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domingo, 13 de agosto de 2017

Conflitos e contendas nas familias (1)





O conflitos na família podem ser resolvidos com a graça e o amor no coração. O melhor mediador é o Espírito Santo. Os inimigos da instituição familiar tradicional, da família nuclear, formada na união dos pais, dos filhos e seus descendentes, costumam usar argumento falacioso de que, no mundo pós-moderno, não há mais lugar para esse tipo de família.
Os conflitos em família não são incomuns, pelo contrário, desde os tempos primordiais eles existem. São fruto natural da desobediência do ser humano ao seu Criador. No lar edênico, antes da Queda, havia um ambiente perfeito, de paz, harmonia e amor. Não sabemos quanto tempo durou a “lua de mel” entre Adão e Eva. Como se depreende do texto bíblico, o Criador visitava o primeiro casal diariamente, “pela viração do dia” (Gn 3.8), no final das tardes maravilhosas do Paraíso.
Entretanto, o “dia mau” (Ef 6.13) chegou e eles não tinham a armadura de Deus de que as famílias cristãs dispõem. Ouvindo a voz do Tentador, perderam a doce e gloriosa comunhão com Deus. E a tragédia humana começou. Vieram os filhos. O primogênito, Caim, levantou-se contra o seu irmão, Abel, e o matou, por inveja, face a aceitação, pelo Senhor, do sacrifício do seu irmão. Este primeiro conflito entre irmãos de início à terrível saga da morte por homicídio no mundo. A Bíblia, livro espiritual e histórico original da experiência do homem na Terra, conta inúmeros casos de conflitos familiares.
Abraão teve sério conflito com a sua esposa, pelo fato de ter tido um filho com a sua serva. A bigamia trouxe problemas familiares. E o patriarca teve que expulsar a jovem concubina juntamente com seu filho.
Entre os profetas, houve famílias conflituosas. Eli teve filhos trabalhosos, que lhe causaram grandes problemas (1 Sm 2.22). Entre os reis de Israel, não foram poucos os problemas familiares. Normalmente, Eram conflitos no seio de famílias numerosas, descendentes de casamentos poligâmicos. Davi é um caso emblemático. Ele tinha mulheres e concubinas. Seus filhos lhe causaram muitos problemas. Um deles, Amnom, apaixonou-se por sua meia-irmã (2 Sm 13.1). Usando de astúcia, enganou a jovem Tamar e abusou dela sexualmente, violentando-a (2 Sm 13.1-22). Houve revolta na família, e, tempos depois, esse filho foi assassinado pelo irmão da moça, Absalão. O resultado foi uma guerra entre o filho e o rei, com graves consequências para a família. Absalão morreu na batalha, de modo trágico e doloroso para o pai.
Há outros casos igualmente marcantes. Mas os conflitos entre as famílias, entre pais e filhos, entre irmãos, entre parentes, ao longo da história, têm sido comuns. Mesmo entre famílias cristãs, há inúmeros conflitos. A razão é a mesma: o pecado, a desobediência a Deus e a seus princípios, para o relacionamento entre as pessoas. Quando um esposo discute com a esposa ou vice-versa, em tom de desrespeito, é falta de amor a Deus, e de amor ao seu próximo (Mt 22.34-40). A exortação bíblica manda o marido amar sua esposa “como Cristo ama a Igreja” (Ef 5.25). E a esposa deve a submissão no amor a seu esposo, “como a Igreja está sujeita a Cristo” (Ef 5.22). Sem esse relacionamento, baseado no amor a Deus e no amor conjugal verdadeiro, os conflitos são inevitáveis.
Quando pais brigam com seus filhos, faltando-lhes com o respeito, ou, quando filhos faltam com respeito a seus pais, é porque a linha demarcatória do amor foi rompida. A Bíblia diz: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.1-4). Os conflitos podem ser evitados na família cristã, com a presença marcante de Deus no lar.
Além disso, no lado humano, quando há diálogo sincero e amoroso, entre pais e filhos; quando há respeito, afeto e amor; o relacionamento familiar, protegido pela bênção de Deus, torna-se agradável e estimulante.
E possível, sim, evitar ou amenizar conflitos no lar cristão. Podemos todas as coisas “naquele que nos fortalece” (Fp 4.13).
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag.56-58.

EXISTE FAMÍLIA PERFEITA?

Um dos muitos problemas, quando se trata sobre família, é o conceito no meio evangélico, de que, como crentes, nossa família tem que ser perfeita. Afinal, não temos um Deus, um Salvador, a Bíblia, a garantia de uma vida eterna? Isso é o que alegam os defensores desse conceito. Esquecem-se de que a família é formada por pessoas limitadas, imperfeitas, que carregam traumas emocionais, frustrações, que tiveram problemas de orientação na infância (os pais também não são perfeitos), e tudo isso influencia a vida comunitária íntima da família.
A pregação de que a família deve (ou tem de) ser perfeita leva muitas pessoas à frustrações nessa área, pois elas percebem que este é um alvo impossível de ser alcançado. Como não conseguem alcançá-lo camuflam os problemas, escondendo-os atrás de uma capa de aparência de que "tudo vai", quando na realidade não vai. Estes pregadores estão levando as famílias a uma vida farisaica, o que pode ser um dos motivos dos filhos estarem abandonando a fé. Essa atitude torna-se um peso para as pessoas. Não foi isto que Deus planejou para nós seres humanos. Famílias perfeitas não, mas FAMÍLIAS FELIZES SIM.
SILVA. Josué Gonçalves da. Família Os Segredos do Sucesso de uma família bem ajustada. Editora Mensagem Para Todos.
Imagine isto: noivo e a noiva estão no altar da igreja, vestidos a rigor diante dos convidados. O oficiante conduz a cerimônia. Nas costas de cada um dos noivos, por cima do vestido branco dela e do terno alugado dele, uma grande e pesada mochila.
Dentro da mochila de cada um está todo o seu passado, a bagagem que estão levando para dentro do casamento, cujo conteúdo ambos começarão a descobrir muito em breve: a criação e os ensinamentos que absorveram dos pais, as experiências antigas, os traumas, o medo de rejeição, as inseguranças, as expectativas... Por isso, quem ainda está se preparando para se casar deve agir como segurança de aeroporto: “Abre a mala aí, quero ver o que tem dentro!”
Todo ser humano traz em si sua bagagem, seu conjunto de princípios, valores, experiências, cultura, visão de mundo, opiniões, hábitos, passado, traumas, influências da família/escola/amigos, sonhos, e muito mais.
No relacionamento nós temos que desaprender coisas ruins para então aprender coisas boas. Temos que identificar os maus hábitos, aquilo que não funciona, e eliminá-los do nosso comportamento, desenvolvendo novos e melhores hábitos. Reconhecer isso é muito doloroso, mas imprescindível para a mudança.CARDOSO. Renato. Cristiane Cardoso. Casamento Blindado. Editora Thomas Nelson Brasil.
“E eles viveram felizes para sempre” é uma das frases mais infelizes da literatura. É infeliz porque é falsa. É um mito que levou gerações a esperar algo impossível do casamento.

Joshua Lievman.

O sucesso de um casamento não depende de encontrarmos a pessoa “certa”, mas da habilidade de cada um dos parceiros de se adaptar à verdadeira pessoa com a qual se casou.
John Fisher.
Mitos mais comuns e prejudiciais do casamento: 1) “Nada mudará quando nos casarmos”; 2) “Tudo que temos de bom em nosso relacionamento ficará ainda melhor”; 3) “Tudo de ruim em nossa vida desaparecerá” e 4) “Meu cônjuge me completará”. Se você se sente desencorajado por ter acreditado nessas histórias, ânimo. Todos casam acreditando nessas mentiras em maior ou menor grau e todo casamento bem-sucedido trabalha pacientemente para desafiar e demolir esses mitos.Dr Les Parott III e Dra. Leslie Pariott. Casamento. Editora. Vida. pag. 33-34.

I - DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES

I. Temperamentos diferente.

Temperamentos diferentes

Os psicólogos que aceitam a teoria dos temperamentos entendem que temperamento “...é a combinação de características inatas que herdamos dos nossos pais que, de forma inconsciente, afetam o nosso comportamento”. Numa conceituação livre, podemos dizer que temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e situações que se nos apresentam em nossa vida diária.
Segundo a teoria, há quatro temperamentos: sanguíneo e colérico (extrovertidos); melancólico e fleumático (introvertidos). Segundo essa teoria, muito antiga, todas as pessoas têm virtudes (ou qualidades) e defeitos. No caso dos cônjuges cristãos, eles não estão isentos das diferenças de temperamentos ou diferenças pessoais. Tais diferenças têm forte componente genético adquirido dos pais. Se um esposo é colérico, bastante enérgico, decidido, no lado das qualidades; pode ter problemas no relacionamento conjugal, se deixar se dominar pelos seus defeitos de prepotência, impaciência e insensibilidade diante de uma esposa que é muito sensível e minuciosa. O colérico quer fazer tudo à sua maneira e com rapidez em suas decisões. Se a esposa fleumática deixar se levar pelos defeitos de temperamento, com egoísmo e inflexibilidade, poderá haver sérios conflitos no lar.
A mesma análise, confrontando virtudes e defeitos dos demais temperamentos, pode ser aplicada ao relacionamento conjugal. O desejável é que haja compreensão e amor no relacionamento entre cônjuges. O colérico, que deseja tudo com muita rapidez, deve compreender sua esposa fleumática, que gosta de ver as coisas com mais calma e minúcias. Sem amor não é possível um entendimento saudável. Em todos os casos, O que deve prevalecer, no lar, é o entendimento, a harmonia conjugal (SI 133.1). Os casais cristãos são formados por “irmãos” em Cristo. E precisam saber viver com harmonia.
A diferença de temperamento pode ser muito benéfica. É preferível a temperamentos idênticos. Imagine-se um esposo colérico em confronto com uma esposa de mesmo temperamento. E se um esposo é fleumático, que não tem pressa para nada, e uma esposa com a mesma maneira de agir. As decisões podem ser prejudicadas pela falta de diligência de ambos. Mas, quando um quer ser apressado, e o outro procura influenciar em ter mais calma, isso ajuda muito, promovendo equilíbrio nas decisões. O fator de equilíbrio entre os temperamentos diferentes é o amor. Diz a Palavra de Deus que o amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co 13.7).

Formação familiar diferente

Durante o namoro e até no noivado, é comum o casal aspirante ao casamento não se preocupar muito com a formação familiar de cada um deles. Mas a experiência demonstra que muitos conflitos são provocados por esse fator. A Bíblia exorta que os pais devem criar seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor”. Quando a jovem tem uma boa formação cristã, tende a valorizar as coisas espirituais. Se ela se casa com um rapaz que não tem a mesma formação; é convertido, mas não teve em seu lar o zelo pela Palavra de Deus, pela igreja, pela vida espiritual, podem surgir conflitos muitas vezes prejudiciais ao relacionamento conjugal. Daí, porque Paulo aconselhava de modo solene: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis” (2 Co 6.14). Vemos casos em que uma jovem cristã casa-se com um jovem que aceitou a Cristo, mas teve forte influência da família, adepta de outra religião. Com o passar do tempo, o esposo resolve insurgir-se contra a igreja evangélica por considerá-la muito rígida. O resultado são conflitos conjugais.LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 58-59.

25.27 Cresceram os meninos. Cada qual foi seguindo sua trilha diferente, apesar de terem ambos o mesmo pai e a mesma mãe. Conforme fora predito no oráculo (vs. 23), assim estava sucedendo a eles. Esaú era homem que vivia ao ar livre, um caçador exímio, um homem do campo. Sua natureza viril agradava a Isaque, que apreciava os pratos deliciosos preparados com a caça que Esaú apanhava. Entrementes, Jacó era homem quieto, que preferia ficar em casa, um homem caseiro, que gostava de cuidar de seus rebanhos de vacas e ovelhas. Rebeca apreciava mais esse estilo de vida, e assim Jacó tornou-se o seu favorito.

“O vigor físico dele [Esaú] não era a sua única virtude. Ele era homem de coração grande, que amava seu pai. Quando Isaque já estava idoso e cego, o rude Esaú sempre se mostrou gentil com seu pai, sempre pronto a atender tudo quanto este desejasse. Se Isaque manifestasse 0 desejo de comer alguma caça especial, Esaú saia atrás dela. Mas se Esaú mostrou-se descuidado quanto às vantagens do direito de primogenitura, não era descuidado quanto à bênção paterna. Portanto, que havia de errado com Esaú? Por que ele não desempenhou um papel decisivo na história espiritual do povo de Deus? Porque era homem que vivia somente para 0 momento imediato” (Walter Russell Bowie, in loc.).CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 175.

25.27-28 A diferença entre os dois filhos manifestou-se em diversas áreas: 1) como progenitores — Esaú de Edom, e Jacó de Israel; 2) na disposição — Esaú era valente e hábil caçador que gostava da vida do campo, e Jacó homem afável e pacato que preferia o conforto da casa; e 3) no favoritismo paterno — Esaú era o preferido do pai e Jacó o preferido da mãe. Estes eram os ingredientes de conflito e dor de cabeça!MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 50.

Tensão interpessoal.

 Quando duas pessoas se casam, cada uma delas vai para o casamento com cerca de duas décadas ou mais de experiências passadas e maneiras próprias de encarar a vida. Cada um tem pontos de vista diferentes do outro e, às vezes, mesmo quando existe um desejo sincero de fazer concessões ou acomodações, os casais ainda assim têm dificuldade de resolver suas diferenças.
O que acontece se as pessoas não mostram boa vontade para tentar mudar, ou são insensíveis aos pontos de vista do outro, ou então se recusam a reconhecer as diferenças? Muitas vezes, isso gera tensões que, em geral, estão relacionadas com um dos fatores abaixo.
Inflexibilidade. Quando um homem e uma mulher se casam, cada um deles leva para o casamento uma personalidade ímpar. Às vezes, as diferenças de personalidade se complementam e se fundem num relacionamento mutuamente compatível. Verifica-se muitas vezes que os casamentos têm personalidades próprias, cada um deles com pontos fortes e fracos19. No entanto, pode haver dificuldades quando um dos cônjuges (ou ambos) é inflexível, egoísta ou não quer mudar.
Geralmente, o início do casamento é uma época de grande excitação, entusiasmo e idealismo juvenil. À medida que os dois vão ficando mais velhos e os meses se transformam em anos, o casamento também precisa mudar e amadurecer para permanecer saudável. Na opinião do terapeuta cristão H. Norman Wright, os casamentos precisam passar por estágios de desenvolvimento para permanecer estáveis e gratificantes20. Quando os casais são ocupados demais ou inflexíveis demais para investirem na edificação e aperfeiçoamento de seu casamento, é muito provável que os problemas comecem a aparecer.
Necessidades conflitantes e diferenças de personalidade. Durante quase um século, os psicólogos têm debatido as necessidades humanas. A maioria deles concorda que todos nós precisamos de alimento, descanso, ar e de viver sem dor, mas também existem necessidades psicológicas, tais como amor, segurança e contato com outras pessoas. Além disso, parece que a maioria das pessoas tem necessidades pessoais particulares (como a necessidade de dominar, controlar, possuir, atingir objetivos, ou ajudar e socorrer outros indivíduos). Se um  dos cônjuges têm necessidade de dominar, enquanto o outro quer ser controlado, pode haver compatibilidade. Se tanto o marido quanto a mulher têm necessidade de dominar, isso pode gerar conflito. Se os dois buscam o sucesso na profissão, pode haver conflitos, principalmente se um deles quer aceitar uma oportunidade de promoção no trabalho que vai obrigar a família a se mudar, mas o outro resiste.
As diferenças de personalidade também podem gerar tensões. Quando um dos cônjuges é franco (expondo abertamente suas necessidades, frustrações, tentações, atitudes e sentimentos), mas o outro costuma guardar as coisas para si, essas diferenças podem criar problemas.
Numa pesquisa longa, envolvendo várias centenas de casamentos, descobriu-se que características neuróticas, principalmente a impulsividade do marido, frequentemente geravam instabilidade conjugal, sofrimento e divórcio. Muitas vezes, esses traços eram percebidos durante o período do noivado, mas não recebiam a devida atenção. Porém, com o passar dos anos, eles acabavam causando grandes tormentos.COLLINS. Gary R. Aconselhamento Cristão Edição Século 21. Editora Vida Nova. pag. 479-480.

Amor (gr. agape)
(1 Pe 4.8; Rm 5 .5 ,8; 1 Jo 3.1; 4.7,8 ,1 6; Jd 21)

Esta palavra raramente era usada na literatura grega antes do Novo Testamento. E quando isso acontecia, ela era usada para expressar um ato de gentileza aos estrangeiros, oferecer hospitalidade e ser caridoso. No Novo Testamento, a palavra ágape ganhou um sentido muito especial; ela é usada pelos escritores do Novo Testamento para indicar um amor altruísta, diferente do amor puramente emocional. É um amor autos sacrificial, que Deus consegue demonstrar naturalmente, ao contrário dos seres humanos.
4.8 — Tende amor intenso uns para com os outros (ARA). Os cristãos devem fazer o máximo que puderem para manter seu compromisso de fazer o bem uns aos outros, e não devem deixar que coisa alguma os impeça de fazer isso.
O amor cobre multidão de pecados (ARA). O que Pedro está dizendo aqui não é que o amor de um cristão pode expiar os pecados de outros cristãos. Ao contrário, ao citar um provérbio do Antigo Testamento (Pv 10.12), ele nos faz lembrar que o amor nos leva a não pecar. Todos nós
podemos demonstrar amor aos nossos irmãos em Cristo, perdoando-os de coração e não falando abertamente dos seus pecados do passado.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 701.

2. Fatores que trazem conflitos.

a) Falta de confiança.

O ciúme é um sentimento de caráter emocional, mas também resulta de uma influência espiritual. A Bíblia fala de “espírito de ciúmes” (Nm 5.30). Há quem pense que ter ciúme é prova de amor. É engano. Prova de amor é ter zelo pelo cônjuge, é cuidar de sua segurança espiritual, amorosa e conjugal. Mas ter ciúme, no sentido de demonstrar atitudes de insegurança, de profunda insatisfação, ira ou depressão, é sinal de desconfiança, e, sobretudo, de insegurança. Segundo a Psicologia, ciúme pode ser sinal de medo de perder a pessoa ou o objeto amado. E sentir-se inferior a alguém que pode “tomar” o seu parceiro.
As vezes, as desconfianças têm razão de ser. Se um esposo tem determinado comportamento e, depois de algum tempo, começa a demonstrar diferenças acentuadas, no relacionamento com a esposa, é motivo para preocupação. O cônjuge que sente insegurança começa a ver motivos de provável infidelidade em muitos detalhes da vida do outro. E começa a questionar várias coisas. Começa a indagar por que o outro está chegando mais tarde do que de costume; o esposo demonstra insegurança, e diz que estava trabalhando, quando, na verdade, estava em companhia de pessoa estranha; a esposa percebe que o esposo está com odor diferente; que não mais a procura para ter relações, como antes. Não quer mais ir para a igreja. E, assim, dá vários motivos para a desconfiança. Em princípio, vêm as cobranças; depois, vêm as discussões e os conflitos.
Ê sinal de infidelidade quando um cônjuge começa a se irritar e a ficar agressivo, quando é cobrado por mudança de comportamento. Alguém já disse que a mulher, quando desconfia, é porque algo está acontecendo de verdade. Das irritações, o cônjuge infiel passa para a agressão e as ameaças. Isso tem sido comum, em observações, no aconselhamento pastoral. O cônjuge errado ameaça o outro, buscando encobrir sua conduta pecaminosa. Não demora muito, e, como “... nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido” (Lc 12.2), o pecado vem à tona. A infidelidade é descoberta, o casamento é prejudicado e a família é envergonhada. O lar é atacado pelos ventos malignos da traição. Só um milagre de Deus, no coração do traidor pode mudar a situação. E um milagre no coração do cônjuge traído para perdoar e aceitar a restauração do casamento.LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 60-61.

13.4-7 — Agora, Paulo deixa de lado a superioridade do fruto do Espírito, a caridade (ou o amor, na ara), e avança para características importantes dele. A caridade é sofredora, ou tolera pessoas de quem é fácil desistir. E benigna, ou seja, trata bem as pessoas que nos trataram mal. A caridade não é invejosa (do grego zeloo), não trata com leviandade, nem se ensoberbece. Promover-se a si mesmo foi uma praga que contaminou Corinto e que nos desafia hoje.
Portar-se com indecência significa agir de um modo injusto ou impróprio, como discutiu Paulo em 1 Coríntios 7.36. Busca (do grego zeteo) os seus interesses. Uma pessoa que ama se dispõe a pôr de lado seus próprios planos ou direitos pelo bem do outro. Não se irrita se refere a não se exasperar nem ser excessivamente melindroso com os outros; quer dizer não irar-se facilmente.
Não suspeita mal. Quando amamos uma pessoa, não imaginamos de imediato nada de mal da parte dela. Além disso, se entendermos suspeitar (logizomai), ou pensar, como um termo que sugere prestar contas, o texto significa que não fazemos um registro nem um relatório das maldades que nos são feitas.
Não folga com a injustiça [...] folga com a verdade. O amor não tem prazer no mal, de forma alguma. Quem ama não se alegra diante da queda de um irmão ou de uma irmã. Pelo contrário, o amor tem prazer em tudo o que expresse o evangelho, tanto em palavras, como em obras. Tudo sofre [...] crê [...] espera [...] suporta. O significado literal da palavra usada para suporta é apoia. O amor é o fundamento de todos os atos que agradam a Deus. O amor crê que todas as coisas nesse amor nunca desistem e nunca perdem a esperança. O amor suporta qualquer dificuldade ou rejeição, revelando sua força superior. Diante da confrontação, o amor simplesmente persiste. Amar é o grande mandamento (compare com Jo 13.34,35) e nenhuma outra força promove mais justiça.EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 436-437.

O amor é edificante (vv. 4-7). "O saber ensoberbece, mas o amor edifica" (1 Co 8:1). O propósito dos dons espirituais é a edificação da igreja (1 Co 12:7; 14:3, 5, 12, 17, 26). Isso significa que não devemos pensar em nós mesmos, mas nos outros, o que, por sua vez, exige amor. Quando se reuniam, os coríntios mostravam-se impacientes uns com os outros (1 Co 14:29-32), mas o amor lhes daria longanimidade. Invejavam os dons uns dos outros, mas o amor removeria essa inveja.
Estavam ensoberbecidos (1 Co 4:6, 18, 19; 5:2), mas o amor poderia remover esse orgulho e engrandecimento próprio e, em seu lugar, colocar um desejo de exaltar o outro. "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros" (Rm 12:10). Nas "refeições de ágape" e na Ceia do Senhor, os coríntios se comportavam de maneira extremamente indecorosa. Se conhecessem o significado do verdadeiro amor, teriam se comportado de maneira a agradar ao Senhor. Estavam entrando na justiça contra os irmãos! Mas o amor "não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente
do mal" (1 Co 13:5). A expressão não se ressente do mal significa "não guarda um registro das ofensas". Um dos homens mais miseráveis que já conheci era um cristão professo que, literalmente, anotava em um caderninho as ofensas que, a seu ver, outros haviam cometido contra ele. Perdoar significa limpar o registro e não guardar coisa alguma para usar contra as pessoas (Ef 4:26, 32).O amor não se alegra com a iniquidade, mas os coríntios gabavam-se do pecado em sua igreja (1 Co 5). O "amor cobre multidão de pecados" (1 Pe 4:8). Como os filhos de Noé, devemos procurar cobrir os pecados dos outros e, então, ajudá-los a colocar as coisas em ordem (Gn 9:20-23).WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 799-800.

b) Tratamento grosseiro.

O lar deveria ser sempre um ambiente de paz, união e harmonia no relacionamento entre seus integrantes. Mas, infelizmente, há lares que se comparam à praça de guerra, de lutas e desentendimentos. Um dos motivos para a infelicidade, no seio do casamento e da família, é o tratamento indelicado, grosseiro e descortês. Um lar em que a família se trata assim não deve ser chamado de lar cristão. Onde Cristo habita, deve haver amor, compreensão, respeito, diálogo e tratamento cordial. Onde Cristo habita, existe a prática do fruto do Espírito (G1 5.22). Onde o Espírito Santo tem lugar, há amor, há alegria, há paz, há longanimidade, que é a paciência para suportar os defeitos e falhas dos outros; há bondade, há mansidão, há temperança, ou domínio próprio.
Os conflitos podem ser evitados com humildade, com oração, e com atitudes coerentes com pessoas que possuem Jesus em suas vidas. Se um cônjuge trata o outro com indelicadeza, e ouve uma resposta no mesmo tom, é conflito na certa. Mas, se um está irritado, e o outro, em oração, pede a Deus a graça de responder como um nascido de novo, as coisas mudam, pois a “palavra branda desvia o furor” (Pv 15.1). Que Deus nos ajude a praticar as relações humanas, no lar, na igreja, e em toda parte, conforme o manual de Deus para o relacionamento familiar.LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 61-62.9   (estudalicao.blogspot.com)


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