Texto Áureo
“Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás”. Jr 1.7
Verdade Aplicada
Missões é doutrina bíblica. Não se trata de modismo ou fruto da criatividade da Igreja.
Textos de Referência.
Isaías 6.5-8
5 Então, disse eu: Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos! 6 Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
7 E com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.
8 Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.
Hinos sugeridos.
84,126,186
Introdução
Enfatizaremos nesta lição, assim como os missiólogos e escritores dos séculos XX e XXI, que o Antigo Testamento é a base para a atividade missionária da Igreja entre todas as nações e povos do mundo.
1. O planejamento de Missões.
É praticamente impossível compreender a obra missionária no contexto histórico do Antigo Testamento sem o entendimento correto do plano da redenção estabelecido desde o princípio.
1.1. Conceito de Missões no Antigo Testamento.
Como temos estudado nas lições anteriores, desde o princípio, a Bíblia revela a missão de Deus (Missio Dei), por intermédio do povo separado por Deus, para alcançar todo o mundo, por causa do amor de Deus, para restaurar a Sua criação ao propósito original. Tal revelação passa pela benção e orientação ao primeiro Casal (Gn 1.27-28), pelo Criador perguntando pelo primeiro homem após a queda, a promessa feita e a providência divina (Gn 3.9, 15, 21), e por tantos que foram chamados, vocacionados e enviados pelo Senhor Deus, denunciando o pecado, anunciando o juízo divino, convocando ao arrependimento e revelando a vinda do Messias, o Salvador Jesus Cristo, para consumar o plano divino de salvação (2Pe 2.5; Jd 14; Sl 22; Is 53).
1.2. Princípios da obra missionária.
No Antigo Testamento encontra-se os princípios básicos da atividade missionária. O próprio Jesus Cristo frequentemente relacionava a Sua identidade e missão às Escrituras Sagradas do Antigo testamento. Após Sua ressurreição, Ele revela aos discípulos que tanto Seu sofrimento, Sua morte e Sua ressurreição, como atividade missionária da Igreja – “pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados em todas as nações” (Lc 24.46-47) -, já estavam previstos nos escritos do Antigo Testamento.
1.3. O texto bíblico usado por Pedro e Paulo.
Há a tendência de pensar sobre atividade missionária como uma tarefa estabelecida a partir da Grande Comissão (Mt 28.18-20). Contudo, com base em textos bíblicos que registram as palavras dos apóstolos Pedro e Paulo, Missões é um assunto bíblico que está presente nas Sagradas Escrituras muitos séculos antes do registro do Evangelho de Mateus. A exposição de jesus cristo mencionada em Lucas 24.44-47 foi tão impactante que nos registros das mensagens dos apóstolos, quando estes queriam enfatizar que o plano divino de salvação era para todos os homens (não apenas os judeus), não constam as palavras da Grande Comissão, mas, sim, o chamado “verso misterioso”: Gênesis 12.3. Os apóstolos, Pedro e Paulo o citaram, respectivamente (At 3,25-26; Gl 3.8).
2. A contínua ação do Deus Missionário.
Mesmo nos períodos mais longínquos e sombrios da história, o Deus Missionário sempre teve na terra Suas testemunhas.
2.1. Revelação Geral e Revelação Especial.
Interessante que a própria natureza é uma testemunha, conforme encontramos em Atos 14.15-17 e Romanos 1.18-21. O Deus Missionário se revelou. É possível conhece-Lo. Deus testemunha, por meio da criação, Sua providência, Seu cuidado, Seu amor e da Sua própria imagem nos seres humanos. Esta revelação é identificada nos estudos teológicos como a Revelação Geral. A Revelação Especial contém os mandamentos, o plano divino de salvação, as Escrituras Sagradas, a pessoa de Jesus Cristo.
2.2. O Evangelho anunciado a Abraão.
É interessante ressaltar que o próprio Deus “anunciou primeiro o evangelho a Abraão” (Gl 3.8). A mensagem divina das boas-novas anunciava que Abraão seria abençoado e que a bênção alcançaria “todas as nações”. Aqui encontramos a continuidade da revelação do plano divino de salvação: a semente da mulher (Gn 3.15) viria por intermédio da descendência de Abraão. Mais adiante, Deus repete a promessa a Isaque (Gn 26.1-5).
2.3. A ação missionária na Terra Prometida.
Raabe, que acolheu os espias em sua casa, na cidade de Jericó, é um exemplo de pessoas que não era descendente de Abraão, mas, ao ouvir sobre os atos do poderosos de Deus, declarou: “porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo da terra” (Js 2.11). A misericórdia e o amor de Deus alcançaram ela e todos que estavam em sua casa. Ela conta na genealogia de Jesus Cristo (Mt 1.5), e na galeria de heróis da fé (Hb 11.31). Afinal, a promessa feita a Abraão tem alcance mundial: “todas as famílias da terra”.
3. Israel a nação missionária.
O projeto divino para Israel como nação escolhida por Deus foi que como tal pudesse exercer um papel missionário no mundo.
3.1. Israel, a nação testemunha.
Encontramos em Êxodo 19.4-6 que o propósito de Deus ao libertar Israel do Egito era que o povo se aproximasse dEle e fosse povo exclusivo dEle, sacerdotal e santo. Assim seria um povo separado para adorar a Deus e, então, fazer conhecido o caminho e a salvação do Senhor entre todos os povos, para que todos louvem e temam ao Deus todo-Poderoso (Sl 67). O apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, identifica a Igreja com as mesmas características e responsabilidades atribuídas a Israel (1Pe 2.9). É preciso que cada discípulo de jesus Cristo conheça e viva estes chamado e vocação.
3.2. Ação missionária dos profetas.
Autor da salvação e da obra missionária, Deus levantou profetas, homens que dEle recebiam diretamente uma mensagem de juízo ou despertamento para que o povo se voltasse para Sua presença (Am 3.7). Talvez a história do profeta Jonas seja um dos principais referenciais missionários do Antigo Testamento, por constar o mandato do Deus Missionário ao povo escolhido com relação a outro povo. Uma introdução à Grande Comissão entregue por Jesus Cristo à Igreja (Mt 28.18-20).
3.3. O reino de Judá disperso e exilado.
A infidelidade trouxe o juízo de Deus ao reino de Judá. Os habitantes foram exilados na Babilônia e apenas os pobres dentre o povo foram deixados na terra de Judá (Jr 30.1-10). Foi nesse período que, sem a adoração no templo, os judeus fundaram sinagogas em muitos lugares, para não perderem a sua cultura e adoração. Jesus reconheceu o zelo missionário dos fariseus, mas reprovou sua hipocrisia (Mt 23.15). Foi a partir dessas sinagogas que Paulo fundou várias igrejas cristãs em vários países.
Conclusão.
O antigo Testamento está repleto de princípios bíblicos e registros de atividades missionárias. Deus já estava agindo para tornar conhecido Seu plano de salvação em toda a terra. Que cada discípulo de Cristo esteja consciente da responsabilidade de prosseguir com a obra missionária nesta geração.
Questionário.
1. Qual é o “verso misterioso”?
2. Qual era o propósito de Deus ao libertar Israel do Egito?
3. Como o apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, identifica a Igreja?
4. O que trouxe o juízo de Deus ao reino de Judá?
5. O que Jesus reprovou dos fariseus?
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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PAZ DO SENHOR
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