesis. Conhecer as
raízes históricas e a formação do povo judeu é simples, a partir da leitura
atenta desses capítulos que formam o Gênesis.
A história de
Abraão inicia com a narrativa da família do patriarca, a caminho de Canaã (Gn
11.27-32), acrescentada de uma citação especial sobre a esterilidade de Sara, a
esposa do pai da fé (Gn 11.30). Mas os momentos principais nas narrativas sobre
a vida de Abraão estão em Gênesis 12.1-9, em que Deus chama Abraão para sair da
terra de Harã, após a morte do seu pai Terá, e ser enviado a uma terra estranha
(v.1), prometendo fazer dele “uma grande nação”, e abençoando, assim, por
intermédio dele, “todas as famílias da terra” (vv.2,3).
Após viajar
para a terra que o Senhor lhe falou, Abraão percorreu obedientemente a terra
inteira. Em seguida, recebeu a promessa de Deus: “E apareceu o SENHOR a Abrão e
disse: À tua semente darei esta terra” (Gn 12.7). Qual foi a reação de Abraão?
Ora, edificar um altar ao Senhor e invocar o seu nome (vv.8,9). Ao longo da
narrativa sobre o patriarca Abraão, expressões como “terra prometida”,
“descendência prometida”, “uma grande nação”, “bênçãos para as nações” vão
ganhando corpo e materialidade. E verbos como “adorar” e “confiar” em Deus,
como único e verdadeiro, vão se constituindo como símbolo para uma adoração e
uma fé adequadas ao único Deus do povo de Israel.
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PAZ DO SENHOR
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