O Mediterrâneo e o Dilúvio
O que a formação do mar Mediterrâneo tem a ver com o Dilúvio? E por que
os cientistas vêem uma relação entre os dois, mas relutam em admiti-la?
Lemos numa revista científica alemã:
Para muitos turistas, o mar Mediterrâneo é o paraíso por excelência – um
paraíso que nasceu de um inferno! Há mais de cinco milhões de anos, uma
terrível inundação passou durante meses pelo estreito de Gibraltar vinda do
oceano Atlântico e criou o que hoje conhecemos por mar Mediterrâneo. O impacto
dessa inundação deve ter sido imenso: por segundo, até cem milhões de metros
cúbicos de água penetraram na bacia do Mediterrâneo. Em alguns momentos, o
nível de água subiu dez metros por dia. A erosão provocada pelas massas de água
cavou um canal no estreito de Gibraltar – estima-se que esse canal tenha se
aprofundado cerca de 40 centímetros por dia. No final ele atingiu as medidas
impressionantes de 250 metros de profundidade por 200 quilômetros de
comprimento. Os pesquisadores especulam sobre o que teria causado essa
inundação. É possível que um abaixamento das placas tectônicas em Gibraltar
tenha sido o responsável. (...) Essa suposição é reforçada por dados
sismológicos: 300.000 anos antes do “Dilúvio”, o mar Mediterrâneo tinha sido
separado dos outros oceanos e tinha secado quase totalmente devido à evaporação
da água.[1]
Por que os autores colocaram a palavra Dilúvio entre aspas? Será que eles
estão querendo expressar que “sim, houve um dilúvio, mas não no sentido
bíblico”? É notável que em todos os continentes é possível encontrar sinais e
confirmações para o Dilúvio, tanto na natureza quanto nos relatos das
diferentes culturas e povos, mas que as pessoas fazem de tudo para estabelecer
teorias que permitam não confirmá-lo.
Por que não conseguem acreditar que o onipotente Criador dos céus e da
terra derramou um dilúvio mundial, e que o mar Mediterrâneo sobrou, como uma
poça gigante, quando as águas recuaram?
“Sucedeu que, no primeiro dia do primeiro mês, do ano seiscentos e um, as
águas se secaram de sobre a terra. Então, Noé removeu a cobertura da arca e
olhou, e eis que o solo estava enxuto. E, aos vinte e sete dias do segundo mês,
a terra estava seca” (Gn 8.13-14).
Escrevem então sobre um “inferno”, uma terrível “inundação” que passou
durante meses pelo estreito de Gibraltar. Tudo isso aconteceu com uma força
inimaginável e as massas de água causaram muita erosão; fala-se até mesmo de um
abaixamento das placas tectônicas. Tudo parece possível, desde que não seja o
Dilúvio bíblico. Só que exatamente este é o cenário do Dilúvio. Toda a forma
geológica da terra foi alterada de tal modo pelo impacto das águas que a Bíblia
chama o mundo de antes do Dilúvio de “mundo antigo” (2 Pe 2.5), pois o Dilúvio
fez surgir algo totalmente novo (2 Pe 3.6-7). “Envias o teu Espírito, eles são
criados, e, assim, renovas a face da terra” (Sl 104.30).
Os cientistas consideram todo tipo de teoria para explicar essa
inundação: “Os pesquisadores especulam sobre o que teria causado esta
inundação”. A resposta está na Palavra de Deus: foi o pecado. Era o juízo sobre
uma humanidade dominada pelos demônios e moralmente degenerada, que não dava
mais espaço à atuação do Espírito de Deus e à Sua Palavra, rejeitando toda e
qualquer advertência espiritual. A maldade reinava até nas camadas superiores
do povo, em governantes, celebridades, pessoas de influência (heróis), e todos
os atos e pensamentos eram dominados pelo mal (Gn 6.1-7).
Até o século 18 não havia dúvidas sobre a Criação por parte de Deus nem
sobre um Dilúvio histórico, nem mesmo entre os cientistas. Somente o Iluminismo
e a teoria da evolução que ele gerou colocaram em dúvida a revelação bíblica.
Hoje essa forma de pensar atingiu e dominou o mundo inteiro. Mas o mais irônico
em tudo isso é que as teses nas quais quase todos acreditam atualmente só
servem para comprovar a verdade bíblica que se deseja negar. Pedro, por
exemplo, escreveu sobre o fim dos tempos: “Tendo em conta, antes de tudo, que,
nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo
as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde
que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da
criação. Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem
como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, pela
qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água. Ora, os céus que
agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando
reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios” (2 Pe 3.3-7).
De acordo com esse texto, o fim dos tempos será caracterizado pelo fato
de se questionar a historicidade do Dilúvio e pela idéia de que de alguma forma
o mundo continuará sempre o mesmo. Três coisas devem chamar nossa atenção:
tudo indica que estamos vivendo nesses últimos dias;
a Bíblia tem razão em tudo; e
aqueles que questionam a verdade são chamados de zombadores. FONTE (Norbert Lieth — Chamada.com.br)
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