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sábado, 23 de julho de 2016

Lições CPAD adultos evangelização urbana n.5


                 LIÇÃO 5: A EVANGELIZAÇÃO URBANA
                            E SUAS ESTRATÉGIAS



                                              Texto Áureo

“E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles." (Mt 11.1).
Verdade Prática
A evangelização urbana é o primeiro desafio missionário da igreja e o estágio inicial para se alcançar os confins da terra.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Mt 21.10: O Evangelho alvoroça a cidade
Terça – Mc 6.33: O Evangelho atrai as cidades
Quarta – Mt 23.34: Cidade, onde o Evangelho é perseguido
Quinta – Lc 5.12: O Evangelho curador na cidade
Sexta – At 8.5-8: O Evangelho traz alegria à cidade
Sábado – At 5.16: O Evangelho de poder na cidade

                              LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 2.1-12

1 E, CUMPRINDO-SE o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
2 E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
6 E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia,
10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
 
HINOS 93, 224 601 DA HARPA Cristã
OBJETIVO GERAL

Compreender que a evangelização urbana é o primeiro desafio missionário da igreja.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I. Apresentar estratégias urbanas de evangelismo.
II. Mostrar os desafios da evange­lização urbana.
III. Saber como fazer evangelismo urbano

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Evangelizar os centros urbanos é um dos maiores desafios da Igreja no século 21, pois, segundo dados da ONU, 54% da população mundial vive nas grandes cidades. Com o crescimento da população urbana vêm também os problemas e desafios.

É preciso atenderas necessidades da população, mas nem sempre essas necessidades são atendidas, gerando falta de habitação, transporte, energia, desemprego, etc. Muitos não têm direito aos serviços básicos como educação e saúde garantidas.

Como Igreja, não podemos fechar os olhos para a realidade enfrentada nos centros urbanos.
O que fazer para alcançar essas pessoas?
Temos que ir até elas. Precisamos orar e pedir a Deus estratégias para sairmos das quatro paredes dos templos e sermos "sal" fora do saleiro.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos algumas estratégias a serem usadas na evangelização de uma cidade.   
Trataremos também dos desafios enfrentados pelo evangelista nessas áreas e, finalmente, mostraremos como efetivar a conquista de uma área urbana. Esta, se bem conduzida, resultará na difusão integral da Palavra de Deus.
Por esta razão, é urgente co­ordenar todas as nossas ações na abordagem de uma cidade, para que sejam implementados os pontos bá­sicos do evangelismo autenticamente bíblicos: discipulado, estabelecimento de igrejas e missões.

I – ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELIZAÇÃO

Na evangelização urbana, levemos em conta a estratégia de Jonas, do Pentecostes e dos pioneiros pentecostais.

1. A estratégia de Jonas.

O profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive com o juízo de Deus.
Por isso, traçou uma estratégia simples, porém eficaz: “E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, dizendo: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (Jn 3.4).

Ele usou as vias principais da capi­tal assíria para apregoar a mensagem divina que, dessa forma, não demorou a chegar ao rei (Jn 3.6).

Na evangelização de uma área urbana, escolha pontos estratégicos: avenidas, praças, terminais de ônibus, trens e metros para o evangelismo pessoal. Se possível, também faça uso de outdoors, programas de rádio e serviço de som para anunciar a Cristo.

2. A estratégia do Pentecostes.

Não foi sem motivo que Deus escolheu o Pentecostes para fundar a sua Igreja. Nesse evento judaico tão importante, achavam-se em Jerusalém israelitas de todas as partes do mundo (At 2.1-12). E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram as maravilhas de Deus em sua própria língua. Ao retor­narem aos seus lugares de origem, levaram a semente do Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas.

A Igreja pode aproveitar a realização de eventos esportivos, artísticos e culturais para divulgar o Evangelho. Se possível, deve montar uma equipe com falantes de outros idiomas para apresentar o Evange­lho aos representantes de outras nações.

3. A estratégia dos pioneiros.

Orien­tados pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil. Logo em sua chegada, em 19 de novembro de 1910, constataram que a capital paraense era geograficamente estratégica para se alcançar o país em todas as direções. Por isso, ore e estude detalhadamente a região que você quer alcançar.

PONTO CENTRAL

Alcançar os gran­des centros urbanos com o evangelho é um dos maiores desafios da Igreja.

SÍNTESE DO TÓPICO l

Na Palavra de Deus encontramos algumas estratégias urbanas de evangelismo.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Jonas tinha sido enviado para pregar em Nínive, cidade assíria no início do século VIII a.C. descreveu-a como “uma grande cidade, de três dias de caminho’ (Jn 3.3)”. Através desta declaração, é provável que o profeta desejasse dizer que seriam necessários três dias para alcançar todas as partes da cidade, em sua missão e prega­ção.

Podemos julgar o tamanho de sua população através da declaração expressa em Jonas 4.11. Alguns entendem que o Senhor Deus, ao se referir à população inocente de Nínive, estaria mencionando todas as crianças demasiadamente peque­nas para saberem a diferença que existe entre a mão direita e a esquerda, e que totalizavam 120.000 crianças; isto sugeriria uma população total de aproximadamente 600.000 pessoas.

Talvez Jonas estivesse pensando na "grande Nínive, vez que todas as principais cidades frequentemente consistiam de uma fortaleza murada com muitas outras vilas vizinhas estendendo-se por muitos quilómetros, e que, na lingua­gem hebraica, era chamada de cidade e suas aldeias (Js 15.45,47).

Outros, entretanto, consideram essa de 4.11 metafórica, e designando toda a população a quem Deus entendia como tendo um conhecimento imperfeito do bem e do mal.

Uma população total de 120.000 pessoas está de acordo com o número registrados de 69.574 pessoas acomodadas Calá, uma cidade com que correspondia a menos da metade de Nínive em 879 a.C. em 879 a.C" (Dicionário Wycliffe. 1led. Rio de Janeiro, CPAD, 2009 pp. 1362.1363).

CONHEÇA MAIS
Pentecostes

O cristianismo não se restringe a um povo ou grupo de pessoas. Cristo oferece a salvação a todas as pessoas, sem levar em conta a nacio­nalidade de cada uma delas. Os visitantes de Jerusalém ficaram surpresos ao ouvir os após­tolos e os outros cristãos falarem em idiomas diferentes dos seus, línguas pertinentes a outras nacionalidades. Deus opera todos os tipos de milagres para que as Boas-Novas sejam divulga­das, usa inclusive idiomas para chamar todos os tipos de pessoas para se tornarem seguidores de Cristo". Para conhecer mais, leia Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD.

II. OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA

Na evangelização urbana, há de­safios e imprevistos que podem ser convertidos em oportunidade.

1. Incredulidade e perseguição.

Vi­vemos tempos trabalhosos, em que falsos obreiros anunciam um falso evangelho. É preciso anunciar a Cristo com sabedo­ria, poder e eficácia (2 Tm 4.17). Nossa mensagem não pode ser confundida com a dos mercenários e falsos profetas. A mensagem da cruz precisa ser pregada na virtude do Espírito Santo (l Co 1.18).

Diante das perseguições, não pode­mos desistir ou nos calar. Jesus também foi perseguido em sua própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc 4.28-30).

2. Enfermos.

As áreas urbanas acham-se tomadas de enfermos e do­entes terminais. No tempo de Jesus, não era diferente. Ao entrar em Jericó, Ele deparou-se com um cego que lhe rogava por misericórdia (Lc 18.35). E, às portas de Naim, encontrou o funeral do filho único de uma viúva (Lc 7.11-17). Ungido pelo Espírito Santo, curou o primeiro e ressuscitou o segundo. A Igreja deve desenvolver capelanias hospitalares, e visitar os enfermos e moribundos.

3. Endemoninhados.

Quem se de­dica à evangelização urbana deve estar preparado, também, para casos difíceis de possessão demoníaca.
Muitos são os gadarenos espalhados pela cidade (Mi 8.28-34).

Por isso, o evangelista precisa orar, jejuar e ter uma vida santa (Mc 9.29) A igreja não pode fazer da liber­tação dos oprimidos um espetáculo, Mas deve, no poder do Espírito Santo, orar pelos enfermos e pelos cativos de Satanás (Mt 10.8).

SÍNTESE DO TÓPICO II

A incredulidade, a perseguição, os enfermos e endemoninhados são alguns dos principais desafios da evangelização urbana. 

III-COMO FAZER EVANGELISMO URBANO

A evangelização urbana só será bem-sucedida se tomarmos as seguintes providências: treinamento da equipe, estabelecimento de postos-chave e acompanhamento do trabalho.

1. Treinamento da equipe.

Antes de chegar à Macedônia, o apóstolo Paulo já podia contar com uma equipe altamente qualificada, para implantar o Evangelho na Europa. Primeiro, tomou consigo a Silas e, depois, o jovem Timóteo (At 15.40; 16.1,2). Acompanhava-os, também, Lucas, o médico amado (At 16.11). Com este pequeno, mas operoso grupo, o apóstolo levou o Evangelho a Filipos, a Tessalônica e a Bereia, até que a Palavra de Deus, por intermédio de outros obreiros, chegasse à capital do Império Romano (At 16.12; 17.1,10).

2. Estabelecimento de postos-chave.

Sempre que chegava a uma cidade gentia, Paulo buscava uma sinagoga, de onde iniciava a proclamação do Evangelho (At 17.1-3). Embora o apóstolo, na maioria das vezes, fosse rejeitado pela comunidade judaica, a partir daí expandia sua ação evangelística urbana até alcançar os gentios.
É necessário que sejam encontrados postos principais para a evangelização urbana. Pode ser a casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo à Palavra de Deus (At 16.15). Na evangelização, as bases são muito importantes.

3. Acompanhamento do trabalho.
Procure estar atento à nova frente evangelística. Ao partir para uma nova área urbana, alguém deve ser deixado como responsável para cuidar dos novos convertidos que foram alcançados, como fazia o apóstolo Paulo (At 17.14). E, periodicamente, devem haver visitas até que amadureçam o suficiente para caminhar por si próprias (At 18.23).
Não descuide do trabalho de discipulado. Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus. Quem se põe a evangelizar as áreas urbanas deve estar sempre atento. Por isso mesmo, tenha uma equipe amorosa, competente e disponível.

SÍNTESE DO TÓPICO III

Para fazer um evangelismo urbano eficiente precisamos investir no treinamento da equipe, estabelecer postos-chave e acompanhar de perto o trabalho.

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, utilize o quadro para mostrar alguns passos que precisamos dar alguns para evangelizar as cidades.
1. Oração e jejum em favor da cidade que se quer alcançar.
2. Estabelecer metas em relação à cidade que se quer alcançar.

3. Curso básico de evangelismo pessoal preparando as pessoas para apresentar o plano da salvação.
4. Mapear as áreas da cidade, ruas, becos, vielas que se quer al­cançar.
5. Providenciar material evangelístico (folhetos, Bíblias, revistas).
6. Distribuir as equipes por faixa etária que se pretende alcançar (crianças, jovens, adultos, idosos).
7. Atrações especiais (louvor, encenação, etc.)

CONCLUSÃO

A evangelização urbana é o gran­de desafio do século 21. As cidades tornam-se cada vez maiores e mais complexas, exigindo da Igreja de Cristo ações específicas, personalizadas e efetivas. Se, por um lado, lidamos com as massas, por outro lado, temos de tratar particularmente com cada pessoa, para que todos venham a ter um encontro pessoal com Deus.
Seguindo o exemplo de Jesus e de Paulo, façamos da evangelização urbana a base para alcançarmos os confins da Terra. As cidades são es­tratégicas na proclamação mundial do Evangelho.


PARA REFLETIR

A respeito da evangelização urbana, responda:
 Qual a estratégia de Jonas?
O profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive, por isso, traçou uma estratégia simples, porém eficaz: "E começou lonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será sub­vertida" (Jn 3.4).

 Fale sobre a estratégia do Pentecostes.
E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram a mensagem da cruz em sua própria língua. Ao retornarem aos seus lugares de origem, levaram a semente do Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas. 
 Qual a estratégia adotada por Daniel Berg e Gunnar Vingren?
Orientados pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil.
 Quais os desafios da evangelização urbana?
Incredulidade, perseguição, enfermos, endemoninhados.

 Que providências podem tornar bem-sucedida a evangelização urbana?

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