Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2009
Título: Davi - As vitórias
e as derrotas de um homem de Deus
Comentarista: José Gonçalves
Lição 7: A expansão do Reino
Davídico
Data: 15 de
novembro de 2009
TEXTO ÁUREO
“E Davi se ia cada vez mais aumentando
e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele” (2
Sm 5.10).
VERDADE PRÁTICA
O
reino de Israel se tornou forte e respeitado tendo Davi como seu rei. O segredo
de todo esse êxito foi a bênção de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Sm 5.1-3
Davi é constituído
rei de todo o Israel
Terça - 2 Sm 8.1-8
Davi conquista as
nações vizinhas
Quarta - 2 Sm 7.10,11
A promessa de Deus
a respeito dos inimigos
Quinta - 2 Sm 8.15
Um reino
comprometido com a justiça
Sexta - 2 Sm 23.8-39
Um reino com muitos
valentes
Sábado - 2 Sm 5.12
Um reino confirmado
pelo Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Samuel 5.6-10.
6 - E partiu o rei com os seus homens para
Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam naquela terra e que falaram a Davi,
dizendo: Não entrarás aqui, a menos que lances fora os cegos e os coxos;
querendo dizer: Não entrará Davi aqui.
7 - Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta
é a Cidade de Davi.
8 - Porque Davi disse naquele dia: Qualquer
que ferir os jebuseus e chegar ao canal, e aos coxos, e aos cegos, que a alma
de Davi aborrece, será cabeça e capitão. Por isso, se diz: Nem cego nem coxo
entrará nesta casa.
9 - Assim, habitou Davi na fortaleza e lhe
chamou a Cidade de Davi; e Davi foi edificando em redor, desde Milo até dentro.
10 - E Davi se ia cada vez mais aumentando e
crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele.
INTERAÇÃO
Professor, como está sendo a
expectativa de seus alunos em relação aos temas abordados neste trimestre? Eles
estão motivados e interessados no estudo biográfico de Davi? Nesta sétima
lição, estudaremos a respeito da expansão e da prosperidade do reino davídico. Através
da leitura do livro de 2 Samuel, podemos perceber que, sob a liderança de Davi,
o reino de Israel experimentou um vertiginoso crescimento, que acarretou
diversas mudanças em diferentes áreas (política e espiritual). Com isso,
aprendemos que, se o líder escolhido pelo Senhor para realizar a sua obra, for
fiel e obediente a Ele, o crescimento e a prosperidade (espiritual e material)
virão.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Relatar a importância da cidade de
Jerusalém para Israel e para a Igreja.
·
Reconhecer que todo reino
bem-sucedido suscita reações distintas.
·
Identificar o legado de Davi para a
história bíblica e para a Igreja.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
reproduza o mapa abaixo e utilize-o para mostrar à sua classe a expansão do
reino davídico: 1.
Hebrom: Após a morte de Saul, Davi mudou-se
da cidade dos filisteus, Ziclague, para Hebrom. 2. Jerusalém: Uma das primeiras batalhas de Davi, como rei, foi
travada em Jerusalém. Davi e suas tropas tomaram a cidade de surpresa, e ela se
tornou a capital do reino. 3.
Gate: Pertencia aos filisteus. Davi e suas
tropas os expulsaram (2 Sm 5.17-25) e os dominaram (2 Sm 8.1). 4. Moabe: Davi conquistou Moabe e exigiu que lhe pagassem
impostos (2 Sm 8.2). 5.
Edom: Davi derrotou os edomitas e os
obrigou a pagarem tributos (2 Sm 8.14).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Expansão: Fazer crescer, ampliar, desenvolver-se.
Mesmo
enfrentando inimigos externos - as nações vizinhas -, e também conflitos
internos, familiares e governamentais, Davi foi próspero e vitorioso em seu
reinado, pelo fato de obedecer à direção de Deus para sua vida. Era também um
crente que buscava ao Senhor, amava a sua Palavra, sempre adorava e louvava a
Deus. O aprofundamento da sua vida espiritual no deserto e sua dependência do
Senhor ali, lhe foi muito proveitoso em seu desempenho como chefe nacional do povo
de Deus.
I. A NOVA SEDE DE UM NOVO REINO
1. Jerusalém e sua posição
estratégica. Tão logo Davi foi empossado rei sobre todo o
Israel, tomou a decisão de conquistar a cidade de Jerusalém, na época conhecida
como Jebus (Js 18.28). Centralizada em Canaã, Jerusalém era uma cidade
fortificada, situada nas montanhas, o que a tornava militarmente estratégica.
Davi iniciara a transformação de Jerusalém num centro nacional religioso. Essa
tradição permaneceu forte entre os judeus, e Jerusalém tornou-se o local
predileto para se adorar a Deus (Jo 4.20). Esse fato é visto claramente nos
Salmos de Davi (Sl 122; 137), nos quais é mostrada a importância espiritual que
essa cidade ocupava no coração da nação.
Reedificada
várias vezes no mesmo local, Jerusalém (não Roma) permanece a Cidade Eterna do
mundo, símbolo da Nova Jerusalém, que se há de estabelecer na consumação dos
séculos, quando ela será a metrópole mundial. Isso, durante o Milênio, período
em que terá muito esplendor (Is 2.3; Zc 8.22), pois Israel estará à frente das
nações que subsistirem ao seu julgamento.
2. Jerusalém e sua importância
histórica. Jerusalém já conta com mais de três mil anos de
história e somente esse fato já é suficiente para torná-la relevante.
Mencionada no Antigo Testamento como "A Cidade de Davi" e também no
Novo como "Cidade do grande rei", Jerusalém se tornou importante
tanto para judeus como para os cristãos. Para o judaísmo, Jerusalém é
importante porque se tornou a cidade de Davi (2 Sm 5.7), e para os cristãos, por
ser a cidade do Grande Rei, Jesus Cristo (Mt 5.35).
Ao
longo da história hebraica, Jerusalém aparece em diferentes contextos. Depois
do reinado de Davi, seu filho Salomão construiu neste local o Templo e o
palácio real. A perspectiva espiritual de Jerusalém é bem documentada nas
páginas do Novo Testamento. Por exemplo, em sua carta aos Gálatas, o apóstolo
Paulo faz um interessante contraste entre a Jerusalém histórica, a qual ele
chama de terrena, e a Jerusalém espiritual, a qual ele chama de lá de cima (Gl
4.25,26). No perfeito estado eterno de "um novo céu e uma nova terra"
(Ap 21), Deus fará a nova e resplandecente Jerusalém descer do céu e pairar nas
alturas acima da nova terra (vv.1,2). Que cena maravilhosa não será?! Leia
Apocalipse 21.10,11.
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
Jerusalém
possui não somente uma posição estratégica, mas também uma importância
histórica para Israel e para a Igreja.
II. UM REINO CRESCENTE DESPERTA
INIMIGOS
1. Um período de conquista. Uma
vez unificado o reino, Davi dá início a suas conquistas militares. Sua primeira
investida, após consultar o Senhor e fazer o que este lhe ordenara, é contra os
jebuseus, habitantes de Jerusalém (2 Sm 5.6). Após derrotar os jebuseus, a
Bíblia diz que "ouvindo, pois, os filisteus que Davi fora ungido rei sobre
Israel, subiram todos para prender a Davi" (2 Sm 5.17). Entretanto, a
Escritura informa-nos que ele "feriu os filisteus desde Geba até chegar a
Gezer" (2 Sm 5.25).
Sobre
a conquista de Jerusalém, também conhecida como a fortaleza de Sião (2 Sm 5.7),
o Salmo 2 vai nos mostrar esse fato e apresentá-lo como sendo um tipo da
conquista do Messias que viria (Sl 2.6). Isso se explica pelo fato de que não
somente Davi se torna um tipo do Messias vencedor, mas a própria Jerusalém
terrestre, um tipo da celestial (Gl 4.26).
2. Reconhecimento lá fora. A
vitória de Davi sobre os jebuseus e posteriormente sobre os filisteus foi
apenas o início de um extenso período de vitórias nessa nova fase do reino
unido de Israel. O texto sagrado destaca que Davi "ia cada vez mais aumentando
e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele" (2 Sm
5.10). Essa presença divina na vida e no reinado de Davi foi notória até fora
de Israel, o que é demonstrado pelos presentes trazidos pelos mensageiros
enviados por Hirão, rei de Tiro (2 Sm 5.11). Davi reconhecia que no seu reinado
todas as bênçãos materiais e espirituais sobre o povo, a terra e o culto divino
procediam de Deus.
Nessa
época do reinado de Davi, a Arca da Aliança ficou em Jerusalém numa tenda
provisória preparada por ele, pois o Tabernáculo do Senhor estava levantado em
Gibeão próximo a Jerusalém (1 Cr 16.39; 21.29). Porém, a Arca estava, como já
vimos, em Jerusalém no monte Sião (2 Cr 5.2; Sl 116.19). Havia, portanto, culto
diante da Arca em Jerusalém (1 Cr 15.29), e diante do Tabernáculo em Gibeão (1
Cr 16.39,40). Da tenda provisória que o rei Davi erigiu-lhe no monte Sião em
Jerusalém, a Arca foi transportada para o Templo de Salomão também em Jerusalém
(1 Rs 8.1-9). A Arca aparece em visão no livro de Apocalipse 11.19, apenas para
lembrar a Israel que o tempo da bênção divina nacional, conforme as promessas
do Eterno a Israel, é chegado.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A
expansão do reino de Davi despertava admiração e inimizade ao mesmo tempo.
III. NOVO REINO, NOVOS ALVOS A ALCANÇAR
1. Adoração ao Senhor. É
edificante observar como Davi priorizava as coisas espirituais e primava por
isso. Ao chegar ao trono, sua grande preocupação foi cuidar da Arca e do culto
ao Senhor. Em seus Salmos, Davi ressalta isso muitas vezes. Será que um dia
teremos, em nosso país, governantes e líderes assim?
A
Arca representava a presença de Deus entre o seu povo: "E ali virei a ti e
falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão
sobre a arca do Testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de
Israel" (Êx 25.22). Quando a Arca foi levada inicialmente para Jerusalém,
tanto Davi como os filhos de Israel "alegravam-se perante o SENHOR, com
toda sorte de instrumentos de madeira de faia, com harpas, e com saltérios, e
com tamboris, e com pandeiros, e com címbalos" (2 Sm 6.5). No transporte
da Arca para Jerusalém, os levitas encarregados disso descumpriram preceitos da
Lei de Deus sobre o assunto e houve castigo divino com a morte de um levita.
Por isso, a Arca permaneceu três meses em casa de Obede-Edom (2 Sm 6.2-11).
2. Um projeto de construção. Davi
viveu na Velha Aliança, onde o culto a Deus era prestado no Tabernáculo e,
posteriormente, no Templo. Em o Novo Testamento a adoração no templo é
substituída pelo "templo adoração", ou seja, o salvo em Cristo é o
templo do Espírito Santo (Tg 4.5). A nossa adoração a Deus origina-se pelo
Espírito Santo no íntimo do nosso ser "em espírito e em verdade" (Jo
4.23,24). Adoração não é exatamente o mesmo que louvor. Muitos afirmam louvar a
Deus sem, contudo, adorá-Lo; isso por ignorância, hipocrisia, engano, etc.
Nesta era da Igreja, cada crente é santuário de Deus e, por isso, pode adorá-lo
pelo Espírito Santo, que no crente habita, em qualquer lugar (1 Co 3.16).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O
sucesso do Reino Davídico se deve principalmente ao fato de Davi colocar Deus
em primeiro lugar em sua vida.
CONCLUSÃO
Davi,
apesar dos seus maus e reprováveis procedimentos que a Bíblia não omite por ser
Ela imparcial, tinha o propósito de amar ao Senhor, buscá-Lo e consultá-Lo em
oração, adorá-Lo e sempre fazer sua vontade. Por isso, o seu reinado em Israel
tornou-se forte e estável. O legado de Davi para a história bíblica e universal
e, particularmente, para a Igreja atual, é muito importante, pois nele está
materializada a história de Israel, bem como uma marcante experiência
espiritual. Por conseguinte, Davi é citado em o Novo Testamento por diversas
vezes.
REFLEXÃO
"Deus nunca fez uma promessa que
fosse boa demais para ser verdade". D. L. Moody.
VOCABULÁRIO
Sem ocorrências.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PURKISER, W. T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2: Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005.
LAHAYE, T. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2008.
LAHAYE, T. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2008.
EXERCÍCIOS
1. A
que se deve a prosperidade do reino davídico?
R. À
bênção de Deus.
2. Qual
era o lugar predileto dos judeus para a adoração ao Senhor? Cite uma referência
que comprove esse fato.
R. Jerusalém.
Salmos 122 e 137.
3. De
acordo com a lição, mencione dois nomes antigos de Jerusalém.
R. Jebus
e Cidade de Davi.
4. Qual
a importância de Jerusalém para o judaísmo e para o cristianismo?
R. Para
o judaísmo, Jerusalém é importante porque se tornou a cidade de Davi (2 Sm
5.7), e para os cristãos, por ser a cidade do Grande Rei, Jesus Cristo (Mt
5.35).
5. O
que representava a Arca da Aliança?
R. A
presença de Deus entre o seu povo.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Histórico
"Uma família de reis
[...]
Após a morte de Saul, o Senhor deu a Davi uma promessa por meio de seu profeta
Natã. A respeito de Salomão, o filho de Davi, Deus disse: "Este edificará
uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre" (2
Sm 7.13). E Deus acrescentou: "Porém a tua casa e o teu reino serão
firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre"
(v.16). Esta promessa é a base da aliança davídica. A "casa" de Davi
é uma referência a sua linhagem familiar. O "trono" de Davi simboliza
o governo de sua família sobre o reino de Israel. O "reino" inclui
tanto o povo como seu território. As gerações subsequentes de israelitas, tanto
no NT como do AT, conheciam esta promessa e aceitavam-na como sendo literal:
somente através da família de Davi haveria reis sobre Israel".
(LAHAYE, T. Enciclopédia Popular de
Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2008,
p.37).
APLICAÇÃO PESSOAL
A partir de um reino despedaçado, que
Saul havia deixado como herança, Davi construiu uma potência forte e unida.
Quarenta anos depois, esta seria transmitida a seu filho Salomão. O segredo do
sucesso do reino de Davi era o seu coração totalmente voltado para Deus. Foi um
rei que governou o povo de Deus por meio dos princípios de Deus e, por esta
razão, Deus o abençoou. Pode ser que não alcancemos o sucesso terreno de Davi,
no entanto, obedecer a Deus é, certamente, a melhor e mais acertada decisão. Há
muitos crentes que são insubmissos a Deus e à sua Palavra. Os tais se esquecem
que obedecer é um princípio fundamental da vida cristã. O Deus de Davi continua
o mesmo. Ele ainda requer obediência. Davi é um exemplo de que, sem obediência
a Deus, o líder não conseguirá obter o bom êxito e a expansão da obra de Deus.
(Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2003, p.415).
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PAZ DO SENHOR
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