Lições Bíblicas CPAD 2º Trimestre de 2000
Título: Os ensinos de Jesus para o homem atual
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição
8: Jesus
e o testemunho cristão
Data: 21 de Maio de 2000
TEXTO ÁUREO
“Vós sois o sal
da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais
presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens” (Mt
5.13).
VERDADE PRÁTICA
O crente como sal da terra e luz do mundo tem o dever de
demonstrar, em todo o lugar, para todos, que tem uma nova vida, um novo
proceder, como salvo em Cristo Jesus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
Mc 9.50
Ter sal em
si mesmo
Terça - Fp
2.15
Irrepreensíveis
e sinceros
Quarta -
Pv 4.18
A vereda
dos justos brilha
Quinta -
Mc 4.22
Tudo será
descoberto
Sexta - 1
Pe 2.12
Um viver
honesto
Sábado - 1
Pe 2.15
Deus quer
que façamos o bem
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Mateus
5.13-16.20.
13 - Vós sois o sal da terra; e, se o
sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se
lançar fora e ser pisado pelos homens.
14 - Vós sois a luz do mundo; não se
pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15 - nem se acende a candeia e se
coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na
casa.
16 - Assim resplandeça a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso
Pai, que está nos céus.
20 - Porque vos digo que, se a vossa
justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no
Reino dos céus.
PONTO DE CONTATO
Comece a aula com oração. Peça a Deus que ajude a todos a
cumprir o compromisso de serem crentes leais e testemunhas autênticas da glória
e do poder do Senhor Jesus Cristo.
Como sal da terra devemos ficar atentos para que o nosso sal não
perca o sabor, pois se os súditos do Reino perderem o sabor de cristãos, para
nada mais presta senão para serem pisados pelos incrédulos.
A luz tem a função única de espantar as trevas e brilhar no meio
delas. Os crentes estão colocados em evidência no seio da sociedade, e mesmo no
seio da humanidade, à semelhança da vela colocada no velador e num lugar alto,
de modo que eles não podem fugir ao dever de brilhar. Por isso Jesus exorta:
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas
obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Explicar o sentido figurado de “sal da terra” e “luz do mundo”.
·
Reconhecer que, como crente, tem o dever de “salgar” para
preservar sua família, seus amigos e todos os que estejam sob sua influência.
·
Destacar a importância do testemunho do crente através das boas
obras.
SÍNTESE TEXTUAL
Jesus nos apresenta duas características inerentes à natureza
dos súditos do Reino de Deus, que devem ser externadas pela prática das
virtudes da vida cristã — o sal e a luz.
Uma das maiores utilidades do sal é preservar certos alimentos
da putrefação. Do mesmo modo, os crentes em Cristo têm de preservar a sociedade
humana da putrefação moral e espiritual. Ser “sal da terra” é ter qualidade
preservativas e temperantes à sociedade; é ter sabor agradável de uma vida
santa e pura; é viver o evangelho de Cristo, no meio de uma geração corrompida,
expondo-se mesmo ao sacrifício. Ser sal da terra é crucificar a carne com suas
paixões.
Na segunda figura — a luz — Jesus ensina que aos crentes cabe o
dever de proclamar ao mundo as verdades santas do evangelho, pois a única
esperança da sociedade é a vinda do Reino de Deus ao coração humano. A vida do
crente deve revelar o que ele é no íntimo — exatamente como a luz revela o que
está nas trevas.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Pergunte aos seus alunos se já ouviram falar em sal-gema? A
natureza do sal-gema, do sal verdadeiro, é permanente, e seu valor vai até ao
fim. Mas, podem surgir pedras de sal falsas que apenas têm uma pequena camada
externa que possa saborear. Não é pedra cem por cento de sal, e o resultado:
exposta à umidade, dilui-se aquela fina camada e aparece a pedra dura, sem
sabor algum.
Faça uma breve exposição da proposição acima e logo após, peça a
seus alunos que comparem o sal-gema com a falsa pedra de sal e façam uma
aplicação, atribuindo a essa figura o sentido prático da experiência cristã.
Exemplo:
Os verdadeiros crentes são sal-gema, porém, os falsos, apesar da
boa aparência, verifica-se que lhes falta a fé genuína; são indiferentes às
coisas espirituais e ausentes da comunhão com Deus. O mundanismo, a
deslealdade, a insinceridade fazem diluir a delgada camada de sal no seu
caráter e tornam-se insípidos, e, finalmente, intragáveis.
COMENTÁRIO
introdução
O crente em Jesus tem grande responsabilidade, diante de Deus e
dos homens, para que, com seu testemunho, glorifique o nome do Senhor.
I. “VÓS SOIS
O SAL DA TERRA”
1. Propriedades do sal. Na Química, o sal é chamado Cloreto de Sódio.
Esta substância tem propriedades importantes. Por isso, Jesus a usou para
tipificar o papel daqueles que são seus discípulos.
a) O sal preserva. Desde
tempos imemoriais, o sal tem sido utilizado pelos povos como substância
conservante, que preserva as características dos alimentos. O cristão, como o
sal espiritual, tem a capacidade de preservar o ambiente sob sua influência.
Este mundo ainda existe porque, apesar de sua degeneração, a Igreja, formada
pelos crentes, está preservando o que resta de saúde moral e espiritual no
mundo. Quando a Igreja for tirada da terra, a podridão tomará conta dos povos
sem Deus, levando-os à decomposição final, que os levará ao Inferno. O crente
tem o dever de “salgar” para preservar sua família, seus amigos, crentes ou não
e todos os que estejam de uma forma ou de outra sob sua influência. Através das
missões, da evangelização local e regional, a Igreja espalha o sal sobre o
mundo, para que ele não apodreça de vez.
b) O sal dá sabor. Uma comida
sem sal nunca é vista como saborosa. Normalmente, é indicada para pessoas que
estão com problemas de saúde, para quem é contraindicado o uso do sal. A Bíblia
registra a importância do sal, como elemento que dá sabor: “Ou comer-se-á sem
sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?” (Jó 6.6). Da mesma
forma, o crente em Jesus tem a propriedade de dar sabor espiritual ao ambiente
em que vive, à vida dos que lhe cercam. Há pessoas que se sentem felizes em
conviver com crentes fiéis, sentindo o efeito benéfico do contato com eles. E
isso glorifica o nome do Senhor. É necessário ter sal na vida, ou seja, um
viver cheio de alegria, de poder, entusiasmo, cheio do Espírito Santo. Jesus
reconhecia o valor do sal, quando afirmou: “Bom é o sal, mas, se o sal se
tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmos e paz, uns com os
outros” (Mc 9.50). Em seu ensino, Ele disse que, “se o sal for insípido, com
que se há de salgar. Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser
pisado pelos homens” (v.13). Isso quer dizer que, se o crente deixar de dar seu
testemunho, sua vida perde o sentido, torna-se inútil, e passa a ser “pisado”
pelos pecadores.
2. Sal na medida. Uma das
características do sal é sua “humildade”. Ele preserva e dá sabor, sem
aparecer. Assim é o crente fiel. Ele é humilde. Não faz questão de aparecer.
Quando o sal “aparece”, pelo excesso, ninguém suporta. O crente como sal prega
mais com a vida do que com palavras. João Batista foi um exemplo. Falando sobre
Jesus, disse: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). O
crente, quando tem sal demais, torna-se insuportável. Isso acontece, quando se
torna fanático. Em lugar de passar para os outros o sabor da vida cristã, acaba
afugentando as pessoas, com excesso de santidade. São pessoas legalistas, que
vêm pecado em tudo. Por outro lado, há os que não têm mais sal em suas vidas.
São os liberalistas, que se acomodam com o mundanismo, e dizem que nada é
pecado. São extremos. É preciso ter equilíbrio no testemunho. Paulo disse: “A
vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como
vos convém responder a cada um” (Cl 4.6). O fruto do Espírito inclui a
temperança (Gl 5.22).
II. “VÓS SOIS
A LUZ DO MUNDO”
Fazendo uso de metáforas, Jesus afirmou que os seus discípulos
são “a luz do mundo”. Figura extraordinária essa! Diferentemente do sal, que
não é visto em ação, a luz só tem valor quando é percebida, quando aparece.
1. O testemunho elevado. Comparando seus seguidores como luz do mundo,
Jesus disse que “não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”. De
fato, as cidades sobre os montes, quando chega a noite, refletem as luzes de
suas casas e ruas. Como luz, o crente está edificado sobre Cristo, em posição
muito elevada. Ele “nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos
lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.6). O salmista reconhecia essa
posição elevada, quando disse: “Leva-me para a rocha que é mais alta do que eu”
(Sl 61.2).
2. Crentes no velador. Jesus disse que não se “acende uma candeia e
se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos os que estão na
casa” (v.15). Velador é um suporte de madeira, sobre o qual se coloca um candeeiro
ou uma vela, em lugar elevado, na casa, de forma que a luz que ali estiver,
ilumine a todos que estiverem a seu redor. “Mas quem pratica a verdade vem para
a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”
(Jo 3.21). Infelizmente, há pessoas nas igrejas, que se colocam debaixo do
alqueire do comodismo, da indiferença, da falta de fé e de ação, e apagam-se,
por lhes faltar o oxigênio da presença de Deus.
3. O testemunho que resplandece (v.16). “Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens...”. O crente em Jesus não tem luz própria. Ele não é estrela, com luz
própria. Ele pode ser comparado a um planeta, que é um astro iluminado por uma
estrela, em torno do qual ele gravita. Na verdade, nós somos iluminados por
Jesus. Ele, sim, é a “estrela da alva” (2 Pe 1.19), a “resplandecente Estrela
da manhã” (Ap 22.16). NEle, e em torno dEle, nós vivemos, e recebemos a sua
luz. Com nosso testemunho, precisamos esparzir a “luz do evangelho da glória de
Cristo” (2 Co 4.4).
4. “Para que vejam as vossas boas obras”. O crente, como luz, dá seu testemunho, através
das boas obras de salvo, “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus
para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef
2.10). Muitos têm ganho almas para Jesus, na evangelização, parque praticam um
testemunho eloquente, em todos os lugares. Sabemos de servos e servas de Deus,
que, no seu lar, ganharam toda a família, por causa de suas atitudes cristãs;
outros, que no trabalho, ganharam seus colegas, por causa do comportamento
cristão. Com isso, eles glorificam a Deus, que está nos céus. Paulo, exortando
os crentes acerca do testemunho, disse que fizessem tudo “para que sejais
irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida
e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Fp 2.15). Em
Provérbios, lemos: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai
brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).
CONCLUSÃO
O testemunho cristão, segundo os ensinos de Jesus, deve ser de
tal modo elevado, que os homens possam ver as boas obras do crente, e
glorifiquem a Deus por causa delas.
VOCABULÁRIO
Alqueire: Uma vasilha de medida de alqueire, que servia
para medir cereais, feita de barro, com a capacidade de 8 litros e meio.
Candeia: Pequeno aparelho de iluminação, que se suspende por um prego, com recipiente de folha de flandres, barro ou outro material, abastecido com óleo, no qual se embebe uma torcida, e de uso em casas pobres.
Decomposição: Ato ou efeito de decompor-se; redução a elementos simples; alteração profunda; análise; desorganização.
Eloquente: Que tem eloquência; expressivo, significativo, persuasivo, convincente.
Esparzir: Espalhar ou derramar (um líquido); irradiar, difundir.
Gravitar: Andar à volta de um astro, atraído por ele; seguir (uma coisa ou pessoa) o destino de outra, em situação secundária.
Insípido: Que não tem sabor; desagradável; tedioso; monótono.
Insulso: Que não tem sal; insosso; que não tem sabor; insípido.
Metáfora: Tropo que consiste na transferência de uma palavra para um âmbito semântico que não é o do objeto que ela designa, e que se fundamenta numa relação de semelhança subentendida entre o sentido próprio e o figurado. Exemplo: por metáfora, chama-se raposa a uma pessoa astuta, ou se designa a juventude primavera da vida.
Velador: Suporte vertical de madeira, que assenta em uma base ou pé e termina, no alto, por um disco onde se põe um candeeiro ou uma vela.
Candeia: Pequeno aparelho de iluminação, que se suspende por um prego, com recipiente de folha de flandres, barro ou outro material, abastecido com óleo, no qual se embebe uma torcida, e de uso em casas pobres.
Decomposição: Ato ou efeito de decompor-se; redução a elementos simples; alteração profunda; análise; desorganização.
Eloquente: Que tem eloquência; expressivo, significativo, persuasivo, convincente.
Esparzir: Espalhar ou derramar (um líquido); irradiar, difundir.
Gravitar: Andar à volta de um astro, atraído por ele; seguir (uma coisa ou pessoa) o destino de outra, em situação secundária.
Insípido: Que não tem sabor; desagradável; tedioso; monótono.
Insulso: Que não tem sal; insosso; que não tem sabor; insípido.
Metáfora: Tropo que consiste na transferência de uma palavra para um âmbito semântico que não é o do objeto que ela designa, e que se fundamenta numa relação de semelhança subentendida entre o sentido próprio e o figurado. Exemplo: por metáfora, chama-se raposa a uma pessoa astuta, ou se designa a juventude primavera da vida.
Velador: Suporte vertical de madeira, que assenta em uma base ou pé e termina, no alto, por um disco onde se põe um candeeiro ou uma vela.
EXERCÍCIOS
1. Por que Jesus usou o sal como figura para as
qualidades dos seus discípulos?
R. Porque o sal preserva e conserva.
2. Que significa o “crente no velador”?
R. É o crente dando o seu testemunho em
casa, no trabalho, na igreja e em todo o lugar.
3. Como o crente dá seu testemunho como luz?
R. Praticando as boas obras de salvo.
4. Qual a responsabilidade do cristão como sal
espiritual?
R. Preserva o ambiente sob sua
influência.
5. Qual é a atitude dos homens diante das boas
obras do crente segundo o ensino de Jesus?
R. Glorifiquem a Deus por causa delas.
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
Subsídio
Doutrinário
“No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1
Pe 2.11). (a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.19), não se conformar com o
mundo, não amar o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniquidade do
mundo, morrer para o mundo (Gl 6.14) e ser libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4).
(b) Amar o mundo corrompe nossa comunhão com Deus e leva à destruição
espiritual. É impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc
16.13; Tg 4.4). Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e
dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter
prazer e satisfação naquilo que ofende a Deus e que se opõe a Ele. Note, é
claro, que os termos ‘mundo’ e ‘terra’ não são sinônimos; Deus não proíbe o
amor à terra criada, i.e., à natureza, às montanhas, às florestas, etc. (...)
O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles que vivem
o sistema iníquo do mundo (Mt 9.11; 2 Co 6.14), deve reprovar abertamente o
pecado deles (Jo 7.7; Ef 5.11), deve ser sal e luz do mundo para eles (Mt
5.13,14), deve amá-los (Jo 3.16), e deve procurar ganhá-los para Cristo (Mc
16.15; Jd 22,23)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1957,1958).
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