LIÇÃO 5: A
EVANGELIZAÇÃO URBANA
E SUAS ESTRATÉGIAS
Texto
Áureo
“E
aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos,
partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles." (Mt 11.1).
Verdade
Prática
A
evangelização urbana é o primeiro desafio missionário da igreja e o estágio
inicial para se alcançar os confins da terra.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
– Mt 21.10: O Evangelho alvoroça a cidade
Terça
– Mc 6.33: O Evangelho atrai as cidades
Quarta
– Mt 23.34: Cidade, onde o Evangelho é perseguido
Quinta
– Lc 5.12: O Evangelho curador na cidade
Sexta
– At 8.5-8: O Evangelho traz alegria à cidade
Sábado
– At 5.16: O Evangelho de poder na cidade
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Atos
2.1-12
1
E, CUMPRINDO-SE o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo
lugar;
2
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e
encheu toda a casa em que estavam assentados.
3
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram
sobre cada um deles.
4
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas,
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5
E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações
que estão debaixo do céu.
6
E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque
cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7
E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são
galileus todos esses homens que estão falando?
8
Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9
Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia,
Ponto e Ásia,
10
E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros
romanos, tanto judeus como prosélitos,
11
Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das
grandezas de Deus.
12
E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que
quer isto dizer?
HINOS
93, 224 601 DA HARPA Cristã
OBJETIVO
GERAL
Compreender
que a evangelização urbana é o primeiro desafio missionário da igreja.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I.
Apresentar estratégias urbanas de evangelismo.
II.
Mostrar os desafios da evangelização urbana.
III.
Saber como fazer evangelismo urbano
•
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Evangelizar
os centros urbanos é um dos maiores desafios da Igreja no século 21, pois,
segundo dados da ONU, 54% da população mundial vive nas grandes cidades. Com o
crescimento da população urbana vêm também os problemas e desafios.
É
preciso atenderas necessidades da população, mas nem sempre essas necessidades
são atendidas, gerando falta de habitação, transporte, energia, desemprego,
etc. Muitos não têm direito aos serviços básicos como educação e saúde
garantidas.
Como
Igreja, não podemos fechar os olhos para a realidade enfrentada nos centros
urbanos.
O
que fazer para alcançar essas pessoas?
Temos
que ir até elas. Precisamos orar e pedir a Deus estratégias para sairmos das
quatro paredes dos templos e sermos "sal" fora do saleiro.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, veremos algumas estratégias a serem usadas na evangelização de uma
cidade.
Trataremos
também dos desafios enfrentados pelo evangelista nessas áreas e, finalmente,
mostraremos como efetivar a conquista de uma área urbana. Esta, se bem
conduzida, resultará na difusão integral da Palavra de Deus.
Por
esta razão, é urgente coordenar todas as nossas ações na abordagem de uma
cidade, para que sejam implementados os pontos básicos do evangelismo
autenticamente bíblicos: discipulado, estabelecimento de igrejas e missões.
I
– ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELIZAÇÃO
Na
evangelização urbana, levemos em conta a estratégia de Jonas, do Pentecostes e
dos pioneiros pentecostais.
1.
A estratégia de Jonas.
O
profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive com o juízo de Deus.
Por
isso, traçou uma estratégia simples, porém eficaz: “E começou Jonas a entrar
pela cidade caminho de um dia, e pregava, dizendo: Ainda quarenta dias, e
Nínive será subvertida" (Jn 3.4).
Ele
usou as vias principais da capital assíria para apregoar a mensagem divina
que, dessa forma, não demorou a chegar ao rei (Jn 3.6).
Na
evangelização de uma área urbana, escolha pontos estratégicos: avenidas,
praças, terminais de ônibus, trens e metros para o evangelismo pessoal. Se
possível, também faça uso de outdoors, programas de rádio e serviço de som para
anunciar a Cristo.
2.
A estratégia do Pentecostes.
Não
foi sem motivo que Deus escolheu o Pentecostes para fundar a sua Igreja. Nesse
evento judaico tão importante, achavam-se em Jerusalém israelitas de todas as
partes do mundo (At 2.1-12). E, quando da descida do Espírito Santo, eles
ouviram as maravilhas de Deus em sua própria língua. Ao retornarem aos seus
lugares de origem, levaram a semente do Evangelho que, mais tarde, germinaria
congregações e igrejas.
A
Igreja pode aproveitar a realização de eventos esportivos, artísticos e
culturais para divulgar o Evangelho. Se possível, deve montar uma equipe com
falantes de outros idiomas para apresentar o Evangelho aos representantes de
outras nações.
3.
A estratégia dos pioneiros.
Orientados
pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém,
no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil. Logo em sua
chegada, em 19 de novembro de 1910, constataram que a capital paraense era
geograficamente estratégica para se alcançar o país em todas as direções. Por
isso, ore e estude detalhadamente a região que você quer alcançar.
PONTO
CENTRAL
Alcançar
os grandes centros urbanos com o evangelho é um dos maiores desafios da
Igreja.
SÍNTESE
DO TÓPICO l
Na
Palavra de Deus encontramos algumas estratégias urbanas de evangelismo.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Jonas
tinha sido enviado para pregar em Nínive, cidade assíria no início do século
VIII a.C. descreveu-a como “uma grande cidade, de três dias de caminho’ (Jn
3.3)”. Através desta declaração, é provável que o profeta desejasse dizer que
seriam necessários três dias para alcançar todas as partes da cidade, em sua
missão e pregação.
Podemos
julgar o tamanho de sua população através da declaração expressa em Jonas 4.11.
Alguns entendem que o Senhor Deus, ao se referir à população inocente de
Nínive, estaria mencionando todas as crianças demasiadamente pequenas para
saberem a diferença que existe entre a mão direita e a esquerda, e que
totalizavam 120.000 crianças; isto sugeriria uma população total de
aproximadamente 600.000 pessoas.
Talvez
Jonas estivesse pensando na "grande Nínive, vez que todas as principais
cidades frequentemente consistiam de uma fortaleza murada com muitas outras
vilas vizinhas estendendo-se por muitos quilómetros, e que, na linguagem
hebraica, era chamada de cidade e suas aldeias (Js 15.45,47).
Outros,
entretanto, consideram essa de 4.11 metafórica, e designando toda a população a
quem Deus entendia como tendo um conhecimento imperfeito do bem e do mal.
Uma
população total de 120.000 pessoas está de acordo com o número registrados de
69.574 pessoas acomodadas Calá, uma cidade com que correspondia a menos da
metade de Nínive em 879 a.C. em 879 a.C" (Dicionário Wycliffe. 1led. Rio
de Janeiro, CPAD, 2009 pp. 1362.1363).
CONHEÇA
MAIS
Pentecostes
O
cristianismo não se restringe a um povo ou grupo de pessoas. Cristo oferece a
salvação a todas as pessoas, sem levar em conta a nacionalidade de cada uma
delas. Os visitantes de Jerusalém ficaram surpresos ao ouvir os apóstolos e os
outros cristãos falarem em idiomas diferentes dos seus, línguas pertinentes a
outras nacionalidades. Deus opera todos os tipos de milagres para que as
Boas-Novas sejam divulgadas, usa inclusive idiomas para chamar todos os tipos
de pessoas para se tornarem seguidores de Cristo". Para conhecer mais,
leia Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD.
II.
OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA
Na
evangelização urbana, há desafios e imprevistos que podem ser convertidos em
oportunidade.
1.
Incredulidade e perseguição.
Vivemos
tempos trabalhosos, em que falsos obreiros anunciam um falso evangelho. É
preciso anunciar a Cristo com sabedoria, poder e eficácia (2 Tm 4.17). Nossa
mensagem não pode ser confundida com a dos mercenários e falsos profetas. A
mensagem da cruz precisa ser pregada na virtude do Espírito Santo (l Co 1.18).
Diante
das perseguições, não podemos desistir ou nos calar. Jesus também foi
perseguido em sua própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc
4.28-30).
2.
Enfermos.
As
áreas urbanas acham-se tomadas de enfermos e doentes terminais. No tempo de
Jesus, não era diferente. Ao entrar em Jericó, Ele deparou-se com um cego que
lhe rogava por misericórdia (Lc 18.35). E, às portas de Naim, encontrou o
funeral do filho único de uma viúva (Lc 7.11-17). Ungido pelo Espírito Santo, curou
o primeiro e ressuscitou o segundo. A Igreja deve desenvolver capelanias
hospitalares, e visitar os enfermos e moribundos.
3.
Endemoninhados.
Quem
se dedica à evangelização urbana deve estar preparado, também, para casos
difíceis de possessão demoníaca.
Muitos
são os gadarenos espalhados pela cidade (Mi 8.28-34).
Por
isso, o evangelista precisa orar, jejuar e ter uma vida santa (Mc 9.29) A
igreja não pode fazer da libertação dos oprimidos um espetáculo, Mas deve, no
poder do Espírito Santo, orar pelos enfermos e pelos cativos de Satanás (Mt
10.8).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
A
incredulidade, a perseguição, os enfermos e endemoninhados são alguns dos
principais desafios da evangelização urbana.
III-COMO
FAZER EVANGELISMO URBANO
A
evangelização urbana só será bem-sucedida se tomarmos as seguintes
providências: treinamento da equipe, estabelecimento de postos-chave e
acompanhamento do trabalho.
1.
Treinamento da equipe.
Antes
de chegar à Macedônia, o apóstolo Paulo já podia contar com uma equipe altamente
qualificada, para implantar o Evangelho na Europa. Primeiro, tomou consigo a
Silas e, depois, o jovem Timóteo (At 15.40; 16.1,2). Acompanhava-os, também,
Lucas, o médico amado (At 16.11). Com este pequeno, mas operoso grupo, o
apóstolo levou o Evangelho a Filipos, a Tessalônica e a Bereia, até que a
Palavra de Deus, por intermédio de outros obreiros, chegasse à capital do
Império Romano (At 16.12; 17.1,10).
2.
Estabelecimento de postos-chave.
Sempre
que chegava a uma cidade gentia, Paulo buscava uma sinagoga, de onde iniciava a
proclamação do Evangelho (At 17.1-3). Embora o apóstolo, na maioria das vezes,
fosse rejeitado pela comunidade judaica, a partir daí expandia sua ação
evangelística urbana até alcançar os gentios.
É
necessário que sejam encontrados postos principais para a evangelização urbana.
Pode ser a casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo à Palavra de
Deus (At 16.15). Na evangelização, as bases são muito importantes.
3.
Acompanhamento do trabalho.
Procure
estar atento à nova frente evangelística. Ao partir para uma nova área urbana,
alguém deve ser deixado como responsável para cuidar dos novos convertidos que
foram alcançados, como fazia o apóstolo Paulo (At 17.14). E, periodicamente,
devem haver visitas até que amadureçam o suficiente para caminhar por si
próprias (At 18.23).
Não
descuide do trabalho de discipulado. Fortaleça-os na fé, na graça e no
conhecimento da Palavra de Deus. Quem se põe a evangelizar as áreas urbanas
deve estar sempre atento. Por isso mesmo, tenha uma equipe amorosa, competente
e disponível.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Para
fazer um evangelismo urbano eficiente precisamos investir no treinamento da
equipe, estabelecer postos-chave e acompanhar de perto o trabalho.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Professor,
utilize o quadro para mostrar alguns passos que precisamos dar alguns para evangelizar as cidades.
1.
Oração e jejum em favor da cidade que se quer alcançar.
2.
Estabelecer metas em relação à cidade que se quer alcançar.
3.
Curso básico de evangelismo pessoal preparando as pessoas para apresentar o
plano da salvação.
4.
Mapear as áreas da cidade, ruas, becos, vielas que se quer alcançar.
5.
Providenciar material evangelístico (folhetos, Bíblias, revistas).
6.
Distribuir as equipes por faixa etária que se pretende alcançar (crianças,
jovens, adultos, idosos).
7.
Atrações especiais (louvor, encenação, etc.)
CONCLUSÃO
A
evangelização urbana é o grande desafio do século 21. As cidades tornam-se
cada vez maiores e mais complexas, exigindo da Igreja de Cristo ações
específicas, personalizadas e efetivas. Se, por um lado, lidamos com as massas,
por outro lado, temos de tratar particularmente com cada pessoa, para que todos
venham a ter um encontro pessoal com Deus.
Seguindo
o exemplo de Jesus e de Paulo, façamos da evangelização urbana a base para
alcançarmos os confins da Terra. As cidades são estratégicas na proclamação
mundial do Evangelho.
PARA
REFLETIR
A
respeito da evangelização urbana, responda:
Qual a estratégia de Jonas?
O
profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive, por isso, traçou uma
estratégia simples, porém eficaz: "E começou lonas a entrar pela cidade
caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será
subvertida" (Jn 3.4).
Fale sobre a estratégia do Pentecostes.
E,
quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram a mensagem da cruz em sua
própria língua. Ao retornarem aos seus lugares de origem, levaram a semente do
Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas.
Qual a estratégia adotada por Daniel Berg e Gunnar Vingren?
Orientados
pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém,
no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil.
Quais os desafios da evangelização urbana?
Incredulidade,
perseguição, enfermos, endemoninhados.
Que providências podem tornar bem-sucedida a evangelização urbana?
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PAZ DO SENHOR
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