AS VERSÕES DA BIBLIA
ARTIGO MAURICIO
BERWALD
Antigo
Testamento
Fonte wikipedia
O Antigo Testamento, também conhecido como Escrituras
Hebraicas, tem 46 livros e constitui a primeira grande parte da Bíblia cristã,
e a totalidade da Bíblia hebraica. Foram compostos em hebraico ou aramaico.
Chama-se também Tanakh, acrônimo lembrando as grandes
divisões dos escritos sagrados da Bíblia hebraica que são os Livros da Lei (ou
Torá), os livros dos profetas (ou Nevi'im), e os chamados escritos (Ketuvim).
Entretanto, a tradição cristã divide o antigo testamento em outras partes, e
reordena os livros dividindo-os em categorias; Lei, história, poesia (ou livros
de sabedoria) e Profecias.
Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes,
profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história e
de seu relacionamento com Deus. Estes registros tinham grande significado e
importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e
passados de geração em geração.
A Lei compreende os primeiros cinco livros, tais como na
Bíblia cristã. Já os Profetas incluem: Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze
Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. Os escritos reúnem
o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de
Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2
Crônicas.
Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos
pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos
escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um pergaminho
separado, embora a Lei ocupasse espaço maior era escrito em dois grandes
pergaminhos.
O aramaico foi a língua original de algumas partes dos
livros de Daniel e de Esdras. Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de
Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que
foi escrito durante o Século II A.C. e por isso, se assemelha muito ao
pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947,
juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.
Novo Testamento
O Novo Testamento (do grego: Διαθήκη Καινὴ, Kaine Diatheke) é o
nome dado à coleção de livros que compõe a segunda parte da Bíblia cristã, cujo
conteúdo foi escrito após a morte de Jesus Cristo e é dirigido explicitamente
aos cristãos, embora dentro da religião cristã tanto o Antigo Testamento (a
primeira parte) quanto o Novo Testamento são considerados, em conjunto,
Escrituras Sagradas.
Os livros que compõe essa segunda parte da Bíblia foram
escritos a medida que o cristianismo era difundido no mundo antigo, refletindo
e servindo como fonte para a teologia cristã. Essa coleção de 27 livros
influenciou não apenas a religião, a política e a filosofia, mas também deixou
sua marca permanente na literatura, na arte e na música
O Novo Testamento é constituído por uma coletânea de
trabalhos escritos em momentos diferentes e por vários autores. Em praticamente
todas as tradições cristãs da atualidade, o Novo Testamento é composto de 27
livros. Os textos originais foram escritos por seus respectivos autores a
partir do ano 42 d.C.[5] , em grego koiné, a língua franca da parte oriental do
Império Romano, onde também foram compostos. A maioria dos livros que compõe o
Novo Testamento parece ter sido escrito por volta da segunda metade do século
I.
Fazem parte dessa coleção de textos as 13 cartas do apóstolo
Paulo (maior parte da obra, escritas provavelmente entre os anos 50 e 68
d.C.[8] ), os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João (narrativas da vida,
ensino e morte de Jesus Cristo, conhecidos como os Quatro Evangelhos), Atos dos
Apóstolos (narrativa do ministério dos Apóstolos e da história da Igreja
primitiva) além de algumas epístolas católicas menores escrito por vários
autores e que tem com conteúdo instruções, resoluções de conflito e outras
orientações para a igreja cristã primitiva. Por fim, o Apocalipse do apóstolo
João.
Nem todos esses livros foram aceitos imediatamente pela
Igreja. Alguma dessas cartas foram contestadas na antiguidade (antilegomena),
como Apocalipse de João e algumas Epístolas Católicas menores (II Pedro, Judas,
Tiago, II e III João).[9] Entretanto, gradualmente eles se juntaram a coleção
já existente que era aceita pelos Cristãos, formando o cânone do Novo
Testamento. Outros livros, como o Pastor de Hermas, a epístola de Policarpo, as
de Inácio e as de Clemente (I e II Clemente), circularam na coleção antiga de
livros que era aceita por algumas comunidades cristãs. Porém, esses livros
foram excluídos do Novo Testamento pela Igreja primitiva.
Curiosamente, apesar do Cânone do Antigo Testamento não ser
aceito uniformemente dentro do cristianismo (católicos, protestantes ,
ortodoxos gregos, eslavos e armênios divergentes quanto aos livros incluídos no
Antigo Testamento), os 27 que formam o Cânon do Novo Testamento foram aceitos
quase que universalmente dentro do cristianismo, pelo menos desde o século III.
As exceções são o Novo Testamento da Igreja Ortodoxa da Etiópia, por exemplo,
que considera autêntico o Pastor de Hermas (séc. II) e a Peshitta, Bíblia da
Igreja Ortodoxa Síria, utilizada por muitas Igrejas da Síria, que não inclui o
Apocalipse de João na lista de livros inspirados.[11]
Livros do Antigo Testamento
Diferentes tradições cristãs possuem um diferente cânone
para o Antigo Testamento. A Igreja Católica Romana utilizou , a partir do
século I, como canônica a versão chamada Septuaginta, que foi uma tradução dos
escritos hebraicos para o grego, feita antes mesmo do fechamento do cânone
hebraico na tradição judaica. Assim, a Septuaginta inclui material que não foi
incluído na Bíblia Hebraica farisaica, de fontes diferentes e divergentes,
diferente da Bíblia Hebraica egípcia e etíope que possuem o antigo testamento
igual ao católico, inclusive material original já escrito em grego. Os
defensores da reforma protestante excluíram do cânone todos os livros ou
fragmentos que não correspondiam ao texto hebraico massorético, e como resposta
a isso o Concílio de Trento reafirmou em 1546 e determinou que os livros de
Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, 1° Macabeus e 2° Macabeus, os
capítulos 13 e 14 e os versículos 24 a 90 do capítulo 3 de Daniel, os capítulos
11 a 16 de Ester (todos existentes em língua grega) deveriam ser respeitados
como canônicos, como assim o erram desde o inicio da igreja primitiva.
Em outras tradições cristãs existe mais material adicional,
como por exemplo na Bíblia Etíope e na Bíblia Copta. A tradição reformada optou
por seguir o cânone estabelecido pela tradição judaica farisaica, porém
mantendo a diferente ordem dos livros.
Livros do Novo Testamento
Os 27 livros do Novo Testamento foram escritos em diversos
lugares e por autores diferentes que classificaram seus Escritos como
inspirados, ao lado dos Escritos do Antigo Testamento. Entretanto,ao contrário
do Antigo Testamento, o Novo foi produzido em um curto espaço de tempo, durante
menos de um século. Esses livros eram respeitados, colecionados e circulavam na
igreja primitiva como Escrituras Sagradas. O fato desses livros terem sido
lidos, citados, colecionados, e passados de mão em mão dentro das igreja do
início do cristianismo, assegura que a Igreja Primitiva tinham eles como
proféticos ou divinamente inspirados desde o começo. A divisão do Novo
Testamento em seções e versículos é atribuída a Amônio de Alexandria, do século
III, e à Eutálio de Alexandria, no século V d.C., que continuou o trabalho de
Amônio.
Versões da Bíblia em hebraico
O Codex Aleppo ou Códice de Alepo no (Hebraico: כֶּתֶראֲרָםצוֹבָא, (sˁovɔʔ ʔăɾɔm de kɛθɛɾ) Keter Aram Tsova é o
mais antigo e completo manuscrito[16] da Bíblia Hebraica de acordo com o
Tiberiano Massorá, produzido e editado pelo respeitado massoreta Aaron ben
Moses ben Asher. Datado de 930 d.C., cerca um terço dele, inclui quase toda a
Torá. Considera-se o manuscrito original de maior autoridade massoreta, que
segundo a tradição familiar, estas Escrituras Hebraicas foram preservadas de
geração em geração.[17] Assim o Códice de Alepo é visto como fonte original e a
maior autoridade para o texto bíblico e os rituais judaicos. Este provou ter
sido o texto mais fiel aos princípios dos Massoretas. O Códice de Alepo tem uma
longa história de consultas pelas autoridades rabínicas. Os estudos modernos
mostraram-no como a mais exata representação dos princípios massoréticos que
podem ser encontrados em todo o manuscrito, contendo pouquíssimos erros entre
os milhões dos detalhes ortográficos que compõem o texto massorético.
O Codex de Leningrado ("Codex Leningradensis, L")
catalogado com a sigla "Firkovich B 19", é um dos mais antigos e
completos manuscritos do texto massorético da Bíblia hebraica, escrito em
pergaminho e datado de 1008 EC, de acordo com o Colophon (book), é a cópia
completa mais antiga das Escrituras Hebraicas do mundo. Este manuscrito serve
como texto básico para modernas traduções da Bíblia, e encontra-se na famosa
Biblioteca Pública de São Petersburgo Leningrado, Rússia. . Atualmente, o
Códice de Leningrado, é o mais importante texto Hebraico reproduzido na Rudolf
Kittel's Biblia Hebraica (BHK),(1937) e na Bíblia Hebraica Stuttgartensia
(BHS), (1977). Serve também como uma fonte para que eruditos trabalhem na
recuperação de detalhes nas partes faltantes do Codex de Aleppo.
Versões da Bíblia em samaritano
Pentateuco Samaritano ou Torá Samaritana é o nome que se dá
à Torá usada pelos judeus samaritanos. Os samaritanos recusam o restante dos
livros do Tanakh, aceitando apenas os cinco livros da Torá como inspirado. Os
samaritanos os rejeitam por não aceitá-lo como vindo de Deus. O Pentateuco
samaritano está escrito no alfabeto samaritano, que é diferente do hebraico e
era a forma de escrita usada antes do cativeiro babilônico (cerca de 597-586
a.C). Além da linguagem diferente, existem outras discrepâncias entre o Texto
Massorético e a Torá Samaritana. Um exemplo é que na versão samaritana dos Dez
Mandamentos, onde Deus conclama o povo que construa o altar no Monte Gerizim. O
Pentateuco Samaritano ficou conhecido mundialmente, quando Pietro della Valle
trouxe de Damasco em 1616 uma cópia do texto. Mesmo assim essa versão do texto
samaritano não é absoluta. Em Q'umran foram encontrados fragmentos do texto que
combinam com o Texto Massorético, como por exemplo não trazer nenhuma
referência ao Monte Gerizim.
Versões da Bíblia em aramaico
A Peshito ou Peshitta, é a versão padrão da Bíblia no idioma
siríaco (ܠܫܢܐ ܣܘܪܝܝܐ - L'shana Suryaya) do
século II.O nome “Peshitta” é conhecido como derivado do siríaco mappaqtâ pshîṭtâ (ܡܦܩܬܐ ܦܫܝܛܬܐ), significando
literalmente “a versão simples”. Entretanto, é também possível traduzir o nome
pshîṭtâ como “terra comum”
(isto é, para todos os povos), ou “correto”, traduzido usualmente como “simples”.
Siríaco (Sy) é um dialeto, ou grupo de dialetos, do Aramaico oriental.
Escreve-se no alfabeto siríaco, e é transliterado para o alfabeto latino de
diferentes maneiras: Peshitta, Peshittâ, Pshitta, Pšittâ, Pshitto, Fshitto.
Versões da Bíblia em grego
O Codex Vaticanus, também conhecido como Manuscrito 'B' ou
03 (Gregory-Aland), pertence ao século III. Foi considerado por Westcott e Hort
como o melhor manuscrito grego do Novo Testamento. É um dos manuscritos mais
antigos da Bíblia, sendo inclusive ligeiramente mais antigo que o Codex
Sinaiticus. Ele é um dos manuscritos unciais, isto é, escritos em letras gregas
maiúsculas. O Manuscrito Vaticanus originalmente contém uma cópia completa da
Septuaginta, com exceção de 4 Macabeus e a Prece de Manassés. A ordem dos
livros do Antigo Testamento é como segue: de Gênesis a 2 Crônicas está na ordem
normal, depois aparecem 1 e 2 Esdras, Salmos, Provérbios, Eclesiastes,
Cantares, Jó, Sabedoria, Eclesiástico, Ester, Judite, Tobias, os profetas
menores de Oséias a Malaquias, e os profetas maiores Isaías, Jeremias, Baruc,
Lamentações, Jeremias, Ezequiel e Daniel. O Novo Testamento do Codex Vaticanus
contém os Evangelhos, Atos, as Epístolas Gerais, as Epístolas de Paulo e
Hebreus (até Heb 9:14, καθα [ριει); assim falta I e II Timóteo, Tito, Filemon e
o Apocalipse. Estas páginas faltantes foram substituídas por um manuscrito
cursivo do século XV (No. 1957). O grego é escrito sem espaços entre as
palavras, continuamente, e as letras originais foram reescritas mais tarde por
um escriba do século XI. A pontuação é rara (os acentos foram adicionados por
um escriba num período mais tardio). O manuscrito contém misteriosos pontos
duplos (também chamados de "umlauts") nas margens do Novo Testamento,
que parecem marcar lugares onde havia incerteza textual. Há 795 destes pontos
duplos no texto e aproximadamente outros 40 que são incertos. A data destas
marcações é disputada entre os especialistas.
O Codex Sinaiticus, também conhecido como Manuscrito 'Aleph'
(primeira letra do alfabeto hebraico), é um dos mais importantes manuscritos
gregos já descobertos, pois além de ser um dos mais antigos doséculo III), e o
único codex que contém o Novo Testamento inteiro. Atualmente acha-se no Museu
Britânico (Additional 43725).] Juntamente com o Codex Vaticanus, é um dos mais
importantes manuscritos gregos para o Criticismo Textual, além do texto da
Septuaginta. É escrito em quatro colunas por página, 48 linhas por página. As
letras não contem acentos e respirações. Contém as Seções Amonianas, e os
Cânones Eusebianos.
O Codex Alexandrinus, também conhecido como Manuscrito 'A',
pertence à primeira metade do século IV. Este códice contém a Septuaginta e
grande parte do Novo Testamento. Juntamente com o Codex Sinaiticos e com o
Codex Vaticanus, este é um dos mais completos manuscritos gregos antigos da
Bíblia. Este manuscrito recebe o nome de Alexandria, lugar onde se acredita que
ele foi originalmente escrito. O texto deste codex foi escrito em grego uncial,
disposto em duas colunas, com 46 a 52 linhas por coluna e 20 a 25 letras por
linha. As linhas iniciais de cada livro são escritas em vermelho e cada uma das
seções é marcada com uma grande letra na margem.[19] O manuscrito contém a
cópia completa da LXX, incluindo os livros de III e IV Macabeus, Salmo 151 e o
14 Odes. A Epístola a Marcellinus, atribuída a Atanásio, bem como o sumário dos
Salmos, atribuído a Eusébio, foram acrescentados antes do Livro de Salmos. Este
codex também contém todos os livros do Novo Testamento, incluindo acrécimos de
I e II Clemente. Contém tábulas do κεφαλαια, κεφαλαια, τιτλοι, as Seções
Amonianas, e os Cânones Eusebianos.[21] A proveniência original deste
manuscrito é desconhecida. Uma nota em Latim, provavelmente do século XVII,
declara que o manuscrito foi dado de presente para o patriarca de Alexandria no
ano de 1098. Em 1621, o patriarca de Constantinopla, Cirilo Lucas, presenteou-o
a Carlos I de Inglaterra. Hoje encontra-se no Museu Britânico.
Versões da Bíblia em latim
Vetus Latina foi o nome comumente dado aos textos bíblicos
traduzidos para o latim antes da tradução de São Jerônimo, conhecida como
Vulgata.Vetus Latina é uma expressão em latim que significa "Latim
Antigo". Com a pregação do cristianismo por todo Império Romano, houve a
necessidade de se traduzir os escritos bíblicos para os cristãos que não liam o
grego ou o hebraico. Acredita-se que esta tradução dos escritos bíblicos seja
do início do século I, e que foram realizadas por tradutores informais.
Vulgata é a forma latina abreviada de vulgata editio ou
vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução ou
leitura de divulgação popular" - a versão mais difundida (ou mais aceita
como autêntica) de um texto.
No sentido corrente, Vulgata é a tradução para o latim da
Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerónimo, a
pedido do bispo Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Cristã e ainda é muito
respeitada.
Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da
língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento,
incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos
de séculos seguintes.
No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o
importante biblista São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o
latim e revê a Vetus Latina.
A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de
compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única,
versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da
tradução grega conhecida como Septuaginta. No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e
revisou textos. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi
usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte
para diversas traduções.
O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão
de divulgação para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano, usado na
distinção consciente ao latim elegante de Cícero, o qual Jerônimo considerava
seu mestre.
A denominação Vulgata consolidou-se na primeira metade do
século XVI, sobretudo a partir da edição da Bíblia de 1532, tendo sido
definitivamente consagrada pelo Concílio de Trento, em 1546. O Concílio
estabeleceu um texto único para a Vulgata a partir de vários manuscritos
existentes, o qual foi ratificada mais uma vez como a Bíblia oficial da Igreja,
confirmando assim os outros concílios desde o século II, e a essa versão ficou
conhecido como Vulgata Clementina.
Após o Concílio Vaticano II, por determinação de Paulo VI,
foi realizada uma revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. Esta
revisão, terminada em 1975, e promulgada pelo Papa João Paulo II, em 25 de abril
de 1979, é denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida como a nova Bíblia
oficial da Igreja Católica .
Versões da Bíblia em inglês
A Bíblia de Wycliffe é o nome dado a um conjunto de
traduções da Bíblia para o Inglês médio, feitas sob a direção de John Wycliffe.
Elas surgiram aproximadamente ao longo de um período entre os anos de 1382 e
1395. Estas traduções bíblicas foram a causa inspiradora do movimento
pré-Reforma Protestante dos lolardos, que rejeitava muitos dos ensinamentos da
Igreja Católica.
A Bíblia do rei James (em português Jaime ou Tiago), também
conhecida como Versão do rei James ou Bíblia KJV (em inglês: Authorized King
James Version, Versão Autorizada do rei Jaime), é uma tradução inglesa da
bíblia realizada em benefício da Igreja Anglicana, sob ordens do rei Jaime I. A
primeira publicação data de 1611, causou um profundo impacto não apenas nas
traduções inglesas posteriores, mas na literatura inglesa como um todo. As
obras de autores famosos como John Bunyan, John Milton, Herman Melville, John
Dryden e William Wordsworth estão repletas de aparentes inspirações nesta
tradução da Bíblia. Versões como a New King James Version são revisões de seu
texto. Importante não só na literatura inglesa, a Bíblia do rei James também
causou profundo impacto social na Inglaterra do século XVII e inclusive a ela
alguns historiadores relacionam papel importante nas próprias revoluções
inglesas do século XVII. A combinação de uma versão da Bíblia em vernáculo,
assim como os custos cada vez mais baixos de impressão fizeram com que a Bíblia
do rei James fosse rapidamente distribuída e largamente lida por praticamente
todas as camadas sociais inglesas.
Como resultado, a bíblia se torna o centro de todas as
discussões e é utilizada largamente para embasar ideologias. Pode-se dizer que
a Bíblia do rei James traz uma resignificação para a bíblia no período; até
então livro o qual poucos obtinham acesso para leitura, sua tradução e
barateamento de custo alto de produção, pois era manuscrita e a sua confecção
não demorava menos de dois anos por unidade, então com a subseqüente
distribuição em larga escala, causa um fenômeno novo dentro do cristianismo: a
bíblia passa a ser lida pela população. Até hoje esta versão da Bíblia é
respeitada por muitos cristãos, sendo que até existem grupos que a consideram a
melhor tradução já feita até hoje da Bíblia.[carece de fontes]
A Bíblia de Genebra é a segunda mais popular versão da
Bíblia no idioma inglês, ficando atrás apenas da King James. Versões em outros
idiomas, baseadas na edição inglesa, foram produzidas em países onde o
calvinismo possui adeptos. Sua edição em português é publicada pela Editora
Cultura Cristã, vínculada à Igreja Presbiteriana do Brasil.
Versões da Bíblia em espanhol
A Bíblia Reina-Valera que alcançou muita ampla difusão
durante a Reforma protestante do Século XVI, representa a primeira tradução
castelhana completa, direta e literal dos bíblicos textos em grego, hebraico e
aramaico, e deve seu nome à suma de esforços de Casiodoro de Reina, seu autor
principal, materializados na Bíblia do Urso (Basiléa, Suíça, 1569), e de
Cipriano de Valera, seu primeiro revisor, materializados na Bíblia do Cântaro
(Amsterdam, Países Baixos, 1602).
Versões da Bíblia em alemão
A Bíblia de Lutero (ou Bíblia Luther) é uma tradução alemã
da Bíblia, produzida por Martinho Lutero, impressa pela primeira vez em 1534.
Esta tradução é considerada como sendo em grande parte responsável pela evolução
da moderna língua alemã. "A tarefa de traduzir a Bíblia, que ele assumiu,
o absorveu até o final de sua vida." [23] Em (1521 - 1522) Lutero começou
a traduzir o Novo Testamento para o Alemão, a fim de torná-la mais acessível a
todas as pessoas do "Sacro Império Romano-Germânico". Ele usou a
segunda edição de Erasmo de Roterdão do Novo Testamento grego (1519). O grego
texto de Erasmo viria a ser conhecido como Textus Receptus. Para ajudá-lo na
tradução Lutero fez incursões nas cidades próximas e nos mercados para ouvir as
pessoas falando. Ele queria garantir que sua tradução seria a mais próxima
possível da linguagem contemporânea. A Bíblia Luther Foi publicada em setembro
de 1522, seis meses após ele ter retornado a Wittenberg.
Fonte Wikipédia
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