A apostasia dos gálatas; Anátema sobre os falsos professores .
Em todas as outras Epístolas, Paulo começa em um espírito de cortesia e amor cristão, ação de graças e encorajamento, ganhando assim as afeições e assegurando a atenção respeitosa de seus leitores. Mas aqui ele começa com uma expressão indignada de sua dolorosa surpresa com a rápida apostasia de seus filhos espirituais e entra em seu protesto solene contra todas as perversões do evangelho de Cristo, que sozinho serviu em seu ministério. No entanto, sua profunda emoção é mais a de tristeza do que de raiva e implica seu profundo interesse pelos Gálatas (comp. Gálatas 4:19 ). Ele os castiga para conquistá-los de volta à sua posição anterior. Foi seu amor o que o tornou severo.
Verso 7
Gálatas 1: 7 . O que (pseudo-evangelho dos professores heréticos) não é outro, ou seja, nenhum evangelho, mas uma perversão e corrupção do evangelho imutável. O evangelho de Paulo ensina que o homem é justificado pela graça somente pela fé em Jesus Cristo; O pseudo-evangelho dos judaizantes ensina que o homem é justificado pela graça e trabalha através da fé em Cristo e da circuncisão de Moisés. O primeiro faz bons trabalhos o efeito, o último a causa, da justificação; E isso é, de fato, uma recaída no ponto de vista judaico sob um nome de cristão.Salve que há algum problema para você. Somente nesse sentido é outro evangelho que é uma perversão do verdadeiro evangelho de Cristo por aqueles conhecidos perturbadores da sua consciência.
Verso 8
Gálatas 1: 8 . Mas mesmo que nós mesmos (eu e meus colegas, Gálatas 1: 2 ), ou um anjo do céu, devemos pregar [para você] qualquer evangelho que não seja isso (além disso) que nós nos pregamos, seja ele anátema. É impossível expressar com mais força e solenidade a convicção da verdade infalível do evangelho, como foi pregado por Paulo, o zelo pela sua pureza e a aversão a todas as heresias. Somente um apóstolo inspirado poderia assim falar. A condenação dos oponentes é indireta, mas o mais certo pelo argumento a fortiori. A severidade de Paulo contra os falsos irmãos foi igualada pela sua tolerância com os irmãos fracos (comp.Gálatas 6: 1 ; Romanos 14: 1 ; Romanos 15: 1 ), toda suposição pessoal e arrogância são aqui excluídas, tanto quanto ele condicionalmente inclui a si mesmo e seus colegas no anátema. Seu único motivo foi zelo pela pureza do evangelho de seu divino Senhor e Mestre.
Um anjo do céu, expressão proverbial para um ser possuído da autoridade suprema ao lado do divino. Além disso ; Iluminado, além do que, o que é ao lado ( præterea ) e contra (contra).O evangelho não admite rival, seja na forma de adições estrangeiras ou sob a forma de mudanças. Paulo não condena, de fato, mera diferença de forma, como existiu mesmo entre os próprios apóstolos, e sempre existirá, mas toda alteração material do evangelho, seja por perversão ou omissão, como por adições que contradizem o espírito do ensino apostólico. Os judaizantes não negaram expressamente a doutrina da justificação pela fé, mas eles indiretamente a abalaram, acrescentando a afirmação da necessidade coordenada da circuncisão; Assim como os fariseus professaram se manter firmes na Palavra de Deus no Antigo Testamento, e ainda não fizeram nenhum efeito por suas tradições humanas (comp. Marcos 7:13 ). A passagem admite fácil aplicação às tradições não-bíblicas das igrejas grega e romana.
Deixe-o ser anátema, anatematizado, ou seja, devotado (no mau sentido), dado ao julgamento de Deus. É um julgamento solene da condenação como em nome de Deus (comp. 1 Coríntios 16:22 : "Se alguém não ama o Senhor Jesus Cristo, seja anátema", também Gálatas 3:13 , Gálatas 5:10 ; Romanos 9: 3 ; 1 Coríntios 12: 3 ). Posteriormente, entre os pais a idéia da excomunhão eclesiástica (acompanhada às vezes com uma execração) foi anexada a este termo; Mas este não é o sentido bíblico, e na nossa passagem é proibido pela menção de um anjo que não pode ser excomungado da igreja.
Verso 9
Gálatas 1: 9 . Antes não se refere a Gálatas 1: 8 , que está muito perto, mas à última visita de Paulo à Galácia.Preach εὐαγγελίζεται implica o fato real, não a mera possibilidade, pois o hipotético deve pregar (εὐαγγελίζηται, Gálatas 1: 8 ), e assim ataca mais diretamente os pseudo-apóstolos da Galácia.
Verso 10
Gálatas 1:10 . Responde, e, por isso, suaviza a aparente severidade excessiva da anterior condenação. O serviço do evangelho é absolutamente irreconciliável com o serviço egoísta dos homens. Deveríamos realmente servir nossos semelhantes (comp. Romanos 15: 1-3 ), mas por amor de Deus e pela promoção de sua glória.Persuadir, tentar conciliar ou ganhar favor pela persuasão.Ainda assim, isto é, depois da minha chamada para o apostolado, e tudo o que aconteceu comigo. Isso não implica necessariamente que, em seu estado anterior, ele era um servidor de tempo e prazer de homens, que buscava o favor dos judeus quando perseguiu os cristãos. Ele nunca foi desonesto ou desonroso. Uma certa independência masculina e uma consideração destemida ao dever parece ter caracterizado ele mesmo antes da sua conversão.Eu não deveria ser um servo de Cristo (lit., bondman, escravo ), como descrito com tal poder e beleza, 1 Coríntios 4: 9-13 ; 2 Coríntios 11:23 e s. Os hereges de Galácia, sob o caráter assumido de servos de Cristo, não buscavam a glória de Cristo e a salvação das almas, mas apenas o favor dos homens e seus próprios lucros. Os pais gregos perdem o significado quando eles explicam: eu não teria deixado o judaísmo e me tornaria cristão.
Verso 11
Gálatas 1:11 . Agora, eu lhe dou conhecimento. Este verbo introduz uma declaração de opinião deliberada e enfática (como em 1 Coríntios 15: 1 ; 2 Coríntios 8: 1 ). Após o resplendor quente de sentimento, ele prossegue para acalmar o raciocínio. Paul ainda reconhece os leitores como irmãos, esperando conquistá-los de seu erro.De acordo com o homem. O evangelho em sua origem e conteúdo, recebido e ensinado por Paulo, não é humano, mas divino; Ainda destinado ao homem e satisfazendo as mais profundas necessidades da natureza do homem.
“O momento é de alerta
O momento atual da Igreja de Jesus Cristo impõe urgência ao tratar as doutrinas fundamentais da Bíblia Sagrada como prioridade inegociável. É preciso escrevê-las, discuti-las, ensiná-las com mais profundidade e dedicação para que possam ser aprendidas, lembradas, divulgadas como tarefa sine qua non da igreja.
No passado, gastávamos muito tempo falando mais de costumes do que de doutrina. Hoje, infelizmente, não falamos nem de uma coisa nem de outra. Muitos de nossos púlpitos estão indefinidos porque cederam à tentação dos avivamentos coreográficos, da exibição dos grandes números e da cultura imediatista, as quais flagelam os que procuram seriedade no servir a Deus.Algumas igrejas, por causa disso, tornaram-se patrocinadoras de espetáculos e locais onde o ego humano é ‘massageado’, com o nítido objetivo de crescimento rápido e vantajoso. Resultado: vulnerabilidade doutrinária e frenesi pelas novidades (At 17.21).
Com a falta de ensino bíblico em muitos de nossos púlpitos, criou-se no povo um fascínio desesperadamente ambicioso pela experiência, que acabou se tornando a pedra de toque da vida da esmagadora maioria dos crentes pentecostais. As profecias, sem nenhum ensino, acabaram tomando o primeiro lugar na preferência da maioria dos nossos cultos, valendo, para muitos, mais uma profecia do que um ensino bíblico.
Não esqueçamos que o nascedouro de heresias é sempre a ausência de estudo bíblico sistemático. Ademais, o povo de Deus precisa ter conhecimento das doutrinas cardeais das Sagradas Escrituras para poder se defender das heresias.
Precisamos, portanto, e com muita urgência, fazer uma nova leitura das necessidades reais do nosso povo e da sociedade ao nosso redor e pensar num meio de tornar as Boas Novas do Evangelho mais convincentes para o homem atual” (LIMA, P. C. O que esta por trás do G-12. RJ: CPAD, 2000, pp.30-31).
1. Etimologia. O historiador Flávio Josefo e muitos outros escritores antigos usaram a palavra hairesis com o sentido de ‘escola’ de pensamento, ‘doutrina’ ou ‘religião’ sem conotação pejorativa O verbo grego haireō, de onde vem o substantivo em foco, significa ‘escolher’. Na literatura clássica tem o sentido de escolha filosófica ou política. Todavia, o Novo Testamento traz essa palavra com o sentido de ‘divisão, dissensão’, pois lemos: ‘E até importa que haja entre vós heresias, para os que são sinceros se manifestem entre vós’ (1 Co 11.19). A versão Almeida Atualizada traduziu por ‘partido’; a NVI, por ‘divergências’; a Tradução Brasileira, por ‘facção’. A mesma palavra aparece em Gálatas 5.20 sendo traduzida por ‘dissensão’. [...] Convém salientar que a palavra grega para ‘heresias’ em o Novo Testamento, é a mesma para ‘seita’, hairesis. O termo ‘herege’, que aparece em Tito 3.10, hairetikos, é adjetivo que vem do referido substantivo grego. O sentido de erro doutrinário, como ‘heresia’, no campo teológico que nós conhecemos hoje, aparece pela primeira vez em 2 Pedro 2.1. É nessa acepção que refutamos tais heresias.
2. Conceituação. Atualmente a palavra ‘seita’ é usada para designar as religiões heterodoxas ou espúrias. É uma palavra já desgastada, trazendo em si, muitas vezes, um tom pejorativo. São grupos que surgiram de uma religião principal e seguem as normas de seus líderes ou fundadores e cujos ensinos divergem da Bíblia nos principais pontos da fé cristã. São uma ameaça ao cristianismo histórico e um problema para as igrejas.
3. Problemas. [...] As heresias afetam os pontos principais da doutrina cristã, no que diz respeito a Deus: Trindade, o Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo; ao homem: natureza, pecado, salvação, origem e destino; aos anjos, à igreja e às Escrituras Sagradas. O mais grave erro é quando diz respeito à Divindade. Errar em outros pontos da fé cristã pode até não afetar a salvação, mas a doutrina de Deus é inviolável. Negar ‘o Senhor’ é trazer sobre si repentina destruição.
Os novos movimentos internos como a Confissão Positiva e o G-12 não devem ser classificados como seitas, pois além de não afetarem os pontos salientes da fé cristã, seus ensinos e práticas não são necessariamente heresias, mas aberrações doutrinárias. O efeito destrutivo pode ser pior do que os movimentos externos, pois Satanás se utiliza, muitas vezes, da arrogância ou da ignorância dos mentores dessas inovações para causar divisões nas igrejas” (SOARES, E. Manual de apologética cristã. RJ: CPAD, 2002, pp.25-7).
Estimado professor, somos gratos a Deus por mais um trimestre de Lições Bíblicas. Iniciamos o ano de 2006 estudando temas da Soteriologia ou Doutrina da Salvação. Neste trimestre, examinaremos assuntos relacionados à disciplina teológica chamada Heresiologia.
Trata-se de treze lições, divididas em duas seções: heresias e modismos. A primeira, discute o islamismo, o mormonismo, a reencarnação, as Testemunhas de Jeová, a mariolatria e as principais seitas orientais. A segunda, reflete a respeito dos modismos e desvios doutrinários contemporâneos: a regressão psicológica, o cristianismo judaizante, a teologia da prosperidade, o triunfalismo e a superstição religiosa. Estas lições trarão esclarecimentos àqueles que confundem a fé ortodoxa cristã com as seitas e modismos doutrinários.
Portanto, lembre-se do ensino de Paulo em 1 Timóteo 4.1 “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios”.
O cerne da presente lição encontra-se no versículo 8. Neste, há um divisor entre a compreensão positiva e negativa da doutrina de Cristo demonstrada por três expressões: “segundo os homens” (kata anthrōpōn); “segundo o mundo” (kata ton kosmou); e “segundo Cristo” (kata Christon). As duas primeiras, não apenas opõe-se a última, mas a combatem. Fazem parte daquilo que Paulo denominou de “filosofias” e “vãs sutilezas”. Estas, procedem de fontes humanas e malignas, enquanto a terceira, fundamenta-se na revelação divina em Cristo. “Segundo os homens”, refere-se à crença em um conjunto de tradições orais ou lendárias que, pela sua antiguidade, parecia ser merecedora de crédito e aprovação. Contudo, não passava de sutileza ou engodo (apatē). “Segundo o mundo”, difere da primeira, pois enquanto a expressão “segundo os homens” baseia-se nas lendas artificiosas, esta, na adoração aos espíritos ou “aeons”. Portanto, a religião professada em Colossos era constituída de um fundamento teórico antigo que formava a doutrina e fortalecia a crença na adoração a espíritos intermediários entre Deus e os homens. Estas tradições e sutilezas opunham-se ao corpo de doutrina apostólico e a adoração ao Deus único e verdadeiro.
COMENTÁRIO Palavra Chave
Tradição Humana: Crença em um corpo de tradições lendárias que, pela sua antiguidade, era merecedora de crédito e anuência.Desde os tempos bíblicos, Satanás vem usando os seus agentes a fim de levar o povo de Deus a desacreditar na Bíblia, na divindade e na obra redentora de Cristo. Temos de estar devidamente preparados para detectar e desmascarar suas sutilezas. Sem dúvida, esse é um dos maiores desafios da Igreja de Cristo nestes últimos dias.
I. OS ARDIS DE SATANÁS
1. Seus disfarces. Desde a fundação da Igreja, os falsos mestres vêm disfarçando-se entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro apresentam-se “vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15). A Bíblia classifica os tais como “falsos apóstolos” e “obreiros fraudulentos”, identificando-os como agentes de Satanás que se transfiguram “em ministros da justiça” (2 Co 11.13-15). Devemos, por isso, acautelar-nos deles.
2. Suas estratégias. Os expositores sectários preocupam-se com a aparência, pois costumam apresentar o seu movimento como um paraíso perfeito (2 Tm 3.5). Infelizmente, muitos são os que caem nessas armadilhas. Uma vez fisgados por eles, dificilmente conseguem libertar-se, uns por causa da lavagem cerebral que recebem, outros, em razão do terrorismo psicológico e da pressão que sofrem de seus líderes. Seus argumentos são recursos retóricos bem elaborados e persuasivos, para convencer o povo a crer num Jesus estranho ao Novo Testamento (2 Co 11.3).
II. A PERÍCIA DOS HERESIARCAS
1. “Palavras persuasivas” (v.4). Os falsos mestres, a quem o apóstolo se refere, estavam envolvidos com o legalismo judaico: circuncisão (Cl 2.11), preceitos dietéticos e guarda de dias (Cl 2.16). Há também várias referências ao gnosticismo (Cl 2.18,23). O verbo grego paralogizomai, “enganar, seduzir com raciocínios capciosos”, descreve com precisão a perícia dos falsos mestres na exposição de suas heresias. O nosso cuidado deve ser contínuo para não nos tornarmos presas desses doutores do engano.
2. O Jesus que recebemos (vv.6,7). O apóstolo insiste que devemos andar de acordo com o evangelho, a fim de ficarmos arraigados, edificados e firmados na Palavra de Deus. Entretanto, a mensagem dos agentes de Satanás é sempre contra tudo o que cremos, pregamos e praticamos. Às vezes, há alguns pontos aparentemente comuns entre nós e eles, e nisso reside o perigo, visto que é por onde tais ensinos se introduzem.
3. A simplicidade do evangelho. A mensagem do evangelho é simples e qualquer ser humano, independentemente de seu preparo intelectual e origem, é capaz de entender; basta dar lugar ao Espírito Santo, que convence o homem “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). A conversão ao cristianismo não é resultado de estratégia de marketing, nem de técnicas persuasivas (1 Co 2.4). Não é necessário, portanto, um “curso de lógica” para alguém ser salvo ou entender os princípios da fé cristã.
DEFININDO OS TERMOS
1. Sinais e prodígios (v.1). A palavra hebraica ’ôth, traduzida no texto, por “sinal” é termo genérico que significa: “marca, insígnia, indício, milagre, sinal miraculoso”. Quando o sentido é de sinais miraculosos, ’ôth vem acompanhado do termo hebraico mophēth, “maravilha, milagre, sinal, feito” (Êx 7.3; Dt 4.34; 6.22). O Novo Testamento usa o termo grego sēmeion para descrever os milagres operados por Jesus (At 2.22). À luz do texto sagrado, é perfeitamente possível alguém manifestar tais sinais e maravilhas sem ser enviado por Deus.
2. Espírito de adivinhação (v.16). A palavra grega usada para “adivinhação” é python, nome de um dragão que, segundo a mitologia clássica, era guardião do templo de Apolo e do oráculo de Delfos. Acreditava-se que Apolo se encarnava nessa serpente para inspirar as pitonisas. Os gregos chamavam de python, portanto, ao adivinho que previa o futuro.
Adivinhação consiste na revelação de segredos do passado, do presente e do futuro. Essa prática associa-se à feitiçaria, cujo intento é usar poderes do mundo espiritual para influenciar as pessoas ou até eventos.
3. Discernimento. A palavra grega para “discernimento” é diakrisis. O termo aparece três vezes com o sentido de contenda (Rm 14.1). Discernimento, pois, é a capacidade de escolher entre o bem e o mal em virtude do crescimento espiritual (Hb 5.14). É a capacidade sobrenatural para se distinguir a fonte da manifestação espiritual, se é de fato do Espírito Santo, de um espírito demoníaco ou meramente humano (1 Co 12.10).
II. AS ARMAS ESPIRITUAIS
1. O dom do Espírito Santo. O dom de discernir os espíritos aparece logo após o dom de profecia (1 Co 12.10). Por essa razão, muitos vêem no referido dom o recurso para se “julgar” as profecias (1 Co 14.29). Entretanto, o contexto neotestamentário mostra que o dom não se limita a essa função; é também útil para identificar a origem das várias manifestações de profecias, línguas, visões e curas. O discernimento de espíritos manifesta-se em situações em que não é possível, pelos recursos humanos, identificar a origem da atuação sobrenatural.
2. O discernimento apostólico (v.18). Há duas maneiras para se discernir a fonte da mensagem ou dos milagres: pelo conteúdo doutrinário (Hb 5.14; 1 Jo 4.1) ou pela revelação do Espírito Santo (At 5.1-5). O apóstolo Pedro não teria como saber o propósito de Ananias e Safira sem a intervenção do Espírito de Deus. Em Filipos, diz o texto sagrado que a jovem com poderes de adivinhação “isto fez por muitos dias” (v.18): “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo” (v.17). Isso parece mostrar que o discernimento foi tanto pelo conteúdo doutrinário como também pela revelação do Espírito Santo.
III. AS ASTÚCIAS MALIGNAS
1. Uma mensagem embaraçosa (v.17). A jovem estava possessa, tomada pelo espírito das trevas, logo, a mensagem não vinha de si mesma, mas do espírito que a oprimia. Satanás é o pai da mentira (Jo 8.44) e o principal opositor da obra de Deus (At 13.10). Por que, então, o espírito adivinho elogiou os dois mensageiros de Deus, dizendo a todos que eles eram anunciadores do caminho da salvação e “servos do Deus Altíssimo”? Porque era uma estratégia demoníaca para confundir o povo.
2. O termo “salvação” (v.17). O texto não esclarece a que salvação o espírito imundo referia-se, considerando ser um termo comum entre os pagãos. Essa técnica é usada, ainda hoje, pelas seitas. A salvação dos mórmons, por exemplo, apresenta sentido diferente daquela pregada pelo cristianismo bíblico: como libertação dos pecados (Mt 1.21), livramento da condenação eterna (Rm 8.1) e transformação pelo poder do Espírito Santo (Tt 3.5).
3. Qual a intenção do espírito de adivinhação? O propósito diabólico era dizer a todos que a mensagem que Paulo e Silas pregavam seria a mesma da jovem adivinhadora. Ainda hoje, Satanás usa essa estratégia para fazer o povo acreditar na falsa idéia de que todas as religiões levam a Deus. Essa mensagem é absolutamente oposta à Bíblia; Jesus é singular, o cristianismo é exclusivo; somente Jesus conduz o homem a Deus (Jo 14.6; At 4.12).
IV. DISCERNIMENTO
1. O falso e o verdadeiro (v.2). Deus deu a Israel profetas legítimos, os quais falaram inspirados pelo Espírito Santo. Mesmo no reino dos profetas, Deus permitiu o surgimento de falsos profetas (2 Pe 1.19-21; 2.1). Como distinguir o falso do verdadeiro? O texto sagrado diz: “profeta ou sonhador... te der um sinal ou prodígio” (v.1). Isso fala de sinais grandiosos que podem impressionar os imprudentes. O termo: “Vamos após outros deuses” (v.2), trata-se de milagres estranhos. Qualquer um, portanto, mesmo com o mínimo de discernimento, tem condições de discernir a fonte desses aparentes milagres.
2. A necessidade do discernimento. Já vimos em lições anteriores a possibilidade de manifestações sobrenaturais por meio de homens não comprometidos com a verdade. Jesus disse que o Anticristo virá fazendo sinais, prodígios e maravilhas de maneira tal que, se possível fora, enganaria até os escolhidos (Mt 24.24). Os agentes de Satanás transformam-se em anjo de luz, e seus mensageiros em ministros de justiça (2 Co 11.13-15). O crente depende da ajuda do Espírito Santo para discernir a verdade, e, para isso, é necessário estar em comunhão com Ele.
III. AS SUTILEZAS DO ERRO
1. “Ninguém vos faça presa sua” (v.8a). O significado de “presa” revela o que acontece, ainda hoje, com os adeptos das seitas. O verbo grego sylagōgeō, “levar como despojo, prisioneiro de guerra, seqüestro, roubo”, descreve o estado espiritual dos que seguem os falsos mestres. Um dos objetivos dos promotores de heresias é escravizar as suas vítimas para terem domínio sobre elas (2.18; Gl 4.17). Hoje, muitos estão nos grilhões das seitas como verdadeiros escravos.
2. “Por meio de filosofias” (v.8b). Não há indícios de que o apóstolo esteja fazendo alusão às escolas filosóficas da Grécia. O estoicismo e o epicurismo eram as filosofias predominantes do mundo romano na era apostólica e são mencionadas em o Novo Testamento (At 17.18). As “filosofias” de que Paulo trata são conceitos mundanos, contrários à doutrina e à ética cristã. Qualquer sistema de pensamento, ou disciplina moral, era, naqueles dias, chamado de “filosofia”.
3. “Vãs sutilezas” (v.8c). Engano e sutileza, nesse contexto, significam a mesma coisa. A palavra grega usada para sutileza é apatē, isto é, “engano” (Ef 4.22), “sedução” (Mt 13.22). É usada para referir-se a pessoas de conduta enganosa e embusteira que levam outras ao engano. É mediante tais recursos que os mestres do erro conduzem suas vítimas ao desvio. Tais sutilezas impedem as pessoas de verem a verdade e, como conseqüência, tornam-se cativas das astúcias de Satanás.
4. “Segundo a tradição dos homens” (v.8d). Não é a tradição apostólica nem judaica, mas um sincretismo de elementos cristãos, judaicos e pagãos: angelolatria e ascetismo, por exemplo. Eram práticas que se opunham ao evangelho.
Trata-se de tradição humana, ao passo que o evangelho veio do céu (Gl 1.11,12).
IV. OS RUDIMENTOS DO MUNDO
1. O significado de “rudimentos” (v.8). A expressão “rudimentos do mundo”, literalmente é: “elementos do universo”, ou “rudimentos do mundo”, em nossas versões. A palavra stoicheion, “fundamento, elemento”, aparece na filosofia grega para os quatro elementos da natureza: terra, água, ar e fogo que, segundo ensinavam os físicos gregos, compõem a totalidade do mundo (2 Pe 3.10,12). Para outra escola filosófica da Grécia, significava “elementos espirituais”, ou “espírito vivo”, que se difundia por toda a natureza como força vivificante.
2. O apóstolo se refere a que “rudimentos”? Essa palavra é usada, também, com o sentido de “princípio básico” (Hb 5.12) e de “elementos judaicos” ou “adoração cósmica” do sincretismo helênico (Gl 4.3,9). O termo deve ser analisado à luz do contexto e, aqui, mostra que são uma referência aos poderes demoníacos que se opunham a Cristo. Veja que o apóstolo contrapõe esses rudimentos a Cristo: “segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”.
3. A deidade de Cristo em jogo. Cristo é superior a todos os poderes (Ef 1.21). Os crentes, portanto, não precisam dos stoicheia, ou poderes demoníacos, apresentados pelos falsos mestres. As vãs filosofias são oriundas dos homens e do reino das trevas e não de Cristo. Há uma diferença abissal entre Cristo e os rudimentos do mundo. Não se trata, por conseguinte, de um demiurgo dos gnósticos, nem dos poderes cósmicos dos adeptos da Nova Era (v.9).
4. O significado de “toda a plenitude da divindade” (v.9). Temos, neste contexto, o Deus verdadeiro com toda a sua plenitude. O sentido de “divindade”, no texto original, é “deidade”. Um conceituado dicionário de grego afirma: “deidade, difere de divindade, como a essência difere da qualidade ou atributo”. Na Tradução do Novo Mundo, as Testemunhas de Jeová diluíram o v.9, traduzindo-o por “qualidade divina”, para adaptar à Bíblia as suas crenças, atitude própria dos falsos mestres.O povo de Deus vive em constante batalha espiritual. O inimigo sempre trabalhou para desviar os crentes da vontade divina, induzindo-os a crenças falsas e práticas que desonram ao Criador. Por isso, devemos estar atentos quando um movimento religioso apresenta-se com persuasão e argumentos aparentemente convincentes. Trata-se, geralmente, de alguém que pretende mostrar-nos algo que não está de acordo com a Palavra de Deus.
TEMPOS TRABALHOSOS
CARACTERÍSTICAS DOS ÚLTIMOS TEMPOS (1 Tm 4.1-5)
1. Apostasia. “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1). A apostasia constitui-se no abandono premeditado e consciente da fé cristã; é uma característica marcante dos últimos tempos, conforme alerta-nos Paulo.
a) Apostasia na igreja. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, há dois tipos de apostasia: a teológica e a moral. Na primeira, observam-se desvios doutrinários. Na segunda, comportamentos contrários à santidade requerida por Deus em sua Palavra (Hb 12.14; 1 Pe 1.15,16).
A Igreja tem testemunhado muitos casos de apostasia entre os santos. À medida que se aproxima a vinda de Jesus, o número de apóstatas aumenta preocupantemente. O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar ao pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo Reino de Deus e de renunciar a si mesmo, vem sofrendo constantes e impiedosos ataques (Mt 24.12; 2 Tm 3.1-5; 4.3). A Bíblia afirma que, nos dias que antecedem a manifestação do Anticristo, ocorrerá uma grande onda de apostasias (2 Ts 2.3,4). É hora de redobrar a vigilância.
b) A desvalorização da Bíblia. Inspirados em teologias liberais, há crentes que não mais vêem a Bíblia como a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus - nossa única regra de fé e prática. Alguns chegam a ensinar que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas apenas a contém. Leia com toda atenção 2 Tm 3.16. A própria Bíblia nos adverte com toda clareza, sobre esse tempo (2 Ts 2.3).
2. Apostasia como sinal da volta de Jesus. De acordo com a Bíblia, a apostasia é um dos mais fortes sinais concernentes à volta de Cristo (Lc 18.8; 1 Jo 2.18; 2 Ts 2.7).
a) Super-crentes. Para que se tenha idéia do alcance da apostasia, vejamos também o que andam ensinando os falsos mestres e doutores: “Satanás venceu Jesus na cruz”; “Nunca, jamais, em tempo algum, vá ao Senhor dizendo: Se for da tua vontade... Não permita que essas palavras destruidoras da fé saiam de sua boca”; “Deus precisa receber permissão para trabalhar neste reino terrestre do homem... Sim”; “Você está no controle das coisas!”.
Infelizmente, há muitos incautos dispostos a aceitar semelhantes blasfêmias. Não nos enganemos: Deus está no controle de tudo e não precisa de permissão humana para atuar quer na história das nações quer na vida de cada um de nós. Ele é soberano e tudo tem de ser feito de acordo com a sua vontade. Quanto ao Diabo, foi este vencido para sempre na cruz. Aleluia!
b) Perdoar a Deus! Alguns falsos doutores chegam ao cúmulo de ensinar que se deve perdoar inclusive a Deus, pois, às vezes, Ele não cumpre suas palavras, causando ressentimentos nos que o buscam. Por isso, segundo recomendam, devemos submeter-nos à chamada “cura interior” e à “regressão espiritual”. Ora, os tais doutores deveriam saber que a Palavra de Deus é infalível e que Deus é Santo. Por conseguinte, quem precisa de perdão e arrependimento é o homem e não o Todo-Poderoso. Portanto, seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso (Rm 3.4).
c) Culto aos anjos. Há muitos crentes iludidos adorando os anjos (Cl 2.18). Infelizmente, há pregadores que só iniciam a pregação depois de pedir a presença dos anjos e, com isso, iludem os simples. Isso é apostasia! Os anjos também são servos de Deus; sua missão é atuar em prol dos que hão de herdar a vida eterna (Hb 1.14). E além do mais, recusam adoração (Ap 19.10).Os dois tipos de apostasia são: teológica e moral. A primeira refere-se aos desvios doutrinários. A segunda, aos comportamentos opostos à santidade divina.
II. HIPOCRISIA E INSENSIBILIDADE ESPIRITUAL
1. O que é hipocrisia? Hipocrisia é “impostura, fingimento, simulação, falsidade, falsa devoção”. “... o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, (...) pela hipocrisia de homens que falam mentiras” (1 Tm 4.1,2a). E quem é o pai da mentira? É o Diabo (Jo 8.44). Portanto, os mentirosos serão lançados no lago de fogo (Ap 21.8).
a) Lobos fantasiados de ovelhas. Os hipócritas aparentam uma coisa, mas são outra (At 20.29,30). Fingem-se de cristãos, mas servem ao Diabo; fingem-se de santos, mas são pecadores inveterados. Estão na igreja, mas não fazem parte da Igreja de Cristo. Suas intenções são malignas.
b) Principais características. Os hipócritas gostam de ser glorificados pelos homens (Mt 6.2), pois dos homens buscam a glória. Eles contribuem financeiramente, mas não são sinceros para com Deus. Jesus condena os que assim procedem (Mt 23.23).
2. O que é insensibilidade espiritual? O texto bíblico é enfático: “Apostatarão alguns da fé (...) tendo cauterizada a sua própria consciência” (1 Tm 4.2b). Cauterizar, segundo o dicionário, é utilizar um meio químico, ou ferro incandescente, para destruir a sensibilidade de um tecido orgânico. Quando a consciência fica cauterizada, o homem age como os animais, apenas instintivamente.
Conta-se que uma jovem crente engravidara-se do namorado. A mãe repreendeu-a, levando o caso ao pastor. Uma irmã, porém, desaprovou aquela mãe: “Você não devia ter feito isso; bastava encaminhar sua filha para um aborto e tudo estaria resolvido. O pastor não precisava saber de nada”. Alguém pode esconder-se do pastor, mas de Deus ninguém se esconde (Sl 139.7-12). Cuidado com o relativismo moral; a Bíblia lida com valores absolutos e inegociáveis: o que é pecado é sempre pecado.A hipocrisia e a insensibilidade espiritual são dois comportamentos sociais e proféticos que antecedem a vinda de Jesus.
III. PROLIFERAÇÃO DA REBELIÃO CONTRA DEUS (2 Tm 3.1-9)
1. “Homens amantes de si mesmos”. Jesus ensinou que o maior dos mandamentos é amar a Deus de todo o coração; o segundo, semelhante ao primeiro, é amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22.35-39). Nestes tempos trabalhosos, porém, o amor próprio e egoísta está matando o amor a Deus e ao próximo. Esse tipo de amor nega as verdadeiras dimensões do amor cristão.
2. Homens “avarentos” (v.2). As Escrituras afirmam que a avareza é idolatria (Cl 3.5). O pecado da avareza se manifesta no amor e culto ao dinheiro e ao materialismo (Ef 5.5; 1 Tm 6.10). Em Romanos 1.29, o pecado da avareza é arrolado juntamente com a prostituição e o homicídio.
Eis porque a Bíblia adverte acerca dos falsos mestres que, movidos pela avareza, se utilizam de fábulas engenhosas para auferir lucros e enganar a Igreja de Deus (2 Pe 2.3; 1.16). Os falsos mestres e doutores são considerados malditos pela Palavra de Deus (2 Pe 2.14).
3. Homens “presunçosos” (v.2). Presunção é vaidade. Os presunçosos e ingratos para com Deus agem como Israel: ao prosperarem, dão “coices”; viram as costas a Deus (Dt 32.15). Eles passam a agir como se Deus não existisse. Amam mais a vida presente do que os bens eternos.A rebelião contra Deus se acentua por meio do individualismo, da avareza, da presunção e do orgulho.
Nesses tempos trabalhosos, precisamos orar e vigiar com mais seriedade, para que não sejamos tragados pela onda de apostasia e insensibilidade espiritual. Somente com um profundo quebrantamento espiritual, e uma vida sempre renovada no Espírito (2 Co 4.16), poderemos estar em condições de aguardar a vinda de Jesus de modo santo e de conformidade com a sua Palavra.
“A Apostasia Pessoal (Hb 3.12)
A apostasia (gr. apostasia) aparece duas vezes no NT como substantivo (At 21.21; 2 Ts 2.3) e, aqui em Hb 3.12, como verbo (gr. aphistemi, traduzido por ‘apartar’). O termo grego é definido como ‘decair, deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes se estava ligado’.
1. Significado de apostasia. Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé nEle. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo Espírito Santo (Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si: (a) a apostasia teológica, isto é, a rejeição de todos os ensinos originais de Cristo e dos apóstolos ou alguns deles (1 Tm 4.1; 2 Tm 4.3); e (b) a apostasia moral, ou seja, aquele que era crente deixa de permanecer em Cristo e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.25-28; Rm 6.15-23; 8.6-13).
2. Advertência bíblica. A Bíblia adverte fortemente quanto à possibilidade da apostasia, visando tanto nos alertar do perigo fatal de abandonar nossa união com Cristo, como para nos motivara perseverar na fé e na obediência”.Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.1903.)
A incredulidade é o pecado inicial e mortal que conduz o crente à rebelião e à apostasia (Hb 3.7-10). O pecado de incredulidade foi o motivo pelo qual o povo de Israel voltou a Cades Barnéia e pereceu no deserto (Hb 3). Essa mesma rebeldia continua viva e ativa no século XXI, ameaçando aqueles que teimam em desobedecer as Sagradas Escrituras (1 Tm 4.1). Assim como o povo pereceu no deserto, muitos crentes estão fracos e incapazes de continuar a jornada cristã, em função da dureza de seus corações impenitentes. A Escritura, no entanto, admoesta: “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mal e infiel, para se apartar do Deus vivo” (Hb 3.12).
A descrença e a dureza de coração precedem à ruína espiritual, pois o “pecado voluntário” (Hb 10.26) tem sua gênese na falta de fé. O termo “voluntário” enfatiza a natureza premeditada e calculada do pecado. Logo, o incrédulo premedita e calcula suas ações pecaminosas. Já a palavra “pecar”, particípio presente de uma ação contínua, indica a persistência no erro. O antídoto contra a obstinação pecaminosa é uma fé inabalável em Jesus Cristo, como afirma a Bíblia: “Não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma” (Hb 10.39).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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