Escola Dominical - Lição 11
Calebe: um exemplo de visão, coragem e
perseverança
LIÇÃO 11 – 13 de dezembro de 2015 BETEL
Calebe: um exemplo de visão, coragem
e perseverança
TEXTO AUREO
“E ainda hoje
estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força
então, tal é agora a minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar.”
Js 14.11
Comentarista:
Pastor José Fernandes Correia Noleto
VERDADE
APLICADA
As
frustrações são obstáculos que nos influenciam a observar a beleza da vida.
OBJETIVOS DA
LIÇÃO
• Mostrar
como um discurso negativo pode mudar o destino de uma nação, influenciando-a
para o mal;
• Ensinar que
a incredulidade tem o poder de maximizar o problema, enquanto a fé vê as
circunstâncias sob a ótica divina;
• Explicar
porque a perseverança é essencial e como é poderosa para construir um sólido
caráter.
TEXTOS DE
REFERÊNCIA
Js 14.7 -
Quarenta anos tinha eu, quando Moisés, servo do SENHOR, me enviou de
Cades-Barnéia a espiar a terra; e eu lhe trouxe resposta, como sentia no meu
coração;
Js 14.8 - Mas
meus irmãos, que subiram comigo, fizeram derreter o coração do povo; eu porém
perseverei em seguir ao SENHOR meu Deus.
Js 14.10 - E
agora eis que o SENHOR me conservou em vida, como disse; quarenta e cinco anos
são passados, desde que o SENHOR falou esta palavra a Moisés, andando Israel
ainda no deserto; e agora eis que hoje tenho já oitenta e cinco anos;
Introdução
Nesta lição,
observaremos como a incredulidade pode nos afastar das promessas divinas.
Também aprenderemos como reagir diante das adversidades e a extrema importância
de perseverar no Senhor.
A
determinação de Calebe
Na 11ª lição
de nossa Revista, temos um dos maiores exemplos de fé inabalável. Calebe,
testemunha da saga do povo de Israel, desde o cativeiro no Egito até a sua chegada
em Canaã, reflete o espírito desbravador do verdadeiro servo de Deus.
Hoje em dia,
confortavelmente sentados em nossos bancos nas igrejas, perdemos o ímpeto
corajoso de nossos heróis da fé. Parece a nós que basta estarmos em dia com os
cultos e demais obrigações com a nossa congregação, nada mais tem importância.
Não atentamos para o fato de que, nestes tempos apocalípticos, mais do que
nunca, fazermos a diferença é necessário. E não só para satisfazer nossos egos
corrompidos, devemos agir em prol da Palavra de Deus como exemplos vivos da
transformação que Cristo Jesus operou e opera em nós.
Há tanta
coisa para fazer! Quantas pessoas, mesmo em nosso círculo social mais restrito,
estão desenganadas pelas tribulações, acorrentadas em vícios dos mais diversos,
desviadas ou mesmo sem conhecimento pleno da Palavra do Senhor? O que esperamos
para agir, transformar, consolar, evangelizar, enfim, servir?
Calebe
perseverou na Promessa, ainda que todo o povo de Israel se confrontasse com
ele. Ele recebeu de Deus sua recompensa, pois não se desviou nem relutou em
seguir o mandamento do Senhor. Que tal nos espelharmos em sua fé e coragem e
trilharmos nossos desertos, nem que para isso tenhamos que esperar anos a fio?
Que todos
tenham uma excelente aula.
1 Os malefícios
da incredulidade
Moisés
escolheu doze homens para espiar a terra de Canaã. Eles deveriam observar o
local, expor um relatório completo de tudo que iriam presenciar e trazer uma
novidade do fruto daquela terra (Nm 13.18-20).
1.1. A
influência negativa dos olhos
Os próprios
israelitas pediram a Moisés o envio de espias para saber como era a terra (Dt
1.22). Uma atitude desnecessária e incrédula da parte do povo, porque Deus já
lhes havia dito que a terra da promessa era fértil e abundante. Que prova a mais
esse povo necessitava? O povo não falhou diante da Terra Prometida, já havia
falhado aqui, demonstrando incredulidade naquilo que Deus havia dito e
preferindo andar por vista em vez de agir por fé. Confiados apenas no que
viram, sem atentar para o que ouviram da parte de Deus, deram ocasião à dúvida
e assim desistiram de tomar posse da promessa (Pv 3.5, 6).
Explique para
os alunos que, em meio ao motim criado pelo assombroso relato dos dez espias, o
Senhor destaca um homem entre eles, Calebe, do qual dá testemunho dizendo que
nele havia outro espírito e que perseverou em segui-lo (Nm 14.24). Ressalte
para eles que a ordem era clara e não incluía suposições, porque aquela terra
já lhes pertencia. Infelizmente, eles retrocederam, ignorando a promessa, e, por
esse motivo, Deus rejeitou a todos, exceto Josué e Calebe (Nm 14.21-23).
Esclareça também que, enquanto os olhos de Josué e Calebe visualizavam as
maravilhas vividas desde a saída do Egito, os olhos dos espias viam a força dos
inimigos. É incrível, mas dez homens destruíram o sonho de uma nação inteira
(Hb 12.1).
1.2. A
influência negativa de um discurso
Os espias
foram enviados para colher informações da Terra Prometida, não para fazer
cálculos negativos de si mesmos, nem comparações acerca da estatura de seus
moradores. Deus não disse nada a esse respeito, eles mesmos se inferiorizaram e
disseram que não podiam (Nm 13.31-33). O problema todo estava na visão. Todos
temeram, inclusive Josué e Calebe. Mas eles viram a questão de outra forma e
acreditavam no mesmo poder que os havia libertado do Egito (Nm 13.30). O
discurso dos dez espias conduziu o povo a cair na incredulidade, na derrota, na
perda da herança e no juízo de Deus. Tanto a confiança quanto a incredulidade
contagiam. Podemos animar ou desanimar através de nossas palavras e atitudes
(Js 14.8a).
Assinale para
os alunos que as frustrações são obstáculos que nos influenciam a observar a
beleza da vida na contrariedade. Reforce para eles que, através delas, os
fortes esculpem suas personalidades, ganham coragem para viver e humildade para
conquistar.
1.3. O
benefício de uma sábia decisão
A
incredulidade do povo fez com que o Senhor emitisse uma sentença (Nm 14.22,
23). Porém, com Calebe, o Senhor agiu de maneira diferente dizendo: “Porém o
meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em
seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá
em herança” (Nm 14.24). Houve um momento em que Calebe teve que decidir entre
seguir o povo ou seguir a Deus. Ele escolheu ser odiado pelo povo, tomando a
firme decisão de eleger o Senhor como seu Deus. Calebe não quis seguir sua
vontade própria, nem a dos demais. Ele decidiu por Deus, mesmo não sendo o
caminho mais fácil.
Mostre para
os alunos que Calebe é um personagem que nos inspira até o dia de hoje. O
testemunho que Deus dá a seu respeito e de um significado muito profundo. A
expressão “outro espírito” significa que Calebe tinha um espírito distinto do
que possuía o povo de Israel (Nm 13.30; 14.24). Ele se destaca pela fé e a
confiança em possuir o que Deus já lhe havia assegurado. Calebe representa
aquela pessoa empreendedora que começa algo e tem uma motivação poderosa no que
faz.
2. A
confiança em Deus
Durante
quarenta e cinco anos, Calebe foi condenando a andar em círculo com seus
irmãos, mesmo estando certo de que aquela era a terra de sua herança. Ele
possuía motivos para desistir e desanimar, mas perseverou em seguir ao Senhor
de todo o coração e Deus honrou a sua fé.
2.1. Uma
profunda confiança em Deus
Calebe era
possuidor de uma confiança que subjugava o medo, as circunstâncias e a morte
(Nm 14.9). Enquanto ele via o inimigo como pão, os outros dez se viam como
gafanhotos. A incredulidade sempre encontra um porquê e maximiza o problema.
Não há relato de que foram vistos com desprezo pelos filhos de Enaque, mas eles
disseram: “éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos
seus olhos” (Nm 13.33). Eles incendiaram a alma do povo com um relato maior que
a realidade e, por esse triste relatório, foram os primeiros a morrer (Nm
14.37).
Apresente
para os alunos a seguinte afirmativa: “Existem três classes de pessoas neste
mundo. Primeira classe: aquelas que dizem “quero”. Essas triunfam em tudo.
Segunda classe: as que dizem “não quero”. Essas se opõem a tudo. Terceira
classe: as que dizem “não posso”. Essas fracassam em tudo. Ressalte para eles
que os dez espias conseguiram identificar Canaã como a “terra a que nos
enviaste” e “a terra pelo meio da qual passamos” (Nm 13.27, 32), mas não a
viram como “a terra que o Senhor nosso Deus está nos dando”. Problemas é tudo
aquilo que vemos quando tiramos os olhos de Deus. Eles olharam para a terra e
viram gigantes; olharam para as cidades e viram muralhas enormes e portões
trancados; olharam para si mesmos e viram gafanhotos. Se olhassem para Deus
pela fé, teriam visto Aquele que vê as nações do mundo como gafanhotos (Is
40.22).
2.2. O poder
de reação diante da adversidade
O que
aprendemos com Calebe não é a forma como vemos as coisas, mas como reagimos
diante delas. Confiar em Deus não nos isenta de enfrentar problemas. Porém, se
a perspectiva contém Deus e se é vista desde Sua ótica, tudo muda de forma
radical. As circunstâncias enfrentadas serão as mesmas. Todavia, com Sua
presença na batalha, teremos a força necessária para superar os obstáculos e
ainda nos mantermos firmes até o final. A fé vê as circunstâncias através de
Deus (Nm 13.30; 14.9). A incredulidade não vê Deus porque se fixa nas circunstâncias.
Ela é caracterizada pela exclusão de Deus do seu raciocínio (Nm 13.31-33). Mas,
se incluirmos Deus, todo o nosso raciocínio incrédulo se tornará anão diante de
Sua maravilhosa e poderosa presença (Hb 10.35-39).
Comente com.
os alunos que, mesmo que os relatórios que a vida lhe apresente sejam
negativos, não devemos desistir. Existe uma promessa de Deus que inclui
restauração, salvação, libertação, suprimento e paz (Nm 13.25-33; Sl 112.7).
Enfrente o espírito de covardia (Nml4.9c). A vida é difícil e muitas vezes
ficamos inibidos pelas dificuldades e lutas diárias. A covardia promove
acomodações. Não se acomode, tenha coragem, pois foi por coragem que Josué e
Calebe herdaram a promessa (Js 1.7-9).
2.3. Uma
confiança inabalável
Por que Deus
conservou Calebe em vida? (Js 14.10). Primeiro, para sustentar o que havia dito
a seu respeito acerca de sua entrada na Terra Prometida, porque certamente não
o deixaria morrer sem que essa palavra se cumprisse. Segundo, porque no deserto
o Senhor o fortalecia (Js 14.11). Calebe conhecia o peso da palavra do Senhor e
sabia que, mesmo o deserto consumindo a todos, sua herança estava garantida (Nm
23.19). Quanto mais os anos se passavam, mais Calebe se fortalecia. Sua
perseverança nos contagia, porque não é fácil suportar quarenta e cinco anos de
humilhação e manter-se com a mesma força e vitalidade (Dt 8.3). Calebe viveu
pelo que acreditava e esse foi o segredo de sua inabalável fé e perseverança.
Comente com
os alunos que a vida de Calebe deve injetar em nós disposição e perseverança.
Devemos sempre enfrentar o espírito de covardia que promove rendição desde
antes da luta começar. Informe para eles que Calebe não teve medo de gigantes,
nem de montanhas, porque ele sabia que o Senhor o ajudaria a conquistá-los. Calebe
sonhou com a promessa. A nossa esperança é que você encontre sua “montanha”.
Lembre-se sempre que a referência do seu sonho é a Terra Prometida.
3 A vitória
da perseverança
Calebe não
podia embasar sua confiança nos companheiros de missão, nem tampouco esperar
qualquer reação de um povo impactado pelo medo. Ele teve que escolher entre seu
povo e seu Deus. Perseverar foi para ele remar contra a maré e sofrer até que
os dias de sentença se cumprissem.
3.1. A terra
que pisou o teu pé
Calebe jamais
pensou em desistir da terra que pisou o seu pé. Ele sabia que, mesmo habitada
por gigantes, aquela era a terra de sua herança e, se Deus havia escolhido
essa, não lhe importava outra (Dt 1.36). Calebe quis o plano original,
descartou as possibilidades de um plano “b”, não permitindo que o tempo nem as
circunstâncias aniquilassem aquela promessa. Calebe se destaca porque tinha em
seu coração uma real convicção de que Deus estava dirigindo sua vida (Js 14.7).
O próprio Deus afirmou que Calebe era homem de um espírito diferente não
somente por sua posição de fé, mas porque sua forma de agir e pensar se
destacou diante dos demais (Nm 14.24).
Explique para
os alunos que, devido à sua fé incomum, Deus prometeu dar a Calebe a maior e
melhor parte daquela terra. Informe para eles que o nome Calebe vem da palavra
“Kalev” que, no hebraico, é uma palavra composta, algo muito comum do hebraico
antigo. Assim, a sua origem pode ser decomposta em dois termos: “Kol”, que
significa “tudo ou todo”; e “Lev”, que significa “coração”. Daqui extrai-se que
“Kalev”, no seu sentido mais remoto e profundo, significa “de todo o coração”.
3.2.
Perseverança, a chave da conquista
Para muitas
pessoas, a vida, além de ser uma tarefa difícil, algumas vezes pode ser
absolutamente insuportável. E por que precisamos de perseverança? Porque ela é
essencial, a única chave que pode abrir a porta da esperança (Rm 5.35). É
mediante a perseverança que se constrói um caráter forte, sólido e esperançoso,
que nos motiva a viver e lutar por nossos ideais.
Esclareça
para os alunos que perseverança pode ser definida como: “disposição para
aceitar o que vier; a força para enfrentar os problemas de frente, determinação
para manter-se firme e discernimento para ver a mão do Senhor em tudo”. Informe
para eles que Calebe tinha um coração esperançoso (Nm 14.7), uma mente
perseverante (Nm 14.8), era animado i pelas promessas divinas e tinha razões
específicas pelas quais lutar (Nm 14.10-12).
3.3.
Praticantes, não somente ouvintes
Uma coisa é
envelhecer no Senhor, outra bem diferente é crescer no Senhor. Calebe não
somente envelheceu, ele conservou sua força através dos anos. Seria insano
alguém ouvir o médico diagnosticar sua doença e pensar que, pelo fato de ter
conversado com ele, o mal irá desaparecer repentinamente. Assim é a Palavra
ouvida sem a prática (Tg 1.25). Infelizmente, Deus não oferece uma fórmula que
produza cristãos amadurecidos da noite para o dia (Ef 4.13). Não há como fugir
dos problemas, mas podemos nos preparar para confrontar nossos reveses, encará-los,
atravessá-los e sairmos mais fortes em Cristo (Ef 6.10, 11).
Explique para
os alunos que existem muitas pessoas que vão de igreja em igreja, de uma
conferência bíblica para outra, enchendo caderno após caderno de notas, porém,
continuam sendo pessoas mal-humoradas, difíceis e irresponsáveis. Ressalte para
eles que falta-Ihes maturidade porque não praticam aquilo que ouvem (Tg 1.22).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.