Escola
Dominical - Lição 12
O princípio de honrar aos pais
LIÇÃO 12 – 20 de dezembro de 2015 – BETEL
TEXTO
AUREO
“Portanto,
dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a
quem temor, temor; a quem honra, honra.” Rm 13.7
Comentarista:
Pastor José Fernandes Correia Noleto
VERDADE
APLICADA
A honra
é um mandamento divino que redunda em felicidade e vida prolongada.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
•
Esclarecer os princípios da honra, sua relação com a vida e a maldição
resultante da desonra.
•
Ensinar a diferença entre função e posição, a proteção dos pais e como devem
investir tempo com seus filhos;
•
Mostrar como os pais devem ser exemplo, inspirar confiança a seus filhos e como
são merecedores de honra.
TEXTOS
DE REFERÊNCIA
Dt
27.16 - Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe. E todo o povo
dirá: Amém.
Mt 15.5
- Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser
ao pai ou à mãe, certamente morrerá
Ef 6.1
- Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Ef 6.2
- Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;
Ef ô.3
- Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
Ef 6.4
- E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e
admoestação do Senhor.
Introdução
A maior
crise no desenvolvimento social de qualquer país é a ausência de pais no lar.
Enquanto muitos tentam redefinir o casamento, estudos científicos comprovam que
não existe um substituto para os genitores.
O princípio
da honra
Já
estamos na 12ª lição de nossa Revista, e, este penúltimo estudo do ano traz um
assunto extremamente atual e preocupante.
Está
claro que uma das estratégias mais contundentes, senão a mais efetiva e
destruidora do inimigo é minar a instituição da família. Ele sabe que, se
conseguir destruir o que Rui Barbosa chama com propriedade de “a célula mater
da sociedade”, estará mais próximo da consecução de seus sórdidos objetivos.
Deus criou a família de forma perfeita, perpetuando nossa descendência através
da inter-relação familiar. Os pais ensinam, advertem, educam, guiam, protegem e
preparam seus filhos para a vida adulta, embasados nas experiências por eles
vividas.
Em
contrapartida, os filhos obedecem, respeitam, honram e se norteiam pelas atitudes
e conselhos de seus pais, para alcançarem seus objetivos presentes e futuros.
Há um componente nesta equação, porém, que não pode ser mensurado. É o amor que
os pais devotam a seus filhos, que deve ser recíproco e inabalável. Os filhos,
por natureza, amam aos pais, respeitam suas observações e conselhos e até se
espelham em suas atitudes.
Neste
mundo pós-moderno, porém, a inversão dos valores sociais, a influência da
mídia, dos comportamentos “diferentes” e vários outros fatores, formam uma teia
que enreda as crianças e adolescentes, fazendo com que se rebelem contra quem
os gerou e educou. E é contra essa tentativa de burlar a Lei de Deus que
devemos reagir, incutindo em nossos filhos os verdadeiros valores cristãos.
Tenham
todos uma aula abençoada.
1. O
princípio de honrar aos pais
A
educação dos filhos começa no lar. É responsabilidade dos pais ensinar seus
filhos e prepará-los para serem pessoas íntegras, produtivas e responsáveis.
1.1.
Uma definição de honra
A
palavra honra se deriva do latim “honor”, que significa: respeitar, decorar ou
ornamento. De acordo com o dicionário, a palavra honra tem os seguintes
significados: grande respeito e estima dada a outrem; nobreza de mente,
retidão; dignidade, especialmente a que se outorga a altas posições; cortesia
social. No hebraico é “hadar”, e sempre indica sinais de respeito, obediência a
pessoas e leis (Pv 21.21). A honra é o resultado da soma de todas as virtudes.
É o justo sentimento de reconhecimento, não somente de uma posição em si, mas
de alegria em dar a outrem aquilo que é por si mesmo ou conquistou (Rm 12.10;
13.7).
Explique
para os alunos que a honra, além de ser uma qualidade moral que leva o
indivíduo a cumprir os deveres para com os outros e consigo mesmo, é um
mandamento divino que redunda em felicidade e vida prolongada. Comente com eles
que temos a tendência de pensar que honrar nossos pais significa meramente
obedecer-lhes. Não há dúvida, porém, de que o Senhor tinha em mente mais do que
isso, quando disse: “Honra a teu pai e a tua mãe”. Os dicionários dão diversas
definições da palavra honra. A maioria delas se relaciona à consideração, ao
respeito, estima e admiração e alta reputação. Honrar pai e mãe significa mais
do que prestar-lhes obediência e respeito. Significa amá-los sem restrições,
porque desejamos. Esclareça para eles que, se realmente honramos nossos pais,
obedecemos aos seus justos desejos e escutamos seus sábios conselhos.
1.2.
Honra aos pais, um mandamento com promessa
Tanto
no Antigo quanto no Novo Testamento, a honra aos pais aparece vinculada a uma
vida longa (Êx 20.12; Ef 6.2, 3). Isso não é mágica ou milagre, é uma realidade
social. Se os pais forem responsáveis para com seus filhos e não fracassarem,
não haverá tanta violência no mundo; os jovens completarão maior idade sem o
risco de morrer na juventude. Esse é um mandamento com promessa: “Honra a teu
pai e a tua mãe. Para quê? Para que te vá bem e vivas muito tempo sobre a
terra”. O que isso significa? Menos delinquentes no mundo, prisões vazias, vida
prolongada, paz nos lares, amizade entre pais e filhos. É isso que Satanás
almeja destruir com a desintegração da família.
Explique
para os alunos que é dever dos filhos honrar seus pais. Comente com eles que a
honra aos pais, diante de Deus, garante sucesso e vida longa (Dt 5.16; 6.6-9,
Pv 22.6). Esclareça para eles que, como acontece com todos os mandamentos, o
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e o exemplo de como devemos guardar o
mandamento de honrar nossos pais. Mesmo na hora de Seu sofrimento na cruz,
Jesus demonstrou preocupação por Sua mãe terrena (Jo 19.26, 27).
1.3. A
desonra e a repentina ceifa
Deus
vinculou honrar aos pais a uma vida longa, isto significa que a taxa de
mortalidade de um país está relacionada à desonra aos pais (Pv 20.20). Jesus
está se reportando aqui aos filhos maldizentes, aqueles que falam mal de seus
pais, que são injustos e que os traem negando suas responsabilidades (Pv 17.25;
23.22). A desonra aos pais é um mal que assola as nações, o que resulta em uma
maldição nacional (Ml 4.6). Os noticiários estão cheios de histórias bizarras
envolvendo filhos e pais, jovens morrendo prematuramente e a única maneira de
frear essa maldição é não fracassando na paternidade.
Esclareça
para os alunos o texto de Mateus 15.4: “Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a
teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá”.
Mostre para eles que a palavra “maldição” está sempre associada à morte (Mt
21.19). Devemos refletir muito neste assunto porque, ao fracassar em nossa
paternidade, poderemos estar produzindo uma geração de filhos imprestáveis, que
trarão sérios danos às famílias e ã nação. Ser pai é muito mais que gerar um
filho. O que é honrar? Comente com eles que honrar não é somente obedecer. Esaú
obedecia a seu pai, agradava-o, mas tomou atitudes que vieram a desonrá-lo
gravemente (Gn 25.34, 35). Esclareça para eles que honrar não é buscar somente
a prosperidade material. O jovem Absalão foi amado por seu pai, o rei Davi,
desde o seu nascimento até a sua morte. No entanto, seu interesse materialista
resultou na desonra do seu pai e em sua própria morte (2Sm 18.9).
2. Pais
responsáveis, filhos idôneos
Não é o
fato de gerar um bebê que nos torna pais. Qualquer esperma que atingir um óvulo
vai fecundá-lo, isso inclui também os animais. Paternidade é diferente de
concepção biológica. Ser pai é uma posição e uma função, não um título ou um
nome.
2.1. A
diferença entre função e posição
Explique
para os alunos que o pai funciona com uma fonte nos momentos em que os filhos
precisam de ajuda, conselho e socorro. Ser pai é funcionar. Reforce que é
exatamente essa função que Deus manda honrar. Mostre para eles também que a
palavra hebraica para pai é “aba” e "aba” representa a descrição de uma
função. Um pai é uma fonte que gera e toda fonte sustenta o que dela é
produzido. É isso que nos identifica como pais (Is 43.7).
2.2.
Pais são protetores
A
experiência de vida conduz os pais a calcular os riscos e os benefícios das
ações e atitudes, levando-os a optar pelo que seja prático e seguro.
Geralmente, os filhos agem pelos impulsos e só depois é que pensam nas
consequências. Funcionar como pai é sempre se lembrar dos erros da juventude e
prevenir os filhos para que não repitam os mesmos deslizes (Pv 22.15). Proteção
é um fator real na vida paterna e isso independe da idade que os filhos
alcancem. E o que não dizer das mães? Elas são tão protetoras que sentem a
necessidade de estar a todo tempo cuidando, até mesmo depois que os filhos se
casam. Esse é um instinto natural dos pais (Is 49.15).
Explique
para os alunos que o único perigo é quando esse cuidado dos pais vem em forma
de superproteção, porque pode se tomar em um ponto negativo no caráter dos
filhos.
2.3.
Pais gastam tempo com os filhos
Existem
coisas que, como pais, acreditamos ser importantes para nós. Porém, elas podem
não ter a mesma importância para nossos filhos. Provavelmente, eles não se
lembrarão ou não darão muita relevância às situações que consideramos de grande
valor. Existem algumas coisas que são simples, mas que marcam a vida e deixam
impressões que nunca se apagarão (Pv 22.6). Uma dessas coisas é termos tempo
para passar com nossos filhos. Esses momentos comuns e gloriosos dos quais eles
jamais tirarão da lembrança (Ec 3.1). A maior glória que um pai ou uma mãe pode
alcançar é fazer algo que seus filhos considerem de extrema importância, não
importando quão simples ou trivial possa parecer.
Informe
para os alunos que uma boa definição de pai seria: “Aquele a quem os filhos
desejam imitar”. Certamente, um filho não pode imitar um pai ausente (ICo
11.1). Ressalte para eles que esse é o grande problema da humanidade sem Deus.
Como imitá-lo estando longe de Sua presença e convívio?
3.
Conselhos importantes aos pais
Neste
tópico, destacaremos três pontos importantes que podem em muito nos ajudar no
convívio com nossos filhos.
3.1. Os
pais devem ser exemplos
Os
filhos são grandes aprendizes. Eles assimilam melhor pela observação e pela
imitação. Por isso, não devemos viver de uma maneira e dizer aos nossos filhos
para que vivam de outra. O velho ditado “faça o que eu digo e não faça o que eu
faço” é uma receita pronta para a falência dos pais. Se nossas palavras dizem
algo e nossas atitudes representam outra coisa, os nossos filhos escolherão
reconhecer as atitudes e ignorar nossos aconselhamentos. Por essa razão,
precisamos ser muito cuidadosos e viver exatamente do modo que desejamos que os
nossos filhos vivam (Pv 17.6).
Explique
para os alunos que as crianças aprendem muito mais por meio de exemplos do que
pelas palavras. Elas imitam as pessoas com quem têm mais convivência (Pv
20.11). Ressalte para eles que, à medida que as crianças crescem, as
responsabilidades e os deveres são acrescidos. Filhos não se educam sozinhos e
a intenção de Deus nunca foi essa. Nós, pais, precisamos instruí-los e
treiná-los por meio de nossa força espiritual no Senhor para que alcancem
sucesso na vida. E é justamente isso que nossos filhos esperam de nós.
3.2. Os
pais devem respeitar os filhos e inspirar neles confiança
Deus
fez as crianças para brincar. É justamente assim que elas conseguem aprender e
se tornam criativas. Elas aprendem a socializar e a relacionar-se com outras
pessoas adequadamente por meio de jogos e brincadeiras e não pelo trabalho.
Crianças não são adultos em miniaturas. É errado tratá-las dessa maneira. Elas
precisam de uma orientação paciente e instruções cuidadosas, disciplina
consistente e limites claros e definidos (Pv 22.15; Cl 3.21). Todas essas
coisas são vitais para gerar na criança um sentimento de segurança e proteção.
Quando se sentem protegidas, elas crescem livre do medo, da ansiedade e dos
problemas psicológicos. Não podemos tratá-las como serviçais e escravas dentro
de casa.
Informe
para os alunos que existem pais que esperam e exigem muito das crianças.
Reforce para eles que nosso trabalho como pais não é treinar bons trabalhadores
para suprir nossas horas de ausência, mas criar uma descendência idônea (Sl
45.16).
3.3. Os
pais devem ser honrados
Se
honrar é um mandamento, é possível que os pais possam ser desonrados (Mt 15.5).
Se Deus dá uma ordem é porque essa ordem pode também não ser cumprida e isso
implica em que devemos fazer jus a tal merecimento. A honra deve ser dada
àqueles que cumprem verdadeiramente seus deveres como pais. Mesmo que não sejam
pais biológicos, contanto que tenham a posição e funcionem (Em 13.7). Abraão
foi chamado “pai de uma nação” porque funcionou como uma fonte. Ele não somente
gerou a Isaque, mas cuidou dele, e o treinou e mentoriou para se tornar um
crente em Jeová exatamente como ele (Gn 17.1-9; 26.1-5).
Mostre
para os alunos que Isaque fez o mesmo com sua descendência e assim surgiu a
nação de Israel. O futuro de uma nação depende de funcionarmos como pais.
Abraão não é considerado pai de nações pela biologia, mas pela funcionalidade.
Ressalte para eles que a maior crise para os homens é a ausência de pais como
modelos. A maioria dos filhos não quer ser como seus pais. Alguns agem como
professores, mas nunca como pais. Os filhos têm professores o dia inteiro. Eles
precisam de pais que participem com eles, que lhe auxiliem, que dialoguem, que
em vez de cobranças, chorem com eles, brinquem com eles e lhes conquistem. É
preciso compreender que jamais poderemos liderar aqueles a quem não
conquistamos.
Conclusão
O nosso
cotidiano e as muitas responsabilidades do lar podem nos distanciar de nossos
filhos e, no afã de reparar o tempo perdido, suprimos essa ausência com
presentes. É preciso entender urgentemente que o melhor presente que um filho
pode receber é um pai presente.
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PAZ DO SENHOR
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