Lições Bíblicas CPAD
Adultos 4º Trimestre de 2015
Título: O começo de todas as coisas — Estudos sobre
o livro de Gênesis
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 13: José, a realidade de um sonho
Data: 27 de Dezembro de 2015
TEXTO ÁUREO
“E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão
como este, em quem haja o Espírito de Deus?” (Gn 41.38).
VERDADE PRÁTICA
Escravo, ou senhor, José sempre se destacou por uma
vida de excelência e fidelidade a Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 37.3
José, o filho amado e preferido do pai
Terça — Gn 37.5
José, um jovem que ousou sonhar os sonhos de Deus
Quarta — Gn 37.23-28
A angústia de José diante da maldade de seus irmãos
Quinta — Gn 39.7-20
José, um jovem que escolheu fazer o que era certo
Sexta — Gn 39.21.23
José nos mostra que os que são de Deus prosperam em
qualquer lugar
Sábado — Gn 41.38-46
De escravo José se torna governador do Egito
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 45.1-8.
1 — Então, José não se podia conter diante de todos
os que estavam com ele; e clamou: Fazei sair daqui a todo varão; e ninguém
ficou com ele quando José se deu a conhecer a seus irmãos.
2 — E levantou a sua voz com choro, de maneira que
os egípcios o ouviam, e a casa de Faraó o ouviu.
3 — E disse José a seus irmãos: Eu sou José; vive
ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque estavam pasmados
diante da sua face.
4 — E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos
a mim. E chegaram-se. Então, disse ele: Eu sou José, vosso irmão, a quem
vendestes para o Egito.
5 — Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese
aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da
vida, Deus me enviou diante da vossa face.
6 — Porque já houve dois anos de fome no meio da
terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega.
7 — Pelo que Deus me enviou diante da vossa face,
para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande
livramento.
8 — Assim, não fostes vós que me enviastes para cá,
senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa,
e como regente em toda a terra do Egito.
HINOS SUGERIDOS
225, 304 e 609 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Saber que os sonhos de José foram concedidos pelo
Senhor.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Conhecer a história de José;
II. Analisar a vida de José como escravo;
III. Mostrar que Deus providenciou, por intermédio
de José, um lugar de refúgio para Jacó e sua família.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Com a graça de Deus chegamos ao final do estudo do
livro de Gênesis. Com certeza a sua fé, e a de seus alunos foram edificadas por
intermédio de cada lição. Como é bom saber que o Deus que tudo criou é o nosso
Pai. Um Deus que nos ama, cuida de nós e nos faz sonhar.
Na lição de hoje estudaremos a respeito da vida de
José. Este jovem foi um sonhador. Seus sonhos o levaram até uma cova. Mas, a
interpretação de alguns sonhos o levaram ao palácio e o fizeram governador do
Egito. Com José aprendemos que os sonhos que Deus estabelece em nossos
corações, não podem ser frustrados, embora, isso não nos impeça de passarmos
por várias situações difíceis.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste domingo, veremos como Deus usou José para
garantir a sobrevivência de Israel. Tudo começou com um sonho que, no devido
tempo, fez-se realidade. Mas, do sonho à realidade, o jovem hebreu viu-se
reduzido à escravidão até ser exaltado como governador de toda terra do Egito.
José soube esperar com paciência.
Quem tem sonhos dados por Deus não tem pressa. Sabe
que tudo haverá de cumprir-se no tempo estabelecido pelo Eterno.
PONTO CENTRAL
José se destacou, na casa dos seus pais, na casa de
Potifar e no palácio de Faraó, por sua vida de excelência e fidelidade a Deus.
I. A HISTÓRIA DE JOSÉ
José era bisneto de Abraão, amigo de Deus. À
semelhança de seu pai, Jacó, e do avô, Isaque, era um homem de profundas
experiências com o Senhor. A seu modo, era um profeta e um especialista em
sonhos.
1. Filho da afeição. José era filho de Raquel, a
esposa amada de Jacó (Gn 29.18-20,30). Seu nascimento foi celebrado por sua mãe
(Gn 30.22-24). Em hebraico, José significa Jeová acrescenta.
2. Filho da decisão. Talvez o seu nascimento tenha
levado Jacó a munir-se de uma firme atitude diante de Labão, seu sogro:
“Deixa-me ir; que me vá ao meu lugar e à minha terra” (Gn 30.25). O filho do
coração mexeu com a alma do patriarca que, por longos anos, achava-se exilado em
Padã-Arã. Enfim, chegara a hora de retornar à casa de Isaque, seu pai.
3. Filho dos sonhos. Já deixando a adolescência,
José teve dois sonhos. Assim ele relata o primeiro deles aos irmãos: “Eis que
estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e
também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao
meu molho” (Gn 37.7). Embora campesinos e rudes, eles não tiveram dificuldades
em interpretar-lhe o sonho: “Tu deveras terás domínio sobre nós?” (Gn 37.8).
Nem sempre nossos sonhos são compreendidos. Mas, se
procedem de Deus, certamente se cumprirão no tempo da oportunidade.
O segundo sonho foi ainda mais significativo: “E eis
que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim” (Gn 37.9). Ao ouvir o
relato, indagou-lhe o pai: “Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a
inclinar-nos perante ti em terra?” (Gn 37.10). Por causa disso, seus irmãos
vieram a odiá-lo. Jacó, entretanto, tudo guardava no coração. Na qualidade de
profeta e sacerdote de Deus, sabia que algo grandioso estava para acontecer com
o filho sonhador.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A história de José nos mostra que é Deus quem
estabelece alguns sonhos no coração do homem.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A história de José nos revela como os descendentes
de Jacó vieram a ser uma nação dentro do Egito. Esta seção de Gênesis não
somente nos prepara para a narrativa do êxodo do Egito, como também revela a
fidelidade que José sempre teve para com Deus, e as muitas maneiras como Deus
protegeu e dirigiu a sua vida para o bem doutras pessoas. Ressalta a verdade de
que nos justos podem sofrer num mundo mau e iníquo, mas que, por fim, triunfará
o propósito de Deus reservado para eles” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2006, p.90).
II. UM ESCRAVO CHAMADO JOSÉ
Se em casa era o mais querido dos filhos, no exílio,
José teria de experimentar as angústias de um escravo. O Senhor, porém, era com
ele.
1. O preço de um jovem. Os irmãos de José venderam-no
a uns mercadores ismaelitas por vinte siclos de prata (Gn 37.28). Avaliaram-no
abaixo da cotação do mercado para a compra de um escravo (Êx 21.32). As pessoas
socialmente aviltantes não tinham muito valor. O valor de José, entretanto,
excedia ao do próprio ouro.
2. A pureza de um jovem. Quem serve a Deus prospera
até mesmo na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas
logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o jovem
hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a Deus prospera em
qualquer circunstância (Sl 1.3).
Por ser um jovem formoso, não demorou a ser cobiçado
pela esposa de seu amo (Gn 37.7). José, porém, temia a Deus, e guiava-se por
uma ética superior. Por isso, respondeu à sua senhora: “Como, pois, faria eu
este tamanho mal e pecaria contra Deus?” (Gn 39.9). Os Dez Mandamentos ainda
não haviam sido decretados, mas a lei de Deus já estava gravada em seu coração
(Rm 2.14).
3. A prisão de um jovem. Embora muito o assediasse,
a mulher de Potifar não conseguiu arrastá-lo ao pecado. Certo dia, porém,
estando apenas os dois em casa, ela o agarrou pelas roupas. Ele,
desvencilhando-se, deixou-lhes as vestes nas mãos, e fugiu nu (Gn 39.10-12). Só
um homem revestido da graça de Deus é capaz de semelhante reação.
Vendo-se rejeitada, a mulher acusa-o de querer
forçá-la. Quanto a Potifar, a fim de salvar as aparências, manda-o à prisão,
onde eram apenados os oficiais do rei (Gn 39.20). O egípcio poderia ter
executado o hebreu. Todavia, apesar de sua ira, preferiu não matá-lo.
Apesar do cárcere, José é bem-sucedido. Por isso, o
carcereiro-mor entrega-lhe o cuidado dos outros presos, pois “tudo o que ele
fazia o Senhor prosperava” (Gn 39.23).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A inveja e o ciúme levaram os irmãos de José a
vendê-lo como escravo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“1. José tipo de Cristo
Muitos tomam José como um tipo de Cristo; uma pessoa
inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo
escolhido foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos
deliberam seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante seus
juízes (1Pe 2.23).
2. A mulher de Potifar
O contraste entre Judá e José é forte. Ambos foram
tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito, enquanto José recusou
repetidos apelos da mulher de seu senhor. José lembra-nos que nunca podemos
dizer que o sexo nos leva a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá ou como
José" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de
Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.45).
III. UM LUGAR DE REFÚGIO PARA ISRAEL
José não se limitava a sonhar; também interpretava
sonhos. O seu ministério era parecido com o de Daniel.
1. O intérprete de sonhos. Na prisão, José foi
designado a cuidar pessoalmente de dois assessores de Faraó (Gn 40.4). E, certa
manhã, ao ouvir-lhes os sonhos, interpretou-os fidedignamente. De acordo com as
suas palavras, o copeiro-mor foi restituído ao cargo; o padeiro-mor, enforcado
(Gn 40.6-22).
Quem sonha não despreza os sonhos alheios. José,
porém, atribuía este poder não a si, mas ao Senhor: “Não são de Deus as
interpretações?” (Gn 40.8). Quando atribuímos a glória a Deus, não nos tornamos
arrogantes e jamais seremos esquecidos.
2. Um economista de excelência. Passados dois anos
completos, Faraó teve dois sonhos bem agropecuários. No primeiro, viu que sete
vacas gordas eram devoradas por outras sete magras e feias. E, no segundo,
observou que sete espigas boas e graúdas eram igualmente devoradas por outras
sete mirradas e queimadas pelo vento oriental (Gn 41.2-7).
Ao interpretar o sonho ao rei, entregou-lhe também
um plano econômico que, embora simples, se mostraria eficaz para salvar não
somente o Egito, mas os povos vizinhos, entre os quais, os hebreus (Gn
41.32-36). O plano era bastante prático: a fartura dos primeiros sete anos
deveria ser armazenada para socorrer a penúria dos sete anos seguintes. Ao
ouvi-lo, Faraó constitui imediatamente José como governador do Egito:
“Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?” (Gn 41.38).
Seria muito bom se nossos ministros tomassem algum conselho com José.
3. O salvador de seu povo. Foi como
primeiro-ministro do Egito que José acolheu a família. Não somente perdoou as
ofensas aos seus irmãos, como proveu-lhes toda a subsistência. Ele soube como
interpretar as adversidades pelas quais passara. Diante da perplexidade de seus
irmãos, declarou-lhes: “Deus me enviou diante da vossa face, para conservar
vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento”
(Gn 45.7).
Após encontrar-se com o velho pai, Jacó, instala
seus familiares na terra de Gósen, onde os sustenta. E, ali, distante da
influência dos cananeus e dos egípcios, os hebreus puderam desenvolver-se até
se tornarem uma grande e poderosa nação (Êx 1.6,7). Aquele isolamento seria benéfico
a Israel.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
José foi usado pelo Senhor para providenciar
livramento para sua família e para o povo de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“As Escrituras deixam claro que a separação entre
José e o seu povo estava sob o controle de Deus. O Senhor estava operando
através de José e das circunstâncias deste, a fim de preservar a família de
Israel e reuni-la segundo as suas promessas.
Quatro vezes no capítulo 39 está escrito que ‘o
Senhor estava com José’ (vv.2,3,21,23). Porque José honrava a Deus, Deus
honrava a ele. Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus
caminhos têm a promessa de que Deus dirigirá todos os seus passos (Pv 3.5,6)”
(Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.39).
CONCLUSÃO
Se fizermos a vontade de Deus, até as adversidades
redundarão em bênçãos e livramentos aos que nos cercam. Todavia, não nos
impacientemos se os sonhos que nos dá o Senhor demoram a se cumprir. Para tudo
há um tempo determinado. Há tempo para sonhar e também para que cada sonho se
realize. Que tudo ocorra, pois, de acordo com a vontade de Deus.
PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:
Quem foi José?
José era bisneto de Abraão, amigo de Deus. À
semelhança de seu pai, Jacó, e do avô, Isaque, era um homem de profundas
experiências com o Senhor. José era filho de Raquel, a esposa amada de Jacó (Gn
29.18-20,30).
Qual o significado dos sonhos de José?
Que ele dominaria sobre seu pai e seus irmãos.
Como você descreveria o caráter de José?
Como um caráter ilibado.
Que lição traz-nos as tribulações de José?
Quem serve a Deus prospera em qualquer circunstância
(Sl 1.3). Se fizermos a vontade de Deus, até as adversidades redundarão em
bênçãos e livramentos aos que nos cercam.
O que representou a região de Gósen para Israel?
Distante da influência dos cananeus e dos egípcios,
os hebreus puderam desenvolver-se até se tornarem uma grande e poderosa nação.
Aquele isolamento seria benéfico a Israel.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
José, a realidade de um sonho
A história de José é uma das histórias mais belas e
famosas de toda a Bíblia. É a última história de família da narrativa dos
patriarcas de Israel (Gn 37.2-50.26). José é a pessoa que Deus usou para
resgatar a nação de Israel da fome intensa daquela época e, assim, preservar a
descendência prometida para herdar a terra de Canaã.
Se você lê os capítulos 37.2 a 50.26, perceberá que
se trata da narrativa mais longa de todo o livro e, principalmente, do gênero
literário narrativo de toda a Bíblia. Nesta grande seção narrativa, é possível
verificar três interrupções na história: a história de Judá (Gn 38); a
genealogia dos filhos de Israel que foram ao Egito com Jacó (Gn 46.8-27); e a
bênção de Jacó (Gn 49). São três interrupções que suspenderam momentaneamente a
sequência da narrativa, o que é um recurso comum no gênero literário narrativo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.