A revelação de Deus exige uma resposta pessoal de cada um dos Seus filhos. O que as Escrituras nos mandam fazer em nosso ministério com crianças? MATEUS 28.19,20: O imperativo nesta passagem é claro: “Fazei discípulos” (ARA). Quando formos, temos de ensinar a Palavra de Deus a todas as pessoas — inclusive crianças. As implicações contidas neste texto são (a) evangelizar (falar do Evangelho a todas as pessoas) e (b) discipular (ajudar cada crente a crescer em Cristo para ser um fazedor de discípulos). Isto pode ser feito eficientemente com crianças se estas forem educadas da maneira correta.
DEUTERONÔMIO 6.4-9: Moisés ordenou os pais (a) a ensinar a Palavra de Deus diligentemente aos filhos, (b) de modo muito casual e natural, (c) usando o estilo de vida deles como o método principal. Esta conversação orientada ajudará a educar cada criança como também a apresentar um modelo de vida adulta santo.
PROVÉRBIOS 22.6: Este provérbio ou truísmo dá-nos breve introspecção sobre como ensinar crianças. Os professores de crianças têm de desejar (a) “instruir” — criar um gosto ou desejo na criança pelas coisas de Deus —; (b) “no caminho” — conforme o passo dela. A instrução deve levar em conta a individualidade e o desenvolvimento mental e físico da criança, (c) Ela “não se desviará” — se a criança for educada corretamente nas coisas de Deus, o desejo eventual dela será manter-se firme ao que aprendeu. Uma versão ampliada deste provérbio seria: “Dedique-se ao Senhor e crie na criança o gosto pelas coisas do Senhor, de acordo com a faixa etária dela; e mesmo quando ela ficar adulta não se afastará do treinamento espiritual que recebeu”. ATOS 2.41-47: Este é um relato resumido sobre a descida do Espírito Santo e o início da Igreja. Podemos ver os resultados do Pentecostes atuantes em quatro fatores principais na vida daquela comunidade neotestamentária: (a) Adoração — os crentes oravam, partiam o pão, cantavam e adoravam juntos ao Senhor, (b) Instrução — os crentes dedicavam-se ao ensino dos apóstolos, (c) Comunhão — os crentes tinham comunhão uns com os outros com a finalidade de disseminar a mensagem do Evangelho, (d) Expressão — os crentes se expressavam ao Corpo de Cristo mediante edificação e encorajamento, e ao mundo, através do evangelismo. Estes quatro ingredientes devem estar incluídos no ministério com crianças.
EFÉSIOS 4.11-16; 1 CORÍNTIOS 12; ROMANOS 12: Estas três referências revelam os métodos de Deus implementar o ministério com crianças — pelos dons do Espírito Santo.
Em Efésios 4.11-16, aprendemos que Jesus deu à Igreja aqueles que ensinam, evangelizam e pastoreiam. Ele os concedeu com o propósito de dar unidade aos crentes, maturidade ao corpo e conformidade a Ele. Estes líderes equipam os santos para fazer a obra do ministério — inclusive o ensino às crianças em casa, na igreja e na escola! Primeira Coríntios 12 e Romanos 12 mostram-nos que não é suficiente buscar e achar os perdidos. Eles também devem ser cuidados, alimentados e guiados para se tornarem cristãos maduros. Onde obtemos os recursos? Estas duas passagens concedem-nos as respostas. O Espírito Santo capacita o povo de Deus a ministrar — ajudar os crentes a se desenvolver segundo a semelhança de Cristo.
2 TIMÓTEO 2.2: Paulo descreve o ministério da multiplicação que tem de acontecer ao longo de toda geração para que a fé cristã seja ensinada até que Jesus venha. Os líderes cristãos precisam equipar os professores e pais em cada faceta do ministério com crianças, de forma que o ensino correto aconteça ao nível de cada aluno. Assim, o ciclo de evangelismo estará completo — agora o discípulo torna-se fazedor de discípulo.(GANGEL. Kenneth O. & HENDRICKS. Howard G. Manual de ensino para o educador cristão. Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. I ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp 119-120).
Subsidio Histórico
A ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL
A Escola Dominical teve seu início entre nós em 19 de agosto de 1855 na cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. O fundador foi o Missionário Robert Kalley e sua esposa Da Sarah Poulton Kalley, da igreja Congregacional. Eram escoceses. Ele fora um médico ateu. Depois foi salvo sob circunstancia especiais, e chamado por Deus, entregou-se à obra missionária. Na primeira reunião, na data acima, a frequência foi de cinco crianças... Essa mesma Escola Dominical deu origem a igreja Congregacional no Brasil. Desde então, o crescimento da Escola Dominical tem ido maravilhoso.
A. Remontando ao passado, as primeiras reuniões de instrução bíblica no Brasil, do ponto de vista evangélico, ocorreram durante a permanência aqui, dos crentes calvinistas que desembarcaram na Guanabara em 1557. Nessa ocasião realizaram o primeiro culto evangélico em terras do continente americano, em 10 de março do mesmo ano.
B. A segunda fase de tais reuniões deu-se durante domínio Holandês no Nordeste, a partir de 1630, por crentes da igreja Reformada Holandesa, quando vários núcleos evangélicos foram estabelecidos naquela região. Na mesma época foram realizados cultos na Bahia, por ocasião da primeira invasão holandesa. Tudo isso cessou com o fim dos mencionados domínios e a feroz campanha de extinção movida pela igreja Romana de então.
C. Mas em 1855, a Escola Dominical veio para ficar. E ficou E avançou como fogo em campo aberto, impelida pelo zelo de milhares de seus obreiros, inflamados pelo Espirito Santo!
Sim, desde então, vem a Escola Dominical crescendo sempre entre todas as denominações, e onde quer estas cheguem, a Escola Dominical é logo implantada produzindo sem demora seus excelentes resultados na vida dos alunos, na igreja, no lar, na comunidade, e refletindo tudo isso na nação inteira.
Foi assim o começo da Escola Dominical-começo de um dos mais poderosos avivamentos da história da igreja (GILBERTO. Antônio. Manual da Escola Dominical. 40 ed, Rio de Janeiro; CPAD, 2011, pp. 135-136).
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 54, p.41.
A Escola Dominical é inegavelmente a maior agencia de ensino cristão do mundo. É na ED que os alunos podem fazer perguntas ao professor (algo não permitido em um culto, por ocasião da exposição da Palavra de Deus), apresentar suas idéias, aplicar o que está sendo ensinado à sua vida e desenvolver talentos em prol do Reino de Deus.
Entre os muitos motivos para se frequentar a Escola Dominical, temos:
1) Na Escola Dominical você tem acesso ao estudo sistemático da Palavra de Deus e de assuntos atuais, que podem ser analisados à luz das Escrituras. Todos temos a necessidade de um ensino correto e sadio, que pode ser oferecido de forma metódica, clara e progressiva na Escola Dominical.
2) Na Escola Dominical, o crente tem na Palavra de Deus o crescimento adequado na vida cristã e na comunhão com o próprio Deus.
3) Na Escola Dominical, você tem comunhão com outros irmãos alunos da mesma Escola, desenvolvendo laços mais estreitos, partilhando experiências e orando uns pelos outros.
4) Para a Escola Dominical você pode levar sua família para que todos tenham a oportunidade de aprender a Palavra de Deus, pois lá cada faixa etária terá seu professor e aprenderá lições da Palavra de Deus de forma sistemática e apropriada.
5) À Escola dominical você pode trazer pessoas para serem evangelizadas e ensinadas sobre o Evangelho.
As aulas não são apenas para alunos crentes, mas abertas àqueles que ainda não aceitaram a Jesus como seu Senhor e Salvador.
6) Na ED, você pode trazer seus questionamentos relacionados com a Bíblia Sagrada e a vida cristã, que podem ser expostos de acordo com a lição da semana, e certamente o professor trará as respostas relacionadas à Palavra de Deus.
7) Na ED, você pode servir ao Senhor com seus talentos, seja na esfera musical, seja na esfera do ensino. Lembre-se de que em qualquer área de trabalho na igreja é necessário que haja dedicação, e não apenas talento. Talento sem dedicação não traz frutos, nem no âmbito secular nem no espiritual.
8) A ED é uma fonte de avivamento para toda a igreja, pois nela o ensino da Palavra vivifica os alunos. Há diversos outros motivos para que frequentemos a Escola Dominical. E mais do que citar motivos para que sejamos assíduos a ela, é imprescindível que assumamos o compromisso de estar presentes nela. Essa presença fará toda a diferença em nosso crescimento espiritual e no de nossa família.
Escola Dominical contribui para a formação espiritual, moral e social, em todas as faixas etárias. A Igreja do Senhor Jesus deve dar a maior importância à família. A igreja local é formada por famílias, que se reúnem para adorar a Deus. E essa adoração deve ter o respaldo e a base fundamental na Palavra de Deus. Esta, por sua vez, só pode ser apreendida, através do estudo e do ensino, da doutrina, e do discipulado.
Na ED, principalmente nos moldes tradicionais, tem-se uma oportunidade rica de se edificar vidas e famílias, através do ensino ministrado nas diversas classes, distribuídas por faixas etárias. Há alguns anos, vi, numa igreja, uma placa afixada na entrada do templo: Não mande seus filhos à Escola Dominical: Venha com eles. O ensino cuidadoso na ED tem grande valia para a formação espiritual, moral e social das famílias, principalmente, quando seus componentes, pai, mãe e filhos, são assíduos frequentadores das classes dominicais.
Em anos passados, havia Escola Dominical em praticamente todas as denominações. Nas Assembleias de Deus, tanto de influência dos missionários europeus como norte-americanos, havia uma grande valorização da ED. Podemos afirmar que a maioria dos líderes, pastores, evangelistas, missionários, professores; bem como mulheres que têm liderança nas igrejas locais, como dirigentes de Círculo de Oração, professoras, esposas de obreiros, a maioria passou pela ED. Os maiores beneficiados foram as famílias, as igrejas e as nações.
Em alguns países, a ED perdeu espaço. Deixou de ser realizada por vários fatores. Na América do Norte, em muitos estados, não se realiza mais a ED. Em seu lugar, é realizado um culto dominical, quase sempre o único do primeiro dia da semana. Tivemos oportunidade de verificar esse fato quando ministramos em alguns lugares. Chamou-nos a atenção.
Indagando o porquê dessa mudança, fomos informados de que, no domingo, para grande parte das pessoas é dia de lazer, de descanso. A igreja não pode “atrapalhar” o programa da família.
Na Europa, a situação é mais complicada.
A ED foi sepultada em muitos lugares depois que o materialismo ateu, ensinado nas escolas, nos colégios e nas faculdades, influenciou gerações e mais gerações a afastar-se de Deus, e assimilando a falsa teoria da evolução. Em muitas igrejas, os adolescentes e jovens não quiseram mais ir aos cultos, por não verem mais sentido. Restaram os idosos que, ao longo dos anos, por doença ou velhice, tiveram que ficar em casa. Igrejas fecharam. Sem culto, sem reuniões, sem contribuições, o caminho foi o fechamento dos templos.
Muitos foram vendidos e transformados em mesquitas, em cinemas, ou em estabelecimentos comerciais.
Triste fim espiritual para um continente que foi berço de grandes avivamentos cristãos! Pesquisas indicam, com razoável segurança, que, dentro de poucas décadas, a Europa será um continente islâmico. Os muçulmanos ensinam o Alcorão cuidadosamente a seus filhos desde crianças. Os cristãos, infelizmente, em grande parte, preferem ir à praia, ao lazer, ou deixar os filhos diante da televisão ou do computador, na internet, sendo “educados” com programação nada edificante para suas vidas. A maioria dos pais cristãos não vai à ED. E não têm autoridade para influenciar seus filhos a amarem a Escola Dominical.
Mas a derrocada espiritual desses países, chamados de Primeiro Mundo, começou, quando os pais não tiveram mais coragem e firmeza para ensinarem a Palavra de Deus em seus lares; quando as igrejas evangélicas capitularam e se deram por vencidas pelo materialismo diabólico; quando os filhos deixaram de ir para as reuniões, para os cultos, para a ED. A Bíblia diz: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
Em nosso Brasil, está acontecendo algo semelhante. Em diversas igrejas, não se realiza mais a ED. A exemplo do que ocorreu na outra América, estão sendo realizados cultos dominicais, pela manhã, e mais nenhuma outra reunião. Isso para que as famílias tenham mais tempo para o lazer. E sintoma de desvalorização do ensino da Palavra de Deus.
Há ensinadores e teólogos que dizem que a ED, nos moldes que conhecemos, com o ensino por faixas etárias, está ultrapassada. É retrógrada.
Em lugares onde a Palavra de Deus é desprezada, fecham-se Escolas Dominicais, fecham-se igrejas. E abrem-se motéis, bares, e prisões de
segurança máxima.
Já ouvimos até de pastores da Assembleia de Deus dizerem que a ED não está na Bíblia. Verdadeira ignorância. Se o etíope, mordomo da Etiópia, tivesse frequentado a ED, não teria ficado anos sem entender a Palavra de Deus. “E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse” (At 8.30,31). O alto representante etíope só entendeu a Palavra, quando Filipe lhe explicou. E sua explicação foi tão eficaz que o homem pediu para ser batizado em águas. Na ED, nas classes específicas, por faixas etárias, muitas questões podem ser explicadas e respondidas a contento.
Diz a Palavra de Deus: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21).
Examinando a origem, o desenvolvimento e os efeitos da ED na vida de homens e mulheres de Deus, ao longo da História, constatamos que tem sido grande o benefício para a igreja do Senhor Jesus. Nem todos podem frequentar um curso teológico, que propicia melhor aprofundamento no conhecimento bíblico. Mas todos podem frequentar uma ED, que é a maior escola bíblica do mundo. Ainda hoje, em pleno século XXI, a família pode ser altamente beneficiada pelo ensino bíblico na ED.LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 128-130.
I - A ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL
1. Raízes bíblicas da Escola Dominical.
O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS NOS TEMPOS BÍBLICOS
Embora seja uma instituição relativamente moderna, as origens da Escola Dominical remontam aos tempos bíblicos. Haveremos de descortiná-la nos dias de Moisés, nos tempos dos reis, dos sacerdotes e dos profetas, na época de Esdras, no ministério terreno do Senhor Jesus e na Primitiva Igreja. Não fossem esses inícios tão longínquos, não teríamos hoje a Escola Dominical.
1. Nos dias de Moisés. Além de promover o ensino nacional e congregacional de Israel, Moisés ligou muita importância à instrução doméstica. Aos pais, exorta-os a atuarem como professores de seus filhos: "E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te" (Dt 6.7).
As reuniões públicas recebiam igual incentivo: "Congregai o povo, homens, mulheres e pequeninos, e os estrangeiros que estão dentro das vossas portas, para que ouçam e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de cumprir todas as palavras desta lei; e que seus filhos que não a souberem ouçam, e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra a qual estais passando o Jordão para possuir" (Dt 31.12,13).
2. No tempo dos reis, profetas e sacerdotes. Vários reis de Judá, estimulados pelos profetas, restauraram o ensino da Palavra de Deus, encarregando desse mister os levitas. Eis o exemplo de Josafá: "No terceiro ano do seu reinado enviou ele os seus príncipes, Bene-Hail, Obadias, Zacarias, Netanel e Micaías, para ensinarem nas cidades de Judá; e com eles os levitas Semaías, Netanias, Zebadias, Asael, Semiramote, Jônatas, Adonias, Tobias e Tobadonias e, com estes levitas, os sacerdotes Elisama e Jeorão. E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do Senhor; foram por todas as cidades de Judá, ensinando entre o povo" (2 Cr 17.7-9).
O bom rei Josafá incumbiu vários príncipes do ensino da Lei de Deus. Que iniciativa maravilhosa! Príncipes a serviço da educação! Se os governantes de hoje lhe seguissem o exemplo, tenho certeza de que o mundo haveria de vencer todas as suas dificuldades. Infelizmente, os poderosos não desejam que seus filhos tenham as luzes do saber divino. Aos pastores, todavia, cabe-nos promover a educação da Palavra de Deus a fim de que, brevemente, possamos mudar os destinos desta nação.
3. Na época de Esdras. Foi Esdras um dos maiores personagens da história hebréia. Entre as suas realizações, acham-se o estabelecimento das sinagogas em Babilônia, o ensino sistemático e popularizado da Palavra de Deus na Judéia e, de acordo com a tradição, o estabelecimento do cânon do Antigo Testamento. Provavelmente foi ele também o autor dos livros de crônicas, Neemias e da porção sagrada que lhe leva o nome.
Nascido em Babilônia durante o exílio, viria a destacar-se como escriba e doutor da Lei (Ed 7.6). No sétimo ano de Artaxerxes Longímano (458 a.C.), recebe ele a autorização para transferir-se à terra de seus antepassados. Acompanham-no grande número de voluntários, que, consigo, trazem dinheiro e material para reerguer o templo e restabelecer o culto sagrado.
Segundo a tradição judaica, a sinagoga foi estabelecida por Esdras durante o exílio babilônico. Como estivessem os judeus longe de sua terra, distantes do Santo Templo e afastados de todos os rituais do culto levítico, Esdras, juntamente com outros escribas e eruditos, resolvem fundar a sinagoga. Funcionava esta não somente como local de culto como também servia de escola às crianças. Foi justamente no âmbito da sinagoga que a religião hebréia pôde manter-se incontaminada numa terra que era a mesma idolatria.
A Escola Dominical, como hoje a conhecemos, tem muito da antiga sinagoga. Dedicam-se ambas ao ensino relevante e popularizado da Palavra de Deus.Já na Terra de Promissões, Esdras continuou a ensinar a Palavra de Deus aos seus contemporâneos. Em Neemias capítulo oito, deparamo-nos com uma grande reunião ao ar livre:Então todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel. E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e de todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei.
"Esdras, o escriba, ficava em pé sobre um estrado de madeira, que fizeram para esse fim e estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Ananías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão. E Esdras abriu o livro à vista de todo o povo (pois estava acima de todo o povo); e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. Então Esdras bendisse ao Senhor, o grande Deus; e todo povo, levantando as mãos, respondeu: Amém! amém! E, inclinando-se, adoraram ao Senhor, com os rostos em terra.
"Também Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube; Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas explicavam ao povo a lei; e o povo estava em pé no seu lugar. Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e deram o sentido, de modo que se entendesse a leitura".
Como seria maravilhoso se as igrejas, hoje, se reunissem ao ar livre para ler e explicar a Palavra de Deus! Creio que muitos de nossos problemas seriam definitivamente solucionados, e já estaríamos a viver um grande avivamento.
4. No período do ministério terreno do Senhor Jesus. Foi o Senhor Jesus, durante o seu ministério terreno, o Mestre por excelência. Afinal, Ele era e é a própria sabedoria. Nele residem todos os tesouros do conhecimento (Cl 2.3).
Clemente de Alexandria considerava Jesus o Educador por excelência: "O guia celestial, o Verbo, uma vez que começa a chamar os homens à salvação... cura e aconselha, tudo ao mesmo tempo. Devemos chamá-lo, então, como um único título: Educador dos humildes. Como ousaremos tomar para nós mesmos, como indivíduos e como Igreja, o título que corresponde somente a ele?"
Era o Senhor admirado por todos, porque a todos ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas e fariseus (Mt 7.29). Em pelo menos 60 ocasiões, é o Senhor Jesus chamado de Mestre nos evangelhos. Pode haver maior distinção que esta? Isto, contudo, era insuportável aos doutores da Lei, escribas e rabinos, pois não tinham condição de competir com o Filho de Deus.
Jesus não se limitava a ensinar nas sinagogas. Ei-lo nas casas, nas mais esquecidas aldeias, à beira mar, num monte e até mesmo no Santo Templo em Jerusalém. Ele não perdia tempo; sempre encontrava ocasião para espalhar as boas novas do Reino de Deus.
Ele curava os enfermos e realizava sinais e maravilhas. Mas, por maiores que fossem suas obras, jamais comprometia Ele o ministério do ensino. Antes de ascender aos céus, onde se acha à destra de Deus a interceder por todos nós, deixou com os apóstolos estas instruções mais que explícitas: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28.19.20).
5. Na Igreja Primitiva. Do que Lucas registrou em Atos dos Apóstolos, é fácil concluir: os discípulos seguiram rigorosamente as ordens do Senhor Jesus Cristo. Ensinaram Jerusalém, doutrinaram toda a Judéia, evangelizaram Samaria, percorreram as regiões vizinhas à Terra Santa. E, em menos de 30 anos, já estavam a falar do Senhor Jesus Cristo na capital do Império Romano "sem impedimento algum" (At 28.31). Se a Igreja cresceu, cresceu ensinando a Palavra de Deus a toda a criatura; se expandiu, expandiu-se evangelizando e discipulando. Sem o magistério do Evangelho, inexistiria a Igreja de Cristo.(estudaalicco.blogpsot.com).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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