LIÇÃO ANTIGA CPAD DISCIPULADO
LIÇÃO N.1- Conhecendo a Bíblia
Texto
Bíblico
"Lâmpada
para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho"
(Salmo
119:105)
INTRODUÇÃO
Você
já deve Ter em suas mãos a Bíblia Sagrada. Não é um escrito qualquer, pois é o
livro dos livros. É diferente porque só nele você encontra tudo o que Deus fez
para dar a salvação e a vida eterna às pessoas. Através dele, você sabe qual é
a vontade de Jesus para a sua vida, agora que tomou a decisão de não somente
tê-lo como Salvador, mas também como seu Senhor. Por isso, a Bíblia é chamada
de a Palavra de Deus.
1. A BÍBLIA EM SUAS MÃOS
Dê
uma olhada rápida neste livro que está em suas mãos. Provavelmente veio à sua
mente a pergunta: o que é a Bíblia? Para você descobrir a resposta, primeiro,
tem de entender que este vocábulo quer dizer ‘livros’. Isto é, vários livros
juntos em um só. Há uma página em sua Bíblia, logo nas primeiras folhas, onde
estão escritos os nomes de todos os livros que a formam. Procure-a e dê uma
lida neles. Não se preocupe, se alguns deles forem estranhos e difíceis para se
ler pela primeira vez.
Bem
cedo, em sua vida cristã, você concluirá que não se pode ser crente sem a
Palavra de Deus. Por isso, os autênticos cristãos carregam, lêem e estudam a
Bíblia.
A
Bíblia é a Palavra de Deus, porque, através dela, o Senhor se dá a conhecer aos
homens. Isto se chama revelação divina.
Deus
fala conosco através da Bíblia. Lendo-a, você começa a conhecer o Senhor, a
entendê-lo e a obedecer às orientações dele para a sua vida particular e
participação na igreja da qual você faz parte.
A
revelação de Deus, a qual se encontra na Bíblia, foi escrita por cerca de 40
pessoas, em dois idiomas, o hebraico e o grego, bem diferentes do português.
Isto
aconteceu há muitos anos. Uns eram profetas, outros reis, sacerdotes,
pescadores, criadores de gado e até cobrador de impostos. Deus escolheu estas
pessoas e as usou, apesar de suas imperfeições e seus diferentes conhecimentos
da vida humana. Este é o lado maravilhoso da Bíblia. Apesar dos livros serem
escritos por pessoas diferentes, em épocas bem distantes, e depois unidos num
livro só, a Bíblia é completa e perfeita em unidade e harmonia.
Deus
inspirou estas pessoas para escreverem a Bíblia, capacitando-as a receber e a
transmitir o ensino sem mistura nem erro. A inspiração divina é também a
garantia de que as pessoas escolhidas escreveram apenas o que Deus queria, sem
os sinais das fraquezas e dos erros, próprios da natureza humana. Leia a seguir
o que disse Paulo, um dos escritores da Bíblia. Ele falou: ‘Toda a Escritura é
divinamente inspirada...’ (2 Timóteo 3:16a).
1. COMO USAR A BÍBLIA NA IGREJA
A
primeira parte da Bíblia, a qual começa com o livro de Gênesis e termina com o
de Malaquias, chama-se Antigo Testamento ou simplesmente AT. São ao todo 39
livros.
Depois
de Malaquias, o último livro do AT, inicia-se o Novo Testamento, conhecido
pelas letras iniciais NT e tem 27 livros.
Você
aprendeu que as duas divisões da Bíblia são o Antigo e o Novo Testamento.
Juntos somam 66 livros. Um detalhe interessante no entanto, é saber que os 66
livros não estão arrumados pela ordem de data em que foram escritos. A
preocupação de Deus não foi contar uma história, mas, sim, revelar o seu plano
para salvar todos os homens.
Para
que o leitor encontre facilmente um texto, cada livro é dividido em capítulos e
versículos. O número em tamanho grande, no lado esquerdo das palavras
impressas, indica o capítulo, e o menor, o versículo. Encontre em sua Bíblia
João 3:16. O número 3 é o capítulo e o 16 é o versículo.
Antes
do início de cada capítulo, ou de alguns grupos de versículos, você encontra o
título do assunto. É bom você saber que os escritores da Bíblia não escreveram
seus livros, separando os assuntos por títulos, capítulos, versículos, e nem
usavam a pontuação, como o ponto e a virgula. Todos estes recursos foram
adotados muitos anos depois, para facilitar a leitura e o estudo da Bíblia.
As
Bíblias que estão nas mãos dos crentes, para leitura e estudo, são escritas em
diversas versões. As versões são resultantes de atualizações de uma tradução. A
tradução significa passar tudo o que foi escrito em um idioma para outro; no
caso da Bíblia, passou-se tudo o que estava escrito em hebraico e grego para o
português. A tradução principal, usada no Brasil, é a de João Ferreira de
Almeida. Desta tradução, existem as versões que apresentam diferenças, não na
mensagem, mas nas palavras. Veja um exemplo: numa versão, você lê, em 1
Corinstios 13, “Caridade” e, em outra, publicada mais recentemente, “amor”.a
questão é que, com o passar do tempo o vocabulário “caridade” tomou outro
sentido e não é tão forte forte como o termo “amor”. Por causa das diferentes
versões, você escuta as pessoas lerem o mesmo versículo de maneira diferente,
quando fazem isso juntas em voz alta na igreja,
Será
interesante você logo usar uma versão escrita no português mais recente. Você
deve levar consigo a bíblia para os cultos e sempre que alguém for fazer uma
leitura de um ou mais versículos, procure-os e acompanhe silenciosamente quem
está lendo.logo, você aprenderá a encontrar com facilidade e rapidez os livros,
capítulos e verssiculos anunciados nos cultos.
Você
é capaz de encontrar, em sua bíblia, 1 reis 9.5-14? Pare um pouco a leitura
desta lição e leia este texto.
III.
COMO USAR A BÍBLIA NO DIA-A-DIA
Você
não deve usar a Bíblia só quando vai aos cultos promovidos por sua igreja. Se
limitar o uso dela somente a estes momentos, o seu crescimento espiritual
acontecerá lentamente. O desejo de Deus é que você seja um adulto espiritual e
não uma criança. Leia ! Coríntios 13:11; 14:20 e Efésios 4:15.
1. A LEITURA - É claro que você também deseja crescer
espiritualmente, através da Bíblia. Para que isto aconteça, o primeiro passo a
ser dado é ler a Bíblia. Concientize-se de que precisa ler a Bíblia. Todo o
dia, você tem de comer algum alimento para não morrer de fome. Assim também
precisa se alimentar da Palavra de Deus. Ninguém permanecerá vivo
espiritualmente, se não se alimentar lendo a bíblia sagrada. Veja Jeremias
15.16 e Mateus 4.4.
Manuseie
a Bíblia todos os dias. Não basta lê-la uma vez ou outra, ou só aqueles textos
soltos mais conhecidos. Além de ler diariamente, você deve tomar a decisão de
estudar a Bíblia toda.
2. A MEMORIZAÇÃO DE VERSÍCULOS - O segundo passo que
você deve dar para crescer espiritualmente, é memorizar os textos bíblicos.
Quando você faz isso, está guardando, escondendo e fazendo habitar em si a
Palavra de Deus.
3. O ESTUDO - Outro passo que você deve dar é estudar
a Palavra de Deus. Estudar é mais que ler cuidadosamente. Devem acompanhar você
no estudo os seguintes materiais: Bíblia, Concordância Bíblica, Chave Bíblica,
Dicionário Bíblico, Dicionário da Língua Portuguesa e um caderno. Logicamente,
na falta deste material a Bíblia por si só é suficiente.
4. O MOMENTO DE MEDITAÇÃO - O último passo é Ter um
momento de meditação na Palavra de Deus. Leia Salmo 1:1 a 3 e medite. È preciso
que você se dedique à meditação diariamente. Selecione um momento específico,
escolha um lugar especial a sós com Deus. É bom que tenha um plano de estudo
que se constitua de passos bem simples.
Sempre
antes de iniciar a leitura, faça uma oração ao Espírito Santo e peça-lhe que
venha lhe ensinar todas as coisas, pois foi Ele mesmo quem inspirou os
escritores da Bíblia, então, não há ninguém melhor do que Ele para te ensinar
as Santas Palavras.
QUESTIONÁRIO
1)
Mencione, pelo menos, três títulos dado à Bíblia:
2)
Em quais idiomas a Bíblia foi escrita?
3)
O que significa o vocábulo Bíblia?
4)
Qual o nome do mais conhecido tradutor da Bíblia para o português?
5)
Quantos escritores, ao todo, escreveram a Bíblia?
Lição 2 - Conhecendo Deus
Texto
Bíblico
"Chegai-vos
a Deus e ele se chegará a vós"
(Tiago
4:8a)
INTRODUÇÃO
Conforme
o que está escrito em Efésios 2:12, no tempo em que você não havia recebido ao
Senhor Jesus como seu único e suficiente salvador, vivia sem Deus no mundo. Por
isso, todo o novo crente deve, imediatamente, após aceitar a Cristo, começar a
conhecer o seu Senhor. É sempre nesta ordem: primeiro, vem o ato de fé, depois,
a busca do conhecimento de Deus. Do ponto de vista humano, você teria de
conhecê-lo bem antes, para depois crer nele. Mas, no caso do cristão, é
diferente; ele nasce e vive espiritualmente pela fé em Deus. Os seus
conhecimentos deverão se submeter à fé. Nunca o contrário.
O
Senhor deseja que você agora entregue a ele todas as áreas de sua vida e confie
plenamente nele. Isso só é possível, se conhecê-lo bem. Então, tenha o desejo
de obter o conhecimento divino.
Para
entender o mundo em que vive, Ter censo de direção, edificar-se interiormente e
saber qual é a sua missão nesta vida, você tem de conhecer Deus. Talvez você
tenha várias idéias a respeito do Senhor, mas elas devem corresponder àquilo
que é dito sobre o criador. E mais, a compreensão que o crente pode Ter sobre
quem é o Todo-Poderoso, é conseqüência da revelação que o Onipotente deu de si
mesmo. Você já estudou, na lição anterior, que a revelação de Deus se deu
através da Bíblia. Uma manifestação com linguagem compreensível a todas as
pessoas. Mas jamais alguém teve a compreensão total do Onipotente, pois o que
se pode conhecer de Deus está além da capacidade humana.
Esta
lição se propõe a lhe ajudar nesta aprendizagem, a qual deve durar por toda a
vida.
1. CONHECENDO DEUS ATRAVÉS DE SUAS QUALIDADES
Deus
tem muitas qualidades, através das quais Ele se identifica com os homens, e, ao
mesmo tempo, torna-se diferente de todos os seres espirituais.
Você
descobre quais são as qualidades de Deus, ao conhecer os seus nomes.
Deus
mesmo se revela, faz-se conhecer, ao proclamar o seu nome (leia Êxodo 6:2 e 3).
O Senhor queria ser reconhecido pelo povo de Israel, através de seus feitos.
Por
que conhecer o Senhor pelo nome? No caso de Deus, é muito mais do o conjunto de
letras do português ou de qualquer outro idioma. É o nome que revela aos homens
as qualidades do Criador. Além disso, é uma maneira de se responder quem é o
Todo-Poderoso.
-
O seu nome deve ser invocado na adoração (leia Gênesis 12:8);
-
O seu nome deve ser temido (leia Deuteronômio 28:58);
-
O seu nome deve ser louvado (leia 2 Samuel 22:50);
-
O seu nome deve ser glorificado (leia Salmo 86:9);
-
O seu nome não pode ser tomado em vão (leia Êxodo 20:7);
-
O seu nome não pode ser profanado, nem blasfemado (leia Levítico 18:21; 24:16);
-
O seu nome deve ser santificado e bendito (leia Mateus 6:9);
Na
Bíblia, os nomes de Deus mais comuns são:
-
Deus: - Quando você o encontra no texto Bíblico, ele fala do seu poder criativo
e total.
-
Senhor ou Jeová: - É Deus relacionado com as pessoas, para ajudá-las e
salvá-las.
O
vocábulo Deus, com outras combinações, como ‘altíssimo’, ‘suficiente’,
‘eterno’, e ‘conosco’, revela as qualidades do Senhor e mostra a sua maneira de
agir entre as pessoas.
Senhor:
- no sentido de governador e dominador, é aquele que exige o serviço e a
lealdade do seu povo.
Pai:
- Mostra que todas as coisas e o ser humano foram criados por ele e estão
debaixo de proteção.
1. CONHECENDO DEUS ATRAVÉS DOS ASPECTOS DE SEU CARÁTER
Você
também conhece Deus, ao estudar o que Ele é em si próprio, e em relação ao
universo e aos seres por Ele criados. Tudo isso é chamado de atributos divinos,
ou seja, aspectos do seu caráter.
Existem
os aspectos que só Deus possui e nada há que os lembre nos homens ou nos outros
seres por Ele criados. O primeiro deles é a soberania. Significa que Deus é
chefe, maioral ou supremo. No universo em que está a terra, só há um dirigente:
o Todo-Poderoso. Para você, isto é encorajador, porque tem a segurança de que
nada há fora do controle do Senhor, e os seus planos são, de fato, realizados.
Leia o Salmo 103:16. O segundo aspecto é a eternidade. Nunca houve um tempo em
que Deus não existisse. Ele não tem princípio e jamais terá fim. Não se limita
ao tempo. Porque é eterno, vê o passado e o futuro de modo tão claro como
contempla o presente. Nesta perspectiva, Ele sabe o que é melhor para a vida do
crente. Você pode confiar nele. Leia Isaías 44:6.
A
Onisciência é o terceiro aspecto divino. Deus possui todo o conhecimento que
existe. Nada o pega de surpresa. A onisciência do Senhor permite que ele tenha
conhecimento de tudo antes e depois da salvação de cada ser humano. Ele perdoa
os pecados do homem e o aceita em sua família. Leia Hebreus 4:13.
O
quarto aspecto divino é a onipresença. Significa que Deus é infinito e está
presente em todo o tempo e espaço. Ninguém pode se esconder de sua face. Mas a
presença do Senhor deve ser experimentada em todo o tempo para se receber as
suas bênçãos de uma maneira bem real. Leia Jeremias 23:24. Deus tem mais do que
poder necessário para realizar todas as coisas. Isto quer dizer que Ele é
onipotente, o seu quinto aspecto divino. O crente tem certeza de sua salvação,
porque o Senhor é Todo-Poderoso. Esta força se manifesta no evangelho de
Cristo, para a salvação dos homens. Veja o que diz a Bíblia em Romanos 1:16:
‘Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê’.
Deus
mostra a sua onipotência, através do seu poder de criar: ‘No princípio criou
Deus os céus e a terra’ (Gênesis 1:1).
O
Criador preserva todas as coisas, cuida e manifesta a sua providencia para o
crente, pela sua onipotência. Leia Hebreus 1:3 e Filipenses 3:20 e 21.
O
sexto aspecto divino diz que Ele é imutável. Jamais muda em sua natureza e
aspectos. Será sempre bom, justo e verdadeiro. Você pode crer nas suas
promessas, porque Ele cumpre todas. Nele, podemos confiar: ‘Deus não é homem,
para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa: porventura diria
ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?’ (Números 23:19).
QUESTIONÁRIO
1)
Porque Deus pode ser conhecido pelos seus nomes?
2)
Quais são na Bíblia, os nomes mais comuns de Deus?
3)
O que significa Onisciência?
4)
O que significa Onipresença?
5)
O que significa Onipotência?/
Lição 3 - Conhecendo a Salvação
Texto
Bíblico
"E
em nenhum outro há salvação, porque também debaixo de céu nenhum outro nome há,
dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos"
(Atos
dos Apóstolos 4:12)
INTRODUÇÃO
Você
agora é salvo. A salvação é a maior bênção que o ser humano pode receber e, ao
mesmo tempo, a principal experiência espiritual. A salvação é o tema central da
Bíblia. Todo o crente deve conhecê-la bem e falar dela aos que ainda não
aceitaram a Cristo, para que também sejam salvos.
1. O QUE É A SALVAÇÃO?
A
princípio, pode-se afirmar que ela é o resultado da morte expiatória de Jesus
Cristo, na cruz do calvário, que livra o homem da condenação eterna, causada
pelo pecado. Leia Efésios 1:7; 2:1. A salvação é:
23.
Um ato soberano de Deus. A salvação é
um ato da soberana vontade de Deus, que em seu Filho nos reconciliou consigo
mesmo. 2 Coríntios 5:18 e 19 diz: ‘E tudo isto provem de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da
reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
lhes imputando os seus pecados...’ Observe que a salvação é a demonstração do
grande amor de Deus em favor da humanidade, condenada pelo pecado. Leia Romanos
3:10, 11, 23. Ela é oferecida a todos, sem exceção. Em Cristo, todos podem ser
salvos, libertos do pecado, tornando-se assim, filhos de Deus. Leia João 1:12.
24.
Um ato da infinita misericórdia de
Deus. Você aprendeu que a salvação é um ato soberano do Senhor, porque só Ele
pode salvar. È, Também, um ato da infinita misericórdia de Deus, porque é dada
graciosamente, mediante a fé, e não mediante os nossos próprios méritos ou boas
ações.
O
próprio Criador tomou a decisão de reconciliar consigo o homem, que, pela
desobediência, havia se afastado dele, tornando-se escravo do pecado e inimigo
de quem o criara.
Você
precisa saber, também, que a sua salvação custou um alto preço: o sangue de
Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1:29), imolado pelos nossos pecados, na
cruz do calvário, conforme a profecia de Isaías 53:4 a 7; porém aos homens foi
concedida graciosamente, segundo a misericórdia infinita de Deus. Jamais você
pagaria tal resgate para a sua salvação, pois ela não depende de qualquer
mérito humano, nem de boas obras. Leia Efésios 2:8 e 9.
1. A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO
No
tópico anterior, você aprendeu que ‘todos pecaram’ e o salário do pecado é a
morte (leia Romanos 6:23). Deste modo, todos necessitam da salvação. Todos
precisam arrepender-se dos seus pecados, confessá-los a Deus e abandoná-los
definitivamente, aceitando o Dom gratuito de Deus.
1. A origem do pecado. Como o pecado entrou no mundo,
como isto aconteceu? Em Gênesis 1:26 e 27 lemos que Deus criou o homem à sua
imagem e semelhança e o colocou no jardim do Éden, para o lavrar e o guardar.
Disse-lhe que todo o fruto ele podia comer, porém, daquele da árvore do
conhecimento do bem e do mal, o Senhor lhe proibiu que provasse, pois no dia em
que o comesse, certamente morreria. Tratava-se de uma prova de obediência, e Adão
devia ser fiel ao Criador. Feito à imagem e semelhança de Deus, o homem possuía
livre arbítrio. Estava capacitado a discernir o bem e o mal, o certo e o
errado; não era um robô nas mãos do Todo-Poderoso. Obediência incondicional foi
a exigência única imposta à criatura humana. Enquanto obedecesse, viveria.
Todavia, apesar de usufruir as delícias do Éden e conviver em perfeita harmonia
com o Criador, o homem, tentado, pecou e foi destituído da glória com que fora
criado, perdendo assim, a comunhão com Deus. Como representante da raça humana,
ele transmitiu a toda a sua descendência o estigma do pecado e a condenação da
morte. A desobediência de Adão afetou toda a criação, a qual geme e chora sob o
peso da maldição (leia Gênesis 3:6, 17 a 19; e Romanos 8:22); nele todos
pecaram, e por ele entrou a morte no mundo. A desobediência dele originou o
pecado e condenou à morte toda a sua geração.
2. A herança do pecado. Você aprendeu que a salvação é
a obra redentora de Deus, por meio de seu Filho Jesus Cristo, que livra o homem
da condenação eterna. Noutras palavras: salvação é a vida eterna em Cristo
Jesus, visto que só ele pode salvar o homem da condenação da morte eterna,
causada pelo pecado do primeiro homem. Veja o que diz a Bíblia: ‘Porque todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus’ (Romanos 3:23). ‘Pelo que, como
por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a
morte passou a todos os homens; por isso, que todos pecaram” (Romanos 5:12).
Esta é uma revelação terrível! ‘A morte passou a todos os homens...’ Deste
modo, o pecado foi a herança maldita deixada a todos os homens.
Como
escapar desta condenação? Veja a importância da salvação: você estava morto em
delitos e pecados, conforme Efésios 2:1 e 5 e Colossenses 2:13; e nada podia
fazer para escapar do juízo divino. Porém, Deus em seu filho o libertou da
condenação da morte eterna. Leia João 5:24.
Você
agora, não precisa temer o juízo final, pois Jesus mediante a sua morte na cruz
do Calvário, condenou o pecado e concedeu a vida eterna a todos quantos nele
crê. Leia Romanos 8:1. Cristo anulou, por sua morte e ressurreição, os efeitos
do pecado, que é a morte eterna. O alvo foi atingido.
III.
Os efeitos do pecado. O pecado afetou o homem nas esferas física, mental, moral
e espiritual (leia Romanos 3:10 a 18). Os efeitos são todos negativos. Toda
causa tem as suas conseqüências. Considere os efeitos detalhadamente:
1. a) a auto justificação, tipificada nas vestes de
folha de figueira, ao perceber que tinha pecado;
2. b) o medo. Gênesis 3:8 a 10 registra pela primeira
vez que a criatura, ao ouvir a voz do Criador, sentiu medo e escondeu-se;
3. c) a maldição sobre a terra e o trabalho, com
pesados esforços físicos e dores, todos os dias de sua vida;
4. d) a morte. O homem retornaria ao pó da terra, do
qual havia sido formado;
5. e) a expulsão do Éden, para que não comesse da
árvore da vida e vivesse eternamente no pecado;
6. f) a violência e o homicídio, sendo Caim o primeiro
assassino, pois matou o seu irmão Abel. Desde então, a violência tem sido
constante e a criminalidade aumenta cada vez mais;
7. g) a corrupção geral do gênero humano. A maldade do
homem se multiplicou por toda a terra. Não obstante o castigo de Deus, pelo
dilúvio, o homem não deixou de praticar o mal;
8. h) enfermidades. Isaías 1:6 fala do estado
lamentável do pecador.
III.
ASPECTOS DA SALVAÇÃO
São
três os aspectos da salvação:
1. Justificação. ‘Como se justificaria o homem para
com Deus?’ (Jó 9:2). O homem, morto em seus delitos e pecados, não tinha como
justificar-se perante o Todo-Poderoso. Porém, mediante a morte expiatória e
substitutiva de Jesus, tornou possível a justificação do transgressor. Como é
possível isto? Veja: justificação é um termo judicial que lembra um tribunal,
onde Deus, o supremo juiz, absolve o pecador das suas transgressões e o declara
justo, isto é, justificado. Desta forma, Deus, o ofendido, reconcilia consigo
mesmo o homem, o ofensor.
O
que o homem não pôde fazer, Deus o fez por ele. A justiça de Cristo, o justo, é
concedida ao ser humano, mediante a graça divina (Romanos 5:17 a 19).
1. Regeneração. Trata-se de uma mudança de condição:
antes, no pecado, o homem era inimigo de Deus e servo do diabo; agora, feito
justo, pela justiça de Cristo que lhe foi concedida, ele se torna membro da
família divina, adotado como filho de Deus (João 1:12).
O
homem, morto em seus delitos e pecados, nasce de novo. Este novo nascimento é
efetuado pelo Espírito Santo em seu interior, mediante o arrependimento e a fé
na graça divina.
III.
Santificação. Uma vez restaurado à comunhão com Deus, o homem abandona as
práticas pecaminosas do passado e separa-se (santifica-se) para o serviço do
Senhor. A santificação é um ato do Espírito Santo, no interior do crente, que
se reflete nos seus atos exteriores. Portanto, justificação, regeneração e
santificação são os três aspectos simultâneos da salvação plena em Cristo
Jesus.
QUESTIONÁRIO
1)
Conforme Romanos 3:23, porque a salvação é necessária?
2)
Através de quem o pecado entrou no mundo?
3)
Qual a principal conseqüência do pecado?
4)
Quem pode salvar o homem da condenação eterna?
5)
Conforme Efésios 2:8 e 9, como se pode obter a salvação?
Lição 4 - Conhecendo a Igreja
Texto
Bíblico
"Assim
que já não sois estrangeiros, nem forasteiros,
mas
concidadãos dos santos, e da família de Deus"
(Efésios
2:19)
INTRODUÇÃO
Agora,
você faz parte da Igreja, pois não apenas recebeu a salvação oferecida por
Cristo, mas também foi incluído em sua família. A palavra ‘Igreja’, nesta
lição, não está restrita à uma denominação, nem ao local onde você freqüenta os
cultos. Depois do plano idealizado por Deus, para salvar os homens, a igreja é
a proposta mais inteligente da divindade. Aqueles que seriam salvos, formariam
um corpo, porta-voz da salvação para outras pessoas. A igreja é um organismo
que tem a própria vida em Cristo, o qual estabeleceu a missão dela e como
cumpri-la.
Quem
faz parte da igreja, dá continuidade ao trabalho de Cristo na terra. A
verdadeira vida que está em você chegará aos outros. Isto é ser uma bênção para
o mundo. Ninguém recebeu a salvação simplesmente para ser salvo, mas, sim,
integrar-se à igreja. Por isso, é preciso que você compreenda bem o que ela
significa, conheça quais são os seus objetivos e as suas ordenanças.
1. O QUE É A IGREJA?
A
palavra ‘igreja’ quer dizer ‘uma reunião de pessoas chamadas para fora’, ou
seja, um grupo de pessoas que saíram de dentro do mundo (espiritual) para seguirem
a Cristo. Os que formam a igreja são chamados, pela Bíblia, de crentes, irmãos,
cristãos, santos, eleitos e os do caminho.
Todos
os crentes espalhados pelo mundo formam a igreja. Ela não está restrita a uma
área geográfica e nem a um único povo da terra. É o seu lado invisível e
universal.
Embora
a palavra ‘igreja’ seja empregada, em primeiro lugar, para descrever a
totalidade de crentes que vivem em todo o mundo, você pode usá-la também para
se referir aos cristãos de um determinado lugar, isto é, a ‘igreja local’.
1. Símbolos da Igreja. O primeiro símbolo é o corpo.
Jesus não está mais presente entre os homens, de forma física, mas em cada
pessoa que o recebe, em qualquer parte do mundo, Ele introduz a sua vida, para
formar um corpo. Por Ter a vida em Cristo, a igreja não é um simples
ajuntamento de pessoas, uma associação ou clube. É um organismo, algo que tem
existência tal como o corpo humano que é composto de muitos membros e órgãos
que funcionam em prol de uma vida comum. Da mesma forma que o ser humano é um,
mas tem milhões de células vivas, assim também é a igreja. Um só corpo, mas
constituído por milhões de pessoas nascidas de novo, por meio do evangelho de
Jesus.
Possui
também uma cabeça, o próprio Cristo. Ele é o chefe, o guia, o Principal e o
Príncipe da igreja.
Outro
símbolo é o templo. Embora Deus habite em toda a parte, Ele se localiza em
determinado lugar, para ser encontrado, adorado e louvado. Cada crente é um
templo de Deus. Leia 1 Coríntios 3:16 e 17.
Por
causa da união e comunhão que os crentes tem com Cristo, a igreja é simbolizada
na Bíblia pela figura de uma noiva. Em 2 Coríntios 11:2, Paulo afirma que
preparara os crentes de Corinto para os ‘apresentar como uma virgem pura a um
marido, a saber, a Cristo’. Em Efésios 5:25, o apóstolo declara que Cristo amou
a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. A noiva e o noivo viverão juntos
para sempre. Leia Apocalipse 22:17.
Outro
símbolo da Igreja, o qual se pode destacar na Bíblia é a família. Você, agora,
é membro da família da Deus.
1. OS OBJETIVOS DA IGREJA
Através
da Bíblia, você descobre que a igreja foi fundada por Cristo, para cumprir as
seguintes finalidades:
20.
evangelizar o mundo. A principal
atividade dos crentes é levar a salvação para os não-crentes. Cristo, depois de
completar a sua missão na terra, declarou: ‘é-me dado todo o poder no céu e na
terra’. E, em seguida, estabeleceu uma missão aos seus seguidores. Leia Mateus
28:19 e 20.
21.
lugar para o crente cultuar a Deus.
Os crentes se reúnem para cultuar a Deus. O culto é o momento de oração,
louvor, adoração, estudo da Bíblia e edificação dos crentes. No culto, todos os
crentes podem se unir em oração, seja em petição, ação de graças e intercessão.
Esta também é uma maneira de você louvar a Deus.
22.
lugar para o crente praticar a
mordomia cristã. Tudo o que você possui, não lhe pertence (leia Salmos 24:1).
Por isso, não tem mais o direito de fazer o que quer. Deus agora está em
primeiro lugar em sua existência. Isso inclui sua vida, seu tempo, seus talentos
e suas finanças. Você deve aplicar, na igreja a sua vida, com o melhor de seus
esforços e dedicação.
23.
lugar para o ensino da disciplina e
norma de conduta cristã. Ao fazer parte de uma igreja local, o novo crente
disciplina-se e aprende a norma bíblica de conduta. Existe um padrão de vida
exposto na Bíblia e todos os crentes devem se esforçar para vivê-lo.
Significa
afastar-se da ignorância, preservar-se da corrupção e ter todas as esferas da
sua vida e atividades regulamentadas, dirigidas por Deus. Leia Mateus 5:13 e
18:15 a 17.
III.
AS DUAS ORDENANÇAS DA IGREJA
Há
duas cerimônias ordenadas por Cristo, para que os crentes a pratiquem: o
batismo nas águas, cerimônia de ingresso do novo crente na igreja que simboliza
o início de sua vida espiritual; e a Ceia do Senhor significa a continuação
desta vida espiritual. Por isso, o crente deve participar dela, para manter
sempre a comunhão com o Senhor Jesus.
1. O batismo. Através do batismo nas águas você dá um
testemunho público de sua identificação com Cristo, a nova vida iniciada a
partir da conversão. É o sinal exterior, o qual mostra que você morreu para o
mundo e nasceu para Deus. Cada um de nós repete, de modo espiritual, o que
aconteceu com Cristo. Ele morreu e ressuscitou. Assim, pelo batismo, você prova
que é vitorioso. (Os evangélicos não batizam crianças porque elas não tem do
que se arrepender e não podem exercer a fé).
2. A Ceia do Senhor. Na igreja em que você freqüenta,
todo mês há o culto de Ceia. Não foi idéia de um homem, mas foi instituída por
Jesus, na véspera de sua crucificação, para os crentes relembrarem, a sua
morte, através do pão e do vinho. O primeiro simboliza o seu corpo e o segundo,
o seu sangue. Não somente para relembrar a sua morte vitoriosa, mas os crentes
tomam a Ceia para anunciar a Cristo, até que Ele volte.
QUESTIONÁRIO
1)
Qual o significado da palavra ‘igreja’?
2)
Quais os principais símbolos da igreja mencionados nesta lição?
3)
Cite os quatro objetivos da igreja destacados nesta lição.
4)
Mencione as duas ordenanças bíblicas que devem ser praticadas pela igreja?
5)
Cite os dois elementos utilizados na Santa Ceia como símbolos do corpo e do
sangue de Jesus.
Lição 5 - Conhecendo o Valor da Oração
Texto
Bíblico
"Elias
era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse,
e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.
E
orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto"
(Tiago
5:17 e 18)
INTRODUÇÃO
Através
da oração, você alcança grandes vitórias. Todos os que oram e confiam a Deus os
seus problemas, difíceis de solução, são recompensados pelo Todo-Poderoso.
Nesta lição, você vai conhecer o quanto é bom orar, e aprender que tudo quanto
se pede ao Senhor, com fé, mediante sua vontade, se recebe.
1. O QUE SIGNIFICA ORAR?
2. É conversar com Deus: -`É o dialogo que mantemos
com o Pai celestial. Falamos-lhe quais são as nossas necessidades, enfermidades
e dificuldades. Mas, antes de tudo, devemos agradecer por mais um dia de vida
que Ele nos concedeu. Então, sentimos no coração a resposta, através do nosso
espírito, que se comunica com o Espírito de Deus. Leia Romanos 8:16.
Daniel
alcançou grandes vitórias em sua vida, porque sempre viveu em oração. Apesar de
viver distante de sua pátria, orava três vezes ao dia, voltado para Jerusalém,
a cidade de Deus (Daniel 6:10). Por causa disso, lançaram-no na cova dos leões,
que nada lhe fizeram. Então, o rei Dario, seu grande amigo, não dormiu naquela
noite, ao imaginar que Daniel havia sido devorado pelas feras. Porém ao
contrário do que pensava, o jovem profeta de Israel estava bem vivo e
glorificava a Deus por ter fechado a boca dos leões (leia Daniel 6:20). Vale ou
não a pena conversar com Deus?
1. É ter comunhão com Deus: - A Bíblia registra, em
Gênesis 5:21, que Enoque, quando estava com 65 anos, passou a ter comunhão com
Deus, através da oração. A cada dia, ele se aproximava mais e mais do seu
Criador, por intermédio desta sublime prática. Trezentos anos depois, não foi
mais visto, pois o Senhor o tomou para si.
Você
só sentirá, realmente, a presença de Deus em sua vida, se for através da
oração. Ela faz com que a pessoa sinta a comunhão real com seu Criador e Pai
celestial. Seria impossível para os cristãos, no decorrer da história da
igreja, enfrentar os tribunais, as arenas, as fogueiras, os pelotões de
fuzilamento, as prisões, a fome, a sede, a perseguição, a incompreensão, e
tantos outros males, se não fosse a certeza de que não estavam sozinhos, mas
sentiam uma mão que lhes segurava e uma voz suave a lhes dizer: 'Coragem, meus
amigos, pois estou aqui para lhes conceder a vitória, e logo mais estareis
comigo!'.
1. Não é rezar: - Como já foi dito anteriormente, orar
é conversar com Deus, é dialogar com Ele. É um processo que flui normal e
espontaneamente. o Espírito Santo nos inspira as palavras que são ditas em cada
oração que fazemos. De acordo com as nossas necessidades, usamos termos que
jamais empregamos em petições anteriores. É isto que agrada a Deus: a nossa
fuga das vãs repetições.
Os
discípulos pediram a Jesus que lhes ensinassem a orar. O Mestre de pronto, lhes
respondeu: 'Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o Teu nome; venha o
Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de
cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos
aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal;
porque Teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém' (Mateus 6:9 a
13).
Esta
é a única oração ensinada por Jesus e utilizada pela igreja nos dias atuais. As
demais, empregadas pela Igreja Católica Romana em seus cultos, são consideradas
rezas, citações elaboradas por alguém, repetidas milhões de vezes por seus
devotos.
1. COMO ORAR?
2. De joelhos (Efésios 3:14): - Certo pastor
enfrentava grandes lutas em sua igreja, e não sabia como vencê-las.
Encontrava-se em certa ocasião, numa praça, e pediu a um engraxate que lhe
limpasse os sapatos. O jovem de imediato, ajoelhou-se e iniciou o seu ofício. O
pastor com pena dele, perguntou porque ele não se assentava no caixote. Ao que
o rapaz respondeu: 'De joelhos é melhor!'. O pastor, intimamente, começou a
chorar, e agradeceu a Deus pela mensagem recebida, através do jovem engraxate.
Colocou a igreja em oração, de joelhos, e logo alcançou a vitória que tanto
almejava. Compôs inclusive o hino 'De joelhos é melhor', cantado em diversas
denominações evangélicas.
Muitos
consideram esta a melhor maneira de se conversar com Deus, pois é uma
demonstração de submissão, reverência e humildade.
1. De pé (2 Crônicas 20:5 e 6): - Este texto refere-se
a Josafá, rei de Judá, que, em pé, diante do povo, orou a Deus, e recebeu a
resposta imediatamente. Os crentes costumam orar em pé, no início, durante e no
fim dos cultos, e têm recebido grandes vitórias.
O
importante é a sua possibilidade! Se o templo está lotado, e não há mais espaço
para o povo se ajoelhar, além dos visitantes não-evangélicos, que se inibem
facilmente, o orar em pé, ou sentado (os velhos e os enfermos), é aceito de bom
grado por Deus, pois o que vale é a sua intenção.
1. Deitado (2 Reis 20:2 e 3): - Esta passagem registra
a enfermidade de Ezequias, rei de Judá. Acamado, recebeu a visita do profeta
Isaías que lhe transmitiu o recado de Deus a respeito de sua morte iminente:
'morrerás, e não viverás'. deitado, Ezequias virou o rosto para a parede e
orou. O Senhor o ouviu e concedeu-lhe mais 15 anos de vida.
III.
ONDE ORAR?
1. No templo (Mateus 21:13): - Biblicamente, todo o
templo evangélico, dedicado a Deus, torna-se uma casa de oração. Nela, os
cristãos se reúnem para buscar a presença de Deus e receber as suas bênçãos.
Consagrações, círculos de oração e vigílias são reuniões já tradicionais em
nossas igrejas, ocasiões em que Jesus nos batiza com o Espírito Santo, cura
nossas enfermidades e resolve os nossos problemas.
2. Em particular (Mateus 6:6): - Jesus, em seu sermão
do Monte, enfatizou que a oração feita em particular é ouvida pelo Senhor, que
vê secretamente. É a melhor maneira do crente estar a sós com Deus e contar
para Ele as suas angústias e vicissitudes da vida, sem que ninguém saiba pelo
que passa. É a oportunidade que você tem de confiar somente ao Senhor um
problema de difícil solução.
3. Em família (Atos 12:12): - A Igreja em Jerusalém
enfrentava uma das maiores lutas de sua história. Herodes, rei dos judeus,
prendeu dois de sus principais líderes: Tiago e Pedro. A popularidade deste
monarca estava baixa. Ele julgou que a perseguição aos cristãos iria ajudá-lo a
recobrar seu prestígio. Mandou matar, primeiramente, a Tiago, para sentir a reação
do povo. 'Foi um sucesso!' Todo mundo o parabenizou. Então, ele marcou a data
da morte de Pedro: um dia após o encerramento da Páscoa, quando todos os judeus
se preparavam para retornar aos seus países de origem. Com este acontecimento,
Herodes conseguiria o ápice de sua popularidade. Atos 12:5 registra: 'Pedro,
pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a
Deus'. Aqueles primeiros cristãos ainda não tinham um templo-sede para se
reunirem. Utilizavam as casas dos irmãos em Cristo, para cultuarem ao Senhor.
Oravam exatamente na residência de Maria, mãe do evangelista Marcos (escritor
do segundo evangelho), quando um anjo de Deus, em resposta às suas orações,
visitou o cárcere, onde estava preso o apóstolo Pedro, e o libertou. Leia Atos
12:12.
Hoje,
nós chamamos esta reunião de oração em família, ou seja, entre pais e filhos,
de culto doméstico. Os lares evangélicos que se reúnem diariamente, para orar,
são felizes e harmoniosos. Os cônjuges são unidos, os filhos obedientes, além
da saúde e prosperidade que desfrutam.
Você
já realiza o seu culto doméstico? Se ainda não, comece hoje, e desfrute as
bênçãos que Deus quer lhe conceder!
1. QUANDO ORAR?
2. Ao deitar-se: - Depois de um dia estafante,
principalmente em uma cidade grande, onde se enfrenta perigos mil, é dever do
crente orar ao deitar, à noite, e agradecer a Deus os grandes livramentos, ou
seja, a proteção contra os assaltos, as batidas de carro no trânsito, os
atropelamentos; pela saúde e por tudo que lhe aconteceu, pois a Bíblia
recomenda: 'Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, nome de nosso
Senhor Jesus Cristo' (Efésios 5:20).
3. Ao levantar-se: - As nossas vidas estão entregues
nas mãos de Deus. Por isso é nosso dever, ao iniciarmos o novo dia, orar, para
que o Senhor mande os seus anjos, a fim de nos livrar de todos os perigos,
conforme lemos no Salmo 91:11: 'Porque aos Seus anjos dará ordem a teu
respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos'.
4. Sempre: - Quem vive em total dependência de Deus,
através da oração, é sempre vitorioso. Orar sempre significa viver as 24 horas
do dia em constante comunhão com Deus. É deitar-se, levantar-se, trabalhar,
viajar, etc., com o pensamento voltado para as coisas espirituais.
5. VITÓRIAS ATRAVÉS DA ORAÇÃO
6. Nas tentações: - Jesus só venceu as muitas
tentações que enfrentou, porque sempre viveu em oração. O Diabo não lhe dava
trégua: tentava o Filho de Deus noite e dia, mas foi derrotado pela comunhão de
Cristo com o Pai celestial. Até no Calvário, Satanás tentou convencer Jesus a
descer da cruz, mas não conseguiu, por causa do efeito da oração.
7. Nas enfermidades: - Doenças incuráveis foram
repreendidas pelo poder da oração. Até mortos ressuscitam, quando a igreja ora,
pois nada é impossível para Deus. Os apóstolos Pedro e João foram ao templo, em
Jerusalém, para orar. Na passagem pela porta chamada formosa, depararam-se com
um coxo de nascença. Este estendeu a mão e pediu-lhes uma esmola. Pedro, então
respondeu: 'Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de
Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda'. Isto só foi possível, porque os
apóstolos viviam em constante oração.
8. Nas dificuldades: - Paulo e 275 companheiros de
viagem para Roma permaneceram 14 dias perdidos no mar Adriático, fustigados por
uma tempestade interminável.
O
navio, açoitado pelas fortes ondas, não naufragou, de imediato, porque o
apóstolo estava entre os passageiros. Ele rogou a Deus, em oração, pelas vidas
de seus companheiros. Em resposta, um anjo trouxe-lhe a seguinte mensagem:
'Paulo, não temas: importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu
todos quantos navegam contigo'. Ele, então, reuniu todos os passageiros e
tripulantes e declarou-lhes: 'Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa,
pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de
vós'. Na verdade, a embarcação foi destruída, mas todos os seus ocupantes se
salvaram (Atos 27:34).
A
oração, portanto, é a chave da vitória. Todos os que enfrentaram grandes lutas,
mas confiaram no poder de Deus, foram vitoriosos. Orar é um hábito que se
adquire gradativamente. Todos os que se prontificam a orar ao Senhor, tiveram,
no início, a contrariedade da carne. Mas a mortificaram e disciplinaram-na a
tal ponto, que ficavam horas e horas de joelhos, sem perceberem o tempo passar.
Tornaram-se grandes pregadores e ganharam milhares de almas para Cristo.
Venceram as tentações e provações e, agora, aguardam, no Paraíso, o momento de
receberem o novo corpo, para viverem eternamente com Jesus.
QUESTIONÁRIO
1)
O que significa orar?
2)
Por que a oração de joelhos é preferida pela maioria dos crentes?
3)
O que significa orar sempre?
4)
Em que texto bíblico está registrado a única oração ensinada por Jesus?
5)
Qual a diferença entre orar e rezar?
Lição 6 - O Discípulo e a Fé
Texto
Bíblico
"Ora,
a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam,
e
a prova das coisas que se não vêem"
(Hebreus
11:1)
INTRODUÇÃO
A
melhor definição para fé é a do texto bíblico que introduz este comentário.
Nesta acepção, ela é a base da esperança que faz o crente seguir adiante,
firmado nas promessas de Deus e deixando para trás as dúvidas, incertezas e
incredulidade. Ela é o ponto de partida para o pecador conhecer ao Senhor e
receber a salvação. Segundo o apóstolo Paulo, a fé nasce na vida de cada um
quando se ouve a Palavra de Deus, que é também o alimento para que ela, a fé,
se torne vez mais consolidada e robustecida. Ter fé é vital para as relações do
crente com Deus. É impossível esta comunhão sem ela, 'porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos
que o buscam' (Hebreus 11:6).
1. A IMPORTÂNCIA DA FÉ
2. A fé no Antigo Testamento: - Se você percorrer a
Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, vai descobrir que ela é o livro que trata das
relações do homem com Deus mediante a fé. A fé é de tal importância que o
capítulo 11 de Hebreus é considerado como a galeria dos heróis da fé. Eles
viveram nos tempos do Antigo Testamento e estavam firmados nas promessas de
Deus para o futuro. Leia Hebreus 11.
Eles
olhavam para a cruz, o divisor entre a velha e a nova aliança. Por causa de sua
fé foram massacrados, vituperados, perseguidos, mas em momento algum
fraquejaram, pois estavam certos da promessa do nascimento de Jesus Cristo, não
obstante a verem de longe.
40.
A fé no Novo Testamento: - Os crentes
da atualidade, segundo o escritor do mesmo livro bíblico citado acima, são mais
bem-aventurados dos que os do Antigo Testamento. No caso dos crentes de hoje, a
cruz já está no passado, mas projeta com segurança o fato de que se Deus
cumpriu a promessa que tanto os heróis da fé almejavam, mesmo que eles não
tenham fisicamente alcançado, Deus dará continuidade ao seu plano até que se
consumem todas as coisas. Leia Hebreus 11:40.
41.
A fé na vida cristã: - Tudo quanto
fizermos, se não tiver a fé como base, não terá nenhum sentido. A Bíblia diz
que aquilo que não se faz por fé constitui-se pecado (Romanos 14:23). 'Sem fé é
impossível agradar a Deus' (Hebreus 11:6).
Por
que a fé é tão importante na vida cristã? Porque se ela não estiver operando, a
incredulidade predomina, gerando incertezas e fracassos. Quem duvida jamais
realiza qualquer coisa para Deus. Este sentimento deixa o crente indeciso, o
que compromete o seu caminhar vitorioso, pois poderá agir como Pedro que, ao
primeiro momento, deu passadas firmes sobre as águas do mar, mas logo começou a
afundar. A dúvida deixou-o sem saber se olhava somente para Jesus ou para as
circunstâncias adversas à sua volta.
1. O objeto da fé: - Você vai aprender agora, que a
sua fé deve gravitar em torno da pessoa de Jesus. O autor dos Hebreus, ao
concluir sua profunda reflexão sobre a fé, finaliza: 'Olhando para Jesus, autor
e consumador da fé, o qual pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz,
desprezando a ignomínia, e assentou-se à destra do trono de Deus' (Hebreus
12:2).
A
fé pode estar direcionada para outro foco. Se for o caso, não é a fé legítima
que se sustenta só no Filho de Deus. Por outro lado, não se trata da fé apenas
por causa das obras que ele realizou ou que pode realizar, mas daquela que se
traduz na certeza pessoal dada a cada crente não só para vencer circunstancias
adversas, se for a sua vontade, mas também para continuar a servi-lo, ainda que
seja do agrado de Cristo que você passe pelo vale da sombra e da morte. Neste
caso, como disse Paulo, o morrer é ganho e significa o triunfo definitivo da
fé.
Foi
a fé centrada na pessoa de Cristo que levou os amigos de Daniel a enfrentarem a
fornalha de fogo ardente. eles criam no livramento, mas também criam que aquela
circunstancia poderia levá-los à presença de Deus. É tanto que disseram ao rei:
'Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a
quem nós servimos, é que pode nos livrar do forno de fogo ardente, e da tua
mão, ó rei. E se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem
adoraremos a estátua de ouro que levantas-te' (Daniel 3:17 e 18).
A
visão de Nabucodonosor veio confirmar esta verdade. Ele viu o quarto homem na
fornalha, que não era outro senão o Filho de Deus. Para os amigos de Daniel,
então, não fazia diferença. Fora da fornalha tinham a proteção do Senhor, na
fornalha, ele os acompanhava e se fossem levados para o céu, ficariam para
sempre na sua gloriosa e majestosa presença. Este é, portanto, o cerne da
verdadeira fé: Cristo.
1. AS QUALIDADES DA FÉ
2. Fé para a salvação: - Esta fé é aquela que leva o
crente a reconhecer os seus pecados e a aceitar o sacrifício de Cristo em seu
lugar. Ela é o ponto de partida que introduz o crente à vida cristã mediante o
novo nascimento. É como a centelha que dá a partida para fazer funcionar o
motor de qualquer veículo.
3. Fé vitoriosa: - Você vai descobrir que, no
exercício da vida cristã, a fé varia de intensidade. A Bíblia fala de 'pouca
fé' (Mateus 6:30), 'tanta fé' (Mateus 8:10), 'fé como um grão de mostarda'
(Mateus 17:20), 'homem cheio de fé' (Atos 6:5) e sobre 'a medida da fé'
(Romanos 12:6). Isto explica porque uns fazem coisas grandes para Deus,
enquanto outros vivem uma vida cristã de menor intensidade. Significa que o
trabalho de cada um será, também, proporcional ao tamanho de sua fé. Só fará
grandes coisas para Deus quem tiver fé abundante e fundamentada nas promessas
do Altíssimo.
4. Dom da fé: - O dom da fé situa-se numa dimensão
mais profunda. Trata-se de manifestação sobrenatural para a realização de
maravilhas, sendo uma particularidade que o Espírito concede ao crente para
aquilo que for útil. Está entre os dons espirituais (1 Coríntios 12:11),
assunto que vamos abordar mais detalhadamente na Lição 11.
III.
OS EFEITOS DA FÉ
1. A fé produz salvação: - já foi dito anteriormente
que a fé é a base para a salvação. Portanto, o ponto focal da nossa
responsabilidade, como crentes, é pregar o evangelho para que os pecadores
sejam tomados pela fé, reconheçam os seus pecados, confessem que Jesus é o
Filho de Deus e o aceitem como único e suficiente salvador. Esta é a mensagem
que você, como novo crente, deve levar aos seus amigos. Você precisa sentir a
mesma ansiedade do apóstolo Paulo, que afirmou: 'Ai de mim se não pregar o
evangelho'. Ou seja, o amor de Cristo deve constrangê-lo a proclamar a palavra
para produzir fé nos ouvintes para a salvação.
2. A fé produz segurança: - Quem está em Cristo passa
a viver em segurança, mesmo que as circunstancias à sua volta sejam adversas.
Cabem, neste caso, as palavras do salmista: 'Pelo que não teremos, ainda que a
terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares;
ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem por sua
braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das
moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará
ao romper da manhã' (Salmo 46:2 a 5). Isto significa que, pela fé, sempre
seremos vitoriosos sobre Satanás. Se alguma circunstancia levar você ao
encontro do Pai, o inimigo estará vencido para sempre, pois já não poderá
intentar nenhum mal contra os salvos.
Portanto,
isto quer dizer: se você estiver com Cristo na terra ou no céu, Satanás será
sempre perdedor.
1. A fé não vê fracasso: - Aquilo que, na visão de
muitos, aparenta fracasso, para o verdadeiro crente é um meio de fortalecer a
sua fé e passar a depender mais de Jesus. Quando o apóstolo Paulo afirma que se
considerava fraco, isto servia para ele entender que sem Cristo, nada podia
fazer. Isto o levou, inclusive, a receber do Senhor o consolo: 'A minha graça
te basta'. O fracasso eventual, quando olhado por este prisma, é fator de
fortalecimento da fé para aprofundar a sua comunhão com Deus.
2. A fé conduz à vitória: - Para concluir, vale
adaptar o texto de um autor desconhecido: 'Enquanto a dúvida olha para baixo, a
fé olha para o alto; enquanto a dúvida vê o perigo, a fé enxerga a segurança;
enquanto a dúvida resvala na incredulidade, a fé se abriga no esconderijo do
Altíssimo; enquanto a dúvida afunda no desespero, a fé se agiganta na
esperança; enquanto a dúvida pergunta quem crê, a fé responde: eu creio'!
QUESTIONÁRIO
1)
Qual a melhor definição para a fé?
2)
Por que Hebreus 11 é considerado como a galeria dos heróis da fé?
3)
O que levou os heróis do Antigo Testamento a serem vitoriosos?
4)
Por que a fé é tão importante para a vida cristã?
5)
O que é dom da fé?
Lição
7 - O Discipulo e a Obediência
Texto
Bíblico
"Porém
Samuel disse:
Tem
porventura o Senhor, tanto prazer em sacrifícios, como em que se obedeça à
Palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar,
e
o atender melhor é do que a gordura dos carneiros"
(1
Samuel 15:22)
INTRODUÇÃO
A
obediência, segundo definem os dicionaristas, é o ato de submeter-se à vontade
de alguém. Nesta lição, porém, você vai aprender que, em se tratando do crente,
a obediência não é tão restrita, como querem os filólogos. Ela está
profundamente ligada a fé, através da qual somos introduzidos à presença do
Deus invisível, a quem voluntária e conscientemente nos submetemos. Por crermos
na sua soberania sobre todas as coisas, nos dispomos a viver em obediência à
sua Palavra, à Igreja e àqueles que Ele estabeleceu para ministrar sobre o seu
povo.
1. EXEMPLOS DE OBEDIÊNCIA
A
obediência é uma virtude exemplificada em todos os livros da Bíblia. Nela, você
também encontra registros sobre a desobediência e suas funestas conseqüências.
Cabe-nos olhar para estes exemplos e tirarmos lições que nos ajudem a por em
prática a obediência e a não repetir os erros dos que não souberam honrar a
confiança de Deus.
1. A obediência de Abraão: - Deus fez uma determinação
ao patriarca, baseada em algumas condições: quais foram? Leia Gênesis 12:1.
Você
descobriu que Abraão devia deixar a sua terra, a sua parentela, a casa de seus
pais e seguir para uma terra distante, a qual não conhecia. Estas condições
implicavam basicamente numa coisa: obediência. Fica claro, no texto, que ele
dependeria exclusivamente da direção de Deus.
Você
descobriu, ainda, que a obediência não impõe só condições, mas traz também
privilégios.
Abraão
seria pai de uma grande nação, abençoado, engrandecido e uma bênção para todas
as famílias da terra. E mais: aqueles que o abençoassem seriam abençoados; os
que o amaldiçoassem, seriam amaldiçoados.
Vale
lembrar, por conseguinte, que todas as vezes que Deus determinou alguma coisa a
alguém, o intuito não era o obedecer por obedecer, ou simplesmente para fazer valer
a sua soberania. Havia um propósito pré-estabelecido. Neste caso, o propósito
maior era formar uma nação pela qual o redentor, Jesus Cristo, viesse ao mundo.
Se Abraão não obedecesse, ficaria privado de ter o privilégio de constar em sua
biografia o registro de progenitor da raça judaica que trouxe o salvador da
humanidade.
Outro
fato a destacar é que a obediência do Patriarca não foi um ato robótico, como
se não tivesse personalidade. Ele o fez por saber a quem estava obedecendo e
movido pela fé. Por isso, seu nome consta da galeria dos heróis da fé, em
Hebreus 11.
Não
obstante Abraão ser um exemplo de obediência, houve um momento em sua vida cuja
precipitação trouxe conseqüências drásticas que repercutem até os dias de hoje.
Foi quando Deus prometeu um filho em sua velhice. Leia Gênesis 15:1 a 16, 16:1
a 16.
Induzido
por Sara, sua mulher, que já não acreditava mais em sua capacidade de gerar,
nem mesmo por intervenção divina, Abraão acabou tendo um filho com sua escrava
Agar, fora do plano de Deus. O resultado é que logo surgiram os conflitos,
principalmente depois que nasceu Isaque, o filho da promessa. Para resumir,
ainda hoje as conseqüências aí estão, com as hostilidades entre árabes,
descendentes de Ismael, e israelenses, de Isaque.
15.
A obediência de Paulo: - O apóstolo
certa vez declarou: 'não fui desobediente à visão celestial' (Atos 26:19). A
frase, isolada, pode parecer simplista. Mas olhando-a sob a perspectiva da vida
do apóstolo, desde a sua conversão, verifica-se que ela reflete a realidade.
Leia Atos 9:15.
Quando
Deus ordenou a Ananias que visitasse o apóstolo, após o encontro deste com
Cristo, na estrada de Damasco, ficou claro, desde o início, o seu propósito
para com o até então perseguidor do evangelho. Ele era um vaso escolhido para
proclamar a salvação aos gentios. O mundo todo foi beneficiado pela obediência
de Paulo, que, ao fim da vida, pôde dizer: 'Combati o bom combate, acabei a
carreira e guardei a fé' (2 Timóteo 4:7).
1. A QUEM DEVEMOS OBEDECER?
A
partir dos exemplos acima, surge então a pergunta: a quem devemos obedecer?
Nossa obediência é devida a Deus, em primeiro lugar. Mas como obedecer-lhe,
sendo Ele Deus invisível e transcendente?
1. Devemos obedecer a Deus através de sua Palavra: -
Não obstante a sua transcendência, ou seja, a sua elevada posição como Criador
de todas as coisas, que habita num alto e sublime trono, Deus se revelou a nós
através de sua Palavra e de Jesus Cristo, seu Filho. Portanto, ao estudarmos a
Bíblia, descobrimos os princípios que Ele estabeleceu para reger a nossa vida,
como cristãos, nesse mundo. A Palavra de Deus é a nossa regra áurea de fé, o
padrão de obediência para com Deus. O Espírito Santo, por sua vez, ilumina a
nossa mente e nos ajuda a descobrir como pôr em prática em nosso cotidiano os
mandamentos bíblicos. Ele é o melhor interprete das Escrituras.
2. Devemos obedecer à Igreja: - A Igreja é a fiel
depositária do plano de salvação, na pessoa de Jesus Cristo. A ela estamos
ligados mediante o novo nascimento. Assim sendo, devemos obediência à Igreja.
No primeiro concílio da Igreja, em Jerusalém, para discutir a questão do
legalismo, relatado em Atos 15, está claro que ela teve participação nas
decisões sobre o que os gentios deviam ou não acatar.
É
sempre bom lembra que esta obediência é à luz da Palavra, e não ao contrário.
Não é a Igreja que estabelece o que a Bíblia ensina, mas a Bíblia que
estabelece o que a Igreja deve fazer. Tudo quanto ela faz ou ensina não pode
basear-se em textos isolados, mas nos princípios gerais da Bíblia. Um princípio
só pode ser assim considerado se tiver apoio em toda a Palavra de Deus. Se não,
pode ser uma boa opinião, mas não um princípio bíblico. O grande erro da Igreja
Romana, entre outros ao longo da História, foi que, para justificar suas
heresias, inverteu o papel: ela passou a ser mais importante do que a Bíblia e
a arbitrar o que ela ensina. Devemos, portanto, ter em mente: a Palavra de Deus
é sempre a base de nossa obediência.
17.
Devemos obedecer aos nossos pastores:
- Se a Bíblia é o nosso arbítrio, ela determina que devemos também obedecer aos
nossos pastores. Leia o que está escrito em Hebreus 13:17.
Não
obstante ser a salvação individual, você descobriu que a responsabilidade de
ministrar às nossas vidas é do pastor, de quem Deus vai cobrar a prestação de
contas um dia. Cabe-lhe, portanto, expor a Palavra para o nosso ensino e
crescimento espiritual.
De
nossa parte, como determina a Bíblia, cabe-nos atentar para os seus conselhos,
ouvir-lhes as recomendações e obedecer-lhe, sempre compulsando a Bíblia, pois
este é um direito de todos os crentes: ter acesso direto à Bíblia Sagrada para
comparar o ensino que está recebendo com a Palavra de Deus.
III.
EFEITOS DA OBEDIÊNCIA
Para
finalizar, veja, na Bíblia, os efeitos da obediência na vida dos que a
praticam:
1. Os que obedecem à Deus têm o Espírito Santo: - 'E
nós somos testemunhas acerca destas palavras. Nós e também o Espírito Santo,
que Deus deu àqueles que lhe obedecem' (Atos 5:32).
2. Os que obedecem à Deus são inabaláveis: - 'Todo
aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao
homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha' (Mateus 7:24).
3. Os que obedecem à Deus são conhecidos: - 'Quanto à
vossa obediência é ela conhecida de todos. Comprazo-me pois em vós, e quero que
sejais sábios no bem, mas símplices no mal' (Romanos 16:19).
4. Os que obedecem à Deus glorificam: - 'Visto como,
na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais
quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com
eles, e para com todos' (2 Coríntios 9:13).
5. Quem obedece à Deus é irrepreensível: - ''De sorte
que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas
muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com
temor e tremor... para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus
inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual
resplandeceis como astros no mundo' (Filipenses 2:12 a 15).
QUESTIONÁRIO
1)
Quais privilégios Deus prometera a Abraão pela sua obediência?
2)
Quais foram as conseqüências da precipitação de Abraão, em não esperar o filho
da promessa?
3)
Cite dois efeitos da obediência.
4)
A quem devemos obedecer segundo o estudo desta lição?
5)
Por que devemos obedecer a nossos pastores?
Lição
8 - O Discípulo e o Dízimo
Texto
Bíblico
"Trazei
todos os dízimos à Casa do Tesouro, para que haja mantimento
na
minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos,
se
eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós
uma
bênção tal, que dela vos advenha maior abastança"
(Malaquias
3:10)
INTRODUÇÃO
Dizimar
não é mera obrigação, mas um ato oriundo da fé nas promessas de Deus. O Dízimo
é uma forma de você mostrar sua gratidão pelas bênçãos decorrentes da salvação.
É tornar-se participante com Deus na obra de evangelização do mundo. É o
privilégio de tirar 10% de toda a renda pessoal e investir nos negócios de Deus
aqui na terra.
1. O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO
Dar
ou pagar o dízimo, no Antigo Testamento, constituia-se em separar a décima
parte do produto da terra e dos rebanhos para o sustento do santuário de Deus e
dos sacerdotes.
6. O dízimo nos dias de Abraão: - A origem do ato de
dizimar perde-se no tempo, sendo anterior a Moisés e Abraão. No entanto, a
primeira referência bíblica ao fato relaciona-se aos dias deste patriarca. Em
Gênesis 14:20 está escrito que Abraão pagou a Melquisedeque o dízimo de tudo,
sendo que, neste caso, não foi do produto da terra nem dos rebanhos, e sim do
despojo da guerra, costume também observado nos tempos antigos (leia Hebreus
7:2). Ora, quando o Novo Testamento reporta-se ao assunto, é porque algum
ensino existe para os dias de hoje, como você terá a oportunidade de verificar
mais adiante. Leia Levítico 27:30 e 32 a 34 e Deuteronômio 12:5 e 6.
7. O dízimo nos dias de Jacó: - Posteriormente, na
progressão da história bíblica, você encontrará o patriarca Jacó seguindo o
exemplo de seu avô Abraão, só que em outra circunstância; a de ser grato a
Deus, se este lhe guardasse durante a sua jornada (leia Gênesis 28:18 a 22). É
certo que a gratidão pelas bênçãos a serem alcançadas moveu o coração de Jacó,
que, de forma espontânea reconheceu a soberania de Deus após a experiência em
Betel.
8. O dízimo nos dias de Moisés: - Nos dias de Moisés,
o dízimo passou a exercer importante papel na vida religiosa do povo israelita
(leia Deuteronômio 26:1 a 15). Desta forma, não só a casa de Deus era suprida,
como também mantida a tribo de Levi, responsável pelo sacerdócio. Quando o povo
se encontrava fraco e afastado de Deus, o Dízimo era negligenciado. Pagar o
Dízimo é portanto, um sinal de avivamento, entre outros, quando provém da fé e
de um coração que reconhece o senhorio de Deus sobre todas as coisas. Por isso,
Malaquias chegou a chamar de roubadores de Deus àqueles que não pagavam os seus
dízimos (Malaquias 3:8 a 10), concitando-os a fazer prova do Todo-Poderoso, que
jamais deixará de cumprir suas promessas àqueles que lhe são fiéis.
1. O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO
O
Dízimo não ficou restrito aos tempos do Antigo Testamento. O escritor da
Epístola aos Hebreus estabelece uma vinculação direta entre esta prática e o
Novo Testamento, quando menciona o fato de Abraão ter pago o dízimo de tudo a
Melquisedeque. Vale lembrar, inclusive, que o mesmo autor afirma ser Cristo
sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 5:10). Ora, isto quer
dizer que, se a ordem é a mesma, os deveres e privilégios continuam também os
mesmos, sem alteração, e isto inclui o dízimo. Pagar o dízimo, portanto, é dar
seqüência, em Cristo, ao sacerdócio de Melquisedeque, que é 'sem pai, sem mãe,
sem genealogia, não tendo princípio nem fim de vida, mas sendo feito semelhante
ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre' (Hebreus 7:3).
24.
Jesus e o Dízimo: - O próprio Cristo
não passou ao largo do dízimo. Leia Mateus 23:23 e 24.
Você
descobriu, entre outras coisas, que a pratica do dízimo entre os contemporâneos
de Jesus tornou-se legalista e ostentatória de falsa espiritualidade. Os
escribas e fariseus cumpriam esta determinação para serem vistos e honrados
pelos homens, e não como fruto sincero de corações agradecidos. Era apenas
aparência, nada mais. Todo o texto de Mateus 23 enfatiza este lado da
arrogância, da falsa religiosidade, onde a hipocrisia se reveste de justiça
para tornar-se a glória de corações iníquos e apodrecidos.
Alguns
podem pensar, à primeira vista, que Jesus estivesse condenando o dízimo. Porém,
uma leitura mais acurada do texto (versículo 23) revela que Ele estava
reprovando a motivação errada. Foi isto que deixou claro ao afirmar: ‘...pois
que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da
lei, o juízo, a misericórdia e a fé’. Ou seja, uma coisa não pode existir sem a
outra. É tanto que acrescentou: ‘Deveis, porém, fazer estas coisas (viver o juízo,
a misericórdia e a fé), e não omitir aquelas’ (dizimar a hortelã, o endro e o
cominho). O que Jesus fez foi reforçar o conceito de que o dízimo, antes de ser
mera obrigatoriedade, para aparentar justiça, é um ato de fé que produz
obediência voluntária aos mandamentos da Palavra de Deus.
2. O Dízimo nas Epístolas: - Ainda que a Palavra
dízimo não apareça nos ensinos do apóstolo Paulo, está implícita todas as vezes
em que ele admoesta sobre a contribuição. Leia 1 Coríntios 16:2.
Duas
coisas aparecem no texto: as contribuições eram feitas no primeiro dia da
semana (domingo), proporcionalmente à prosperidade de cada um. O dízimo é
exatamente isto. Quando se paga 10%, ele sempre será proporcional. Em outras
palavras, quanto mais o crente prospera, mais contribui. O apóstolo também
reitera o conceito de que a contribuição sistemática, além de proporcional,
deve ser oriunda da motivação correta. Ele afirma: ‘Não com tristeza, ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria’ (2 Coríntios 9:7).
III.
AS BÊNÇÃOS QUE ACOMPANHAM OS DÍZIMOS
1. Bênçãos para a Igreja: - Se todos os crentes
pagassem o dízimo, não haveria necessidade de a Igreja local lançar mão de
campanhas financeiras para a execução de sua tarefa. O que ocorre é exatamente
o oposto. É pequeno o percentual dos que se dispõem a cumprir este mandamento,
talvez por falta de ensino e de ter a visão correta do que significa dízimo.
Malaquias
afirmou que o dízimo é para que haja ‘mantimento na casa do Senhor’.
Aplicando-se ao contexto de hoje, é o meio que a Igreja tem aqui na terra para
realizar a evangelização, enviar missionários, manter os seus obreiros, cuidar
da assistência social, construir templos para abrigar o povo e suprir o
dia-a-dia da administração. Poe exemplo: como a igreja poderá ser abençoada com
o crescimento, se lhe faltam os recursos para adquirir folhetos, enviar
obreiros, dar suporte aos programas de evangelismo e ajudar no cuidado aos
carentes da igreja e da comunidade? O dízimo é para isto. Não tem outra
finalidade.
1. Bênção para quem paga o Dízimo: - A promessa dada
por Deus através de Malaquias impõe uma condição: primeiro trazer os dízimos,
depois fazer prova do Senhor, que garante derramar bênção tal, trazendo maior
abastança. Porém, é preciso que fique claro: isto não anula as aflições da
vida, onde podem aparecer os momentos de sequidão. Agora, com certeza garante
vitória aos que, com fidelidade em tudo, atravessam estas horas mais difíceis,
pois a palavra de Deus jamais cai por terra. Fazer prova aqui não é chantagear
o Senhor, mas saber que Ele é recíproco para conosco, se cumprirmos a nossa
parte. ‘Se vós estiverdes em mim’, disse Ele, ‘e as minhas palavras estiverem
em vós’.
Veja
algumas coisas que acontecem quando, motivado pela visão correta, o crente
dizima:
1. a) sente-se recompensado por ser parte ativa na
obra de Deus;
2. b) Deus o socorre em tempos trabalhosos;
3. c) Torna-se exemplo para os demais crentes;
4. d) Deus lhe é recíproco em proporções bem maiores;
5. e) Os recursos são mais abundantes para os projetos
da igreja;
6. f) A obra de Deus é realizada com maior rapidez.
CONCLUSÃO
Você
aprendeu que o ato de dizimar é uma doutrina fundamentada em toda a Bíblia, não
sendo portanto, uma imposição humana. Viu também que é um ato de fé e de
gratidão a Deus por todas a s bênçãos recebidas. A obra de Deus na terra
depende de crentes fiéis que, como mordomos, não roubam ao Senhor mas,
devolvem-lhe o que lhe é devido. Faça sua parte.
QUESTIONÁRIO
1)
O que significa pagar o Dízimo?
2)
O Dízimo deve ser pago por mera obrigatoriedade ou como um ato de fé nas
promessas de Deus?
3)
Em que circunstancia o Dízimo aparece pela primeira vez na Bíblia?.
4)
Qual o profeta que chamou de roubadores de Deus aqueles que não pagavam os seus
dízimos?
5)
Qual a utilidade do Dízimo para a igreja local?
/
Lição
9 - O Discípulo e o Espírito Santo
Texto
Bíblico
"Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós;
e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em
toda
a Judéia e Samaria, e até os confins da terra"
(Atos
dos Apóstolos 1:8)
INTRODUÇÃO
É
impossível escrever sobre qualquer dos temas enfocados nestas lições, sem fazer
referências, explícita ou implícita, à pessoa e aos atos do Espírito Santo. Não
obstante, se faz necessário tratar deste assunto com clareza, afim de dirimir
quaisquer dúvidas que, porventura, existam por parte do novo crente, sobre a
terceira pessoa da trindade.
As
Escrituras dão sobejas provas da personalidade do Espírito Santo. Ele não é
apenas uma influência, força ativa ou energia cósmica, conforme ensinam as
pseudo-religiões; mas, sim, um como o Pai e o Filho. Ele é Deus (leia 1 João
5:6 e 7).
1. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO
Você
aprendeu que o Espírito Santo convence o homem do seu estado pecaminoso e da
condenação eterna. Nesta lição, você aprenderá que o Espírito Santo é uma
pessoa divina, tal como o Pai e o Filho.
1. Provas Bíblicas da sua divindade: - Em Gênesis 1:2,
encontramos a primeira referência ao Espírito Santo, o qual participou
ativamente da criação. O Espírito Santo é da mesma essência divina que o Pai e
o Filho, pois possui os mesmos atributos destes. Veja:
2. 1. Onipotência: - Igualmente com o Pai e o Filho,
Ele possui este atributo. É Onipotente: pode todas as coisas;
3. 2. Onisciência: - Assim como o Pai e o Filho, o
Espírito Santo tem pleno conhecimento de tudo. Seu saber é perfeito e infinito,
em relação a passado, presente e futuro. Ele é eterno: não tem princípio e nem
fim. Leia Salmos 139:2;
4. 3. Onipresença: - Você aprendeu que o Espírito
Santo conhece todos os atos e pensamentos dos crentes. Ele perscruta o seu
entendimento, pois está presente em todo o lugar, de modo pleno. Leia Jeremias
23:23 e 24.
5. Provas da sua personalidade: - O Espírito Santo,
como já foi dito, é uma pessoa, e não uma influencia ou energia cósmica; também
não é a força ativa de Deus, como ensinam alguns. Ele possui características e
personalidade. Veja os seus atributos pessoais: intelecto, vontade e sentimento
(leia Romanos 8:27 e 1 Coríntios 2:10, 11 e 16), onde se observa claramente, a
sua capacidade de examinar, conhecer e interceder.
Ele
se entristece e, também, tem ciúme (zelo) de nós. Leia Tiago 4:5. Considere
ainda, algumas atividades que atestam a personalidade do Espírito Santo:
1. 1. Revela (2 Pedro 1:21):- A Bíblia, revelação de
Deus à humanidade, foi escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo.
2. 2. Ensina (João 14:26):- O Senhor Jesus afirmou aos
discípulos que o consolador os ensinaria todas as coisas, e os faria lembrar de
tudo quanto Ele (Jesus) havia dito.
3. 3. Intercede (Romanos 8:26):- O apóstolo Paulo
disse que o Espírito Santo 'intercede por nós com gemidos inexprimíveis’.
4. 4. Ordena (Atos 13:2):- A Igreja de Antioquia da
Síria foi a primeira a enviar obreiros ao campo missionário. Porém, a ordem
para isto foi dada pelo Espírito Santo.
5. 5. Testifica de Cristo (João 15:26; 1 João 5:6 e
7):- Ele testifica de Cristo. Se não fosse uma pessoa, seu testemunho seria
nulo.
6. 6. Fala à Igreja (Apocalipse 2:7, 11, 17 e 29; 3:6,
13 e 22):- Através dos ministros da Palavra e de várias outras maneiras, Ele
fala à Igreja;
7. 7. Convida à salvação (Apocalipse 22:17):- Não só
convence o pecador a aceitar a Cristo como Salvador, mas também, junto com a
Igreja, convida todos à salvação.
1. NOMES E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Você
aprendeu que o Espírito Santo é uma pessoa e não uma influência ou força ativa
de Deus, pois possui personalidade. É divino, porque a Ele são atribuídas as
mesmas qualidades inerentes ao Pai e ao Filho, e também, é-lhe dado, de acordo
com as diversas funções, vários nomes. Veja, então, os que são conferidos ao
Espírito Santo e os seus principais símbolos.
1. Nomes conferidos ao Espírito Santo: - Referente à
pessoa do Espírito Santo, as Escrituras Sagradas registram vários nomes, pelos
quais é conhecido ou representado. Veja:
2. 1. O Espírito de Deus:- Significa que Ele é
executivo da divindade. Em Lucas 11:20, Jesus afirma que expulsara os demônios
pelo ‘dedo de Deus’.
3. 2. O Espírito de Cristo (Romanos 8:9):- Este nome,
conferido à terceira pessoa da Trindade, indica que o Espírito Santo é enviado
por Cristo, para o glorificar e habitar no salvo.
4. 3. O Consolador (João 14:16 e 26; 16:7):- Perto de
findar o seu ministério terreno, o Senhor sabia que, brevemente, teria de
deixar os seus discípulos. Contudo, eles não ficariam sozinhos, pois enviaria o
‘outro Consolador’, a fim de ficar com eles para sempre.
5. 4. O Espírito de Verdade (João 14:17; 16:13):- O
Espírito do engano e do erro operam no mundo. Por isso, o Senhor enviou o
Espírito de Verdade, para preservar os seus servos das ciladas de Satanás.
6. 5. O Espírito da Graça:- A graça é concedida aos
crentes, a fim de viverem em santidade e vencerem as fraquezas, próprias da
carne (leia 2 Coríntios 12:9).
7. 6. O Espírito de Vida (Romanos 8:2):- O poder do
pecado e da morte não têm efeito sobre aqueles que receberam o Espírito de
Vida. Neste versículo, o apóstolo Paulo afirma: ‘Porque a lei do Espírito de
vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte’. Leia Romanos
8:11.
8. Símbolos do Espírito Santo: - Eles indicam a ação
divina da terceira pessoa da Trindade, através dos vários ministérios que
exerce em prol dos servos de Deus. Consideremos os principais:
9. 1. Fogo:- Este símbolo fala da ação purificadora do
Espírito Santo, na vida do crente. Ao mesmo tempo que incinera a força do
pecado dentro de nós, e consome tudo o que representa palha, madeira e feno; o
fogo do Espírito assinala a presença de Deus na vida do crente, ao iluminá-lo e
aquecê-lo.
10.
2. Vento:- No encontro com Nicodemos
(João 3:8), o Senhor referiu-se à ação do vento, para ilustrar a operação do
Espírito Santo na obra de regeneração do pecador. É ele quem convence a pessoa
da necessidade de arrepender-se dos seus pecados e receber, pela fé, mediante a
graça divina, a salvação consumada no sacrifício do Calvário, pelo Filho de
Deus. O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito Santo.Tal como o vento,
cuja presença é sentida, sem, no entanto, se poder tocar, assim é o Espírito
Santo. Percebe-se a sua real operação na vida do crente e da igreja, embora não
se possa vê-lo tal como é. Seus atos independem da vontade humana, pois ele é
Deus, é soberano.
11.
3. Água:- Jesus afirmou a Nicodemos
que ‘aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de
Deus’. Neste versículo, a água simboliza a Palavra de Deus, que concede vida
aos que estão mortos em seus delitos e pecados. Todavia, em João 7:37, o Senhor
Jesus identifica-se como a verdadeira fonte de água viva, isto é, da salvação
consumada por ele, e conferida aos que aceitaram, pelo Espírito Santo. Ele
afirmou: ‘Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a
Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre’. E João registra, ainda no
versículo 39: ‘E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele
cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter
sido glorificado’.
12.
4. Selo:- Qualquer objeto que esteja
selado, o identifica como propriedade exclusiva de alguém. O selo é a garantia
de que o objeto não será confundido com qualquer outro, pois trata-se de uma
marca pessoal, intransferível. O crente é uma propriedade do Senhor. O selo do
Espírito Santo, no ato da conversão, confere a garantia de vida eterna ao novo
membro da família de Deus. O Espírito Santo é o penhor da nossa salvação (leia
Efésios 1:13 e 14). Desta forma, a Bíblia ensina que todo o crente é selado com
o Espírito Santo.
13.
5. Azeite:- É o mais conhecido dos
símbolos atribuídos à terceira pessoa da Trindade. No Antigo Testamento, era
usado para consagrar os sacerdotes e os reis de Israel. Ser ungido com o
azeite, significava estar revestido da autoridade de Deus, para determinada
tarefa espiritual ou secular. A igreja primitiva, através dos presbíteros,
ungia os enfermos, que saravam, após a oração da fé (leia Tiago 5:14 e 15).
Ainda se faz isto, em obediência à Palavra de Deus. Os resultados são
positivos.
14.
6. Pomba:- Esta ave simboliza
brandura, inocência, doçura, pureza, amabilidade e paz. Por ocasião do batismo
de Jesus, no rio Jordão, João Batista viu o Espírito Santo descer do Céu, em
forma corpórea de uma pomba, e pousar sobre o Filho de Deus, para indicar que
aquele era o Messias. Isto não significa que a terceira pessoa da Trindade
tenha esta aparência, pois, como espírito, não possui forma que se possa
definir.
III.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
17.
No Pecador: - O Espírito regenera a
natureza pecaminosa do homem, convence-o dos seus delitos e pecados, leva-o ao
arrependimento, à confissão e ao abandono dos mesmos, pela fé no sacrifício do
Filho de Deus. Deste modo, regenerado pelo Espírito, o pecador experimenta o
novo nascimento, e torna-se uma nova criatura. Leia 2 Coríntios 5:17.
18.
No Crente: - A obra do Espírito Santo
é:
-
Consolar (leia João 14:16 e 17);
-
Conduzir, guiar em toda a verdade (leia João 16:13);
-
Ensinar todos as coisas e lembrar o que o Senhor ensinou (leia João 14:26);
-
Conceder poder para testemunhar de Cristo (leia Atos 1:8);
-
Interceder pelos crentes em suas orações (leia Romanos 8:26);
-
Santificar: esta é a principal tarefa do Espírito santo nos crentes, pois sem
santificação, ‘ninguém verá o Senhor’ (Hebreus 12:14). Este processo é uma
operação dinâmica e progressiva. Começa na conversão e aperfeiçoa-se
gradativamente até a volta de Jesus. Leia 2 Coríntios 7:1 e Filipenses 1:6.
1. Na Igreja: - Considere as seguintes áreas , nas
quais o espírito Santo administra a Igreja:
-
Na obra de missões:- A começar pela igreja em Antioquia da Síria até os dias
atuais, é o Espírito Santo quem separa e ordena os obreiros e os envia ao campo
missionário.
-
No ministério da pregação:- Sem a unção do Espírito, nenhum pregador, por
melhor que seja, logrará êxito em sua pregação, pois sua mensagem é insípida,
vazia e sem poder. Só há salvação de almas, quando o Espírito unge a mensagem e
o pregador, como aconteceu com Pedro, no Pentecoste. Sob a convicção de que
haviam pecado, por rejeitarem o Mestre, o Salvador da humanidade, os judeus,
compungidos em seus corações, arrependeram-se e foram salvos. Leia Atos 2:37 e
41.
-
Oração:- O Espírito intercede pelos crentes nas orações (leia Romanos 8.26). Ao
escrever aos crentes em Éfeso, Paulo concita-os a orar ‘em todo o tempo com
toda a oração e súplica no Espírito’ (Efésios 6:18). Leia Judas, versículo 20.
A
sobrevivência da Igreja só é possível sob a direção do Espírito Santo. Ele é o
legítimo vigário (substituto) do Filho de Deus na terra. Ninguém mais!
QUESTIONÁRIO
1)
Cite a referência Bíblica, onde o Espírito Santo é citado pela primeira vez.
2)
Cite as características de personalidade do Espírito Santo.
3)
Cite os atributos que atestam a divindade do Espírito Santo.
4)
Quais os símbolos do Espírito Santo destacados nesta lição?
5)
Que tipo de obra o Espírito Santo realiza no crente?
Lição
10 - O Discípulo Vivendo Cheio do Espírito
Texto
Bíblico
"E
não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do
Espírito"
(Efésios
5:18)
INTRODUÇÃO
Viver
cheio do Espírito Santo significa ser alegre, confiante, revestido do poder de
Deus. Por intermédio desta virtude, muitos cristãos enfrentaram os perigos com
destemor. Os que realmente são cheios do Espírito Santo, jamais voltaram atrás.
Aceitaram o martírio, cientes de que eram bem-aventurados. Isto só foi
possível, porque experimentaram uma vida repleta no Espírito!
1. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO
2. No momento da conversão (Atos 19:2):- No momento em
que você aceita a Jesus como Salvador, recebe o Espírito Santo. Foi Ele quem,
na hora de sua conversão, atuou em seu ser, para que se decidisse por Cristo.
Ele lhe convenceu que era pecador e necessitava do arrependimento, para
alcançar o perdão de Deus. No instante em que levantou as mãos, como sinal de
aceitação, você sentiu uma alegria incontida, manifestada, às vezes, por
lágrimas. É o momento em que a terceira pessoa da Trindade passa a habitar na
vida do crente, que se torna o templo do Deus Altíssimo. Leia 1 Coríntios 6:19.
3. Como promessa e garantia da salvação (1 Coríntios
1:22):- Dentre as muitas funções do Espírito Santo e de tudo o que a Bíblia diz
a respeito de sua pessoa destaca-se o fato de ser Ele o penhor, ou seja, a
garantia de nossa futura herança em Cristo: ‘Em (Cristo) também vós estais,
depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e,
tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o
qual é o penhor da nossa herança, para redenção da promessa de Deus, para
louvor da sua glória’ (Efésios 1:13 e 14). É o Espírito Santo que, mediante a
Palavra de Deus e por todos os meios da graça, nos capacita a atingir a glória
eterna de Deus. Este selo é o penhor do futuro que nos aguarda aqui na terra e
na eternidade.
1. COMO SE RECEBE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
2. Através da oração (Atos 1:14):- Na despedida, antes
de sua ascensão ao céu, Jesus ordenou aos discípulos que ficassem em Jerusalém,
até a manifestação do poder de Deus. Eles já haviam recebido, em suas vidas, a
terceira pessoa da trindade, quando Cristo, em um dos encontros com eles, após
sua ressurreição disse-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo’ (João 20:22).
No
dia de Pentecostes, os discípulos estavam assentados, talvez no período de
descanso da oração de joelhos, quando ‘todos foram cheios do Espírito Santo, e
começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem’ (Atos 2:4).
2. Por intermédio de Jesus (João 1:33):- É Jesus quem
batiza no Espírito Santo. João Batista apareceu no cenário da Judéia e pregou o
arrependimento de pecados, a fim de preparar os judeus para receberem a Cristo.
Ele se tornou conhecido imediatamente, por causa da dura mensagem que
transmitia.
Os
sacerdotes e levitas mandaram lhe perguntar quem era ele, e João Batista,
respondeu que não era o Cristo, mas a vós que clamava no deserto: ‘Endireitai o
caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías’ (João 1:23). Declarou também
que batizava com água, para arrependimento, mas o que vinha logo em seguida era
maior do que ele, e batizaria com o Espírito Santo.
Este,
a quem João Batista se referia, é Jesus Cristo, o nosso Salvador. Se você ainda
não é batizado no Espírito Santo, ore, peça insistentemente, e o Filho de Deus
lhe revestirá do poder do alto.
III.
O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?
1. É uma promessa do Pai (Joel 2:28 e 29):- Deus fez
ao homem, aproximadamente oito mil promessas, sendo o batismo no Espírito Santo
uma delas. No passado, o Espírito Santo manifestava-se de forma específica. De
acordo com a necessidade, Ele operava na vida dos servos de Deus (leia Êxodo
35:30 a 35). No entanto, Deus prometeu derramar o seu Espírito sobre todos os
homens, para que profetizassem e tivessem sonhos. O batismo no Espírito Santo é
uma bênção atual e que está ao alcance de todos os que crêem.
2. É um revestimento de poder (Marcos 16:17 e 18):- Os
discípulos, antes do batismo no Espírito Santo, eram tímidos e medrosos. Inclusive,
no dia da prisão de Jesus, todos fugiram, com exceção de Pedro, que acompanhou
até o local onde o Filho de Deus foi julgado. Na casa do sumo-sacerdote Caifás,
o amigo de Cristo, que prometeu segui-lo até a morte, com medo de morrer,
negou-o três vezes. No entanto, no dia de pentecostes, revestido do poder de
Deus, quando os judeus, atraídos pelo barulho das línguas estranhas que os
discípulos falavam, declararam que os seguidores de Jesus estavam embriagados,
Pedro respondeu: ‘Varões judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos
isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados,
como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo
profeta Joel’ (Atos 2:14 a 16). No término de sua mensagem, quase três mil
pessoas aceitou a Jesus como salvador.
Com
certeza, todos os revestidos do poder de Deus, são mais do que vencedores. Se
você ainda não é batizado no Espírito Santo, busque-o com fé, pois este
revestimento também é seu.
3. É uma necessidade (Atos 19:6):- Paulo, em sua
terceira viagem missionária, encontrou na cidade de Éfeso, alguns discípulos. O
apóstolo sempre considerou o batismo no Espírito uma necessidade na vida do
cristão. Por isso, ele perguntou àqueles discípulos, se eles já eram batizados
no Espírito Santo. Responderam-lhe: ‘Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito
Santo’ (Atos 19:2). Paulo, então, orou, impondo as mãos sobre eles, e Jesus
batizou-os no Espírito Santo, e falavam línguas e profetizavam.
Nos
dias em que vivemos, o batismo no Espírito Santo é uma grande necessidade. As
muitas dificuldades que enfrentamos na atualidade e as forças do mal que atuam
neste mundo, levam o homem aos vícios e das drogas e da bebida, à prostituição,
à violência e a tantas coisas ruins que destroem a humanidade. Entretanto, o
homem triste e desiludido, desenganado pela medicina e rejeitado pela
sociedade, quando aceita a Jesus, renova as suas forças, principalmente, depois
que é batizado no Espírito Santo.
1. DÁDIVAS DO ESPÍRITO SANTO?
2. Os dons espirituais (1 Coríntios 12:8 a
10):-Mediante o batismo no Espírito Santo, recebemos os dons espirituais. São
os seguintes: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência, a fé, os dons de
curar, a operação de maravilhas, a profecia, o dom de discernir os espíritos, a
variedade de línguas e a interpretação de línguas.
Os
dons espirituais são necessários para a edificação espiritual e o crescimento
da igreja. São concedidos gratuitamente e devem ser utilizados, também, de
graça. Nós o recebemos mediante o nosso pedido a Deus. Se você deseja um ou
mais destes dons, comece a busca-los ainda hoje, com fé e o Senhor lhe
concederá.
2. O Fruto do Espírito (Gálatas 5:22):- No momento da
regeneração, o novo homem pessa a ter a mente de Cristo e a produzir o fruto do
Espírito, que podemos comparar a uma laranja com nove gomos, cujos nomes
diferem uns dos outros. São eles: caridade, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, fé, mansidão e temperança. Não são diversos frutos, mas um só,
constituído por nove virtudes diferentes. Jesus orou esta sublime oração:
‘porque pelo fruto se conhece a árvore’ (Mateus 12:33). Isto significa dizer
que se conhece a pessoa que realmente nasceu de novo, quando ela produz o fruto
do espírito, manifestado nas nove virtudes que lhe são peculiares.
1. O ESPÍRITO SANTO COMO LÍDER
1.Ensina
todas as coisas (João 14:26):- Jesus declarou aos discípulos que, por causa de
seu nome, eles seriam odiados e levados aos tribunais. Mas não se preocupassem,
pois o Espírito Santo lhes ensinaria tudo o que eles deveriam responder aos
seus inimigos.
Hoje
também, o Espírito Santo nos ensina. Por nós mesmos, nada sabemos falar. Mas
quando abrimos a nossa boca, a terceira pessoa da Trindade nos enche de
sabedoria e graça, para pregarmos o evangelho de Cristo.
2. Santifica-nos (2 Tessalonicenses 2:13):- O Espírito
Santo é quem nos regenera. A partir do momento em que aceitamos a Jesus, Ele
inicia o processo de santificação. Logo após o novo nascimento, começamos a
crescer espiritualmente, até chegarmos a estatura de varões perfeitos (Efésios
4:13). Realmente, as três pessoas da Trindade são responsáveis pela salvação do
homem: o Pai enviou o Filho. Este, por sua morte, redimiu-nos, e o Espírito
Santo tem a incumbência de nos santificar. Quando pecamos, sentimos, por
intermédio dele, a nossa culpabilidade. Arrependendo-nos, confessamo-lo as
nossas faltas e Ele, por intermédio do sangue de Jesus, purifica-nos de todo o
pecado.
3. Dirige a Igreja (João 16:13):- No dia de
Pentecostes, o Espírito Santo assumiu a direção da Igreja. Com a sua infinita
sabedoria, Ele dirige os passos da eleita de Cristo, desde a sua fundação, até
o dia do arrebatamento. No decorrer deste tempo, Satanás investe contra a Noiva
do Cordeiro, mas jamais foi bem sucedido, pois o Espírito Santo a protege de
todo o mal. As portas do inferno não prevalecem contra a igreja, porque o
Espírito a dirige e protege das astutas ciladas do Diabo. Leia Mateus 16:18.
Por
isso, viver cheio do Espírito significa ser dirigido pela terceira pessoa da
Trindade, com a certeza de que o crente marcha para a glória, seguro e
confiante que chegará ao céu, pois não é conduzido por simples seres humanos,
mas por uma pessoa divina.
QUESTIONÁRIO
1)
Quando se recebe o Espírito Santo?
2)
De acordo com a lição, o que é batismo no Espírito Santo?
3)
Quais as dádivas do Espírito Santo?
4)
Quais a atuação do Espírito Santo como líder?
5)
Quais são os dons espirituais descritos em 1 Coríntios 12:8 a 10?
Lição
11 - O Discípulo e os Dons do Espírito Santo
Texto
Bíblico
"Acerca
dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes"
(1
Coríntios 12:1)
INTRODUÇÃO
Os
dons espirituais formam a base do crescimento espiritual e capacita o crente
para o serviço. Seu exercício é fundamental, tanto na adoração como na edificação
da Igreja. Eles podem ser classificados em três grupos: primeiro, dons de
revelação: palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos
espíritos. Segundo, dons de poder: fé, dons de cura e operação de maravilhas.
Terceiro, dons de inspiração: profecia, variedades de línguas e interpretação
de línguas.
1. DONS DE REVELAÇÃO
São
assim chamados porque concedem ao crente poder para o saber. Ou seja, recebemos
do Espírito Santo informações e revelações de forma sobrenatural, com a
finalidade de tornar-nos capazes de conhecer o pensamento divino e a intenção
dos opositores da obra divina, em certos momentos, ou para fins específicos.
1. A palavra da sabedoria e da ciência: - A capacidade
de saber e de aplicar as revelações são as principais virtudes da sabedoria e
da ciência.
A
palavra da sabedoria é conhecimento dado pelo Espírito que capacita o crente a
perceber, falar e agir em circunstancias tais que os elementos naturais se
tornam inúteis. Leia Tiago 3:17 e 1 Co 2:6 a 8.
A
palavra da ciência ou do conhecimento também não provém de habilidades humanas.
Não é adivinhação; fenômeno psíquico, perceptivo ou telepático (leia Dt 18:9 a
12) e nem tão pouco é o resultado de um profundo conhecimento bíblico e
teológico.
A
palavra da ciência é uma revelação sobrenatural que Deus concede aos crentes em
certos momentos de suas vidas, com a finalidade de socorrer os seus e
manifestar sua glória e poder.
As
palavras da ciência e da sabedoria se completam. A primeira permite conhecer os
segredos divinos; a segunda leva o crente a aplicar corretamente os
conhecimentos revelados.
1. Discernimento de espíritos: - Como as palavras da
ciência e da sabedoria, o dom de discernir os espíritos é uma capacitação
sobrenatural do Espírito Santo que permite conhecermos a natureza e o caráter
dos espíritos. Ajuda o crente a separar o falso do verdadeiro, o puro do
impuro, o santo do pecador, o joio do trigo e, especialmente, a intenção dos
corações. Leia 1 João 4:1.
2. Exemplo do Antigo Testamento:- O profeta Elizeu,
homem de Deus, desmascarou o espírito de engano em seu servo que desejou tomar
de Naamã um talento de prata e duas mudas de roupa, como pagamento da cura de
sua lepra. O pobre Geazi herdou apenas a lepra. Os que compram e vendem os dons
de Deus morrem leprosos, mesmo que esta doença não seja visível no corpo,
inunda a alma com a imundície deste pecado, chamado de simonia (2 Reis 5:20 a
27).
3. Exemplo do Novo Testamento:- É no Novo Testamento
que este dom se manifesta em todo o seu vigor, revelando os espíritos maus e
enganadores dos últimos tempos. Em Atos 16:16 a 18, Paulo enfrentou uma
situação na qual precisou discernir os espíritos. Ele conheceu a origem daquela
bajulação e expulsou o demônio em nome de Jesus Cristo. Os crentes precisam
exercer este dom na atualidade, quando o espírito de mentira está em muitos
lábios, tanto ou mais que nos dias dos apóstolos.
1. DONS DE PODER
Os
dons de poder são: dom da fé, dons de cura e operação de maravilhas. Eles
concedem ao crente meios para realizar obras espirituais entre os homens.
1. Os dons de cura e operação de maravilhas: - Os dons
de cura são concedidos como uma solução divina capaz de amenizar o sofrimento
humano, através da fé em Jesus Cristo. Todas as enfermidades estão sujeitas à
cura divina. Deus, de um modo sobrenatural, comunica saúde e força aos corpos
afligidos.
2. Jesus deixou o exemplo:- Ele dedicou grande parte
do seu ministério para curar enfermos. Portanto, podia dizer aos seus
discípulos: ‘curai os enfermos’. Leia Tg 5:16 e At 14:8 a 10.
Jesus
tinha pleno conhecimento das condições do homem sem Deus. Corações
quebrantados, cativos do pecado, cegos espirituais, oprimidos pelos demônios.
Por isso, Ele disse em Lucas 4:18 e 19: ‘O Espírito do Senhor é sobre mim, pois
me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de
coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a por em
liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor’.
1. Como operam os dons de curar:- A Bíblia apresenta
os métodos utilizados no uso dos dons de curar. Você pode vê-los especialmente
no ministério dos apótolos Paulo e Pedro.
Nos
casos da cura do paalítico de Betesda e de Enéias, tanto Jesus como Pedro
usaram apenas uma palavra de ordem, sem oração, imposição de mãos, ou qualquer
outra atitude. Jesus apenas ordenou: ‘Levanta-te, toma a tua cama e anda’.
Pedro declarou: ‘Enéias, Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua
cama’ (At 9:33 e 34). Leia Atos 19:11 e 12, Mc 8:23 e Jô 9:11 a 17.
5. Operação de maravilhas:- O dom, também chamado de
operação de milagres, prodígios e sinais, se constitui em manifestações
especiais do poder de Deus que fogem às limitações humanas. São superiores e
inexplicáveis. Ele demonstra o poder de Deus na realização de coisas
miraculosas e extraordinárias. Na operação dos poderosos sinais que envolvem os
milagres, o supremo Senhor, apenas usa da forma que ele quer as leis e forças
por ele mesmo criadas em socorro dos seus filhos. Isso é milagre. Leia Gl 3:5.
6. O dom da fé: - Implica na capacitação espiritual e
sobrenatural que conduz o crente a confiar em Deus, a fim de realizar proezas
em nome do Senhor.
Existe
a fé natural, exercitada nas atitudes comuns do dia-a-dia, como tomar um
ônibus, um avião, crendo que vai chegar ao destino. Todo homem tem fé natural.
Há
a fé para a conversão. Quando se crê em Cristo como único Senhor e Salvador,
exercita-se a fé que salva: ‘Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a
tua casa’ (At 16:31). Há também a fé que se refere ao que o crente crê e
confessa, e se desenvolve através da meditação e do estudo da Palavra de Deus.
Mas,
no caso do dom, é a fé sobrenatural capaz de movimentar os dons de curar e a
operação de maravilhas.
III.
DONS DE INSPIRAÇÃO
Os
dons de inspiração dizem respeito à virtude do falar, não pela mente humana mas
pelo Espírito Santo.
1. O dom de línguas e de interpretação: - A Bíblia faz
menção das línguas estranhas como sinal do batismo no Espírito Santo e também
como uma concessão especial, chamada de variedade de línguas ou, simplesmente,
dom de línguas. Para que este edifique a igreja, é necessário que haja
interpretação; caso contrário, só a pessoa que fala se edifica.
O
dom de interpretar portanto, complementa o dom de variedade de línguas e deve
seguir a esta manifestação, para que toda a igreja seja edificada. Leia 1 Co
14:13, 18, 28, 39 e 40.
29.
O dom de profecia: - Profetizar, como
dom, é falar aos homens em nome de Deus, com a finalidade de edificar, exortar
e consolar (leia 1 Co 14:3). O que fala em línguas fala a Deus, a não ser que
haja interprete; o que profetiza fala aos homens, da parte de Deus. A profecia
é o único, entre os dons, sujeito ao julgamento da igreja. Leia 1 Co 14:29.
30.
As fontes da profecia:- O motivo que
faz o dom de profecia sujeito ao julgamento da igreja, é sem dúvida, as suas
três fontes de inspiração: o espírito humano, o espírito imundo e mentiroso, e
o Espírito Santo.
A
profecia oriunda do espírito humano e suas possibilidades, você encontra
especialmente nos seguintes textos: Jr 23:16, 21 e 25.
O
dom de profecia não é um método humano de adivinhar a sorte, de prever o futuro,
nem de tornar realidade os desejos dos crentes. Leia 1 Cr 17:1 a 4 e Ez 13:1 a
8.
A
profecia do espírito imundo, cuja preocupação é imitar as obras de Deus e usar
o espírito de adivinhação e lisonja, pode muitas vezes passar despercebida pela
sutileza de sua manifestação. É preciso estar em sintonia com Deus, para não
cair no engodo da Satanás.
1. O propósito do dom de profecia:- Sendo o propósito
do dom de profecia, em primeiro lugar, edificar a igreja, é natural que o
melhor lugar para o seu exercício seja no local onde os crentes se reúnem para
a adoração.
Para
as finalidades de ensinar, instruir e dirigir, com vista ao aperfeiçoamento dos
santos, Deus mesmo deu à igreja apóstolos, pastores, evangelistas e mestres (Ef
4:11 e 12).
O
dom de profecia não é para doutrinar a igreja, instruir o pastor e nem dirigir
a vida dos crentes, e sim para informar, dar a entender pelo Espírito, deixando
as decisões com cada um segundo a medida da fé.
1. A disciplina do dom de profecia:- É uma bênção,
quando usado com a disciplina que a Palavra de Deus recomenda:
-Todos
podem profetizar (1 Co 14:5);
-Em
cada culto, apenas dois ou três devem profetizar (1 Co 14:29);
-Dois
crentes não podem profetizar ao mesmo tempo, pois criam confusão e deixam
dúvidas sobre quem Deus está usando (1 Co 14:29).
-Se
um crente estiver profetizando e um segundo começar a fazê-lo também, só vai
criar uma competição entre profetas. A ordem é o segundo não iniciar, antes que
o primeiro termine, e, se o fizer, que o primeiro se cale. O ensino é que até
três podem profetizar, um após o outro, nunca ao mesmo tempo, pois Deus não é
de Confusão (I Co 14:31 e 33).
-A
prova de ser espiritual e profeta é aceitar o que diz a Bíblia (I Co 14:37 a
40).
Conclusão
Os
dons do Espírito são os meios pelos quais os membros do corpo de Cristo são
habilitados e equipados para a realização da obra de Deus. Sem os dons do
Espírito, ao invés de a Igreja ser um organismo vivo e poderoso, seria apenas
mais uma organização humana e religiosa.
QUESTIONÁRIO
1. Como o dom da ciência e da sabedoria se completam?
2. O que o crente pode fazer com os dons de poder?
3. O que são operações de maravilhas?
4. Qual o principal propósito do dom de profecia?
5. Quem recebeu o dom de variedade de línguas que
outro dom deve pedir a Deus?
Lição
12 - O Discípulo e o Fruto do Espírito Santo
Texto
Bíblico
"Mas
o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade,
fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei"
(Gálatas
5:22 e 23)
INTRODUÇÃO
O
fruto do Espírito é a expressão da natureza e do caráter de Cristo através do
crente, ou seja, é a reprodução da vida de Cristo no crente. Por si só, o homem
não tem condições de produzir o fruto do Espírito. Sua inclinação natural será
sempre de produzir os frutos da carne. Contrastando com os frutos (ou obras) da
carne, o fruto do Espírito possibilita ao autêntico cristão viver de modo
íntegro diante de Deus e dos homens. É necessário que o crente submeta-se
incondicionalmente ao Espírito Santo. O '...Fruto...' de Gálatas 5:22,
conceituado como 'expressões do caráter cristão', está no singular
provavelmente por tratar-se de uma única notável virtude implantada pelo
Espírito Santo de uma só vez no crente.
É
através do fruto do Espírito que o cristão participa da natureza divina.
1. A NATUREZA DO FRUTO DO ESPÍRITO
O
que representa e em que consiste o fruto do Espírito na vida do crente? O fruto
do Espírito consiste nas nove virtudes ou qualidades da personalidade de Deus
implantadas pelo Espírito de Verdade no interior do crente com a finalidade de
conduzi-lo à perfeição, ou seja, à imagem de Cristo. Em suma, os frutos do
Espírito representa os atributos de Deus; os traços do seu caráter. O crente
precisa absorvê-lo com a ajuda do Espírito Santo. O fruto tem sua manifestação
na vida interior, vem de dentro para fora, é o desenvolvimento da semente que
caiu em boa terra e produz para a glória de Deus.
1. O fruto do Espírito representa 'expressões do
caráter cristão':- O caráter cristão verdadeiro expressa-se no fruto do
Espírito que é resumido no amor. Do amor surgem todos os demais atributos de
Deus que são desenvolvidos no crente pelo Espírito Santo que nele habita. É por
isso que o amor aparece encabeçando a lista das virtudes cristãs geradas pelo
Espírito de Deus, por ser a fonte originária de todas as demais virtudes.
2. O fruto do Espírito representa a maturidade
cristã:- O Espírito Santo produz o fruto do caráter cristão em nossa vida
somente à medida que cooperamos com Ele. As línguas, a profecia, e até mesmo o
conhecimento são úteis, e são dons maravilhosos do Espírito Santo, mas sua
presença em nossa vida nem sempre é uma indicação de nossa maturidade cristã. A
medida de nossa maturidade em Deus, depende de quão bem temos permitido que o
Espírito Santo produza os traços do caráter de Jesus em nossa vida. A
maturidade espiritual envolve melhor entendimento do Espírito de Deus e das
necessidades das pessoas. 'O fruto do Espírito é resultado na vida dos que
participam da natureza divina, ou seja, dos que estão ligados a Cristo a
'videira verdadeira' (João 15:1 a 5). Maturidade em Cristo envolve união com
Ele; a limpeza ou a poda pelo Pai e a frutificação. Estas são as condições da
frutificação e conseqüente vida cristã vitoriosa.
1. VIRTUDES OU QUALIDADES DO FRUTO DO ESPÍRITO
2. Qualidades universais:- Amor, alegria e paz. São
virtudes direcionadas ao nosso relacionamento com Deus.
(1)
Amor:- A palavra 'amor' neste trecho das Escrituras é a tradução da palavra
grega 'agape'. Este é amor que flui diretamente de Deus. 'O amor de Deus está
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado' (Rm 5:5). É
um amor de tamanha profundidade que levou Deus a dar seu único Filho como
sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3:16). É o amor de Jesus por nós:
'conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a
nossa pelos irmãos (leia Jo 3:16; 15:2 a 13).
É
muito fácil amar os seus entes queridos, como os pais, filhos esposos,
parentes, amigos, esposas, etc. Mas, somente pelo Espírito Santo, você é capaz
de dedicar o amor aos seus inimigos, de tal forma que lhes deseje o bem e
perdoe as suas ofensas, de todo o coração, para jamais se lembrar delas.
(2)
Gozo ou alegria:- Trata-se daquela qualidade de vida que é graciosa e bondosa,
caracterizada pela boa vontade, generosa nas dádivas aos outros, resultante de
um senso de bem-estar, sobretudo de um bem-estar espiritual, por causa de uma
correta relação com Deus. Apesar das dificuldades financeiras, das
enfermidades, das calunias, pela atuação do Espírito Santo, o crente está cheio
de gozo em sua alma, como os apóstolos Paulo e Silas, presos injustamente, por
causa do evangelho. Em vez de murmurarem, cantavam e oravam. Leia At 16:25.
(3)
Paz:- Trata-se de uma qualidade espiritual produzida pela reconciliação, pelo
perdão dos pecados e pela conversão da alma transformada segundo a imagem de
Cristo (Rm 12:18). Leia Rm 5:1.
A
queda do homem no pecado destruiu a paz com Deus, com outros homens, com o
próprio ser, com a própria consciência. Foi por meio da instrumentalidade da
cruz que Deus estabeleceu a paz (Cl 1:20).
O
crente vive no meio da violência que gera insegurança e medo nas pessoas, mas
essa virtude do Espírito lhe concede tranqüilidade e confiança.
1. Qualidades sociais:- Longanimidade, benignidade e
bondade. São virtudes direcionadas ao relacionamento entre os cristãos.
(1)
Longanimidade:- É uma qualidade atribuída a Deus. Ele tem tolerado pacientemente
todas as iniqüidades do homem. Não se deixando levar pela ira nem pelo furor,
manifesta seu amor, bondade e misericórdia; não usando sua justa indignação. De
nós, os crentes, é esperado que nossas relações com os outros homens se
caracterizem pela longanimidade do mesmo modo que Deus tem agido conosco. Leia
2 Co 6:6; Cl 1:11; 3:12.
Se
Deus não fosse misericordioso e longânimo para conosco teríamos sido
imediatamente consumidos.
(2)
Benignidade:- Benignidade no original grego significa 'bondade' ou 'honestidade'.
O crente que possui esta virtude é afável e gentil para com seus semelhantes
não se mostrando inflexivel e amargo. Deus é a fonte dessa qualidade e Cristo o
melhor exemplo. Ele foi uma pessoa imensamente gentil, conforme o evangelho o
retrata. Essa virtude torna o crente benígno, desejoso do bem a todos,
principalmente para os seus inimigos.
(3)
Bondade:- Representa a generosidade que flui de uma santa retidão dada por
Deus. Se antes você praticava o mal, agora é bom para todos, sem acepção de
pessoas.
1. Demais qualidade:- Fidelidade, mansidão e
temperança ou domínio próprio.
(1)
Fé ou fidelidade:- No original grego significa tanto 'confiança' quanto
'fidelidade'. A fé aqui indica a confiança em Jesus Cristo (Ef 2:8 e 9).
Mediante esta qualidade do fruto, podemos alcançar a medida total da plenitude
de Cristo (Ef 4:13). À medida que esse fruto amadurece em nós, nossa confiança
em Deus é fortalecida. A fé não produto humano; ocorre através da operação
divina e consiste em confiança plena de alma em Cristo resultante de uma
experiência com Ele. É a certeza de que Deus existe e está sempre conosco para
nos dar a vitória.
(2)
Mansidão:- Trata-se de uma submissão do homem para com Deus, e em seguida, para
com o próprio homem. A mansidão é o resultado da verdadeira humildade, que nos
leva ao reconhecimento do valor alheio e a recusa de nos considerarmos
superiores. Jesus disse: 'Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a
terra' (Mt 5:5).
Essa
virtude torna você manso e calmo, quando antes era agressivo e se irava por
qualquer coisa que o contrariava.
(3)
Temperança:- Parece ser o somatório de tudo. Quem a possui, tem o domínio
próprio.
(a)
Nas palavras:- Há um ditado popular que afirma: 'Não devemos falar o que
sabemos, mas sim, sabermos o que falamos'. Isto é o que se pode chamar de
sobriedade, domínio próprio. Leia Tg 3:2.
Encontramos
nas Escrituras Sagradas diversos exemplos de pessoas mal sucedidas, porque
falaram demais. Miriã e Arão, irmãos de Moisés, o criticaram, por ter se casado
com uma estrangeira. Deus, então os castigou. Ela por ser a mentora da critica,
ficou leprosa por sete dias e ambos perderam o direito de entrar na terra
prometida.
(b)
Nas ações:- Quatro jovens judeus, levados cativos para a babilônia, foram
escolhidos por Nabucodonosor para realizarem um curso, e depois servirem ao
governo caldeu. O rei ordenou que os alimentasse com todas as iguarias da mesa
real. Daniel e seus companheiros propuseram em seus corações (leia Dn 1:8).
Solicitaram então, ao despenseiro que lhes fornecesse apenas legumes durante
dez dias. Se após este período. seus semblantes estivessem abatidos, aceitariam
o manjar do rei. No entanto, se apresentassem bom estado de saúde, continuariam
com a refeição escolhida por eles até o final daquele treinamento. Após aquele
período de dez dias, seus semblantes eram melhores do que os dos demais jovens.
Por isso continuaram com aquela alimentação, à base de legumes, até o final do
curso. Esta é uma demonstração de força de vontade, temperança e sobriedade dos
quatro judeus.
(c)
Nos pensamentos:- Por falta de domínio próprio, Davi cedeu a tentação que o
naufragou no pecado e o fez pagar as conseqüências pelo resto da vida. Era a
época em que os reis saíam para a guerra. No entanto, ele passeava no terraço
de sua casa real. Seu pensamento vagava distante, em busca de algo que
satisfizesse o seu ego. Repentinamente, deparou-se com uma cena que o devorou,
como uma labareda de fogo a consumir algo inflamável: uma mulher banhava-se,
nua, no quintal de sua casa. A chama da sensualidade acendeu o desejo incontido
no coração do rei de Israel de possuí-la. Quando percebeu o que fizera, já era
tarde demais: havia se deitado com ela e tinha ordenado a morte de seu marido.
Tudo isso aconteceu por falta do auto controle do pensamento que o levou a
cometer aquela loucura. Leia 2 Sm 11:1 a 4.
O
crente deve sempre ocupar-se com coisas boas. E a melhor terapia é ler a
Bíblia, cantar hinos de louvor ao Senhor, visitar os novos convertidos,
desviados e enfermos. A Palavra de Deus também nos recomenda que devemos fugir
da aparência do mal (1 Ts 5:22). Só assim venceremos as tentações e manteremos
a nossa sobriedade. Onde você estiver: no trabalho, na igreja, no ônibus, etc.
Pense nas coisas celestiais e viva com Jesus, vitoriosamente.
Conclusão
Muitos
crentes pensam ser possível cultivar somente algumas das manifestações do fruto
do Espírito, negligenciando outras. Não é possível ser crente completo quando
em nossas vidas faltam vários elementos que formam o fruto do Espírito. Se eu
tiver amor e não tiver fé, não sou completo; se eu tiver todas as demais
manifestações e for intemperado, não estou seguindo a vontade do Pai. O fruto
do Espírito forma em suas manifestações um conjunto harmônico: faltando uma, as
demais estão todas prejudicadas. se formos enxertados na videira, é claro que o
fruto deve ser uvas. Ora, um cacho de uvas amputado, com a falta de algumas
uvas, é um cacho incompleto, imperfeito. Se a videira é perfeita, é lógico que
os frutos e as folhas o sejam também.
QUESTIONÁRIO
1. Em que consiste o fruto do Espírito na vida do
crente?
2. Quais são as qualidades universais do fruto?
3. Quais são as qualidades sociais do fruto?
4. De que forma Deus tem mostrado a sua longanimidade?
5. Qual a principal característica de quem possui a
temperança?
Lição
13 - O Discipulo e o Evangelismo
Texto
Bíblico
"E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura"
(Marcos
16:15)
INTRODUÇÃO
O
que é evangelismo? Certamente você já ouviu esta expressão em algum lugar, em
vários setores da cristandade. Você mesmo foi alcançado pela graça de Deus
através desta magnífica obra! Evangelismo é o emprego da Palavra de Deus por
todos os crentes, com o sincero desejo no coração de ganhar almas para Cristo
em todos os lugares, em todo o tempo, e por todos os meios. Cada crente
autêntico, tem o privilégio de evangelizar. Todos os crentes estão autorizados
e nomeados para esta nobre tarefa. Em suma, evangelizar é: pregar (Mc 16:15);
pescar (Mt 4:19); procurar os perdidos (Lc 15); livrar da morte (Pv 24:11); é
cuidar da almas (Sl 142:4).
1. PORQUE E QUANDO DEVEMOS EVANGELIZAR
2. Todos precisam de um Salvador:- Todos os homens são
pecadores e precisam de um Salvador. O homem pecou e foi destituído da glória
de Deus (Rm 3:23), ou seja, ficou impossibilitado de permanecer na presença do
Criador. Com a entrada do pecado no mundo Satanás tornou-se deus deste século e
príncipe deste mundo. O pecador está preso pelos laços do diabo, dominado e
entregue a toda a sorte de iniqüidades. Portanto necessita urgentemente de um
Salvador. Você agora é portador desta mensagem preciosa, que propicia remissão
e regeneração ao mais vil pecador. O homem só poderá crer depois de ouvir a
Palavra: 'Como pois invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele
de quem não ouviram? E como ouvirão, sa não há quem pregue?' (Rm 10:14).
Enquanto não cerer ele está perdido (Jo 3:13 a 36), porém quando ouve a Palavra
adquire fé (Rm 10:17), e esta comunica-lhe a salvação (Ef 2:8) e muitas outras
bênçãos celestiais. Leia Mc 16:17 e 18.
3. Recebemos uma ordem do Senhor Jesus:- Fomos
chamados pelo Senhor e separados para a nobre e suprema missão de evangelizar
(leia Mt 4:2 e Jo 20:21). A 'grande comissão' - repetida cinco vezes, em todos
os evangelhos e em Atos (leia Mt 28:18 a 20; Mc 16:15; Lc 24:47; At 1:80, é o
verdadeiro alvo do Novo Testamento. O 'Ide' de Jesus é mais do que uma ordem, é
uma obrigação: "...me é imposta esta obrigação; e ai de mim, se não
anunciar o evangelho" (1 Co 9:16). Isto não significa que você será
forçado ou constrangido a pregar o evangelho, mas que foi convidado pelo Senhor
a fazê-lo, e o faz com dedicação, prazer e gratidão dando seu próprio
testemunho de fé ao mundo.
4. Deus nos concedeu o privilégio de participarmos de
Sua obra:- Os anjos desejam ardentemente realizar esta tarefa, mas eles não
possuem este direito. O anjo disse a Cornélio que mandasse buscar a Pedro para
que viesse e pregasse o evangelho: '...manda chamar a Simão...este te dirá o
que deves fazer' (At 10:5 e 6). Os seres angelicais nada podem fazer devido à
sua condição de espíritos. Mas o crente tem plena condição de realizar esta
obra. A proclamação do evangelho é um privilégio que Deus concedeu a homens com
o fim de se adquirir galardões. A salvação é dádiva que o Senhor concedeu aos
homens, mas o galardão é recompensa que o crente obtém mediante sua atividade
na obra de Deus.
5. O tempo de Deus é já:- '...eis aqui agora o tempo
aceitável, eis aqui agora o dia da salvação' (2 Co 6:2). Por que agora? Agora
estamos vivos. Não sabemos quando seremos recolhidos pelo Senhor. Devemos fazer
a obra de Deus enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar (Jo
9:4). Hoje em nosso país, temos plena liberdade para pregarmos o evangelho em
todos os lugares. Entretanto, pode ser que no futuro, nossa liberdade religiosa
seja restringida ou caçada e fiquemos impossibilitados de pregar o evangelho.
Devemos evangelizar todos os dias aproveitando todas as oportunidades. A Bíblia
recomenda que preguemos a Palavra 'a tempo e fora de tempo' (2 Tm 4:2).
1. ONDE DEVEMOS EVANGELIZAR
Nem
todos os lugares podemos fazer cultos e pregações, mas ganhar almas
individualmente, sim.
1. Nos cultos:- Após a pregação e o apelo, os ganhadores
de almas, deverão estar atentos para levar os ouvintes uma palavra amiga e
sincera. Existem pessoas que mesmo sendo convencidas pelo Espírito Santo,
precisam de ajuda para fazer sua decisão. Muitos têm dúvidas, temores e
diversas dificuldades internas. Nestas horas uma palavra de encorajamento é
decisiva.
2. Nos lares:- Jesus disse que o campo é o mundo, o
mundo começa à nossa porta, no nosso próprio lar (Mc 5:19). Muitas igrejas que
hoje são grandes, começaram em casas particulares.
3. No trabalho:- Jesus chamou seus discípulos, quando
eles estavam ocupados em seus trabalhos habituais. Nem sempre é possível
evangelizar no trabalho, mas a mensagem que fala mais forte ao coração ímpio é
a própria vida de quem prega. Portanto, um bom testemunho constitui-se numa poderosa
mensagem.
4. Nos transportes:- No ônibus, trens, metrôs e outros
meios de transportes públicos, as pessoas normalmente estão dispostas e
desocupadas, gostam de conversar e ler. Quando não podemos falar com alguém,
entregar um folheto apropriado é bem oportuno.
5. Nos hospitais, penitenciárias e outras instituições
públicas:- A primeira providência é procurar obter a autorização para realizar
o trabalho que se pretende. Há pessoas que em boas condições de saúde e em
plena liberdade jamais ouviriam o evangelho, mas nestas circunstâncias costumam
ouvir de boa mente. Nunca discuta pontos doutrinários ou religião. Lembre-se:
seu objetivo é anunciar as boas-novas de salvação!
6. Em todos os lugares:-O convite da salvação
destina-se a todas as pessoas em todos os lugares independente de cor, credo,
religião, raça, cultura e posição social.
III.
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA EVANGELIZAR
Em
primeiro lugar, o ganhador de almas precisa ter a experiência da salvação. Se o
crente não tem a convicção plena de sua própria salvação, como poderá convencer
os outros?
1. Ler e estudar a Bíblia diariamente:- 'Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade' (2 Tm 2:15). 'Então Filipe, abrindo sua
boca, e começando nesta escritura, lhe anunciou a Jesus' (At 8:35). É preciso
que os crentes, que desejam ganhar almas para Cristo, estudem sistemática,
metódica e perseverantemente a Bíblia. Aquilo que a eloqüência, o argumento e a
persuasão humana não pode fazer, a Palavra de Deus o faz quando apresentada sob
a unção do Espírito Santo.
2. Ter ardente amor pelas almas perdidas:- O
evangelismo na igreja primitiva era caracterizado pelo esforço constante dos
crentes no cumprimento do 'Ide' de Jesus. Nem as proibições, nem as ameaças de
morte, nem as prisões, puderam deter aqueles irmãos que inflamados pelo poder
de Deus e pelo amor às almas perdidas, em nada tiveram suas vidas por preciosas
contanto que pudessem cumprir com alegria a sublime missão que lhes fora dada
pelo mestre. Constrangidos pelo amor de Cristo (2 Co 5:14), eles não podiam
deixar de falar do que tinham visto e ouvido (At 4:20). Se quisermos lograr
êxito no evangelismo em nossos dias, a exemplo de nossos irmãos no início do
cristianismo, devemos pedir ao Senhor que nos encha o coração de amor pelos
perdidos.
3. Ter a vida santa, separada para Deus:- 'Lava-me
completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado'; 'Então
ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se
converterão', (Sl 51:2 e 13). Muitos crentes trabalham a toda força e não há
frutos. Qual é a razão? O pecado é um impedimento à conversão de pecadores. Se
estivermos em pecado, se não estivermos em comunhão com Deus, se estivermos nos
descuidando da leitura diária da Bíblia e da oração, fatalmente teremos o
coração de pedra e nosso trabalho não frutificará.
4. Aprender com o Mestre Jesus:-Leia agora em sua
Bíblia o texto de João 4:1 a 30 e acompanhe os passos do nosso amoroso Salvador
evangelizando a mulher samaritana:
(1).
Jesus aproveitou a oportunidade - embora cansado e faminto, pregou. Ele teve
amor e espírito de sacrifício, tudo por uma alma perdida.
(2).
Ele esperou o momento de estar a sós com a mulher.
(3).
Ele não se importou com os preconceitos raciais, sociais ou religiosos.
(4).
Entrou logo no assunto da necessidade espiritual da mulher.
(5).
Não se afastou do assunto da salvação e nem se desviou do seu objetivo.
(6).
Jesus fez a samaritana entender que era uma pecadora.
(7).
Não atacou seus defeitos nem a condenou.
(8).
Jesus demonstrou compaixão e interesse na vida da mulher.
1. Ser cheio do Espírito Santo:- A ordem de Jesus à
igreja em Mateus 28:20, para pregar o evangelho, está intimamente ligada à
afirmação anterior: '...é-me dado todo o poder no céu e na terra', bem como na
afirmação posterior: 'Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos
séculos'. Essa promessa foi cumprida na pessoa do Espírito Santo. A presença de
Jesus com os discípulos foi trocada pela onipresença do Espírito Santo, que
está em toda a parte. O apóstolo Pedro, fraco e tímido antes do Pentecostes,
tornou-se em coluna após o revestimento de poder. É o Espírito Santo que
capacita o crente e dá direção para a obra de evangelização.
Conclusão
Como
discípulo de Jesus e pregador do evangelho, o crente precisa estar seguro que
fora do evangelho não há esperança, não há remédio nem solução para as almas.
Deus nos deu o ministério da reconciliação e também pôs em nós a palavra da
reconciliação, de sorte que somos embaixadores da parte de Cristo.
Eia!
Vamos a campo batalhar pelas almas perdidas a fim de enchermos a mesa do Pai!
Mãos à obra crente!
QUESTIONÁRIO
1. De acordo com o estudo desta lição, o que é
evangelismo?
2. Por que devemos evangelizar?
3. O que a Bíblia recomenda a respeito do 'tempo' de
pregar a Palavra?
4. Qual o principal requisito necessário à
evangelização destacado nesta lição?
5. Quem é que dá direção e capacita o crente para a
obra de evangelização?
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