OBEDIENCIA
DE ISAQUE SUBSIDIO JUNIORES
Deus diz a Abraão: “Toma agora o teu
filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas… oferece-o ali em holocausto”
(Gênesis 22.2). Observe a ênfase. Não foi um pedido ou uma gentileza. Foi uma
ordem direta e objetiva, sem espaço para argumentações ou queixas. E Abraão
obedece sem titubear: imediatamente se levanta, ainda de madrugada, toma dois
servos e seu filho Isaque, corta a lenha e parte para a terra de Moriá (Gn
22.3).
Somente no terceiro dia
de viagem ele vê de longe o lugar indicado por Deus para o sacrifício. A Bíblia
não relata o que houve nesses três dias. Fico com a possibilidade do silêncio.
Não que eles não tenham conversado durante o percurso, mas creio que Abraão
preferiu se calar a respeito de sua dura missão. Talvez para poupar o filho.
Talvez para não falar o que não devia sobre o que ainda tentava compreender.
Aos servos é dada uma
incumbência: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo
adorado, tornaremos a vós” (Gn 22.5). Abraão estava certo de que retornaria com
seu filho. Ele havia recebido uma promessa e pela fé considerava que “Deus era
poderoso para até dentre os mortos [seu filho] ressuscitar” (Hebreus 11.18).
Isaque, crescido o
bastante para carregar a lenha (Gn 22.6), estranha o fato de não levarem animal
algum ao lugar do sacrifício: “…onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn
22.7). Abraão responde de pronto: “Deus proverá” (Gn 22.8). Tendo preparado
tudo, Abraão amarra o seu filho e o deita sobre o altar em cima da lenha (Gn
22.9).
O jovem Isaque era forte
o bastante para levar a lenha, atento para perceber a ausência do animal para o
sacrifício e bem inteligente para reconhecer que ele mesmo era o sacrifício
àquela altura dos acontecimentos… Por que então permitiu ser amarrado e
colocado no altar? Por que não fugiu? Por que não clamou aos dois servos por
socorro? Por que não lutou por sua vida?
Abraão deu o melhor que
tinha. Isaque deu a si mesmo, porque confiava em seu pai e no Pai da
Eternidade. Fé e obediência são dois lados de uma mesma moeda: Confiar na
Palavra de Deus e seguir o que Ele determinar, ainda que esta Palavra seja:
“Anda sobre as águas” ou “Continue em frente, o mar se abrirá”. A obediência é
provada também no silêncio entre a ordem dada e o cumprimento das promessas.
Deus proveu o cordeiro (Gn 22.13). Ele sempre proverá o que precisamos quando
confiamos Nele (Gn 22.14).
Passados estes
acontecimentos, a Bíblia relata que Abraão recebe boas notícias: Naor, seu
irmão, teve oito filhos e alguns netos (Gn 22.20-23). Uma destas crianças é
Rebeca, que depois vem a ser esposa de Isaque. Os planos de Deus para nós são
planos de paz e não de mal, para nos dar esperança e um futuro (Jeremias
29.11).
Você pode estar
atravessando circunstâncias adversas por causa do chamado de Deus. Você pode
estar sendo provado agora mesmo.
A provação é um tempo de
enfrentarmos medos, de nos calarmos e abrirmos mão do que gostamos. Às vezes
nos vemos amarrados, colocados como sacrifício no ministério, na vida
profissional, na vida interior; aparentemente injustiçados e um tanto perdidos.
Tenha em mente que a fé implica em obediência, e a obediência é um ato de fé.
Deus proverá tudo o que você precisa. Confie Nele. Espere Nele. Todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8.28).(notas gospel +)
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