Lições Bíblicas CPAD 2º Trimestre de 2000
Título: Os ensinos de Jesus para o homem atual
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição
7: Jesus
e as enfermidades
Data: 14 de Maio de 2000
TEXTO ÁUREO
“Para que se
cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e levou as nossas doenças” (Mt
8.17).
VERDADE PRÁTICA
Jesus, em sua morte, no Calvário, consumou a salvação do pecador
e a vitória sobre as enfermidades, para todos aqueles que nEle crêem.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
Ex 15.26
A promessa
de nenhuma enfermidade
Terça - Is
53.4
Ele tomou
as enfermidades
Quarta -
Mt 4.23
Curando
todas as enfermidades
Quinta -
Jo 11.4
Enfermidade
para a glória de Deus
Sexta - 1
Tm 5.23
Constantes
enfermidades
Sábado -
Tg 5.15
A oração
da fé salvará o doente
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Mateus
4.23,24; 8.14-17 .
Mateus 4
23 - E percorria Jesus toda a Galiléia,
ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas
as enfermidades e moléstias entre o povo.
24 - E a sua fama correu por toda a
Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e
tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava.
Mateus 8
14 - E Jesus, entrando na casa de
Pedro, viu a sogra deste jazendo com febre.
15 - E tocou-lhe na mão, e a febre a
deixou; e levantou-se e serviu-os.
16 - E, chegada a tarde, trouxeram-lhe
muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e
curou todos os que estavam enfermos,
17 - para que se cumprisse o que fora
dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e
levou as nossas doenças.
PONTO DE CONTATO
Convide sua classe à reflexão. Como explicar a tremenda
realidade da vida humana em relação às enfermidades físicas, morais e
espirituais? O apóstolo Paulo, na sua epístola aos Romanos, nos apresenta a
razão: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor”. O pecado trouxe consigo o triste
séquito do sofrimento e da morte física e espiritual, mas Cristo Jesus foi
enviado pelo Pai a este mundo de sofrimento, de dor, de pecado e de morte, para
tomar sobre si as nossas enfermidades e carregar as nossas dores, as nossas
transgressões, as nossas iniquidades e todos os nossos pecados, custando-lhe
isso o preço do sacrifício vicário da cruz, caindo sobre Ele o justo castigo da
justiça divina.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Distinguir e especificar o tríplice ministério de Jesus.
·
Demonstrar através de referências bíblicas que Jesus nos deu
poder para curar.
·
Reafirmar os ensinos de Jesus sobre as enfermidades.
·
Refutar os ensinamentos errôneos sobre as enfermidades
difundidos pelos adeptos da Confissão Positiva.
SÍNTESE TEXTUAL
A doutrina da cura divina como provisão de Deus à trágica queda
do homem no Éden, baseia-se em várias partes das Escrituras: foi estabelecida e
tipificada por Deus no Antigo Testamento (Êx 15.26; Nm 21.6-9); anunciada pelos
profetas (Is 53.4,5) e exercida por Cristo em seu tríplice ministério terreno.
Jesus ensinava, pregava e curava.
Nosso Senhor cumpriu este ministério de curas pelo motivo de
pura compaixão, em cumprimento da profecia, e assim evidenciou suas credenciais
como o Messias, pois, a respeito dEle disse o profeta Isaías: “Ele tomou sobre
si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças”. Portanto, é da natureza e
propósito de Deus curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo Diabo.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Jesus não curava os enfermos buscando publicidade. Os seus
milagres não eram feitos por querer ostentar-se. Antes, os curava movido de
compaixão ao ver suas aflições. A Bíblia diz que Ele compadecia-se das
multidões (Mt 9.36; Mc 6.34). Jesus curou principalmente movido por sua misericórdia
e lançou mão dessas curas para acentuar lições espirituais. O dom de curar é
baseado na compaixão.
Peça a seus alunos que listem passagens dos Evangelhos que
relatem as curas e milagres operados por Jesus e tentem descrever os
sentimentos dEle em relação às multidões aflitas.
Exemplos:
1) Jesus dispensou virtude quando uma mulher tocou nas suas
vestes, procurando por cura (Mc 5.30).
2) Jesus, ao contemplar o surdo e gago, antes de curá-lo,
suspirou (Mc 7.34).
3) Jesus, “agitou-se no espírito e comoveu-se” diante do túmulo
de Lázaro (Jo 11.35,38).
COMENTÁRIO
introdução
Dentre as consequências da entrada do pecado no mundo,
certamente as enfermidades são as que mais perturbam as pessoas. Até mesmo os
crentes em Jesus são acometidos de doenças, muitas vezes graves, que os levam à
morte. Entretanto, o Senhor Jesus Cristo deu à sua Igreja a autoridade para
curar enfermos em seu nome.
I. A TRÍPLICE
MISSÃO DE JESUS
1. Ensinando o evangelho (v.23a). Nas sinagogas, normalmente aos sábados (Lc
4.16,17), Jesus ensinava aos que ali se reuniam. Sua mensagem, exposta de modo
claro e simples, o fazia admirado por muitos, porém, irritava aos que não
queriam ouvir a Palavra de Deus.
2. Pregando o evangelho (v.23b). A pregação do evangelho, ou das boas novas de
salvação, era o ponto alto do ministério de Jesus. Ele pregava nas sinagogas
(Mc 1.39), nas cidades (Mt 4.13,17) e de aldeia em aldeia (Lc 8.1).
3. Curando enfermidades (v.23c). A pregação de Jesus não era um evangelho só de
palavras, como faziam os fariseus (Jo 7.46). Sua mensagem tornava-se eloquente
por causa dos sinais e prodígios que operava (Jo 2.11). Ele próprio enfatizou
este aspecto: “Se não virdes sinais e milagres, não crereis” (Jo 4.48). Muitos
creram por causa dos sinais (Jo 2.23; 3.2). Dentre esses sinais, a cura das
enfermidades teve lugar especial no ministério terreno do Senhor.
II. OS
ENSINOS DE JESUS SOBRE AS ENFERMIDADES
1. Valorizava a visita ao enfermo (Mt 25.36). Ao final do sermão profético, Jesus revelou
que, no final dos tempos, serão galardoados aqueles que, em sua missão, tiveram
o cuidado de visitar os doentes: “adoeci, e visitastes-me”. Os justos indagarão
sobre tal visita ao Senhor: “E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos
ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o
fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.39,40).
2. Jesus não condena a Medicina. Criticado por entrar na casa de um publicano,
Jesus disse aos escribas e fariseus: “Não necessitam de médico os que estão
sãos, mas sim os que estão enfermos” (Lc 5.31). Lucas, discípulo de Jesus, era
médico. Quando enfermo, o crente não peca se recorrer à Medicina, pois Deus
pode usar os médicos e os remédios para conceder a cura desejada. No entanto,
para o crente deve sempre prevalecer a vontade divina, pois, às vezes, a cura
não é concedida.
3. Enfermidade para a glória de Deus. Num certo lugar, Jesus viu um homem cego de
nascença. “E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou,
este ou seus pais, para que nascesse cego?”. Ele respondeu, afirmando: “Nem ele
pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de
Deus” (Jo 9.1-3). É preciso evitar os erros e exageros das doutrinas
extrabíblicas, muito em moda nestes dias.
III. ELE
TOMOU SOBRE SI AS NOSSAS ENFERMIDADES
1. O cumprimento profético da cura divina. Em visita à casa de Pedro, Jesus “curou todos
os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta
Isaías, que diz: ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas
doenças” (Mt 8.16,17). Neste texto bíblico, está o cumprimento do que Isaías
profetizou (Is 53.4) sete séculos antes de Jesus se manifestar ao mundo, curando
os enfermos e doentes.
2. Salvação e cura. Jesus
cumpriu a profecia sobre seu poder sanador, mesmo antes de morrer na cruz. Após
o seu sacrifício expiatório, ele assegurou o direito aos seus servos de serem
salvos e curados dos males do corpo físico. O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) diz: “A morte expiatória de
Cristo foi um ato perfeito e suficiente para a redenção do ser humano total —
espírito, alma e corpo. Assim como o pecado e a enfermidade são os gigantes
gêmeos, destinados por Satanás para destruir o ser humano, assim também o
perdão e a cura divina vem juntos como bênçãos irmanadas, destinadas por Deus
para nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16)”.
3. Exageros doutrinários. Com base no texto bíblico de Mt 8.17, que repete
Is 53.4, os adeptos da chamada “Confissão Positiva” entendem que, como a
salvação, a cura divina já foi realizada na cruz, não existindo mais doenças
para os crentes. Segundo eles, se o crente apresenta algum problema de saúde,
isto é apenas “sintoma”, que precisa ser expulso, pois é coisa de Satanás. Se
um crente fica doente, dizem que é por “falta de fé” ou “por causa de pecado”.
Isso é terrível, pois há homens e mulheres de Deus, fiéis, que ficam doentes e
até passam para o Senhor. Será que eles são pessoas incrédulas ou cheias de
pecado? Por outro lado, há quem diga que o texto refere-se unicamente ao pecado
(enfermidade espiritual). Jesus, com seu sacrifício, veio nos dar vitória tanto
sobre o pecado, quanto sobre suas consequências, incluindo as enfermidades.
Entretanto, a vitória total, ou seja “a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23) só
ocorrerá por ocasião da ressurreição (1 Co 15.54), no arrebatamento (Fp 3.21).
4. O crente fiel pode adoecer. Timóteo, “filho na fé” de Paulo, tinha
frequentes enfermidades (1 Tm 5.23); Trófimo ficou doente cm Mileto (2 Tm
4.20); Epafrodito esteve quase à morte (Fp 2.25-30). Isso sem falar de Jó, que
“era homem sincero, reto e temente a Deus; e se desviava do mal” (Jó 1.1), e
padeceu de uma doença que lhe acometeu desde a cabeça até a planta dos pés (Jó
2.7). Em Mc 16.18, Jesus não disse que os enfermos seriam apenas os descrentes.
5. As doenças são reais. Se podemos impor as mãos sobre “os enfermos”,
é porque eles existem e suas enfermidades são reais e não virtuais. Não são
“sintomas” apenas. São concretas. É para isso que o crente ora, impondo as mãos
ou fazem a “oração da fé” (Tg 5.14,15), que levantará “o doente”, de verdade, e
não o falso enfermo. O crente pode adoecer e ser curado imediatamente, ou
progressivamente; e pode não ser curado, se assim Deus o quiser ou permitir. A
Bíblia diz “Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio,
ao bom e ao puro, como ao impuro...” (Ec 9.2). Somente na eternidade, o justo
será completamente diferente do ímpio: “Então, vereis outra vez a diferença
entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Ml
3.18).
IV. JESUS DEU
AUTORIDADE PARA CURAR
1. Poder para curar. Preparando os seus discípulos para a missão de
evangelizar, Jesus “deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os
expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal (Mt 10.1). Isso é
maravilhoso. Os crentes em Jesus têm autoridade para orar pelos enfermos de
todo o tipo, seja a enfermidade espiritual, emocional ou física. Na mesma
ocasião, ele disse: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ...de graça
recebestes, de graça dai” (Mt 10.8). No envio dos 70, ele mandou curar os
enfermos (Lc 10.9). Em suas últimas palavras, antes de ser assunto aos céus,
Jesus garantiu o seu poder, para que em seu nome os enfermos sejam curados (Mc
16.18).
2. A imposição das mãos. Jesus ensinou que os seus servos “imporão as
mãos sobre os enfermos e os curarão”. Trata-se de um ato de fé, numa
demonstração de que o poder de Deus no crente envolve o seu interior e o
exterior. Assim como do corpo de Jesus saiu virtude (Mc 5.30), esta pode, da
parte de Deus, fluir do crente para o enfermo e este receber a cura, não por
causa das mãos de quem ora, mas pelo poder no nome de Jesus. Além da imposição
de mãos, o crente pode ser curado através da oração da fé com unção com óleo
(Tg 5.14-16) ou através dos dons de curar (1 Co 12.9).
CONCLUSÃO
As doenças, no seu aspecto geral, são consequências da entrada
do pecado no mundo. No aspecto específico, ou seja, a doença de determinada
pessoa, no entanto, não se pode julgar que seja fruto de pecado, ou de falta de
fé. O cristão pode adoecer e pode ser curado de imediato ou não. Depende não só
de fé, mas, também, da vontade diretiva ou permissiva de Deus. Que o Senhor nos
ajude no incremento do ministério de cura divina, não só como fator de alívio para
os doentes, mas como meio de propagar o poder de Deus através do evangelho.
VOCABULÁRIO
Acometer: Investir contra ou sobre; atacar; assaltar;
provocar, hostilizar, insultar, injuriar.
Expiatório: Que serve para, ou em que há expiação; remissão, cumprimento de pena.
Jazer: Estar deitado, estendido no chão ou na cama; estar morto, ou como morto.
Lunático: Que é sujeito à influência da Lua; maníaco, visionário, aluado.
Moléstias: Incômodos ou sofrimentos físicos; doenças, achaques, males.
Prodígio: Coisa sobrenatural.
Rabi: Do hebr. rabbi, “meu mestre”.
Sanador: Que torna são; cura, sara.
Virtude: Disposição firme e constante para a prática do bem; boa qualidade moral; força moral; valor.
Expiatório: Que serve para, ou em que há expiação; remissão, cumprimento de pena.
Jazer: Estar deitado, estendido no chão ou na cama; estar morto, ou como morto.
Lunático: Que é sujeito à influência da Lua; maníaco, visionário, aluado.
Moléstias: Incômodos ou sofrimentos físicos; doenças, achaques, males.
Prodígio: Coisa sobrenatural.
Rabi: Do hebr. rabbi, “meu mestre”.
Sanador: Que torna são; cura, sara.
Virtude: Disposição firme e constante para a prática do bem; boa qualidade moral; força moral; valor.
EXERCÍCIOS
1. Como Jesus exerceu sua missão tríplice?
R. Ensinando e pregando o evangelho e
curando as enfermidades.
2. Cite o versículo de Lucas que mostra que Jesus
não condena a Medicina.
R. “Não necessitam de médico os que
estão sãos, mas sim os que estão enfermos” (Lc 5.31).
3. De acordo com a lição, quais as três maneiras
pelas quais a cura divina pode ser ministrada?
R. Pela imposição de mãos, através da
oração da fé com unção com óleo ou através dos dons de curar.
4. Que diz Ec 9.2?
R. “Tudo sucede igualmente a todos: o
mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro...”.
5. Por que as doenças são reais e não apenas
sintomas?
R. Porque o crente ora impondo as mãos
ou faz a “oração da fé” (Tg 5.14,15), a qual levantará o doente de verdade, e
não o falso enfermo.
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
Subsídio
Bibliológico
“Ao curar, Jesus realmente sentia o fardo dos doentes. Assim,
preencheu a lei da verdadeira ajuda: o colocar-se sob o fardo de quem se quer
ajudar (Gl 6.2). Saiu dEle poder quando uma mulher tocou nas suas vestes,
procurando cura (Mc 5.30); suspirou quando orou por um surdo e mudo (Mc 7.34);
emocionou-se junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.35,38).
Cristo veio destruir as obras do diabo, fossem elas na forma de
doenças espirituais ou físicas; e, no Calvário, cumpriram-se as palavras: ‘Ele
tomou sobre si as nossas enfermidades’, bem como: ‘Ele foi ferido pelas nossas
transgressões’. E, mesmo antes do Calvário, Ele simpaticamente identificava-se
com os doentes da alma e do corpo.
O poder para a cura física reside na expiação, no sentido em que
flui da vida divina daquEle que morreu e ressuscitou. Devemos, no entanto,
conservar em mente a relação entre cura divina e leis da saúde. 0 Senhor nunca
mudou. Continua respondendo às orações para a cura dos enfermos. A cura do
corpo é vontade de Deus para o seu povo, e deve ser pregada, praticada e
desfrutada. Mesmo assim, as leis da saúde também são mandamentos divinos.
Desafiar tais leis não é fé, e, sim, presunção.” (Coleção Myer Pearlman -
Mateus, CPAD, pág.51)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.