Conteúdo
da Lição 2 Revista Betel
Jesus, o Rei da Glória entre nós
10 de Julho de 2016
Texto Áureo
“Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos
Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)” Salmos 24.10
Verdade Aplicada
O nascimento de Jesus marcou um novo início na
experiência humana, pois foi a manifestação viva do plano da redenção.
Textos de Referência.
Mateus 1.21-25
21 E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome
JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o
que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um
filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL. Que traduzido é: Deus conosco.
24 E José, despertando do sonho, fez como o anjo
do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher,
25 E não a conheceu até que deu à luz seu filho,
o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.
Introdução
Falar da manifestação do Rei da Glória entre nós
é reviver as profecias, a história e o sentimento divino narrados por Mateus
nos capítulos 1 e 2. Veremos como o nascimento como o nascimento de Jesus nos
mostra a fidelidade e providência divina.
1. A genealogia do Rei.
Ao iniciar seu evangelho, Mateus procura
demonstrar a identidade real do Senhor Jesus. Embora a Igreja fosse formada de
judeus e gentios, ele, porém, tinha em mente os judeus. Eles eram mais
exigentes por causa da das profecias veterotestamentárias. Eis o motivo de
Mateus deixar registrada a genealogia do Senhor Jesus.
1.1. O propósito da genealogia.
A genealogia tem como finalidade mostrar a
origem de um indivíduo. Para os gentios isso não é um interessante, mas para os
judeus era uma maneira de começar uma leitura. O objetivo é mostrar que Jesus,
o Messias, tem origens que correspondem às profecias (2Sm 7.16; Is 9-7; Jr
23.5). Do contrário, seria um falso messias e não precisaria ser temido nem
honrado como tal. Muitos desprezaram a Jesus, taxando-o de mero carpinteiro,
filho de José, um simples carpinteiro (Mt 13.55).
1.2. Curiosidade numérica.
A genealogia apresentada por Mateus não era
apenas importante, mas também curiosa. A primeira curiosidade reside no fato de
provar que Jesus é descendente de Davi e de Abraão. Como a promessa se referia
a linhagem específica de Davi, então cumpria Mateus prova-la. Ora, no sistema
hebraico não havia números, mas as letras tinham a equivalência numérica, como
por exemplo nos algarismos romanos. Davi era escrito dwd, apenas consoantes,
então a letra d = 4e a w = 6, e o d = 4, o que dá um total de 14. Dessa maneira,
Mateus faz três jogos de 14 gerações, por causa da importância também simbólica
que os judeus dão.
1.3. A presença feminina.
Era uma coisa incomum constar mulheres nas
genealogias judaicas. Contudo, isso não significa que matriarcas importantes
como Sara, Rebeca, Raquel, Leia e outras não fossem mencionadas. É claro que
elas eram lembradas nas conversações domésticas e nas sinagogas. Mas Mateus
menciona cinco mulheres: Tamar (Mt 1.3); Raabe e Rute (Mt 1.5); a mulher de
Urias, o heteu, cujo nome é Bate-Seba (Mt 1.6); e finalmente Maria, a mãe de
Jesus. O mais extraordinário é que, além de serem mencionadas, algumas estão
associadas a lembranças pecaminosas: Tamar seduziu o sogro; Raabe tinha sido
prostituta em Jericó; Rute não era judia, mas uma moabita convertida. Através
delas, constatamos a eloquente misericórdia de Deus.
2. A concepção e nascimento do Rei.
Há muito tempo que a descendência de Davi saíra
do governo de Israel. Esse fato por si só contraria o plano da redenção. Tanto
os governantes de sua linhagem quanto o próprio povo se afastaram de Deus
terrivelmente. Mas tal coisa não seria um obstáculo absoluto para a concepção e
nascimento do Salvador.
2.1. A concepção virginal.
Mateus faz-nos conhecer um pouco de quem era
Maria e isso é muito importante. Maria era uma virgem, no grego “parthenos”,
que significa alguém que nunca teve relação sexual, mas também virgem núbil.
Quer dizer, virgem com idade para casar-se. Quando o Salvador foi gerado no
ventre de Maria, ela era uma jovem noiva com José, mas conservava-se pura.
Assim como José era um homem justo e temente a Deus, Maria também era. Foi
nessa condição que ela se tornou mãe do prometido Salvador. O Messias prometido
não seria gerado no ventre de uma moça e rapaz que não temessem a Deus.
2.2. O dilema de José.
Este foi um fato polêmico para José, pois sua
noiva estava grávida! E agora? De alguma forma, José notou e soube que sua
noiva prometida estava gestante. Isso foi embaraçoso para ele, pois ele não era
o responsável, logo não queria assumir aquela paternidade. Por outro lado,
gostava da moça e não queria expô-la publicamente. A saída que ele encontrou
foi deixa-la de modo discreto. Quando, porém, ele chegou a essa conclusão, Deus
interviu por meio de um anjo, dizendo-lhe: “Não temas receber Maria... o que
nela está gerado é do Espírito Santo”. Além disso, disse-lhe ainda que seu nome
seria Jesus, porque Ele salvaria o seu povo de seus pecados.
2.3. Jesus nasce em Belém.
Jesus nasce no tempo do rei Herodes, o Grande,
em Belém da Judéia. Por que o menino Salvador haveria de nascer na cidade de
Belém? Na verdade, a palavra Belém vem do hebraico e significa “Casa do Pão”.
Belém é o mesmo lugar que morou Rute, a moabita que se casou com Boaz e gerou a
Obede, que gerou a Jesse, pai do rei Davi. Deus escolheu Belém para o
nascimento do menino Messias. Observe que José não residia lá, porém, por causa
do censo de César Augusto, o Verbo Eterno em Belém se manifestou, vindo a
nascer numa manjedoura por falta de lugar na estalagem.
3. O Rei infante achado e perseguido.
Mateus fala de magos à procura de Jesus para
adorá-lo e presenteá-lo, mas quem eram aqueles magos? Os magos não devem ser
confundidos com aqueles adivinhos dos tempos de Daniel ou os trapaceiros e
encantadores dos Atos dos Apóstolos. Eles eram homens sábios, tementes a Deus e
esperavam o Messias.
3.1. A vinda dos magos do Oriente.
Não se sabe quantos foram os magos. Certo é que
eles chegaram a Jerusalém em busca do menino rei. Em Jerusalém, no palácio de
Herodes, eles disseram que tinham visto no Oriente a estrela que indicava o
nascimento do menino, Rei dos judeus, e, portanto, estavam ali para adorá-lo.
Tal afirmativa deixou Herodes perturbado. Tanto que ele se viu obrigado a fazer
alguma coisa. Ao saírem do palácio, reavistaram a estrela e, por fim, chegaram
a Belém, onde o menino estava e o adoraram, presenteando-lhe. Este fato
confirma uma vez mais que Deus nada faz sem antes avisar aos Seus servos.
3.2. O ciúme doentio de Herodes.
A chegada dos magos, junto com a notícia de que
nascera o Rei dos judeus, agitou fortemente a Herodes e os de Jerusalém (Mt
2.4). Herodes a princípio conteve-se, mostrando interesse em saber do menino
para posterior adoração. Os magos, porem, nada perceberam do doentio ciúme de
Herodes da sua própria governança e de sua real intenção. Certo é que, ao
perceber que os magos não lhe retornaram com as notícias, Herodes ordenou o
infanticídio de todos os meninos de dois anos para baixo em Belém. Ele é um
exemplo de como o ciúme pode chegar a um nível extremo. Devemos evitar este
tipo de sentimento.
3.3. A fuga e o retorno.
Herodes, homem sanguinário, trazia sobre sí o
sangue de muitos e até da própria família. Isso representava uma séria ameaça à
vida do menino e aos planos de Deus. Mas José foi sobrenaturalmente ordenado
por meio de um anjo a que fugisse para o Egito e levasse consigo a Maria e o
menino. Dessa maneira, Jesus foi protegido da ira de Herodes quando ocorreu o
infanticídio. José só retornou após a morte de Herodes por expressa orientação
divina, indo morar em Nazaré.
Conclusão.
O Filho de Deus nasceu de uma virgem núbil. Ele
foi necessitado de proteção como qualquer ser humano. Deus, para preservá-lo,
guardou-o até que chegasse a cruz, cumprindo totalmente o Seu plano de
redenção. Devemos saber e crer sem vacilar que Deus cumprirá tudo quanto disse
e nada frustrará os Seus planos.
Questionário.
1. O que demonstra a genealogia de Jesus?
2. Cite quatro mulheres da genealogia de Jesus.
3. Maria era uma virgem núbil. O que era isso?
4. Jesus nasceu no tempo de que rei?
5. O que fez Herodes ao perceber que os magos
não voltaram?
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