E, prezado leitor, lembremos as palavras do Senhor Jesus Cristo, que disse: "E como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mt 24:37).
Alguns gostariam que acreditássemos, que antes do Filho do homem vir nas nuvens do céu a terra será coberta, de um polo ao outro, com um lindo manto de justiça. Dizem-nos que devemos esperar um reino de justiça e paz, como resultado de atividades postas agora em ação; porém a passagem que acabamos de reproduzir corta pela raiz, num momento, todas essas especulações vãs e ilusórias. Como era nos dias de Noé? A justiça cobria a terra, como as águas cobrem o mar? A verdade de Deus dominava? A terra estava cheia do conhecimento do Senhor?- A Sagrada Escritura responde: "A terra... encheu-se de violência; toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra; a terra... estava corrompida diante da face de Deus". Pois bem, "assim será também nos dias do Filho do homem". Isto é bem claro. "A justiça" e a "violência" não são muito parecidas uma com a outra. Nem tão pouco existe semelhança alguma entre a maldade universal e a paz. Apenas é preciso um coração obediente à Palavra de Deus e livre da influência de opiniões preconcebidas para se compreender o verdadeiro caráter dos dias que precederão imediatamente "a vinda do Filho do homem". Que o leitor não se deixe extraviar.
Curve-se reverentemente perante a Escritura Sagrada. Olhe para o estado do mundo "nos dias anteriores ao dilúvio" (Mt 24:38); e não se esqueça, que assim como era então, "assim" será no fim desta época. Isto é muito simples — conclusivo. Não havia então nada como um estado de justiça e paz universal, nem tão pouco haverá coisa alguma que se pareça com um tal estado no fim. Sem dúvida, o homem mostrava bastante energia com o fim de tornar o mundo um lugar agradável; porém isso era uma coisa muito diferente a torná-lo um lugar conveniente para Deus. Assim é também neste tempo presente: o homem está tão ocupado quanto pode em remover as pedras do caminho da vida humana, e torná-lo o mais liso possível; mas isto não é "endireitar no ermo vereda a nosso Deus" (Is 40:3); nem tão-pouco é aplainar o que é áspero para que toda a carne veja a salvação do Senhor. A civilização prevalece; porém civilização não é justiça.
A varredura e o embelezamento continuam; mas não é com o fim de preparar a casa para Cristo, mas sim para o anti-cristo. A sabedoria do homem é empregada com o fim de cobrir, com as dobras da sua própria roupagem, os defeitos e manchas da humanidade; contudo, embora cobertas, não são tiradas! Encontram-se tapadas, e em breve aparecerão com deformidade mais repugnante do que nunca. A pintura de verniz será em breve riscada, e a madeira lavrada de cedro destruída. As represas, por meio das quais o homem procura cuidadosamente deter a torrente da vileza humana, terão em breve de ceder caminho à força esmagadora que dela resulta. Todos os esforços para limitar a degradação física, mental e moral da posteridade de Adão dentro dos limites, que a benevolência humana tem inventado, não darão, como sequência, resultado.
O testemunho havia sido dado: "O fim de toda a carne é vindo perante a minha face." Não era vindo perante a face do homem; mas era vindo perante a face de Deus; e, embora a voz dos escarnecedores possa ainda dizer, "Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (2 Pe 3:4), o momento aproxima-se rapidamente em que receberão a resposta. "... o dia do Senhor virá como ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão" (2 Pe 3:4-10). Esta, prezado leitor, é a resposta ao escárnio intelectual dos filhos deste mundo, mas não às afeições espirituais e à expectativa dos filhos de Deus. Estes, graças a Deus, têm uma perspectiva completamente diferente, a de encontrarem o Noivo nos ares, antes do mal ter atingido o seu ponto culminante, e, portanto, antes de começar o julgamento divino.
C.H.M.. Comentário Bíblico Gênesis a Deuteronômio.
Mt 24.37-39 — A vinda do Filho do Homem será como nos dias de Noé. A similaridade que Cristo está ressaltando aqui não se refere à maldade daqueles dias (Gn 6.5), mas especialmente à indiferença das pessoas nos dias de Noé.Não há pecado algum em comer; beber e dar-se em casamento. O pecado do qual Cristo está falando aqui é viver como se o juízo não fosse acontecer. Será então que Jesus virá novamente.
A perversidade fatal é vista no fato de que eles não o perceberam, até que veio o dilúvio. Fico pensando se a falta de compromisso de alguns cristãos evangélicos vai durar até que não haja mais tempo e o fim chegue.EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 74.
Mt 24. V 37-39. Nesses versículos, nos é dada uma ideia do Dia do Juízo, que pode servir para nos chocar e despertar, para que não durmamos, como os outros. Será um dia surpreendente, e um dia separador.
1. Será um dia surpreendente, como o dilúvio foi para o mundo antigo (w. 37-39). O que Ele pretende descrever aqui é a postura do mundo com a vinda do Filho do Homem. Além da sua primeira vinda, para salvar, Ele tem outra vinda, para julgar. Ele disse (Jo 9.39): “Eu vim a este mundo para juízo”; e para juízo Ele virá, pois todo julgamento foi confiado a Ele, tanto o da Palavra quanto o da espada.
Isto se aplica: (1) A julgamentos temporais, particularmente àquele que então se precipitava sobre a nação e o povo judeus. Embora eles tivessem recebido muitos avisos, e tivesse havido muitos prodígios que eram presságios desse juízo, ainda assim ele os encontrou seguros, gritando: “Paz e segurança” (1 Ts 5.3). O cerco a Jerusalém foi realizado por Tito, quando era Páscoa e eles estavam em meio à sua felicidade. Como os homens de Laís, eles viviam despreocupados quando a destruição os atacou (Jz 18.7,27). A destruição da Babilônia, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, surge quando ela disse: “Eu serei senhora para sempre” (Is 47.7-9; Ap 18.7). Por isso as pragas vêm em um momento, em um dia. Observe que a incredulidade dos homens não tornará as ameaças de Deus sem efeito.
(2) Ao juízo eterno; assim é chamado o julgamento do Grande Dia (Hb 6.2). Embora Enoque tenha dado avisos, ainda assim, quando ele vier, será inesperado para a maioria dos homens. Os últimos dias, que são mais próximos daquele dia, irão produzir escarnecedores que dirão: “Onde está a promessa da sua vinda?” (2 Pe 3.3,4; Lc 18.8). Assim será quando o mundo que existe agora for destruído pelo fogo; pois assim foi, quando o mundo antigo, tendo sido inundado com água, pereceu (2 Pe 3.6,7). Cristo mostra então qual era o espírito e a postura do mundo antigo, quando veio o dilúvio.
[1] Eles eram sensuais e mundanos; comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento. Não está dito que eles estavam matando, roubando, prostituindo-se e blasfemando (estes eram realmente os crimes horríveis de alguns, entre os piores; a terra estava cheia de violência), mas eles estavam, todos eles, exceto Noé, sem esperança no mundo, e sem considerar a Palavra de Deus; e isto os destruiu. Observe que a negligência universal da religião é um sintoma mais perigoso, para qualquer pessoa, do que exemplos particulares, aqui e ali, de uma ousada falta de religiosidade. Comer e beber são coisas necessárias à preservação da vida do homem; casar-se e dar-se em casamento são coisas necessárias à preservação da humanidade. Mas, Licüus perimus omnes – Estas coisas lícitas nos destroem, se forem realizadas de forma ilícita. Em primeiro lugar, eles eram irracionais, desordenados e buscavam exclusivamente os prazeres dos sentidos, e os ganhos do mundo; estavam completamente dominados por essas coisas, esan trogontes – eles estavam comendo; quanto a essas coisas, eles viviam de uma forma elementar, como se não existissem para nenhuma outra finalidade, a não ser comer e beber (Is 56.12).
Em segundo lugar, eles eram irracionais. Estavam completamente atentos ao mundo e à carne, quando a destruição estava à porta, destruição da qual tinham tido tantos avisos. Estavam comendo e bebendo, quando deveriam estar se arrependendo e orando. Deus, pelo ministério de Noé, os convocou a chorarem e a se lamentarem, para que, mais tarde, tivessem alegria e satisfação.
Isto era, para eles, como depois o foi para Israel, um pecado imperdoável (Is 22.12,14), especialmente porque eles o faziam desafiando aqueles avisos, pelos quais deviam ter despertado. ‘“Comamos e bebamos, que amanhã morreremos’; se é preciso ter uma vida curta, que seja alegre”. O apóstolo Tiago fala disso como sendo o costume geral dos judeus ricos antes da destruição de Jerusalém. Quando deviam estar chorando e pranteando por suas misérias, que sobre eles haveriam de vir, eles estavam se deleitando e cevando seus corações, como num dia de matança (Tg 5.1,5).
[2] Eles estavam seguros e despreocupados, e não o perceberam, até que veio o dilúvio (v. 39). Não o perceberam! Certamente, eles não podiam ter deixado de saber. Deus, por meio de Noé, não tinha lhes dado muitos avisos disso? Ele não os tinha convidado ao arrependimento, enquanto os aguardava em sua longanimidade? (1 Pe 3.19,20). Mas eles não o perceberam, isto é, eles - não creram; eles podiam ter sabido, mas não quiseram saber. Observe que, quanto àquilo que nós conhecemos das coisas que pertencem à nossa paz eterna, se não o mesclarmos com a fé, e o aperfeiçoarmos, é como se não tivéssemos conhecido.
O fato de eles não conhecerem acompanha o fato de comerem, beberem, e se casarem; pois, em primeiro lugar, eles eram sensuais, porque eram seguros. A razão pela qual as pessoas são tão ansiosas na busca, e tão envolvidas nos prazeres deste mundo, é que não conhecem, nem crêem, nem consideram a eternidade em que estão prestes a entrar. Se nós soubéssemos, de modo adequado, que todas estas coisas em breve serão dissolvidas, e que certamente devemos sobreviver a elas, não concentraríamos nossos olhos e corações sobre elas, não tanto como o fazemos. Em segundo lugar, eles eram seguros, porque eram sensuais; eles não sabiam que o dilúvio se aproximava, porque esta vam comendo e bebendo; eles estavam tão dominados pelas coisas visíveis e presentes, que não tinham tempo nem coragem para se preocuparem com as coisas não vistas, embora tivessem sido avisados delas. Assim como a segurança fortalece os homens na sua sensualidade brutal, também a sensualidade os “embala” na sua segurança carnal. Eles não o perceberam, até que veio o dilúvio.
1. O dilúvio veio, embora eles não o antevissem. Observe que aqueles que não querem aprender pela fé, aprenderão experimentando a ira de Deus, que lhes será revelada, do céu, contra a sua impiedade e injustiça. O dia do mal nunca está tão distante que os homens não possam afastá-lo ainda mais. 2. Eles não o perceberam, até que foi tarde demais para evitá-lo, como poderiam ter feito se o tivessem percebido a tempo, o que tornava tudo ainda mais lamentável. Os juízos são mais terríveis e espantosos para aqueles que se sentem seguros, e para os que zombaram deles.
Temos a aplicação disso, a respeito do mundo antigo, nas seguintes palavras: “Assim será também a vinda do Filho do Homem”, isto é: (1) Nessa condição, Ele encontrará pessoas comendo e bebendo, e não esperando por Ele. Observe que a segurança e a sensualidade provavelmente serão as epidemias dos últimos dias. Todos tosquenejam e adormecem, e à meia-noite o esposo vem. Todas sem vigiar, e descansadas.
(2) O Senhor virá a eles com esse poder, e com esse objetivo. Da mesma maneira como o dilúvio levou os pecadores do mundo antigo de uma forma irresistível e irrecuperável, também os pecadores seguros, que zombaram de Cristo e da sua vinda, serão levados pela ira do Cordeiro, quando vier o grande dia da sua ira, que será como a vinda do dilúvio; uma destruição da qual não se pode fugir.
2. Este será um dia separador (w. 40,41): “Haverá dois no campo”. Isto pode ser aplicado de duas maneiras: (1) Nós podemos aplicar essa palavra ao sucesso do Evangelho, especialmente na sua primeira pregação. Ele dividiu o mundo; alguns creram nas coisas que foram ditas, e foram levados até Cristo; outros não creram, e foram abandonados para perecer na sua incredulidade.
Aqueles da mesma idade, do mesmo lugar, capacidade, emprego e condição, no mundo, que moíam no mesmo moinho, os da mesma família, aqueles que estavam unidos pelo mesmo laço de casamento - um deles será chamado, e o outro será deixado na tristeza da amargura. Essa é aquela divisão, aquele fogo de dissensão que Cristo veio trazer (Lc 12.49,51). Isso torna a graça gratuita ainda mais obrigatória do que diferenciadora; a nós, e não ao mundo (Jo 14.22), ou melhor, a nós, não àqueles que estão no mesmo campo, no mesmo moinho, na mesma casa. Quando a destruição se abateu sobre Jerusalém, uma distinção foi feita pela Divina Providência, de acordo com o que havia sido feito anteriormente pela divina graça.
Pois todos os cristãos entre eles estavam salvos de perecer naquela calamidade, por proteção especial do Céu. Se dois deles estavam trabalhando juntos no campo, e um deles era um cristão, ele era levado a um lugar de abrigo, e tinha a sua vida conservada como um despojo, ao passo que os outros eram deixados para a espada do inimigo. Se apenas duas mulheres estivessem moendo no moinho, e se uma delas pertencesse a Cristo, embora fosse apenas uma mulher, uma pobre mulher, uma serva, ela seria levada a um lugar de abrigo, e a outra seria abandonada. Assim os mansos da terra estariam escondidos no dia da ira do Senhor (Sf 2.3), fosse no céu, ou sob o céu. Observe que a preservação diferenciada, em tempos de destruição geral, é um sinal especial do favor de Deus, e assim deve ser reconhecida. Se nós estamos a salvo quando milhares caem à nossa direita e à nossa esquerda, se nós não somos consumidos quando outros o são à nossa volta, de modo que nós somos como tições arrancados do fogo, temos razão para dizer que isso é misericórdia de Deus, e uma grande misericórdia.
(2) Nós podemos aplicar isso à segunda vinda de Jesus Cristo, e à separação que se fará naquele dia. Ele havia dito anteriormente (v. 31) que os escolhidos serão reunidos. Aqui Ele nos diz que, para que isso aconteça, eles serão diferenciados daqueles que estão mais próximos a eles neste mundo; aqueles que são chamados e escolhidos são levados à glória; os demais são abandonados para que pereçam por toda a eternidade. Aqueles que dormem no pó da terra, na mesma sepultura, com as cinzas misturadas, ressuscitarão, uns para “a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2). Esta palavra é aplicada aqui àqueles que estiverem vivos. Cristo virá de forma inesperada, encontrará as pessoas ocupadas com seus afazeres usuais no campo e no moinho; e então, conforme sejam eles vasos de misericórdia preparados para a glória, ou vasos da ira preparados para a perdição, este fato acontecerá com eles. Um será levado para encontrar o Senhor e os seus anjos nos ares, para estar eternamente com Ele e com eles; o outro será deixado para Satanás e os seus demônios, que, depois de Cristo ter reunido os seus, varrerão o resíduo. Isto tornará a condenação dos pecadores ainda mais grave, o fato de outros serem removidos do seu meio para a glória, e eles serem deixados para trás. E isto transmite abundante consolo ao povo do Senhor.
[1] Eles são humildes e desprezados no mundo, como o servo no campo, ou a mulher no moinho (Êx 11.5)? Ainda assim, eles não serão esquecidos, nem negligenciados naquele dia. Os pobres no mundo, os ricos em fé, são os herdeiros do Reino.
[2] Eles estão dispersos por lugares distantes e improváveis. Onde ninguém esperaria encontrar os herdeiros da glória? No campo, no moinho? Ainda assim, os anjos os encontrarão (escondidos como Saul, quando devem ser entronizados), e dali os levarão. E é justo que se diga que eles serão mudados, pois será uma grande mudança; ir para o céu, em vez de arar e moer.
[3] Eles são fracos e incapazes de se dirigirem ao céu? Eles serão levados, ou tomados, assim com Ló foi tirado de Sodoma por uma graciosa violência (Gn 19.16). Cristo nunca perderá aqueles que já são dele, aqueles de quem Ele já se apossou.
[4] Eles estão misturados com outros, relacionados com eles, nas mesmas casas, sociedades, e trabalhos materiais? Que isto não desencoraje nenhum verdadeiro cristão. Deus sabe como separai' o precioso do vil, o ouro e o lixo no mesmo monte, o trigo e a palha na mesma eira.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 323-324.
Mt 24. 37-39. Dias de Noé. Assim como os dias de Noé concluíram uma dispensação com julgamento, também acontecerá o mesmo na volta de Cristo. Numa era de grande impiedade (Gn. 6), os homens viveram suas vidas sem se perturbarem com o destino iminente (comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento). Mas veio o dilúvio e os levou a todos, de maneira que só os justos foram deixados para herdarem. Do mesmo modo a vinda do Filho do homem, em seguida à Grande Tribulação (vs. 29-31) removerá os ímpios, para que o remanescente fiel que suportou a Tribulação possa participar das bênçãos do Milênio (conf. 25:31-46; 13:30, 41-43, 49, 50).MOODY. Comentário Bíblico Moody. pag. 121.
II - JOSUÉ - UMA DECISÃO EXEMPLAR
1. A firme tomada de posição.
Josué tomou posição ao lado de sua família. Quando exortava o povo a se definir, ante a idolatria, ele disse: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; p orém eu e a minha casa servirem os ao Senhor” (Js 24.15 — grifo nosso). Muitos cristãos não estão conseguindo ver sua família servindo ao Senhor por falta de atitude firme e amorosa com seus filhos, desde a sua infância. E se conformam com o que está acontecendo no mundo, diante da destruição dos valores éticos e morais, fundados na Palavra de Deus. Para não serem considerados antiquados, capitulam ante os ataques do Maligno à família.
A maior parte dos ataques contra a família cristã tem sucesso porque os líderes do lar não tomam posição desde cedo. As crianças são criadas, muitas vezes, fazendo o que bem querem e entendem. Os adolescentes ficam entregues a si mesmos, e os jovens têm absoluta independência. Esse é um modelo de família que não corresponde aos princípios bíblicos. A educação tardia, quando já são adolescentes ou jovens, tende a perder sua eficácia. A decisão de servir a Deus com a família deve ser o mais breve possível. Famílias que aceitam a Cristo, quando os filhos já são grandes têm mais dificuldades em levá-los aos pés do Senhor.
Josué decidiu: “eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Isso não é mágico, repentino, ilusório. E necessário que uma série de atitudes e ações sejam desenvolvidas para que esse objetivo seja alcançado. E uma decisão, um propósito. Precisa haver firmeza de fé e de caráter nos membros da família, a começar dos pais que devem ser exemplo para eles. Josué comportou-se à altura de um grande líder na visão de Deus.
E foi escolhido para substituir Moisés, na última e difícil etapa para a entrada em Canaã. Mas Deus lhe deu orientações sábias e seguras para que não se desviasse de seus caminhos (Js 1.7).LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 148.
O Desafio de Renovar o Concerto (24.14,15)
A luz da óbvia grandeza e bondade de Deus, Josué faz este apelo: Agora, pois, temei ao Senhor (14). Deus fizera uma aliança com Abraão, ao afirmar que favoreceria de maneira especial a ele e aos seus descendentes. Este acordo foi renovado tanto com Isaque como com Jacó. Se tudo mostrava que era preciso a geração de Josué continuar como o povo de Deus, então eles deveriam escolher hoje a quem sirvais (15). A implicação era que somente se eles mesmos ratificassem este concerto é que poderia haver esperança de receber o favor de Deus.
Se não queriam servir a Deus a alternativa seria adorar os deuses que anteriormente foram abandonados e derrotados (15). Estes mostraram-se sem poder para ajudar.
Eles sempre exerceram uma influência desmoralizante sobre a vida humana. Os israelitas testemunharam que esses deuses fizeram com que o povo dissipasse sua força de alma e destruísse as consciências e o intelecto das pessoas. Josué sabia que seu povo deveria fazer uma escolha definitiva em relação a quem serviria. Ele insistiu para que eles afirmassem claramente Aquele em quem colocavam todas as suas esperanças. A quem eles seriam leais? Seria tal devoção entregue àqueles a quem já haviam derrotado? A indecisão seria um erro fatal, uma causa certa de fracasso.
Portanto, escolhei hoje (15).
Josué já fizera sua escolha. Ele já havia estabelecido o tipo de exemplo que queria que os outros seguissem. Ele exerceria toda a influência de que dispunha para ajudá-los a fazer a escolha certa: eu e a minha casa serviremos ao Senhor (15).Josué estava disposto a dar a qualquer pessoa a liberdade de escolher ou rejeitar a Deus. Ele concluiu que os méritos do Senhor eram tão bem conhecidos que nenhuma pessoa com um mínimo de discernimento deixaria de fazer a escolha certa.
Aquelas pessoas foram confrontadas com uma escolha que faz paralelo à proposição apresentada pelo cristianismo.
(1) A gama de motivos e razões para escolher a Cristo é a mais razoável. (
2) A escolha envolve vida e morte.
(3) A escolha envolve o bem-estar da pessoa.
(4) Ela desafia nossas aspirações por uma vida boa.
(5) O amor de Deus torna-se um intenso fator motivador para se escolher o caminho divino.
Deste modo, o cristianismo apresenta uma exibição concreta de tudo o que é bom e verdadeiro. Ele oferece a segurança substancial de uma imortalidade bendita. Robert Hall afirmou corretamente quando disse que “as proposições de Cristo são tão supremas e inquestionáveis que ser neutro diante delas é o mesmo que ser hostil”.MULDER. Chester O. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. pag. 77-78.
Js 24.15 - As pessoas tiveram que decidir se obedeceriam ao Senhor, que provara sua probidade, ou adorariam os deuses locais, que eram ídolos íeitos por mãos humanas. É fácil aderir a uma silenciosa revolta — levar a vida a seu próprio modo. Mas chegará o tempo quando você terá que escolher quem ou o que controlará a sua existência. A escolha ó sua. Será Deus sua bússola ou outro substituto qualquer? Após escolher ser controlado pelo Espirito de Deus. reafirme sua decisão diariamente.
Js 24.15 - Ao ficar ao lado do Senhor, Josué novamente exibiu sua liderança espiritual. A despeito da decisão dos outros, por ter assumido um compromisso com Deus, ele estava determinado a dar a exemplo e viver segundo esta decisão. O modo como vivemos demonstra a força do nosso compromisso de servir a Deus.APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 308.
24.14-15 Escolhei hoje a quem sirvais.
O yahwismo era a nova fé na Palestina, a fé revelada por Deus a Israel. Tinha suas antigas bases históricas, conforme 0 autor sacro acabara de ilustrar. Seu alicerce era o Pacto Abraâmico (ver as notas a respeito em Gên. 15.18). Mas o yahwismo seria severamente testado na Terra Prometida. Somente uma lealdade diligente poderia fazer 0 povo de Israel continuar derrotando seus inimigos, ao mesmo tempo que poderia evitar suas armadilhas e ardis (ver Jos. 23.13). Por outro lado, se o povo de Israel viesse a ser envolvido no paganismo e em sua idolatria, então tudo ruiria por terra para Israel. O próprio Yahweh ver-se-ia forçado a expulsar Israel da Terra Prometida, conforme havia expulsado seus habitantes primitivos. Israel já estava suficientemente informado para ser capaz de fazer uma escolha inteligente entre duas heranças, entre dois sistemas, entre duas forças. Para Josué, a escolha era fácil e clara:
Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
Este final do presente versículo com toda a razão tem-se tornado famoso, sobre tudo em lares evangélicos. Incontáveis sermões têm sido pregados a respeito dessa declaração de Josué. A vida consiste em uma contínua confrontação com escolhas a serem feitas. Os pais e os líderes precisam apresentar uma boa orientação para que os filhos e os liderados possam tomar decisões baseadas em boas informações.
Este versículo enfatiza 0 dever que os pais têm de ajudar seus familiares a fazer escolhas acertadas. Um pai deve três coisas a seus filhos: exemplo; exemplo; exemplo. Josué deu exemplo aos seus familiares e também a todo 0 povo de Israel, que estava debaixo de suas ordens. Josué tinha acabado de fazer a revisão dos poderosos atos de Deus em favor do povo de Israel. Ele tinha estabelecido razões para que os hebreus obedecessem a Yahweh. Deus se havia exibido por meio dos aconteci- mentos históricos. Deus é que tinha brandido 0 Seu poder e tinha feito tudo. Ver I Reis 18.21. Josué, pois, não achara a menor dificuldade em fazer a sua escolha.
Um verdadeiro mestre afeta a eternidade.
Jamais poderá dizer onde cessa a sua influência.
(Henry Adams)
As crianças têm maior necessidade de modelos do que de críticos.
(Joseph Joubert)
Um pai vale mais do que uma centena de professores.
(George Herbert)
Ό venerado líder de Israel garantiu-lhes que qualquer que fosse a escolha deles, a mente dele estava resolvida; seu curso era claro... nós serviremos ao Senhor” (Donald K. Campbell, in loc.).CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 985-986.
Js 24.14-28 - Após tudo que o Senhor fez em prol de Israel, que vai de livramentos e provisões à concessão de uma terra fértil, a melhor forma de retribuir a benevolente conduta de Yahweh era renunciar a todos os outros deuses e seguir a Deus. O próprio exemplo de Josué em ser fiel ao Criador ajudaria o povo a compreender isso. A resposta do povo após ser lembrado por Josué do cumprimento das promessas do Senhor sobre aquela nação foi a do compromisso, mesmo depois de o líder de Israel tê-lo avisado das consequências de tal comprometimento. Os israelitas ratificaram a aliança com Deus e foram para as suas propriedades.
Js 24.14,15 - As palavras de Josué nestes versículos contêm um raro apelo para que Israel escolhesse entre Deus e os muitos falsos substitutos.
Caso o povo não optasse por Deus, escolheria entre os deuses que seus ancestrais serviram ou os deuses dos amorreus (isto é, os cananeus). E claro que tal apelo é retórico. Da perspectiva do Senhor havia apenas uma opção. Com suas palavras famosas, Josué depôs, de forma clara e inequívoca, a favor de Deus. Assim, ele exibiu as perfeitas ações de um líder, estando disposto a seguir em frente e comprometer-se com a verdade apesar das inclinações do povo. O enfático exemplo de Josué, sem dúvida, encorajou muitos a seguirem as afirmações dos versículos 16 a 18.
Js 24.16-18 - Em resposta à declaração de Josué, o povo reconheceu seu débito com o Senhor por causa de todas as benesses recebidas por Ele. Este era um ponto crucial. Somente a partir do momento em que os israelitas se lembrassem do que Deus fizera por eles, inclinar-se-iam a servi-lo. Moisés dissera isso muitos anos antes (Dt 8.11-17).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 399.(estudaalicao.blogspot.com).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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PAZ DO SENHOR
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