Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2009
Título: Davi - As vitórias
e as derrotas de um homem de Deus
Comentarista: José Gonçalves
Lição 6: Davi unifica o
Reino de Israel
Data: 08 de
novembro de 2009
TEXTO ÁUREO
“Assim faça Deus a Abner e outro
tanto, que, como o SENHOR jurou a Davi, assim lhe hei de fazer, transferindo o
reino da casa de Saul e levantando o trono de Davi sobre Israel e sobre Judá,
desde Dã até Berseba” (2 Sm 3.9,10).
VERDADE PRÁTICA
A
coroação de Davi sobre todo o Israel, além de cumprir as profecias que
prediziam esse fato, realizou o propósito divino de estruturar e organizar a
nação eleita.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Sm 15.23
Um reinado
rejeitado
Terça - 2 Sm 1.25,27
A morte dos
valentes
Quarta - 2 Sm 2.7
Buscando a unidade
do reino
Quinta - 2 Sm 5.1,2
Um reino unificado
Sexta - 2 Sm 5.12
O reinado de Davi é
confirmado
Sábado - Mt 12.25
O reino dividido
está fadado à destruição
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel
16.1,12,13; 2 Samuel 5.2.
1 Samuel 16
1 - Então, disse o SENHOR a Samuel: Até quando
terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel?
Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque
dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
12 - Então, mandou em busca dele e o trouxe (e
era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o SENHOR:
Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.
13 - Então, Samuel tomou o vaso do azeite e
ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do
SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.
2 Samuel 5
2 - E também dantes, sendo Saul ainda rei
sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o SENHOR te
disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel.
INTERAÇÃO
Professor, nesta lição, veremos que,
apesar de Davi ser um homem segundo o coração de Deus, enfrentou a retaliação
de uma parte do seu povo quanto a unificação do reino. Isso nos mostra que a
dificuldade de o povo de Deus estar unido não é recente, mas um problema
antigo, que demanda esforço e persistência da liderança em sua busca. Encoraje
seus alunos a trabalharem firme em prol da união de sua família e igreja, a fim
de que nossas principais instituições estejam fortalecidas.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Explicar a importância da unificação
do reino de Israel por Davi.
·
Refletir acerca dos problemas que a
divisão pode trazer para qualquer instituição.
·
Identificar a relevância do culto ao
Senhor para Davi e as consequências disso para o êxito de seu reinado.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
converse com seus alunos e explique que o caminho de Davi até o trono passou
por várias etapas distintas e bem espinhosas. Contudo, ele foi vencedor em
muitas delas. Questione-os: "Quais foram às atitudes tomadas por Davi que
o fizeram vencedor?" "Que passos ele seguiu?" - e, logo após,
mediante a passagem bíblica de 2 Samuel 5.19-25, exponha alguns passos seguidos
por Davi e que também podem ser imitados em nossa caminhada diária. Após apresentá-los,
enfatize que, se ignorarmos tais passos, poderemos falhar em nossas
"batalhas".
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Unidade: Qualidade daquilo que não pode ser dividido.
A
chegada de Davi ao trono deu-se em duas etapas: primeiro, ele reinou em Hebrom
sete anos e meio sobre a tribo de Judá; a seguir, reinou sobre as doze tribos
por 33 anos; totalizando quarenta anos de reinado (2 Sm 5.4,5). A Escritura
deixa claro que a profecia que prenunciava a Davi um reinado sobre toda a nação
hebraica, era de conhecimento não só do filho de Jessé, mas também dos nobres e
até mesmo do povo mais comum (2 Sm 5.2). Esse fato é visto na declaração de
Abner em 2 Samuel 3.9,10 e também nas palavras de Jônatas, filho de Saul (1 Sm
23.17), e nas de Abigail em 1 Samuel 25.30. O próprio Saul tinha uma visão
disso (1 Sm 24.20). Foi muito atribulada a jornada de Davi até chegar ao
palácio real, todavia, ele estava dentro do plano de Deus para esse fim.
I. A MONARQUIA AMEAÇADA
1. O nascimento e a morte de um
sonho. O primeiro rei de Israel, dado por Deus segundo a
vontade popular e conforme o modelo prescrito pelo povo, que queria algo
semelhante ao governo das nações incrédulas e idólatras a sua volta (1 Sm 8 a
10), certamente não terminou o seu reinado conforme eles idealizaram.
Infelizmente, havia no imaginário popular a ideia de que somente um rei, que se
assemelhasse aos monarcas das outras nações daquela época, seria capaz de
levá-los à segurança. Isso fica explícito não somente por parte da nação
israelita, mas é claramente expresso pelos seus líderes auxiliares (1 Sm
8.4,5), que não buscaram continuamente ao Senhor neste assunto tão vital: a
administração da nação eleita por Deus.
Com
a decadência espiritual e posterior morte de Saul, acabou também o sonho
daqueles que idealizaram seu reinado. Fora da vontade de Deus, não há garantias
de que sonho algum se realize. Aliás, realização de promessas e sonhos está
condicionada à obediência ao Senhor. Aquela não pode acontecer sem esta (1 Cr
22.12,13).
2. O trágico fim de Saul. Como
já vimos em outra ocasião, a princípio Saul tinha tudo para dar certo, pois
ascendeu ao trono com um alto índice de popularidade (1 Sm 9.2; 10.22-24). O
texto sagrado relata que naquela ocasião crítica e sem saída em que o povo se
encontrava, o "Espírito de Deus se apossou de Saul", e o Senhor
concedeu a vitória à Nação Escolhida (1 Sm 11.6,11). Portanto, o primeiro rei
de Israel poderia ter tido êxito em seu reinado caso se mantivesse na direção
de Deus. Infelizmente, com as suas constantes desobediências, vemos no final do
primeiro livro de Samuel o registro trágico do seu fim pelas mãos dos inimigos
do povo de Deus (1 Sm 31). Em outras palavras, Saul inaugurou seu reinado
vencendo e triunfando e terminou perdendo, envergonhando e finalmente tirando a
própria vida, deixando Israel em uma situação difícil.
O
momento agora era de união nacional e não de retaliação. Como poderia Davi se
alegrar com a derrota do povo da Aliança Divina se por trás de tal perda
estavam os "incircuncisos" (2 Sm 1.20)? Embora Davi tivesse uma
personalidade forte, era também um homem que se quebrantava com facilidade (Sl
34.18; 51.17). Em seu lamento pela morte de Saul e de seu filho, ou seja, de
"como caíram os valentes" (2 Sm 1.25,27), Davi deixa aflorar, do mais
profundo íntimo de suas emoções, um hino belo e expressivo. As palavras do
lamento de Davi revelam muito mais do que um coração despedaçado; mostram os
fragmentos nos quais transformara-se a nação. Somente o Senhor podia agora
reconstruir, alentar, encorajar, unificar e sarar o seu povo. Aqui há mais uma
lição de liderança empática e de como é importante colocar as questões pessoais
de lado em benefício do Reino.
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
O
fracasso do reinado de Saul ameaçou a monarquia de Israel, no entanto, a
liderança empática de Davi possibilitou um recomeço.
II. O REINO ABALADO
1. Do exílio ao trono. Após
a morte de Saul, Davi retornou do exílio, onde esteve peregrinando na obscuridade
durante vários anos. Instalou-se em Hebrom, na tribo de Judá (1 Cr 11.1-4), que
fora uma das cidades dos patriarcas, e também cidade de refúgio (Js 20.7). Sem
demora, "Davi consultou ao SENHOR" sobre o que fazer naquele momento
(2 Sm 2.1). Deus o dirigiu para a cidade de Hebrom com seus familiares e seus
homens, isto é, sua guarda que o apoiou e protegeu no deserto. No meio de sua
tribo, de sua parentela e do seu povo, Davi logo foi aclamado como rei sobre a
casa de Judá (2 Sm 2.4).
Apesar
de ser o homem segundo o coração de Deus, Davi, assim como Saul (1 Sm 10.27),
enfrentou a retaliação de uma parte do seu povo, pois Abner, precipitada e
arbitrariamente, constituiu a Isbosete como rei sobre uma área que compreendia
a maior parte do território de Israel. Esse acontecimento antecipa o que
oitenta anos depois realmente ocorreria: a divisão do Reino (1 Rs 12.1-33).
2. Um reino sem aprovação divina. Deus
já havia estabelecido que Davi seria o rei escolhido para governar Israel (1 Sm
16.1), nenhuma promessa divina havia sobre Isbosete. Mesmo assim o povo o
constituiu rei sobre Israel (2 Sm 2.8-10). De nada valem os cargos e ofícios
que porventura venhamos a ocupar na Casa do Senhor se não formos estabelecidos
neles pela vontade divina. Mais importante do que um cargo é a unção que Deus
põe sobre quem o exerce. Saul, quando ainda rei, caiu no erro de se preocupar
mais com a posição do que com a unção do alto. Observamos isso quando ele disse
"[...] honra-me, porém, agora diante dos anciãos" (1 Sm 15.30). De
que vale a honra daqui sem a unção de Deus na vida da pessoa? De que vale o
cargo sem a aprovação divina e sua comprovação perante o povo? São casos que
continuam a acontecer como o de Isbosete (2 Sm 2.8-10).
Contudo,
fica para nós a lição de que aquilo que humanamente queremos nem sempre é o que
o Senhor quer; e o que escolhemos sem consultar a Deus, julgando estarmos
certos, nem sempre é o que Ele escolhe.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O
reino de Israel foi abalado tanto pela morte de Saul, quanto pela constituição
de Isbosete como rei de uma parte do território da nação.
III. A MONARQUIA RESTAURADA
1. A unção real. Passados
sete anos e meio na condição de rei parcial, chegou o momento em que os
próprios anciãos de Israel procuraram Davi e lembraram-lhe da promessa que o
Senhor lhe fizera: "Então, todas as tribos de Israel vieram a Davi, a
Hebrom, e falaram, dizendo: Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos. E
também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas
com Israel; e também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e
tu serás chefe sobre Israel" (2 Sm 5.1,2). Por meio desse gesto, os
anciãos de Israel demonstraram ter consciência de que a unção real estava de
fato sobre Davi e, portanto, não havia razão para adiamento da sua ascensão ao
trono sobre a nação inteira (2 Sm 5.3). Com a coroação de Davi sobre todo o
Israel, o reino finalmente estava unificado.
2. Restaurando o culto. Uma
das diferenças básicas entre Davi e Saul é que este não demonstrava muita
preocupação com o culto ao Senhor e com os ministros do culto, enquanto aquele
comprova um zelo especial pela adoração a Deus (Leia os capítulos 6 e 7 de 2
Samuel). Não se pode governar, reinar ou fazer qualquer outra coisa com êxito
se há negligência no culto a Deus. Quando Saul lembrou-se de levantar um altar
a Deus, já estava todo complicado por causa de suas transgressões às ordens do
Senhor. Não esqueçamos esse fato, pois o Eterno considera primeiramente, e
antes de qualquer coisa, a obediência (1 Sm 15.22).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Davi
foi coroado rei de todo o Israel pelos próprios anciãos do povo que
reconheceram a unção real sobre sua vida, que zelava pela adoração a Deus acima
de tudo.
CONCLUSÃO
A
unificação do reino por parte de Davi foi um dos mais importantes
acontecimentos da história do povo escolhido. Como o Israel de Deus que hoje
somos, devemos saber que sem unidade nenhum edifício se mantém de pé. É por
isso que não devemos medir esforços na busca da unidade do corpo de Cristo, que
é a Igreja (Ef 4.3). O Novo Testamento revela claramente a eterna unificação do
reino de Deus através do perfeito e autêntico "Filho de Davi" - o
Senhor Jesus Cristo (Mt 21.9; Lc 1.32,33).
REFLEXÃO
"Ao unir-se com seus irmãos em
Cristo para perseguir um objetivo comum, você realiza muito mais do que faria
sozinho". Evelyn Christenson.
VOCABULÁRIO
Sem ocorrências.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PURKISER, W.T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. RJ: CPAD, 2005.
WOOD, G. Um salmo em seu coração. RJ: CPAD, 2006.
WOOD, G. Um salmo em seu coração. RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. A
chegada de Davi ao trono deu-se em quantas etapas? Faça um resumo de cada uma.
R. Em
duas: primeira, ele reinou em Hebrom sete anos e meio sobre a tribo de Judá; a
seguir, reinou sobre as doze tribos por 33 anos; totalizando quarenta anos de
reinado (2 Sm 5.4,5).
2. De
acordo com a lição, quais são as condições para que as promessas e sonhos
tenham êxito.
R. Obediência
ao Senhor.
3. Ao
retornar do exílio, após a morte de Saul, qual foi a cidade escolhida por Davi
para fixar sua residência?
R. Hebrom.
4. Segundo
a lição, o que é mais importante do que um cargo na obra de Deus?
R. A
unção que Deus põe sobre quem o exerce.
5. Quais
as diferença básicas entre Davi e Saul em relação ao culto?
R. Saul
não demonstrava muita preocupação com o culto ao Senhor e com os ministros do
culto, enquanto Davi demonstra um zelo especial pela adoração a Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Histórico
"A Última Batalha de Saul
A
expressão estes incircuncisos (4) revela a aversão e o desprezo que os hebreus
tinham por seus vizinhos pagãos. Quando o escudeiro se recusou a atender o
pedido, Saul tomou a sua própria espada, fixou o cabo na terra e lançou-se
contra a sua ponta; suicidou-se e seu companheiro seguiu o mesmo exemplo (4,5).
Quando as tropas de Israel que não estavam perto de Saul viram o que havia
acontecido, abandonaram as suas posições, deixaram as suas cidades e fugiram
para o deserto (7). No dia seguinte à batalha, os filisteus descobriram os
corpos de Saul e seus três filhos no campo de batalha. Profanaram o corpo do
rei de Israel, ao cortar-lhe a cabeça. Despojaram-no de suas armas e as puseram
no templo de Astarote, provavelmente perto de Bate-Seã, e fixaram o corpo de
Saul e os seus três filhos no muro da mesma cidade".
(PURKISER, W.T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. RJ: CPAD, 2005, p.229).
APLICAÇÃO PESSOAL
"No Salmo 125, [...], o escritor
deixa-nos saber que sua fé tem se debatido [...] e tem prevalecido. O versículo
3 é um telegrama de sua provação. [...]. O mal domina e o povo de fé vacila (ou
seja, 'o justo não estenda suas mãos à iniquidade'). [...] A oração do
peregrino traz força para sua fé [...]. Quando você confia no Senhor no meio da
provação, Deus faz você tão firme quanto o monte Sião. Nada pode penetrar o
círculo protetor de Deus para você (v.2). As adversidades e a tristeza não
podem passar do círculo exterior. O próprio Deus se torna o seu perímetro
interno de cuidado e proteção. Momentos difíceis não são desculpa para má
conduta (v.5). É importante continuar vivendo retamente, mesmo quando tudo vai
mal".
(WOOD, G. Um salmo em seu coração. RJ: CPAD, 2006, pp.506-7).
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PAZ DO SENHOR
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