Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões
morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição
6: O
cristão e a sexualidade
Data: 12 de Agosto de 2002
TEXTO ÁUREO
“E criou Deus o
homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn
1.27).
VERDADE PRÁTICA
Ao criar o ser humano, Deus dotou-o de sexualidade plena e
diferenciada, macho e fêmea, segundo seus propósitos. Essa sexualidade era
normal no princípio.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
Gn 18.25
Deus é o
Juiz de toda a terra
Terça - Is
1.4,5
O profeta
Isaías denuncia a rebelião de seu povo
Quarta -
Na 1.3
Deus não
tem o culpado por inocente
Quinta -
Mt 24.7,29
O Senhor
Jesus falou de desajustes na natureza e da convulsão social
Sexta - Rm
8.22
Toda a
criação está gemendo
Sábado -
Gl 6.7
Tudo que o
homem semear isso também ceifará
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Gênesis
1.27; 2.24; 1 Coríntios 7.2,3,5; Provérbios 5.18; Eclesiastes 9.9.
Gênesis 1
27 - E criou Deus o homem à sua imagem;
à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
Gênesis 2
24 - Portanto, deixará o varão o seu
pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
1
Coríntios 7
2 - mas, por causa da prostituição,
cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.
3 - O marido pague à mulher a devida
benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido.
5 - Não vos defraudeis um ao outro,
senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração;
e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa
incontinência.
Provérbios
5
18 - Seja bendito o teu manancial, e
alegra-te com a mulher da tua mocidade.
Eclesiastes
9
9 - Goza a vida com a mulher que amas,
todos os dias de vida da tua vaidade; os quais Deus te deu debaixo do sol,
todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida e do teu
trabalho que tu fizeste debaixo do sol.
PONTO DE CONTATO
Sabemos que ao nascer, o ser humano foi dotado, por Deus, de
instintos específicos sem os quais sua sobrevivência seria impossível.
Quem ensinou o bebê a sugar o leite materno? (instinto de
sobrevivência). Por que as pessoas sentem medo? (instinto de preservação da
vida). Por que são agressivas? (instinto de defesa de seu território). O que
faz com que elas construam amizades? (instinto gregário, o homem vive em
grupos). Neste conjunto está inserido o impulso sexual que caracteriza o
instinto de preservação da espécie.
O homem pecador deturpou este impulso divino, gerando as muitas
aberrações que sabemos existir hoje, mas isso não invalida a intenção de Deus
de perpetuar a espécie humana através da sexualidade sadia.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Orientar-se, em relação à sexualidade, pelos princípios morais e
éticos da Palavra de Deus.
·
Praticar os conselhos apresentados na Palavra de Deus
concernente ao relacionamento conjugal.
SÍNTESE TEXTUAL
Se precisássemos de uma razão para explicar porque Deus uniu as
primeiras pessoas no Éden, poderíamos declarar sem medo de errar: a preservação
da família.
Ao contemplarmos o mundo de hoje, com uma proporção cada vez
maior de indivíduos que abandonam o lar, com tudo o que ele representa, em
busca de seus próprios interesses, vamos constatar quanto este mundo está
distanciado do propósito de Deus. A sexualidade desenfreada, a tão mencionada
nas Escrituras concupiscência da carne, é a grande responsável pelos desvios de
conduta que levam o homem e a mulher de hoje a pecarem. O sexo não deve ser
concebido como algo imoral, feio e vulgar. Também não deve ser concebido como
instrumento de prazeres egoísticos e de desventura infligida ao próximo. Deve,
antes, ser compreendido à luz da Bíblia como algo criado por Deus no ser humano
para sua satisfação pessoal e preservação da espécie acompanhadas de vidas
santas, puras e virtuosas.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Você já considerou o método de ensino de Jesus? Ele falava a
respeito de coisas que as pessoas podiam ver: um semeador, um casamento, um
templo, uma criancinha, uma moeda, as aves, os lírios, o vento, a moedinha da
viúva, uvas, pescadores, bois, portões e a ceifa. Cada situação de ensino
sugere alguma coisa que você pode usar para ilustrar a verdade. Planeje o uso
de quadros, de gráficos, de mapas, de modelos, do quadro de giz, de pôsteres e
de objetos de todos os tipos para ressaltar sua apresentação. Você deve usar
materiais audiovisuais, se estiverem em disponibilidade. Você pode imaginar
quão eficaz uma lição fica quando o aluno pode ouvir, ver e tocar coisas que
ensinam uma única verdade?
COMENTÁRIO
introdução
Quando Deus formou o primeiro casal, dotou-o de estrutura
físico-emocional e instinto sexual que o capacitam para a reprodução e
preservação da espécie humana. O propósito de Deus é que os filhos procedam do
casamento e não de outra maneira. A quebra dessa lei resulta em frutos amargos
para a família. Deus assim dotou o homem para propósitos específicos, puros e
elevados. Portanto, a sexualidade é parte natural e integrante do ser humano.
No casamento, a sexualidade exerce papel fundamental e indispensável para o bom
relacionamento entre os cônjuges e, como já foi dito, para a perpetuação do
gênero humano, circunscrita ao plano de Deus para o matrimônio. Vamos refletir
um pouco nesta lição sobre esse importante assunto.
I. VISÃO
BÍBLICA DO SEXO
1. O sexo foi feito por Deus. Deus fez o homem, incluindo o sexo e “viu que
tudo era bom” (Gn 1.31). As mãos que fizeram os olhos, o cérebro, também
fizeram os órgãos sexuais. Aquele que criou a mente, criou também o instinto
sexual. No princípio, ao ser criado, o sexo era puro e sem pecado. Mas, com a
transgressão de Adão no Éden, todas as faculdades do homem foram afetadas pelo
pecado, inclusive o sexo.
2. O homem participando da criação. Deus quis em sua soberania que o homem desse
continuidade à espécie, macho e fêmea, indicando a clara e inequívoca
diferenciação entre os sexos (ver Gn 1.27).
3. A intimidade e interação sexual é privativa dos casados. A ordem de crescer e multiplicar não foi dada
a solteiros, mas a casados (Gn 1.27,28). Deus não quis que o homem vivesse só e
lhe deu uma esposa, já formada, preparada para a união conjugal. O ensino
bíblico é que o homem deve desfrutar o sexo com a esposa de modo normal,
racional, sadio e amoroso não com a namorada ou noiva. Em Cantares de Salomão,
tem-se a exaltação do amor conjugal. Este, não ocorre entre solteiros (Ct
4.1-12; Ef 5.22-25). Pesquisas indicam que 50% dos jovens evangélicos já
praticaram sexo antes do casamento. Isso é pecado grave contra o próprio corpo,
contra o Criador, contra a Palavra de Deus, contra o próximo, contra a Igreja e
contra a família.
II. O SEXO E
A VIVÊNCIA CRISTÃ
1. Sua natureza. Quando
terminou de criar todas as coisas (incluindo o homem), “viu Deus tudo quanto
tinha feito, e eis que era muito bom e foi a tarde e a manhã: o dia sexto” (Gn
1.31). O sexo, como já afirmamos, fez e faz parte da constituição
físico-emocional do ser humano, desde a criação. Logo, não é correto concebê-lo
como algo imoral, feio, vulgar e pecaminoso. Deus não faria nada ruim. Ele
planejou e formou o homem, a “coroa da criação”, numa totalidade, incluindo o
sexo. O que tem arruinado o sexo e o tornado repulsivo por muitos é o seu uso
ilícito, antibíblico, antinatural, anticristão, antissocial e sub-humano.
Demônios podem atuar no ser humano na área do sexo (Os 4.12; 5.4).
2. Suas finalidades. A união conjugal pautada nas Sagradas
Escrituras propicia:
a) A procriação (Gn 1.27,28; Sl 139.13-16). A
procriação é o ato criador do Eterno através do homem. Ele dotou o homem de
capacidade reprodutiva, instituiu o matrimônio e a família, visando a
legitimação desse maravilhoso e sublime processo que a mente dos mortais jamais
poderá explicar. “Frutificai e multiplicai-vos”, foi a ordem do Criador (Gn
1.27,28).
b) O ajustamento do casal. Em 1 Coríntios 7.1-7, vemos uma
orientação bíblica muito importante do apóstolo Paulo no que diz respeito à
intimidade conjugal. O apóstolo, nesta passagem, considera os seguintes
princípios:
• Prevenção
(v.2): “mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher
e cada uma tenha o seu próprio marido”. Com isso, evita-se o adultério e a
prostituição.
• Mútuo
dever (v.3): “O marido pague à mulher a devida benevolência e, da mesma
sorte, a mulher ao marido”. É o dever do amor conjugal, no que tange ao
atendimento das necessidades sexuais, a que tem direito cada cônjuge.
• Autoridade
mútua (v.4): “A mulher não tem poder sobre seu próprio corpo, mas tem-no o
marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre seu próprio
corpo, mas tem-no a mulher”. Não se trata aqui, da autoridade por imposição,
pela força, mas sim pelo amor conjugal. Diga-se também que o marido não pode
abusar da esposa, praticando atos ilícitos, carnais, abusivos e sub-humanos, ou
vice-versa.
• Abstinência
consentida (v.5): Isto é importante no relacionamento do casal. Os cônjuges
podem abster-se, por algum tempo, da prática sexual, mediante o consentimento
mútuo. Não pode haver imposição de um sobre o outro. Caso decidam separar-se no
leito conjugal, devem fazê-lo sob as seguintes condições: que haja concordância
entre ambos, e que haja sabedoria quanto ao tempo determinado para dedicarem-se
à oração e à disciplina da vontade (de ambos).
c) A satisfação amorosa do casal. Existem seitas ou religiões e, até
evangélicos, que proíbem o prazer do sexo alegando que a finalidade deste é
somente a procriação. Isso não tem base na Bíblia. Vários textos nos mostram
que Deus reconhece o direito de o casal usufruir desse prazer. Em Provérbios
5.18-23, o sábio recomenda aos cônjuges que desfrutem do sexo, sem referir-se,
neste caso, ao ato procriativo. Nesta passagem, porém, o homem é advertido
quanto à “mulher estranha”, a adúltera; e é incentivado a valorizar a união
conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade (ver Ec 9.9; Ct
4.1-12; 7.1-9). No Antigo Testamento, a “lua de mel” durava um ano! (Dt 24.5).
3. Ante a lei divina. A vida sexual do casal, na ótica bíblica:
a) Deve ser exclusiva ou monogâmica. Deus
condena de forma veemente a poligamia (Gn 2.24; Pv 5.17).
b) Deve ser alegre. O casal tem direito de usufruir
do contentamento propiciado pela intimidade matrimonial (Pv 5.18).
c) Deve ser santa (1 Pe 1.15 e 1 Ts 4.4-8). A
santidade se aplica também ao nosso corpo, uma vez que o Espírito Santo habita
em nós (1 Co 6.19,20), razão pela qual toda e qualquer prática sexual ilícita
(aberrações, bestialidade etc.) não devem ser permitidas; além de pecaminosas,
não contribuem para o ajustamento espiritual do casal.
d) Deve ser natural (Ct 2.6; 8.3). As
relações sexuais anal e oral são antinaturais e sub-humanas, portanto,
reprováveis. Os pecados do sexo são responsáveis por muitas doenças, inclusive
as denominadas “sexualmente transmissíveis (DST) que vêm ceifando milhões de
vidas no mundo inteiro, principalmente a AIDS”. Essas práticas sexuais
reprováveis estão sujeitas a juízo (Hb 13.4).
III. O SEXO
FORA DO CASAMENTO É PECADO
Sexo premarital é pecado e, igualmente o extramarital.
1. Fornicação. Prática do
sexo entre solteiros ou entre casado e solteiro. O fornicário não entra no céu
(Ap 21.8; Gl 5.19 e 1 Co 6.18).
2. Adultério. Relação
sexual de casados com pessoas que não são seus cônjuges (Mt 5.27; Mc 10.9 e Rm
13.9). É grave e desastroso pecado (Pv 5.1-5).
3. Prostituição. Em sentido
geral, envolve todas as práticas sexuais pecaminosas. Em sentido estrito, é a
intimidade sexual com prostitutas e a infidelidade conjugal. Deus a proíbe com
veemência (Dt 23.17); é grave pecado (1 Co 6.16); é insanidade, loucura,
estupidez e torpeza (Pv 7.4-10; 1 Co 6.15-18).
4. Homossexualismo. É a
prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. Contrariando a opinião de muitos, a
Bíblia condena, pois é abominação ao Senhor (Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18),
perversão sexual de Sodoma — sodomia (Gn 19.5). Deus destruiu cidades por causa
disso (Dt 23.17). Não entram no Reino de Deus os que praticam tais atos (1 Co
6.9,10).
5. A masturbação. Há
ensinadores que não a consideram pecado de forma alguma. Outros, dizem que é
totalmente errado. Outros, ainda, dizem que, se não for por vício, mas por
necessidade, torna-se moralmente justificável. De qualquer forma, é pecado, por
contrariar o plano de Deus, pois o sexo não deve ser egoísta, mas partilhado
com outra pessoa, no âmbito do casamento. A masturbação está sempre associada a
fantasias sexuais.
CONCLUSÃO
Os preceitos bíblicos que dão conta da sexualidade se
identificam com o que Jesus chamou de “caminho estreito”, o qual poucos se
dispõem a palmilhar. No mundo hodierno, onde os meios de comunicação em massa
aprovam, promovem, incentivam e exaltam o erotismo, sensualidade, a
prostituição e o sexo fora do casamento, de modo irresponsável e pecaminoso é
necessário que o cristão tome posição firme e consciente. Ele deve orientar-se
pelos princípios morais e éticos, para a sexualidade, à luz da Palavra de Deus.
VOCABULÁRIO
Aberração: Ato ou efeito de aberrar; desviar-se das
regras naturais; esquisito; anomalia, anormalidade, irregularidade.
Abstinência: Abstenção; qualidade daquele que se abstém e se priva de algo; privação voluntária.
Inequívoco: Que não tem mais de um sentido ou se presta a mais de uma interpretação; não ambíguo; que não dá margem a suspeita.
Monogamia: Casamento do homem com uma só mulher.
Procriação: Ato ou efeito de procriar; dar origem, nascimento, existência, a; crescer em número, pela procriação; multiplicar-se, reproduzir-se.
Abstinência: Abstenção; qualidade daquele que se abstém e se priva de algo; privação voluntária.
Inequívoco: Que não tem mais de um sentido ou se presta a mais de uma interpretação; não ambíguo; que não dá margem a suspeita.
Monogamia: Casamento do homem com uma só mulher.
Procriação: Ato ou efeito de procriar; dar origem, nascimento, existência, a; crescer em número, pela procriação; multiplicar-se, reproduzir-se.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
A
Juventude Cristã e o Sexo. Elienai
Cabral, CPAD.
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.
Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. Arthur F. Holmes, CPAD.
Pureza Sexual: Como Vencer Sua Guerra Interior. Robert Daniels, CPAD.
Responda-me, Por Favor!: Sexo & Namoro. Marta D. de Andrade e Claudionor C. de Andrade, CPAD.
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.
Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. Arthur F. Holmes, CPAD.
Pureza Sexual: Como Vencer Sua Guerra Interior. Robert Daniels, CPAD.
Responda-me, Por Favor!: Sexo & Namoro. Marta D. de Andrade e Claudionor C. de Andrade, CPAD.
EXERCÍCIOS
1. Como o homem participa da criação?
R. Através da procriação.
2. Quem tem o direito legítimo de desfrutar a
sexualidade?
R. Os casados.
3. De acordo com a lição, quais as finalidades da
união sexual?
R. Procriação, ajustamento entre o casal
e satisfação ou prazer entre os cônjuges.
4. Como deve ser a relação sexual de um casal
cristão?
R. Exclusiva, alegre, santa e natural.
5. Que é fornicação?
R. A prática do sexo entre solteiros.
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
Subsídio
Doutrinário
“Um relacionamento sexual não está confinado a apenas duas
pessoas. Envolve também Deus, Criador e Senhor de todos nós, que pelos
propósitos que tinha em mente, fez-nos criaturas sexuais. O Cristianismo não
está só quando coloca implicações religiosas no sexo. No mundo antigo, a
prostituição religiosa celebrava a fertilidade da natureza. No outro extremo, o
celibato ainda é adotado como vocação religiosa. Mais pertinente ao sexo é o
rito da circuncisão no Antigo Testamento, adotado como sinal de que a aliança
de Deus estava sobre os filhos de Abraão, de geração em geração. Os próprios
órgãos genitais deviam ser uma lembrança permanente de que a sexualidade é
concedida pelo Senhor, e que somos responsáveis perante Ele pelo uso do sexo.
A união sexual e a reprodução fazem parte da criação e foi
ordenada por Deus desde o princípio, pela instituição do casamento. O sexo não
pode ser retirado desse contexto e tratado de forma meramente biológica ou
psicológica, como ocorre na sociedade contemporânea. Seu principal significado
não deve ser encontrado em si mesmo, no ato, na experiência ou mesmo em suas
consequências sociais. Como em qualquer coisa vista teisticamente, seu
significado principal deve ser encontrado em relação a Deus e seus propósitos”
(Ética: As Decisões
Morais à Luz da Bíblia. CPAD, p.129).
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PAZ DO SENHOR
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