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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Administrando as finanças (2)



ADIMINISTRANDO AS FINANÇAS (2)



II-O CUIDADO COM O LUCRO FÁCIL
1. Evitando a usura.
Evitando a usura ou agiotagem
De fato, esse termo, na sua forma verbal, mantém no hebraico bíblico o sentido de “mordida de arrancar um pedaço. Foi pensando nisso que Davi disse que somente habitará no Tabernáculo do Senhor “O que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente” (SI 15.6). O livro de Provérbios adverte: “O que aumenta os seus bens com juros e ganância ajunta-os para o que se compadece do pobre” (Pv 28.8).
Infelizmente tem muito crente lucrando por meio da usura ou agiotagem. Emprestam dinheiro a juros exorbitantes! E o que é mais grave — alguns desses agiotas são obreiros! Já ouvi histórias de irmãos que tiveram seus bens confiscados e espoliados por obreiros porque não conseguiram pagar os juros estratosféricos cobrados. Alguns perderam lojas, outros perderam veículos. É lamentável que isso possa ocorrer no meio do povo de Deus. Mais lamentável ainda é que esses obreiros ainda estejam no púlpito.
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A primeira justificativa para que uma pessoa que precisa de dinheiro não recorra a um agiota é que a Constituição Federal considera crime o empréstimo de dinheiro mediante cobrança de juros, sem autorização do Banco Central. Ou seja, o agiota não pode nem emprestar dinheiro, quanto mais cobrar juros por isso. Diz ainda o artigo 192, parágrafo 3: “As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações direta e indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a 12% ao ano. A cobrança deste limite será conceituada como crime de usura (lucro abusivo)”.
Mas antes que você pense que os bancos e financeiras podem estar cometendo crime ao cobrar taxas de juros que podem ir de 24% a 168% ao ano, o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Nelson Miyahara, explica: “Esta lei não se aplica às instituições financeiras, mas há uma ação tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) para que isso mude”.
Dicas importantes:
* Fuja dos agiotas e dos classificados de jornais que oferecem dinheiro fácil.
* Jamais passe a escritura de seu imóvel ou de outros bens, a título de garantia para nenhuma pessoa.
* Nunca peça dinheiro emprestado por telefone ou Internet.
* Nunca assine notas promissórias, cheques, duplicatas em branco ou confissões de dívidas.
* A pessoa lesada por agiota deve registrar um B.O. (mas só se tiver provas) na delegacia. Em seguida, é preciso ir a um órgão de defesa do consumidor para pedir uma representação no Ministério Público.
* Nunca forneça dados pessoais por telefone.
* Para os consumidores que passaram os seus bens ao agiota, há recursos jurídicos que possibilitam reavê-los; neste caso é preciso consultar um advogado.
Mas, voltando aos agiotas: o problema é que eles sabem que praticam um crime, então dificilmente deixam rastros contra ele, o que às vezes inviabiliza uma possível ação judicial. Não são feitos contratos ou recibos, por exemplo, como nos bancos e financeiras. As negociações geralmente são verbais e por telefone, cujos números (na maioria das vezes de celular) são publicados em anúncio de jornais. “Isso dificulta a abertura de um inquérito criminal, já que, no geral, não há provas e, se a vítima registra um Boletim de Ocorrência contra a pessoa que emprestou o dinheiro a juros exorbitantes, ela precisa provar; se não, ainda corre o risco de enfrentar um processo de calúnia e difamação”, alerta Nelson Miyahara.
A Associação Nacional de Defesa dos Consumidores do Sistema Financeiro (Andif) lançou a ‘Cartilha do Agiota. Nela, os agiotas são classificados como “predadores vorazes que espreitam suas vítimas, prevalecendo-se da fragilidade psicológica e desespero momentâneo que as acometem, aplicam seus golpes, tomando os últimos recursos de que dispõem”. Eles só emprestam dinheiro para quem tem como garantir a dívida. Às vezes, exigem que a vítima assine cheques ou notas promissórias em branco e até dê um bem, como carro ou casa. Os juros variam de 14,5% a 35% ao mês, o que pode resultar em até 420% ao ano. Segundo a Andif a partir de então eles passam a administrar a dívida que cresce de forma descontrolada, inviabilizando a retomada do bem pela vítima e chegando até a ameaçá-las. “Há casos em que, após a transferência legal do imóvel, em quatro ou cinco meses a dívida aumentou 200%.”
Ainda sobre a aquisição de dinheiro fácil, convém lembrar que os estelionatários e golpistas sabem que muitas pessoas desejam o lucro fácil. É aí que usam toda a sua criatividade para darem seus golpes. Os mais comuns são aqueles em que o golpista oferece algo extremamente vantajoso, como o pagamento de um prêmio que a vítima supostamente ganhou. Exigem como garantia do recebimento do benefício, o pagamento de uma pequena taxa simbólica. É aí que está o golpe. Mas por que muitos entram nessa enrascada? Por que a ganância fala mais alto do que a razão. Pensam no lucro fácil e aí se tornam vitimas fáceis dos golpistas.
Recentemente soube de um casal que tomou de seu pastor dinheiro emprestado a juros! Devido à inexperiência daquele casal no novo empreendimento, o negócio não prosperou como eles imaginaram. Começaram os problemas financeiros e com eles as cobranças dos credores. No meio dos cobradores apareceu também o pastor daquele casal. Segundo me contou um pessoa ligada ao casal, os juros cobrados eram exorbitantes e fora da realidade financeira do casal. Não havendo como pagar, o casal entregou o empreendimento ao pastor como pagamento da dívida. A última notícia que recebi sobre esse nefasto relato é de que um dos cônjuges ficou decepcionado e agora não frequenta mais a igreja! Se isso não é pecado, então as palavras perderam o seu significado.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 46-49.
Resumindo, a lei levítica proibia o empréstimo com juros a israelitas pobres (Lv. 25:35-37). O conceito era que devia-se emprestar o dinheiro necessário ao israelita pobre sem qualquer garantia. A Lei exigia que se um homem emprestava e tomava algo como garantia, ele não devia entrar na casa do seu devedor para retirar a garantia à força. E se um homem pobre entregava suas vestes como garantia, o seu credor devia devolvê-las naquele mesmo dia (Dt. 24:1012). Essas provisões satisfazem às nossas isenções pessoais mínimas. Era permitido fazer empréstimos aos não israelitas e provavelmente se faziam empréstimos comerciais. O autor do artigo "Usura", no ISBE, observa que a regulamentação do Pentateuco não inclui empréstimos comerciais; mas talvez ele vá longe demais ao dizer que os empréstimos comerciais eram praticamente desconhecidos. Antes é provável que a prática dos empréstimos comerciais desse lugar às injustiças de II Reis 4:1; Ne. 5:1-12. No ano da remissão são todas as dívidas israelitas eram cancelarias (Dt. 15:2). O argumento é que os empréstimos comerciais eram permitidos, enquanto outros empréstimos eram proibidos.
Os juros, se podemos julgar segundo Ne. 5:11, eram geralmente de 1 por cento ao mês, embora sem dúvida variassem. Cobrar juros tão altos era usura e aqueles que o faziam em relação aos companheiros judeus eram condenados. O profeta Jeremias protesta (Jr. 15:10) que ele não se ocupou de tais especulações, ainda que todos os homens o odiassem – presumivelmente como odiavam os usurários. A palavra poderia ser traduzida para extorquidores no Sl. 109:11. A própria palavra empregada para "usura", neshek (Pv. 28:8), implica em "morder" ou "devorar", embora palavras mais brandas também fossem usadas. Não praticar a usura é um elemento de justiça no Sl. 15:5; Ez. 18: 8, 13, 17; 22:12. A prática do crédito está ilustrada em II Reis 4:1. Podemos racionalmente completar os detalhes imaginando que o marido tivesse feito um empréstimo comercial que sua viúva não tinha possibilidade de pagar; ou talvez algum usurário emprestasse a uma viúva violando a lei de Lv. 25:35-37. A E.R.A. traduz estas palavras por juros. Seria melhor traduzir para "usura", que aparentemente era o excesso condenado. Por causa desses excessos, Salomão adverte contra o tornar-se fiador de "outrem". Ele insiste a que se fuja rapidamente às possibilidades da ruína. A fiança está recomendada em Eclesiásticos 29:14, um livro pós-bíblico. Quando se desenvolveram ou que forma tomaram, não sabemos. É provável que no período de Salomão os abusos eram tais que provocaram a censura aqui registrada (Veja também Pv. 11:15; 20:16; 27:13.
Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular. Provérbios. pag. 22-24.
Dt 23. 19-20 Temos aqui a terceira das vinte leis miscelâneas desta seção (Deu. 23.1525.19).
Ver as notas sobre a seção no versículo 15 deste capítulo. Esta lei, como aquelas dos vss. 15,16 e 17,18, distinguia o povo de Israel das nações pagãs, pelo que não havia um tratamento igual. Dinheiro emprestado a um concidadão hebreu, que era irmão de fé no yahwismo, não podia ser emprestado a juros. Mas, em empréstimo a gentios, poderia haver a cobrança de juros. Devemos entender que a maioria dos empréstimos, em Israel, servia ao propósito de aliviar algum tipo de necessidade, pelo que era uma obra de caridade fraternal. Não se deve cobrar juros de um ato de caridade. Mas os empréstimos feitos a um pagão seriam relacionados ao comércio internacional e isso já era uma questão de negócios, e não de caridade.
“Durante a idade Média, quando aos judeus, em alguns países, era negado o direito de possuírem terras, essa lei permitia-lhes ingressar na atividade bancária” (G. Ernest Wright, in loc.).
Emprestar dinheiro sem cobrar juros era um ato de amor, um ato provocado pela promessa de bênção feita por Yahweh. É como alguém disse: “Não se pode dar demais a Deus”. Ver no Dicionário o artigo chamado Amor. Naturalmente, dar é melhor do que emprestar, e o ato do empréstimo sem dúvida deve ser acompanhado pelo ato da devolução, de acordo com a lei da colheita segundo a semeadura. Ver no Dicionário o verbete intitulado Lei Moral da Colheita Segundo a Semeadura.
Ver as passagens paralelas de Êxo. 22.25 e Lev. 25.35-37. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo chamado Liberalidade e Generosidade, bem como anotações nas passagens paralelas.
Mais bem-aventurado é dar que receber. (Atos 20.35)
A coisa mais importante em qualquer relacionamento não é aquilo que dali reiteramos, mas o que podemos dar. (Eleanor Roosevelt)
Deus é o grande Doador (João 3.16). De acordo com o Novo Pacto, um irmão é qualquer ser humano (Luc. 10.25 ss.). Ver Tiago 1.17 quanto à fonte originária de todas as coisas boas, a saber, o próprio Deus, o qual pode dar através de outras pessoas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 843.
Os vizinhos (23.19-25). Os procedimentos para com os vizinhos tinham de ser regidos pelo amor prestativo e sociável (cf. 22.1-4). O texto de Êxodo 22.25 proíbe cobrar juros (usura) de empréstimos feitos a israelitas em situações difíceis — lei que Levítico 25.35-37 estende a estrangeiros residentes. O versículo 19 repete a lei de Êxodo, proibindo juros de qualquer empréstimo, quer em dinheiro quer em mercadorias ou serviços. O versículo 20 não contradiz a lei de Levítico, pois aqui estão em vista empréstimos comerciais e não empréstimos pessoais. As taxas de juros nos países vizinhos eram elevadas, chegando até 50%. Para os pobres, esta cifra seria altíssima, e nenhum israelita deve causar a bancarrota do seu irmão.
George Herbert Livingston, B.D., Ph.D. Comentário Bíblico Beacon Vol. 1 Gênesis a Deuteronômio. pag. 464.
Sal 15. 5 6. Tem por desprezível ao réprobo. O homem reto tem senso espiritual suficiente para distinguir entre o homem bom e o mau. Ele conhece a vida do hipócrita que vem ao templo com um rosto de piedade, e um coração imundo. Ele também reconhece quem tem cometido crimes, grandes e pequenos, contra outras pessoas. Não respeita o poder ou o dinheiro desse homem vil, que é uma criatura ímpia, libertina, alguém cujas boas obras são réprobas. E, algumas vezes, esses indivíduos são encontrados em lugares importantes (ver Sal. 12.8 e Dan. 11.21) e grandemente apoiados e estimados pelos homens do mundo. No entanto, para Deus, são uma abominação” (John Gill, in loc.).
Por todos os lugares andam os perversos, quando entre os filhos dos homens a vileza é exaltada.
(Salmo 12.8)
Mas honra aos que temem ao Senhor. Pelo lado positivo, o homem bom é qualificado para adorar no templo, é homem conhecido por seu temor a Deus. Ver no Dicionário o artigo chamado Temor, primeiro ponto, Temores Benéficos, quanto a detalhes sobre essa virtude fundamental. O homem bom é, ele mesmo, alguém que teme a Deus e honra os dotados de genuína espiritualidade.
O que jura com dano próprio, e não se retrata. “O homem correto leva a sério seus compromissos solenes, embora as circunstâncias se tenham alterado, desde que ele fez o juramento, para sua desvantagem (ver Lev. 5.4)” (William B. Taylor, in loc.). Ver no Dicionário os artigos chamados Juramentos e Votos. “Uma pessoa reta também guarda os seus juramentos, mesmo que para isso seja prejudicada. E mesmo que ela faça um juramento precipitado, conscientemente guardará a sua palavra" (Allen P. Ross. in loc.). Esse texto, naturalmente, não dá margem a juramentos pecaminosos, como aquele de Jefté, um dos juízes de Israel, que causou a morte de sua própria filha. Ver sobre essa história em Juí. 11.29 ss. Aquele homem teria agido corretamente se tivesse encontrado uma alternativa para seu juramento, e até teria satisfeito sua consciência com essa alternativa. Não obstante, continuou com uma vontade de ferro, apesar de ter ficado muito chocado.
O que não empresta o seu dinheiro com usura (vs. 5). Um hebreu não podia emprestar dinheiro a um irmão hebreu e esperar juros de empréstimo. Ver Êxo. 22.25. Alguns intérpretes garantem que era permitido praticar a usura nos empréstimos a dinheiro, em negócios normais, mas não no caso de um homem necessitado. Aí a misericórdia precisava ser observada, em lugar de sua ganância para enriquecer. Entretanto, conjecturo que Allen P. Ross (in loc.) esteja correto, ao afirmar: “Cobrar juros de um colega israelita era algo proibido como quebra da fraternidade (ver Êxo. 22.25; Lev. 25.36)”. Sabemos, entretanto, que os hebreus podiam cobrar juros dos povos gentílicos. Taxas de juros, na antiguidade, variavam de 20 a 50%, menos do que a taxa média que se verifica nos negócios de empréstimos de dinheiro em São Paulo! Embora Fausset (in loc.) tenha afirmado corretamente que tal versículo não pode aplicar-se às negociações modernas, teríamos de aplicar a lei da moderação. Contudo, a exploração é o nome do jogo no mundo dos negócios, visto que ali a ganância atua como deus. Cf. também o versículo com Deu. 23.30.
Usura. A palavra hebraica correspondente significa “mordida”. Por isso, talvez até hoje tenhamos a expressão idiomática moderna “dar uma mordida”, para indicar cobranças exageradas.
Quanto a detalhes, ver no Dicionário o verbete intitulado Juros.
Nem aceita suborno contra o inocente. Qualquer homem que se deixasse subornar tornava-se impossibilitado de adorar no templo. Nessa questão,_por igual modo, ele respeitava a legislação mosaica que proibia esse ato. Ver Êxo.
23.8 e Deu. 27.25. Apesar disso, tais males eram perpetrados e a justiça era corrompida. Ver Pro. 25.18; Isa. 1.23; Eze. 22.13; Amós 2.6 e Luc. 12.57-59.
Conclusão. O homem que fazia todas as coisas listadas nos vss. 2-5 era considerado justo e digno de participar da adoração no templo de Jerusalém. Ele não podia ser arrastado para fora de suas convicções interiores e de sua integridade,
e também ninguém podia tirá-lo de seu legítimo lugar de adoração, o templo. O indivíduo capaz de enfrentar esse teste é, realmente, um homem inabalável. Ele é abençoado com segurança e resistirá a qualquer assalto, pois é inabalável como uma rocha (ver Mat. 7.24,25).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2097.
15.5 - Embora a cobrança de juros em caso de empréstimos para estrangeiros fosse permitida (Dt 23.30). Deus era contra os judeus cobrarem juros e obterem lucro por meio de empréstimos a seus companheiros necessitados (ver Èx 22.25; Lv 25.35-37).
Os juros só eram permitidos para fins comerciais, desde que não fossem exorbitantes (Pv 28.8).
15.5- Algumas pessoas estão tão obcecadas pelo dinheiro, que mudam os padrões e o estilo de vida designados por Deus. a fim de conseguir riquezas. Se o dinheiro exerce esse fascínio sobre você. algo deve ser feito para libertá-lo, a fim de que não sejam causados danos a outras pessoas e o seu relacionamento com Deus não seja destruído.
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 747.
2. Evitando o suborno.
Um outro problema ligado ao dinheiro e que deve ser evitado a todo custo é aquele relacionado ao suborno. A palavra hebraica shohad, traduzida como “suborno”, mantém o sentido na língua original de dar presentes, dádiva, recompensa, incentivo. O expositor bíblico Victor P. Hamilton comentando sobre o sentido dessa palavra no Antigo Testamento, destaca: “Pode-se começar com a observação de que proibições de receber suborno (presumivelmente impostas aos juizes) se encontram nos trechos legais do Pentateuco (Êx 23.8; Dt 16.19). Conquanto os dois versículos comecem de modo semelhante, Deuteronômio 16.19 assim termina: “o suborno cega os olhos dos sábios” [hakamim]. Cf. Isaías 1.23; 5.23; Miqueias 3.11.
Caso o preço seja aceito, um suborno pode até mesmo produzir um assassino de aluguel, que matará uma pessoa inocente (Dt 27.25; Ez 22.12; SI 26.10) ou no mínimo perverterá o julgamento (Pv 17.23).
Somente aquele que desiste de uma violação tão flagrante da lei tanto moral quanto criminal poderá permanecer na presença de Deus (2 Cr 19.7; SI 15.5; Is 33.15). O próprio Deus está acima de qualquer censura a respeito (Dt 10.17; cf. 1 Pe 1.17).
Dada a cobiça do homem em todas as épocas e civilizações, é interessante que no Antigo Testamento há menção de apenas três casos de suborno (com uso da palavra shohad): os filhos de Eli (1 Sm 8.3);os reis Asa e Bem-Hadade (1 Rs 15.19); e os reis Acaz e Tglate-Pileser (2 Rs 16.8).3
Hoje, na nossa cultura, o suborno acontece de forma bem sutil. Às vezes ele bate à porta na forma de um fiscal da fazenda pública que quer ganhar vantagens além daquela que recebe pelo seu trabalho. Promete cancelar a multa que acabou de lavrar tão somente se o comerciante aceitar lhe dar uma parte do valor devido em dinheiro. Outras vezes o suborno acontece de forma mais sutil ainda. Não são poucos os relatos de irmãos que aceitam serem subornados em cargos públicos. Geralmente a coisa acontece quando determinado político assume um mandato público, quer seja de vereador, deputado federal, estadual ou ainda senador. Muitos dos novos contra tratados com as famosas verbas de gabinete aceitam receber somente uma parte do dinheiro em troca do emprego. O resto é embolsado pelo parlamentar. A justificativa é que eles ganham sem trabalhar! De fato muitos desses assessores não sabem nem mesmo onde fica o gabinete do seu chefe.
Por outro lado, muitos líderes aceitam ser incluso na folha de pagamento de algum órgão público em troca de apoio político. Vendem suas igrejas, suas famílias, seus ministérios.
Por isso é melhor dar o duro mesmo, mas ter a bênção de Deus: “Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento” (Pv 13.11).
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 49-50.
Pv 17.23 O perverso aceita suborno secretamente. Ver o vs. 8, que também é contrário ao suborno, e cujas notas expositivas também se aplicam aqui. O suborno é como uma pedra mágica para o indivíduo subornado. É como um encantamento de boa sorte, que o faz prosperar. Com frequência, o propósito do suborno é perverter a justiça, conforme diz o presente versículo.
Secretamente. As vestes antigas não contavam com bolsos, botões e zíperes. Pelo contrário, tinham dobras. A dobra que havia à altura do peito funcionava como bolso. Portanto vemos aqui aquele que dava o suborno meter a mão nessa dobra e tirar dali um diamante, uma jóia de ouro, o documento de uma propriedade ou alguma outra coisa dotada de valor, que apresentava como suborno, enquanto os olhos do subornado faiscavam de ganância e não haveriam de rejeitar a peita. Se o subornado fosse um juiz, isso significava que a justiça já havia sido pervertida. Temos no Brasil uma declaração popular que diz: “É dando que se recebe”, e grande parte das doações entre os políticos consiste em suborno. No vs. 8 dou uma lista de referências onde o suborno é condenado. Ver também Pro. 15,27, onde há outras ideias úteis sobre o assunto.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2626.
17.23 — Como o peso falsificado (Pv 16.11), a justiça pervertida pode destruir uma cultura. O termo presente foi traduzido literalmente de uma palavra que também significa suborno. No versículo 8, a mesma palavra hebraica se traduz positivamente como presente, mas neste versículo o sentido é negativo, porque o objetivo do presente é perverter a justiça.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 971.
III - O USO CORRETO DO DINHEIRO
1. Para promover valores espirituais.
Pv 23.22,23 Ouve a teu pai, que te gerou. Novamente temos um provérbio de dois versículos. Quanto aos tipos de declarações desta seção (Pro. 22.17-24.34), ver Pro. 22.17, sob o título Apresentação das Declarações. Esta declaração não tem paralelo nas Instruções de Amen-em-Ope (ver Pro. 22.17 quanto a informações). Recebemos mais instruções sobre a necessidade de obedecer a pai e mãe, nossos primeiros professores. Eles prepararam o caminho para o mestre e sua escola da lei e das declarações da sabedoria, que aperfeiçoam a espiritualidade que os pais iniciaram.
No vs. 22 aprendemos que o pai de um homem deve ser ouvido quando está instruindo (ver sobre o ato de Ouvir, em Pro. 4.20). A segunda linha, que é sinônima, requer o respeito pela mãe, no sentido de que ela não seja desprezada pelo filho, que age contra suas boas instruções e seu treinamento. O quinto mandamento requer esse tipo de reação da parte de um filho (ver Êxo. 20.12). Cf. Pro. 1.8; 30.17 e Efé. 6.1,2, onde encontramos instruções similares.
No vs. 23 aprendemos que aquilo que os pais do estudante lhe ensinam, e o mestre continua a enfatizar, deve ser comprado pelo aprendiz e jamais vendido. Em outras palavras, mediante esforço ele deve obter a sabedoria como possessão permanente. A sabedoria deve ser tão preciosa que ele nunca a venderá, ou seja, nunca a abandonará, como também jamais abandonará a vereda que ela ensina. É usada aqui uma metáfora comercial. Um bom estudante está ocupado em um negócio espiritual, procurando e obtendo o tesouro que fora ocultado no campo, bem como a pérola de grande preço (ver Mat. 13.44,46).
Sinônimo. A verdade que um homem compra é a verdade da lei, agora explicada como algo que contém os elementos da sabedoria, da instrução e do entendimento, as descrições padronizadas da lei e seus benefícios, no livro de Provérbios. As declarações da sabedoria foram compostas para possibilitar a sua compra. Veros vss. 12-13 deste capítulo, e ver sobre entendimento, em Pro. 1.2-
6. Ver também Pro. 4.5,7, onde encontramos os mesmos elementos deste versículo.
Essas coisas boas são obtidas da parte de Deus (ver Tia. 1.5), o qual dá a cada homem, liberalmente, sem palavras duras, por causa da ignorância humana. Ver também Isa. 55.1; Apo. 3.18.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2656-2657.
Vv. 19-28. O gracioso Salvador que adquiriu perdão e paz para o seu povo, com todo o amor de um pai terno, aconselha-nos a ouvir e ser sábios, e está disposto a guiar os nossos corações em seu caminho. Aqui temos um chamado fervoroso para os jovens, a fim de que estes atendam o conselho de seus santos pais. Se o coração for guiado, os passos serão bem acompanhados. Compra a verdade e não a vendas; prepara-te para deixar qualquer coisa por ela. Não a deixes por prazeres, honras, riquezas ou outra coisa deste mundo. O que o grande Deus requer é o coração. Não devemos pensar em dividir o coração entre Deus e o mundo; Ele quer tudo ou nada.
Observe a regra da Palavra de Deus, a conduta de sua providência, e os bons exemplos de seu povo.
São dadas precauções especiais contra os pecados mais destrutivos da sabedoria e graça da alma. É realmente uma vergonha fazer do estômago um deus. A embriaguez deixa os homens atordoados, e logo tudo se arruína. A libertinagem apodera-se do coração que deve ser entregue a Deus. Cuida-te de qualquer proximidade ao pecado; é muito difícil afastar-se dele, pois enfeitiça os homens e os arruína.
HENRY. Matthew. Comentário Bíblico Matthehw Henry. Provérbios. Editora CPAD. pag. 46.
Orientações para a Vida Piedosa (23.15-28)
Esta parte começa com um apelo pessoal caloroso — Filho meu — tão característico da primeira grande seção de Provérbios (caps. 1—9). O mestre se regozija com o progresso do seu pupilo (16). O meu íntimo é literalmente: “os meus rins”, mas é melhor traduzido como: “a minha alma” (RSV). Toy nos lembra que o povo hebreu “considerava tanto o coração como os rins (por conta da sua importância fisiológica) centros da vida intelectual, moral e religiosa, e nesse sentido os dois termos são usados como sinônimos”.2 O sábio estimula o seu pupilo a não ter inveja dos pecadores (17; veja comentário de 1.7). O fruto da vida de um homem justo vai ser recompensador (18; veja comentário de 5.4 e 19.20).
Nos versículos 19-21, a embriaguez e a glutonaria são citadas como práticas prejudiciais capazes de reduzir um homem a vestes rotas (trapos; veja comentário de 20.1 e 23.29-35). As expressões beberrões e comilões de carne (20) foram posteriormente usadas pelos inimigos de Jesus (cf. Mt 11.19; Lc 7.34). O pupilo é encorajado a seguir a orientação dos pais (22-25), havendo aqui uma ênfase no quinto mandamento por parte do mestre. Depois disso, o sábio adverte contra o adultério (26-28), um mal tratado repetidamente em Provérbios (veja comentário de 2.16-19; 5.7-14; e 7.6-23).
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 402.
2. Para promover o bem-estar social.
ADMINISTRANDO OS DÍZIMOS E AS OFERTAS
Não podemos pensar aqui em administração no sentido de exercer poder sobre os dízimos de tal forma que podemos determinar quanto, quando e onde dizimar. Administrar está sendo usado aqui no sentido de empregar bem os recursos do Senhor que são colocados em nossas mãos.
Um dos conceitos perdidos nesta nova geração de cristãos adeptos da prosperidade e escravos do materialismo é o da mordomia cristã. Antigamente este era um assunto comum nos ensinos da igreja, todavia, ele perdeu a sua popularidade e consequentemente são poucas as pessoas que realmente tem noção daquilo que Deus espera de cada uma delas com respeito aos bens materiais.
Uma das coisas que as pessoas sempre estão questionando é a respeito do dízimo. "Ele é bíblico mesmo?" "Se eu ganho pouco eu tenho que dar mesmo assim?" "10% de tudo o que eu ganho é muito," dizem outros. Dízimo não é para ser questionado, mas para ser obedecido. A fé e a razão estão ao lado daqueles que são dizimistas fiéis, enquanto que a descrença está ao lado daqueles que duvidam de Deus e do seu poder. Portanto, em última análise, não ser dizimista ao Senhor é ser semelhante ao ímpio que não confia em Deus. Não temos como negociar esta verdade. Se você crê que Deus supre, você é dizimista. Se você não crê que Deus supre (portanto age como ímpio) você não é dizimista.
O dízimo não foi instituído na Bíblia para a nossa chateação, ou para ficarmos irritados com a igreja ou o pastor que prega sobre o assunto. O dízimo foi instituído para a expansão do reino de Deus, para a edificação Ha igreja, e também para que através dele recebêssemos as bênçãos do Senhor. Com o dízimo nós glorificamos o nosso Deus.
As perguntas mais ouvidas sobre o dízimo e as minhas respostas:
Eu dou, consagro, dedico, entrego ou pago o dízimo?

Tem gente que fica irritada quando usamos o verbo que ela não usa em relação à entrega dos dízimos. Na verdade, tanto faz o verbo que você quer usar, o importante é que o dízimo chegue na tesouraria da igreja. O que importa é a atitude do seu coração. Chamar de consagração e ficar lamentando por ter entregue o dízimo é muita incoerência e pecado.


fonte www.mauricioberwaldoficial.lbogspot.com


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PAZ DO SENHOR

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