ESCOLA DOMINICAL -
Conteúdo da Lição 1
Revista Lições Betel
O cristão e a Família do
Século XXI
1 trimestre 3 de janeiro de 2016
Texto Áureo
“Porque derramarei água
sobre o sedento, e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a
tua posteridade, e a minha Bênção, sobre os teus descendentes”. Isaias 44.3
Verdade Aplicada
A família é um fenômeno
social presente em todas as sociedades. Sem família não existe sociedade.
Textos de Referência.
Deuteronômio 6.4-9
4 Ouve, Israel, o Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor.
5 Amarás, pois, o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder.
6 E estas palavras, que
hoje te ordeno, estarão no teu coração;
7 E as intimarás a teus
filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e
deitando-te, e levantando-te.
8 Também as atarás por
sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos.
9 E as escreverás nos
umbrais de tua casa e nas tuas portas.
Introdução
O século XXI traz o
desafio de um mandamento cultural na contramão do que foi vivido nos séculos
passado. É preciso estar alicerçado em Deus não somente para compreender esse
tempo, mas para viver sob a égide divina (CL 2.8).
1. Família, criação de
Deus.
A família sempre foi o
alvo principal das forças do mal. A Igreja está atenta a esses ataques, pois os
tais não somente desestruturam a fé cristã, como também desintegram a sociedade
de modo geral. A família é um tesouro e como tal, deve ser guardada e
preservada (Mt 6.21).
1.1. Família um tesouro.
Segundo a Declaração
Nacional dos Direitos Humanos, a família é o elemento natural, universal e
fundamental da sociedade. Sem família não há sociedade. A degradação da
sociedade acontece por causa da deterioração da família. A Igreja é uma família
composta por famílias. Se uma família estiver edificada, a Igreja também
estará. Todavia, se a família for destruída, a Igreja também será. É nosso
dever cuidar das famílias. Se a sociedade se dissolve, o problema está na
ausência de famílias solidificadas em Cristo.
1.2. A importância da
família à luz da criação.
Deus não uniu o homem e a
mulher somente para que um suprisse as necessidades e carências do outro. Seu
projeto vai além de companheirismo e procriação. Deus sempre quis ser conhecido
através das famílias. Adão foi o modelo original, feito á imagem e semelhança
de Deus. Isto significa que toda a humanidade descendente de Adão portaria
consigo a mesma essência divina (Gn 1.26). Desse modo, os atributos e a
grandeza de Deus surgiriam naturalmente através dos filhos gerados pelo
primeiro casal. A grande comissão sempre foi um projeto do Éden (Mt 28.18-20).
O plano do inimigo é sempre sabotar essa essência, como no Éden, e assim fazer
com que a humanidade seja apartada de Deus, gerando filhos assassinos,
violentos e cheios de promiscuidade (Jo 10.10).
1.3. A família e a
sociedade atual.
A sociedade atual vive
uma mutação em comparação com a família dos séculos passados. A autoridade
patriarcal e a divisão de papéis ganharam novos significados nesse século. Em
geral, a mulher do século XXI é uma mulher independente, que gera seus próprios
recursos e que, ao lado de seu esposo, soma na renda familiar. Ela já
administra empresas, leciona em faculdades, lidera, pilota aviões e preside
nações. Durante muito tempo, a mulher viveu estigmatizada, censurada e vista
pela sociedade somente como uma ajudadora e procriadora. Esse projeto igualitário
traz a compreensão de ajuda mútua (Ec 4.9-10). Por outro lado, os filhos têm
sofrido com a ausência dos pais.
2. A família e os
desafios.
Prevenção é a única
maneira pela qual evitamos o mal. A vida cristã não é fácil e é ainda mais
complicada porque lutamos contra o que não vemos. Nossos inimigos são
invisíveis e atuam nas áreas de nossas vidas que não estão alicerçadas (Ef
6.12).
2.1. Conflitos na
família.
Jesus disse que, antes de
construir, devemos fazer cálculos da construção, para que, pondo os alicerces,
não deixemos a obra sem terminar e sejamos escarnecidos (Lc 14.28-30). Nosso
século é o século dos casamentos precoces, onde meninas se tornam mães antes da
maioridade e os jovens casais vão morar com os pais por falta de planejamento.
Temos uma sociedade recheada de casais imaturos e o resultado dessa ausência de
planejamento é um número sem fim de mães solteiras e filhos em pais. Estes, por
falta de alicerces familiares, repetem os mesmos erros de seus pais em seus
relacionamentos e, assim, a sociedade vai se transformando em um campo de
batalha por causa da ausência dos padrões divinos estabelecidos para o
matrimônio (Ef 5.31).
2.2. Comunicação entre
pais e filhos.
A ausência de diálogo
entre pais e filhos é um dos grandes males deste século e o grande vilão é a
falta de tempo. As responsabilidades do lar são parte integrante da vida do
casal e isto inclui a tarefa de instruir os filhos. Infelizmente, em muitos lares,
os filhos são instruídos pela TV, internet, entre outros. É dever dos pais
ensinar (Pv 22.6). Deus ordenou aos pais que instruíssem seus filhos, que
dialogassem com eles acerca da Lei (Dt 6.6-7). A semente do diálogo deve ser
plantada já na infância. Pais e filhos precisam ser amigos e confiar um no
outro. Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30), nos revelou a
grandeza do relacionamento entre pais e filhos.
2.3. Relacionamentos
entre pais e filhos.
Nosso maior exemplo de
filho é Jesus Cristo. Ele nos ensinou como um filho se relaciona com um pai,
como respeita seu legado e como deve honrá-lo (Ef 6.2-3). Por não terem
aprendido a se relacionar com seus pais e nem tampouco a respeitá-los, há
muitos filhos maldizentes em nossa sociedade, que apenas pensam em si mesmos e
não correspondem ao sacrifício feito por seus pais. Quanto aos pais, estes
também devem honrar seus filhos, serem presentes sem suas vidas, dar-lhes amor,
amizade e atenção. Enquanto os filhos devem aprender a honrar seus pais, os
pais devem funcionar como pais, não somente dando ordens, mas sendo amigos
íntimos e exemplos de vida para eles.
3. A família e a Igreja.
A relação família e
Igreja é fundamental para a existência de ambas. Enquanto os ditames do mundo
bombardeiam as famílias moral e espiritualmente, a Igreja é a única instituição
onde a família cristã pode refugiar-se e sobreviver aos ataques do maligno (Mt
16.18b).
3.1. A EBD e a família.
Deus nos ensinou que só
existe uma coisa que conduz Seu povo à perdição: a falta de conhecimento (Os
4.6). A Escola Bíblica Dominical é uma porta aberta para o ensino cristão. É um
instrumento de crescimento espiritual para as famílias. Tanto a família quanto
a EBD possuem o mesmo alvo: formar cristãos maduros e produtivos, que honram a
Deus e o servem. Assim como os pais tem como obrigação instruir seus filhos no
caminho do Senhor, a EBD age da mesma maneira com os filhos espirituais da
Igreja.
3.2. A relevância do
culto doméstico.
Quando um lar cristão
abre as portas para a Palavra, abre tanto para a felicidade quanto para a
felicidade quanto para o êxito. Cultuara Deus no lar nada mais é que cumprir
uma ordenança divina (Dt 6.6-9; Pv 1.7-9; 6.20). Quando nos esforçamos em
conduzir nossos filhos e família a um relacionamento pessoal com Deus através
do ensino da Palavra, estamos não somente preparando-os para a salvação, mas
conduzindo-os a uma vida saudável e sem contaminação. A igreja tanto é uma
extensão de nossa casa, quanto nossa casa deve ser uma extensão da igreja. Tudo
começa no lar e não existirá igreja forte se as famílias estiverem fracas.
3.3. Família servindo a
Deus.
O que conduz qualquer
família ao desmoronamento é a ausência de Deus. A presença de Deus torna um lar
agradável e pacífico. Numa casa onde há tempo para se buscar a Deus e adorá-lo
a atmosfera é agradável e santa. A Bíblia nos ensina que se o Senhor não
edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Sl 127.1). O Senhor bate a
nossa porta e devemos abrir para que ele entre, sente à nossa mesa e ceie conosco
(Ap 3.20). Quanto mais íntimos de Deus, mais afastados seremos do mundo.
Conclusão.
Nosso Deus é um Deus
pessoal. Ele é um Deus de relacionamentos. O Pai da Eternidade é um pai
extremamente amoroso. Ele deseja ser íntimo de todos os filhos gerados á Sua
imagem e semelhança (Gn 1.26).
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