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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

TEMPERANÇA (4)







No Novo Testamento a palavra paz "eirene", ocorre oitenta e oito vezes. O N.T é o livro da paz. A ocorrência mais comum acha-se nas saudações. A saudação normal numa carta do N.T é: "Graça a vós outros e paz"(Rm 1.7;  1Co. 1.3; 2 Co 1.2; Gl. 1.3; Ef. 1.12; Fl. 1.2; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.2; Fm 3; 1 Tm 1.2; 2 Tm 1.2; Tt 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Jo 3; ap 1.4). Quando examinamos a palavra "eirene" conforme usada na LXX, concluímos que paz pode significar:
A) Serenidade, tranquilidade, o perfeito contentamento da vida totalmente feliz e segura. " E o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre".(Is. 32:17; SI. 4:8). Esta palavra "paz" traz a calma e serenidade da vida, da qual o medo e a ansiedade foram banidas para sempre.
B) Eirene é a palavra para descrever a perfeição dos relacionamentos.
♦    É a palavra da amizade humana. É a influência da língua para a manutenção da comunhão entre amigos. Os amigos de um homem são literalmente, em hebraico, "os amigos da paz" (Jr. 20:10, ARA: "íntimos amigos;" Jr. 38:22, ARA: "bons amigos").
♦   É a palavra do relacionamento certo entre uma nação e outra, como por exemplo quando Josué faz a paz com os homens de Gibeão (Js 9:15).
♦   É a palavra do relacionamento certo entre o homem e Deus. Entre Deus e os seus, há uma aliança de paz, o que torna certo que será mais fácil serem removidas as montanhas e as colinas do que a misericórdia de Deus afastar-se dos homens (Is. 54:11).
Esta paz descreve o novo relacionamento que deve existir dentro da igreja. Na igreja, os cristãos devem manter a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4:3). Em Colossenses, Paulo usa uma metáfora: "Seja a paz de Cristo o árbitro em vossos corações" (Cl 3.15).
O pacificador está sempre fazendo a obra de Deus; o provocador de contendas está fazendo a obra do diabo. Quando a "paz" é o árbitro de todas as decisões na comunidade, na família, nos grupos, etc, cessa a contenda e prevalece a harmonia.
4. "...longanimidade,..."
No grego é u makrothumia" . Makrothumia não é uma palavra do grego clássico, mas entrou no novo vocabulário cristão com uma história grandiosa, porque é uma das grandes palavras do A.T. grego. No A.T., movimenta-se em três esferas.
A) Significa paciência com os eventos. Makrothumia é o espírito que não reconhece e nem admite derrota.
B) Significa paciência com as pessoas. Neste sentido, a paciência no AT vê a origem das coisas mais importantes da vida.
♦   E a base do perdão (Pv 19:11) .E o espírito que leva o homem a adiar a sua ira. Recusar a ficar irado é meio-caminho andado para o perdão.
♦     E a base da humildade. (Ec 7.8) "... melhor é o paciente de espírito do que o altivo de espírito". Makrothumia impede o homem de colocar-se no centro e de fazer dos seus sentimentos o padrão para tudo.
♦  E o alicerce da comunhão. (Pv 15:18) "O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apaziguará a luta". O homem que sempre está com o dedo no gatilho da sua ira fala sempre o que não deve, e destrói a amizade e a comunhão.
O homem cujo gênio está sob controle solidifica a comunhão, e não deixa surgir a contenda.
Matthew Hemry disse: "A longanimidade é a paciência que nos permite subjulgar a ira e o senso de contenda, tolerando as injúrias".
"Longanimidade é constância de alma, sob a provocação à alteração... tolerância, permanência ante o erro sofrido ou conduta exasperadora, sem nos deixarmos arrastar pela ira e sem nos atirarmos à vindica..." (Burton)
5. "...benignidade..."
No grego é "chrestotes" que significa "gentileza", "bondade". Esse termo grego também indica "excelência de caráter", "honestidade".
Mtthew Henry define como
"doçura de temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude afável e cortês, que nos deixa facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa".
"Os seguidores do evangelho não devem ser inflexíveis e amargos, mas antes, gentis, suaves, corteses e de fala mansa , o que deveria encorajar outros a buscarem a sua companhia. A gentileza pode disfarçar as faltas alheias e encobri-las. A gentileza sempre se mostra alegre ao dar algo a outros. A gentileza pode dar-se bem até mesmo com pessoas ousadas e difíceis, segundo aquela antiga declaração paga: "precisas conhecer as maneiras de teus amigos, mas não deves odiá-los". Nosso Salvador, Jesus Cristo, foi uma pessoa imensamente gentil, conforme os evangelhos o retratam. Ficou registrado que Pedro chorava sempre que se lembrava da suave gentileza de Cristo em seus contatos diários com as pessoas". (Martinho Lutero)
Ao escrever a epístola aos Efésios, Paulo disse: "Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo". (Ef 4.32) Até mesmo as virtudes mais rigorosas perdem seu valor se esta benignidade não estiver presente na vida (2 Co 6.6). Sendo Jesus a expressão maior da benignidade divina, disse: "Meu jugo..."(Mt 11:30)
Gosto desta definição: "Benignidade é tratar os outros do modo que Deus nos tratou".
6."... bondade..."
No grego é "agathosune", que pode significar "retidão", "prosperidade", "gentileza". Como diferenciar benignidade (chrestotes) de bondade (agathosume) . Lighfoot fez a distinção entre as duas, dizendo que há mais atividade em "agathosune. Chrestotes é uma qualidade do coração e emoção; agathosune é uma qualidade da conduta e ação.
Ele escreve "Chrestotes é agathosune em potencial, e agathosune é chrestotes em ação". Nesta base pdoeríamos dizer que agathosune é chrestotes em ação.
7. "...fé..."
A sétima virtude do fruto do Espírito é no grego "pistis" que pode significar "confiança" e "fidelidade". Na grande maiorias dos casos que aparece no NT, "pistis" a fé que é confiança, entrega e obediência total a Jesus Cristo. Mas as virtudes listadas no fruto do Espírito não são virtudes teológicas. São virtudes éticas. Tem mais a ver com o relacionamento com o nosso próximo do que com Deus. Pistis significa aqui fidelidade; é a confiabilidade e a fidedignidade que torna uma pessoa totalmente confiável e cuja palavra podemos aceitar completamente. É justamente fidelidade que temos em português em todas as versões brasileiras em consideração, exceto a ARC. Em inglês, C.Kingsley Williams diz honestidade. Quando examinarmos as ocorrências de pistis com este significado no NT, frequentemente parecerá que a melhor tradução é simplesmente lealdade. "Não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador". (Tito 2:10) " Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel (lealdade)". (1 Co 4.2) "Quem é pois, o servo fiel (leal) e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?" (Mt 24.45) "E ele lhe disse: Bem está, servo bom, porque no mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás autoridade". (Lc 19.17)
A fidelidade é qualidade que os homens buscam em seu próximo, é aquilo que Jesus Cristo procura em Seus discípulos também.
Repetidas vezes Paulo caracteriza seus ajudantes como fiéis no Senhor. Timóteo, Tíquico, Epafras e Onésimo são descritos assim (1 Co 4.17; Ef 6.21; Cl 1.7; 4.9); Pedro usa a mesma palavra a respeito de Silvano (1 Pe 5.12), e João a usa a respeito de Gaio (3 Jo 5). O patrimônio mais valioso que qualquer lider pode possuir consiste nos homens que são fiéis e leais, homens dos quais pode-se contar totalmente com a lealdade e o trabalho fiel. Estes jamais vão trabalhar contra, difamando, murmurando e semeando contenda para dividir.
Pistos realmente é uma palavra importante. Descreve o homem em cujo serviço fiel podemos confiar e cuja palavra podemos aceitar sem reservas.
8. "...mansidão..."
Mansidão é a tradução do vocábulo grego "prautes" que significa "placidez", "modéstia", "gentileza", "cortezia", como traduções possíveis. Essa é uma qualidade exaltada na terceira bem aventurança, uma marca no caráter daqueles que haverão de herdar a terra. (Mt 5:5). " Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;..."
Mansidão não é sinônimo de fraqueza de caráter ou medo. Moisés é um exemplo, quando se trata de "prautes" (mansidão). Ele era um homem que podia irar-se com facilidade quando a ira era necessária, e também podia ser humildemente submisso se preciso fosse. Nenhuma criatura sem caráter, sem espírito ou fraca poderia ter conduzido os homens do modo pelo qual Moisés os conduziu. Moisés tinha uma combinação de força e suavidade. E se esta verdade aplica-se a Moisés, aplica-se mais em Jesus Cristo, porque nEle havia ira justa e amor que perdoava.
Prautes é o poder que, mediante o Espírito Santo de Deus, faz a força poderosa e explosiva da ira ser aproveitada no serviço humano e divino. Os mansos são capazes de falar somente o que edifica e transmitem graça aos que ouvem.
9. "...temperança."
No grego é "egkrateia" traduzido por "temperança", "domínio próprio" e "auto-domínio". Na passagem de (1 Co 7:9) essa palavra é usada em relação ao controle do impulso sexual; mas em (1 Co 9:25) refere-se a toda a forma de autocontrole e autodisciplina que um atleta precisa exercer para ser bem sucedido em suas tentativas de obter a coroa da vitória. Parece que Paulo se utiliza dessa palavra, neste contexto, dando a entender o autocontrole que obtém o domínio sobre os vícios alistados em Gaiatas 5:19-21..
No livro "O Líder" escrevi um capítulo sobre "A conquista de si mesmo", que trata das colunas do caráter. Vale a pena conhecer este trabalho.
Robert Burton disse:
"Domina-te a ti mesmo. Enquanto não tiveres conseguido isso, serás apenas um escravo; porque será quase a mesma coisa que ser sujeito ao apetite alheio, o seres sujeito às tuas próprias paixões".
"Considero mais corajoso aquele que domina os seus próprios desejos do que aquele que conquista os seus inimigos; pois a vitória mais difícil é a vitória sobre o próprio W". (Aristóteles)
Em Provérbios 16:32 está escrito: "Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, e o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade".
A melhor maneira de corrigir qualquer indisciplina da língua, é permitir que o Espírito Santo produza em nós o seu fruto. Aqueles que vivem sob o domínio do Espírito de Deus saberão abrir a sua boca com sabedoria, sempre.
"Não convém ao tolo a fala excelente, quanto menos ao príncipe o lábio mentiroso". (Pv 17:7)
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando Esta Fera!. Editora Mensagem Para Todos, 2002.
PALAVRAS QUE TRANSFORMAM VIDAS
            Um amigo me contou uma história eletrizante sobre o poder das palavras para dar vida. E sobre a sua conversão, Na época, vivia uma vida maluca, usava drogas, bebia demais e era mulherengo. Estava num bar quando, de repente, um rapaz entrou, olhou diretamente para ele e disse: "Jesus te ama, e quer te salvar". Como na época era estourado e violento, respondeu: "Cale sua boca, não quero ouvir você".
            Mas o rapaz falou novamente: "Jesus te ama, e quer te salvar". Dessa vez, ele ameaçou o jovem, dizendo: "Se você não parar de falar isso, vou arrebentá-lo". Quando o rapaz repetiu pela terceira vez: "Jesus te ama, e quer te salvar", meu amigo não agüentou, deu um soco bem no rosto do evangelista e, em seguida, saiu do bar deixando-o caído no chão com a face coberta de sangue.
            Mas aquelas palavras tinham poder! Ele não conseguiu esquecê-las, por mais que tentasse, de todo jeito, nos dias seguintes. Ia dormir ouvindo aquelas palavras e acordava de manhã ainda com elas na mente. O que pensava que eram meras palavras irritantes tinham um poder maior do que jamais tinha imaginado. No terceiro dia após o incidente não conseguiu resistir mais. Caiu de joelhos, sozinho no seu apartamento, e aceitou a Jesus como seu Salvador com muitas lágrimas e arrependimento sincero. Jamais encontrou novamente aquele rapaz que pregou para ele. Mas as suas palavras continham o poder de vida, mesmo que só descubra o que provocaram quando estiver no céu!
            PALAVRAS QUE RESSUSCITAM
            Existe um poder sobrenatural para dar vida que pode ser liberado através das nossas palavras. Jesus usou esse poder quando Lázaro faleceu. Todos diziam que o caso não tinha mais solução. Eles garantiram que se Jesus estivesse lá, Lázaro não teria morrido. Mas na concepção deles, agora era tarde demais. Porém, apesar de já ter passado quatro dias, Jesus foi ao túmulo e ordenou que o defunto ressuscitasse. Com a sua ordem até a morte teve que ceder lugar à vida.
            Outro amigo meu, Scott Hamilton, me contou a incrível história da sua tia, quando ela ainda era criança. Ela ficou doente e, depois de alguns dias, não resistiu e morreu. Na época, era a própria família que preparava o cadáver para o enterro. Eles já tinham arrumado a menina, colocado a sua melhor roupa, penteado seu cabelo e lavado seu rosto.
            Quando sua avó entrou em casa e viu a neta morta, exclamou: "Não posso aceitar isso!" Então, pegou o corpo - já frio - de sua neta nos braços, e levou para fora, enquanto pronunciava palavras de vida e ressurreição, clamando a Deus para que fizesse um milagre naquele momento.
            Após sentir que o milagre estava selado, levou a neta novamente para o quarto e deitou-a sobre a cama. Assim que o corpo tocou o leito, a menina voltou a respirar e levantou-se ressurreta! As palavras daquela avozinha foram impregnadas de fé e trouxeram a vida de sua neta de volta. Hoje, a tia de Scott é esposa de pastor e junto com seu marido já fundou diversas igrejas. Palavras têm verdadeiramente o poder de vida!
            Há uma promessa no livro de Salmos que é uma das minhas favoritas: "Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade" (Sl 34.12, 13 - NVI). Davi está claramente imputando para a língua o poder de nos trazer uma vida feliz se a usarmos da maneira correta.
            Esse livro mostrou uma revelação poderosa sobre o poder das nossas palavras. Porém, enquanto isso for apenas conhecimento, não fará muita diferença. Agora você precisa planejar passos específicos para colocá-lo em ação na sua realidade e ver as mudanças incomparáveis que trará.
            Leia esse livro mais de uma vez, quantas vezes forem necessárias, para que essas verdades penetrem em cada canto do seu coração. Cada vez que você o ler, mais da luz dessas verdades irá transformar sua forma de falar. Essas mudanças, por sua vez, trarão uma nova unção e presença de Deus, liberando você para subir num nível mais alto das maravilhas do Senhor.
            Desafio você a colocar em prática, a partir de agora, o que tem aprendido nesse livro. Com certeza, por meio do que você fala, poderá evitar tragédias e calamidades e liberar o poder de Deus para fazer milagres como jamais experimentou. Sua vida nunca mais será a mesma.
HAYNES. Gary,. O Poder da Língua.
NA LÍNGUA ESTÁ A CHAVE DA VITÓRIA E DA DERROTA
            Jesus nos mostrou o incrível poder investido em nossas palavras, quando falou: "Qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito" (Mc 11.23). Repare a ênfase: Aquele que disser, crer no que diz; será feito o que disser. Três vezes, num curto espaço de tempo, Jesus enfatizou o poder do que é dito.
            É um princípio que muitos servos de Deus ainda não entenderam bem. Por não colocar em prática essa verdade, muitos desperdiçam grandes oportunidades para ver Deus fazendo milagres nas suas vidas. Não aproveitamos de um canal de bênçãos simplesmente por não sabermos usar as nossas palavras da forma correta. Na sua língua está a chave de vitória ou derrota, vida ou morte, dependendo da maneira que você for usá-la.
            Se você entender esse preceito, e usar a sua língua para fazer declarações de vitória, poderá ver as circunstâncias mudadas da ruína para o triunfo. A escolha é sua, a opção está na sua boca nesse exato instante.
            Moisés ecoou nossa escolha através das nossas bocas, quando disse ao povo de Israel: "A palavra está bem próxima de vocês; está em sua boca e em seu coração; por isso vocês poderão obedecer-lhe. 'Vejam que hoje ponho diante de vocês vida e prosperidade, ou morte e destruição" (Dt 30.14, 15 - NVI).
            Ele disse essas palavras durante uma exortação profética sobre o futuro de Israel, pouco antes da sua morte, quando se preparava para entregar a liderança da nação a Josué. Ele colocou duas opções diante do povo. Uma, de servir a Deus de coração reto, o que traria prosperidade e uma vida de harmonia na terra. A outra opção, de desviarem-se de Deus, que traria desastre e morte; e os sobreviventes seriam deportados da terra, para viverem como escravos.
            O mais fascinante é que Moisés disse que a chave dessas duas opções estava no coração e na boca. No coração porque é ali que sentimos e decidimos o que vamos falar, mas tudo é selado com a boca! Jesus explicou mais sobre esse princípio, quando disse: "Pois a boca fala do que está cheio o coração" (Mt 12.34 - NVI).
            Moisés estava dizendo, de uma forma inegável, que as suas bocas iriam fazer a diferença se tivessem vida ou morte, prosperidade ou destruição. E o princípio que enunciou naquele dia ainda é válido. Até hoje podemos trazer milagres e bênçãos para as nossas vidas, dependendo das palavras que falamos. Você pode liberar a presença do Senhor para curar, libertar e trazer soluções milagrosas aos problemas solucionáveis ou pode selar a derrota.
            DECLARAÇÕES DE FÉ MOVEM A MÃO DE DEUS
            Quando tinha 16 anos, fiz a minha primeira viagem pela fé para pregar numa cidade distante, em Monte Azul -MG, aproveitando minhas férias escolares. Após alguns dias de pregação nas praças e evangelismo nas ruas da pequena cidade escolhida, eu e o amigo que me acompanhara iniciamos a nossa viagem de volta.
            Era época de chuva e tinha caído quase um dilúvio nos dias que precederam o início da nossa viagem de retorno para casa. Sem um fim à vista, a chuvarada continuava. Pegamos um trem até o final da linha, em Montes Claros, e já tínhamos percorrido mais da metade do caminho. Dali em diante o plano seria pegar um ônibus e completar a viagem.
            Porém, quando fomos comprar as passagens, descobrimos que a forte tempestade tinha feito a estrada (que era numa região montanhosa) desabar. Literalmente um pedaço da estrada tinha caído montanha abaixo, deixando um enorme buraco impedindo o caminho.
            Nosso dinheiro era pouco, mas tínhamos o suficiente para passar a noite em um quarto de uma pensão simples, esperando o reparo. No dia seguinte, fomos à rodoviária com a expectativa de ouvir que a estrada estava aberta, mas saímos de lá frustrados. Esperamos mais um dia, nosso dinheiro foi diminuindo sem que o serviço fosse finalizado.
            No terceiro dia, começamos a experimentar dificuldades financeiras, pois não tínhamos nenhuma forma de sacar mais dinheiro nem cartão de crédito ou talão de cheque. Durante todo aquele dia, para pouparmos, comemos apenas farofa e bananas, e entregamos o nosso quarto na pensão. Ao anoitecer, sem solução na estrada, tivemos que nos dirigir para a praça pública e dormir nos bancos de concreto.
            A essa altura, estávamos ficando desanimados pois nos sobrara pouco mais do que o dinheiro das nossas passagens, e ainda ouvia-se a conversa de que somente depois de vários dias a estrada seria aberta novamente.
            Acordei com dor na coluna, após a noite no banco de concreto. Mas a fé cresceu no meu coração e eu disse ao meu companheiro de viagem: "Nós vamos chegar em casa hoje ainda, e estaremos saindo daqui a pouco". Meu amigo indagou: "Por quê? Você recebeu alguma notícia?" De fato, minha última informação era que permaneceríamos ali durante mais alguns dias. Mas estava fazendo uma declaração de fé, o tipo que move a mão de Deus e traz milagres as nossas vidas cotidianas.
            Pedi a meu amigo para ficar com as malas, e fui ousado em dizer que voltaria dali a pouco com tudo resolvido! Estava falando puramente pela fé. Fui andando a caminho da rodoviária. Vendo um taxista, senti que devia perguntar-lhe se tinha novidades sobre a estrada. Ele me informou que, à beira do buraco, os tratores tinham feito um caminho estreito e iriam deixar alguns carros pequenos passarem. E acrescentou: "Moro na próxima cidade, do outro lado do buraco da estrada, e se quiserem me acompanhar, cobro somente o custo da gasolina". Quis dar um grito de vitória mas me contive. Pedi a ele que guardasse dois lugares, fui correndo chamar meu amigo e pegar as malas. Ele quase não acreditou quando voltei tão rápido com uma solução!
            Conseguimos passar, mas jamais me esquecerei do frio na barriga que senti ao olhar para baixo, vendo aquela cratera. Sabia do perigo que corríamos por causa do precário caminho improvisado. A terra sobre a qual o nosso carro passou podia facilmente ter desmoronado conosco!
            Mais tarde, fiquei sabendo que pouco depois que cruzamos a barreira não deixaram mais nenhum carro atravessar, por julgarem que o risco era grande demais. A estrada ficou fechada durante mais alguns dias até que conseguiram reabri-la. Se não tivéssemos ido naquela exata hora, teríamos ficado mais algum tempo dormindo nos bancos da praça pública da cidade, sem comida, numa situação de extremo desconforto.
            O taxista nos deixou na rodoviária, fui ao guichê e pedi duas passagens. A atendente disse que não tinha mais assentos disponíveis até o dia seguinte. Insisti com a moça pois havia feito a minha declaração de fé que iríamos chegar em casa naquele dia.
No mesmo instante, o telefone tocou e, ao desligar, ela me informou: "Você está com sorte, pois a empresa acabou de agendar um ônibus extra para daqui à uma hora, e você pode comprar as primeiras passagens".
            Eu sabia que sorte não tinha nada a ver com a situação! Deus agiu de acordo com minha afirmação de fé.
Quando você for fazer uma afirmação de fé, ela deve ser de acordo com as promessas e a vontade de Deus para a sua vida. É disso que Jesus tratava quando disse: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (Jo 15.7).
            Esse poder das nossas palavras tem uma condição: precisamos estar nele e ter as palavras dele em nós. O que isso quer dizer? O "estar nele" significa receber o Espírito Santo e fazer as coisas de acordo com a vontade e os princípios de Deus. Ter "minhas palavras em vós" quer dizer que suas declarações sempre devem alinhar-se com os princípios e promessas da Palavra de Deus. Essas condições são cruciais para que tudo o que pedirmos seja feito.
            Se você não tem colocado em ação essa extraordinária força sobrenatural da sua língua, está na hora de começar. Você descobrirá uma maravilhosa chave de bênção e vida abundante. Comece desde já a liberar através de suas palavras e de acordo com as promessas da Palavra de Deus para sua vida, a fé que está em seu coração. Você jamais será o mesmo.
HAYNES. Gary,. O Poder da Língua.
Pv 16.21 O sábio de coração é chamado prudente. O homem sábio, que tem uma fé sentida no coração, é chamado de prudente ou então homem dotado de discernimento. O professor que pudesse entregar eficazmente os seus ensinos aos estudantes ganhava a reputação de ser um homem de discernimento, porquanto o que ele ensinava ficava provado como verdadeiro à vida. E então, conforme o estudante ia crescendo em sua erudição, também obtinha a reputação de ser homem prudente.
Coração. Ver sobre este vocábulo e seus significados variegados, em Pro. 4.23.
É chamado prudente. No hebraico, nabon, “inteligente”, “dotado de discernimento”. Ver Pro. 1.2. Este homem é um esperto no bom sentido.
Sinônimo. Um mestre é ajudado em sua missão por meio de sua oratória persuasiva, sua maneira convincente de falar, seus lábios ungidos. Ele recebeu uma unção para aquilo que costuma fazer, e os homens sentem a presença do Espírito Santo quanto ele fala. Sua fala agradável resulta no aprendizado por parte daqueles que o ouvem.
O saber. No hebraico é leqah, “persuasão”. Ver sobre esta palavra em Pro.
1.5. Um bom mestre move e persuade seus estudantes. Eles são transformados em homens como ele é, seguindo tanto suas palavras quanto seu exemplo. As palavras doces (hebraico literal) podem conseguir coisas que palavras duras e de reprimenda não conseguem. Essa é uma observação que muitos mestres e pregadores deveriam aproveitar. As palavras de um homem sábio são atraentes e agradáveis, em vez de serem cortantes e requeimantes. Cf. Pro. 9.9.
“A capacidade de expressar os pensamentos mediante uma linguagem graciosa aumenta muito a capacidade de aprender” (Ellicott, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2620.
Il - CUIDADOS COM A LÍNGUA
1. Evitando a tagarelice.
A Gravata e a Língua
Certo dia, quando Spurgeom saia do templo após o culto, uma senhora o parou e lhe disse:
— Pastor Spurgeon, sua gravata está muito comprida, deixa-me cortar um pedaço, pois eu tenho uma tesoura muito boa lá em casa. Spurgeon respondeu:
— Eu deixo, se a senhora primeiro permitir que eu corte um pedaço da sua língua.
Esse fato, apesar de ser irônico, está cheio de verdades. Quase sempre é mais fácil olhar para os defeitos dos outros e esquecer dos nossos. Que lição aquela irmã aprendeu. A falta de avanço na vida cristã pode ter como causa, a preocupação com a vida alheia de forma negativa.
Paulo, ao escrever para os coríntios, disse: "...examine pois o homem a si mesmo..." (1 Co 11:28) A auto avaliação é um exercício muito eficiente no processo de disciplina da língua. Foi o que aconteceu com o profeta Isaías  Ao contemplar a visão da glória da Santidade do Senhor, era como se ele estivesse olhando num espelho. (Isaias 6:1-7). Foi por isso que ele disse: "Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos".(v.5)
Somente quando somos impactados com a santidade de Deus, é que percebemos os nossos pecados e sentimos a necessidade de purificação, limpeza e perdão. A glória da santidade de Deus tem que estar sempre viva em nossa mente, para que não nos conformemos com o pecado que tão de perto nos rodeia.
O perigo que corremos hoje é termos no arraial do povo de Deus muitos profetas com a língua enferma. Quando os pecados sociais da língua são cometidos no meio daqueles que são os referencias para o rebanho, logo teremos um rebanho tão enfermo quanto os líderes.
Dentre todas as qualidades que meu pai possuía como pastor, a que eu mais admirava era o fato de nunca ter ouvido ele falar mal de quem quer que seja. Era um homem que tinha um autocontrole nesta área que me impressionava.
Se conhece o caráter de um homem, por aquilo que ele fala.
Nunca fale mal da igreja em lugar nenhum, principalmente dentro da sua casa... Muitos filhos nunca serão discípulos de Jesus, por causa daquilo que seus pais estão dizendo da igreja em casa!
Eu tenho três filhos, a Letícia, o Douglas e o Pedro. A visão que eles têm da igreja depende do que falamos da igreja dentro de casa. Se eu falo das virtudes da Noiva do Cordeiro, eu estou investindo na vida deles.
Nossos filhos têm que olhar para a igreja, e sentir desejo de fazer parte dela desde cedo. Isto só acontece quando nós mostramos no dia a dia que, apesar de qualquer coisa, a igreja ainda é o melhor lugar, a melhor comunidade e a melhor opção espiritual. O que falamos exerce influência na formação dos nossos filhos, em todos os sentidos.
A primeira cartilha que os nossos filhos aprendem a ler, é a nossa vida. Se os pais influenciam positivamente seus filhos dentro do lar, eles vão influenciar outros fora do lar. E o ministério dos vocacionados para ser o sal da terra e a luz do mundo. Isto tem que começar em casa.
Não é interessante que os seus filhos ouçam isto.
Muitas conversas entre marido e mulher não devem
ser ouvidas pelos filhos. Conforme o teor do assunto a ser conversado, é melhor que escolham um lugar onde a privacidade seja absoluta. Se os pais forem prudentes em procurar não influenciar os filhos com aquilo que é negativo, com certeza teremos mais filhos sadios espiritual, mental e emocionalmente. " E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor". (EF 6.4)
O que Deus disse para os pais israelitas serve para todos nós hoje: "E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas". (Dt. 6.6-9)
Você sabia que para uma galinha parar de destruir os próprios ovos é necessário queimar o bico dela?
GONÇALVES. Josué. A Língua - Domando Esta Fera!. Editora Mensagem Para Todos, 2002.
Pv 10.19 No muito falar não falta transgressão. O autor volta aqui às suas declarações antitéticas. É melhor falar pouco e pensar bem antes de dizer algo. Isso se dá porquanto as pessoas falam muito, surgem transgressões nesse falar, tanto no que é dito como também no resultado desse muito falar. Falar demais não é virtude. Há muito poder nas palavras, e elas devem ser usadas parcimoniosamente. Costumamos dizer: “Falar é barato”. E, de fato, assim é, quando as palavras não têm alvo, mas essa afirmação pode ocultar uma grande verdade. Todos os tipos de causas são promovidas por palavras que tocam no coração, quer para bem, quer para mal.
Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia de juízo. (Mateus 12.36)
É impossível falar muito e dizer somente a verdade. Além disso, as pessoas que falam em demasia caem na bisbilhotice e na calúnia, e também na conversa corrupta, que refletem um coração pecaminoso. Outrossim, poucas pessoas estão acima desse defeito.
Antítese. Um homem sábio e bom não vive falando incessantemente, pois no muito falar há excessos. Pelo contrário, ele restringirá os seus lábios quando se sentir tentado a falar demais. O homem que é sábio aprende a controlar a língua. Ver Tia. 3.2-8, que é um extenso comentário sobre o uso correto da linguagem e o controle do mecanismo da fala."... ele não permitirá que os seus lábios profiram coisa alguma precipitada e sem consideração; mostra-se um utilizador moderado das palavras e cuida daquilo que diz; pesa as suas palavras. Tal homem é sábio, prudente e cheio de compreensão. Ver Pro. 17.27,28” (John Gill, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2589.
Quatro provérbios ligados com a palavra FALA. O primeiro mostra o quanto é perigoso ocultar o ódio hipocritamente, e mostrar tal ódio por meio de calúnias é ainda pior. O segundo é uma advertência contra falações sem base, verdadeiras tolices. O terceiro contrasta com os outros dois, comparando a prata escolhida à língua do justo. E o quarto é uma súmula dos três anteriores, ensinando que os lábios do justo são um pastoreio fértil em bênçãos, contrastando com os lábios dos tolos, que nada sabem e nada edificam, e por isso morrem como tolos. É uma cartilha de normas capaz de edificar uma cidade e meio mundo. A justiça, coisa tão vasqueira no mundo o tão difícil de ser encontrada, e o bom entendimento entre os homens, sem calúnias, sem falsas imputações, bastariam para construir uma outra sociedade. Possivelmente seria esta a situação em Israel, ao tempo em que a justiça de Salomão deveria imperar; entretanto, o que se vê por estes provérbios é que multa coisa saiu frustrada. Nós mesmos temos a nossa experiência no convívio doutrinário evangélico, quando nem sempre se prima pela justiça, pela verdade, contra a mentira e a falsidade. A boataria é uma constante em muitos círculos, e a demolição do caráter, com o abandono da verdade, é um corolário. Ser justo, praticar a justiça, é um mandamento de nosso Mestre, quando diz: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino de Deus (Mat. 5:20). A ser assim, então quantos terão o caminho barrado para a entrada no Reino de Deus?
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com


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