Os Profetas Menores não são chamados
menores porque não são importantes, mas por causa do tamanho de seus livros.
Profetas como Jeremias, Isaías e Ezequiel têm grandes livros e, portanto, esses
profetas são chamados Profetas Maiores somente porque seus livros são maiores,
não porque são mais importantes. Os profetas do Antigo Testamento não aparecem
em ordem cronológica, mas são ordenados em sua seqüência porque os livros
maiores dos profetas vieram em primeiro lugar, assim como nas epístolas ou
cartas de Paulo, onde não foram escritas em ordem cronológica ou seqüência
temporal, A seu comprimento, como Romanos e 1 e 2 Coríntios vêm antes dos
livros mais curtos de Filipenses e Efésios. A razão pela qual os chamamos de
Profetas Menores não significa que suas mensagens são menores. Na verdade,
esses "menores" são importantes nas grandes profecias, como veremos.
Os Doze Profetas Menores
É interessante que há doze profetas
porque esse era o número de discípulos e, mais tarde, apóstolos e também havia
doze tribos de Israel. O número doze na Bíblia está associado com a perfeição
governamental e às vezes se relaciona com a divina autoridade ou soberania de
Deus. Aqui está uma lista de cada um dos Doze Profetas Menores na ordem em que
aparecem, não na ordem em que foram escritos, e as principais implicações de
seus livros. Você também pode notar que os nomes do profeta têm significados
semelhantes às suas mensagens, como as profecias de Oséias sobre a salvação e o
arrependimento e isso é o que seu nome significa.
O que é comumente conhecido como os
"menores profetas " é uma coleção de escritos do Antigo Testamento a
partir de doze homens diferentes inspirados por Deus . O mais longo destes
livros são Oséias e Zacarias, com cada um tendo catorze (14) capítulos. O mais
curto livro profético nesta série é Obadiah, com apenas um capítulo, seguido
por Ageu, que tem apenas dois .
Os Profetas Menores, em ordem
alfabética, são Amos, Habacuque, Ageu, Oséias, Joel, Jonas , Malaquias, Micah,
Naum, Obadias, Zacarias e Sofonias. Seus livros são considerados menores, já
que cada é muito mais curto do que os escritos de Isaías ( sessenta e seis
capítulos), Jeremiah (cinquenta e dois capítulos) e Ezequiel (quarenta e oito
capítulos). Se todos os seus escritos fossem combinados em um único livro,
seria apenas dois terços do tamanho do livro de Isaías.
O Livro de Daniel , embora contenha
profecias importantes do tempo de Daniel ao fim da idade e do retorno de Cristo
, não é incluído como parte dos escritos dos profetas. Isso ocorre porque
Daniel escreveu em Babilônia durante os judeus " 70-year exílio em
cativeiro devido a seus pecados.
Atualidade:
Qualidade ou estado do que é atual; momento ou época presente.
Neste trimestre, estudaremos os
chamados Profetas Menores. Apesar de antiguíssimos, eles tratam de questões
relevantes para os nossos dias e servem de edificação espiritual a todo o povo
de Deus. Entre os temas tratados, temos: a família, a sociedade, a política e a
espiritualidade. Na atual conjuntura, os profetas são um verdadeiro esteio da
sabedoria divina para a Igreja de Cristo, pois encorajam-nos a militarmos pela
causa de Cristo.
I. SOBRE OS PROFETAS MENORES
1. Autoridade. A coleção dos
Profetas Menores compõe-se dos seguintes livros: Oseias, Joel, Amos, Obadias,
Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Essa
estrutura vem da Bíblia Hebraica e, posteriormente, da Vulgata Latina. A
Septuaginta (antiga versão grega do Antigo Testamento) apresenta nos seis
primeiros livros uma disposição diferente da Hebraica, dispondo os livros
assim: Oseias, Amos, Miqueias, Joel, Obadias e Jonas.
É importante ressaltar que o valor e
a autoridade dos escritos dos Profetas Menores em nada diferem dos Profetas
Maiores. Tal classificação é puramente pedagógica, visando tão somente
facilitar a compreensão da presença de uma estrutura literária nos livros
proféticos do Antigo Testamento. Não obstante, ambas as coleções são uma só
Escritura e têm a mesma autoridade (Jr 26.18 cf. Mq 3.12; Rm 9.25-27 cf. Os
1.10; 2.23; Is 10.22,23).
2. Origem do termo. A expressão
“Profetas Menores” advém da Igreja Latina por causa do volume do texto ser
menor em comparação aos de Isaías, Jeremias e Ezequiel. Assim explica Agostinho
de Hipona (345-430 d.C.) em sua obra A cidade de Deus. O termo é de origem
cristã, pois, na literatura judaica, essa coleção é classificada como Os Doze
ou Os Doze Profetas. Essa informação é confirmada desde o ano 132 a.C, quando
da produção do livro apócrifo de Eclesiástico (49.10). É também corroborada
pelo Talmude (antiga literatura religiosa dos judeus) e ratificada pela obra
Contra Apion do historiador judeu Flávio Josefo (37-100 d.C).
3. Cânon e cenário dos Doze. O cânon
judaico classifica os profetas do Antigo Testamento em anteriores e
posteriores, sendo: a) Anteriores: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis; e
b) Posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze. A classificação e o
arranjo do cânon hebraico diferem sistematicamente do nosso.
Um dado importante é que todos os
profetas, de Isaías a Malaquias, viveram entre os séculos 8 a 5 a.C, tendo
alguns deles sido contemporâneos. O período abrangeu o domínio de três
potências mundiais: Assíria, Babilônia e Pérsia. Oseias, Isaías, Amos, Jonas e
Miqueias, por exemplo, viveram antes do exílio babilônico (Os 1.1; Is 1.1; Am
1.1; 2 Rs 14.23-25 cf. Mq 1.1), e outros, como Ageu e Zacarias, no pós-exílio
(Ag 1.1; Zc 1.1).Os escritos dos Profetas Menores têm a mesma autoridade que os
outros livros do Cânon Sagrado.
II. A MENSAGEM DOS PROFETAS MENORES
1. Procedência (vv.16-18). O
apóstolo Pedro afirma que a revelação ministrada à Igreja era uma mensagem real
e abalizada pelo testemunho ocular do colégio apostólico. À semelhança dos
apóstolos, os profetas, inspirados pelo Espírito Santo, refletiram fielmente a
vontade e a soberania divina acerca da redenção de Israel, em particular, e da
humanidade, em geral.
A mensagem dos profetas é de
procedência divina e tem, como cenário, as ocorrências do dia a dia. O
casamento de Oseias (Os 1.2-5; 3.1-5) e a visita de Amós a Samaria (Am 7.10-17)
são apenas alguns dos exemplos que deram ocasião aos oráculos divinos.
Semelhantemente aconteceu aos apóstolos na transfiguração de Jesus no Monte das
Oliveiras (Mt 17.5,6; Mc 9.7; Lc 9.34-36).
2. “A palavra dos profetas” (v.19a).
Convém ressaltar que a expressão “os profetas”, nessa passagem, não se
restringe aos literários e nem mesmo aos Doze. Porque Deus levantou profetas desde
o princípio do mundo (Lc 1.70; 11.50,51). O ministério e os escritos proféticos
eram tão importantes que, algumas vezes, o termo é usado para se referir ao
Antigo Testamento (At 26.27). Entre os seus escritos, encontramos mensagens da
vinda do Messias, orientações para a vida humana, para a nação de Israel e até
para o mundo. Há também mensagens que se aplicam à Igreja de Cristo (1 Tm
3.16).
3. “Como a uma luz que alumia em
lugar escuro” (v.19b). Os profetas pregaram tudo o que diz respeito à vida e à
piedade. Os temas eram diversos: Deus, o ser humano e a criação. Estaríamos à
deriva no mundo sem as palavras dos profetas, pois elas nos levam à luz de
Cristo (Sl 119.105). A Lei e os Profetas anunciaram a vinda de Jesus de Nazaré
(Jo 1.45; Lc 24.27). A mensagem dos profetas foi entregue às gerações futuras,
preparando-as para o tempo do Evangelho (1 Pe 1.12). Por isso, não devemos
abdicar de seus ensinamentos, pois a autoridade desses escritos é perfeitamente
válida para hoje.A mensagem dos Profetas é de procedência divina. Jamais por
inspiração humana.
III. A INSPIRAÇÃO DIVINA DOS
PROFETAS
1. A iniciativa divina. O apóstolo
Pedro retoma o que afirmou nos versículos 16 a 18. A mensagem dos profetas não
se resume a uma retórica baseada em imaginação humana, nem é algo
artificialmente construído. Nenhuma parte dessa revelação “é de particular
interpretação” (v.20). As experiências dos profetas, como as do próprio Pedro
no monte da transfiguração, provam a iniciativa divina em comunicar seus
oráculos à humanidade.
2. A inspiração dos profetas. Está
escrito que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (2 Tm 3.16 — ARA). O termo
grego theopneustos para as expressões “inspirada por Deus” e “divinamente
inspirada” vem das palavras Theos, “Deus”, e pneo, “respirar, soprar”. Isso
significa que os profetas foram “movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21 —
ARA).
O caráter especial e único da
“palavra dos profetas” a torna sui generis. Ela pode fazer qualquer pessoa
sábia para a salvação em Cristo Jesus e é proveitosa para ensinar, repreender,
corrigir, redarguir e instruir em justiça (2 Tm 3.15,16). Nenhuma literatura no
mundo tem essa mesma prerrogativa.
3. A autoridade dos Profetas
Menores. A Igreja submete-se inquestionavelmente à autoridade dos apóstolos, e
essa é a vontade de Deus. Pois, os Evangelhos de Mateus e Lucas, ou pelo menos
um deles, são colocados no mesmo nível do Antigo Testamento (1 Tm 5.18; Dt
25.4; Mt 10.10; Lc 10.7). O mesmo acontece com as epístolas paulinas (2 Pe
3.15,16). Essa é uma forma de se reconhecer definitivamente o Novo Testamento
como Escritura inspirada por Deus. Depreende-se, então, que todos os livros da
Bíblia têm o mesmo grau de inspiração e autoridade. Logo, devemos dar a mesma
atenção e credibilidade aos escritos dos Profetas Menores (2 Pe 1.19).Os livros
dos Profetas Menores têm autoridade divina e são genuinamente inspirados por
Deus.
Diante do exposto, os Profetas
Menores, como parte integrante das Escrituras inspiradas, não devem ficar em
segundo plano. Por isso, recomendamos que, já no início do trimestre, seja
feita uma leitura dos Doze Profetas. Esta facilitará a compreensão da mensagem
desses despenseiros de Deus. Convém ressaltar que o enfoque de cada lição,
aqui, raramente coincide com o assunto predominante de cada livro, pois a
escolha desses temas baseou-se nas necessidades do mundo de hoje.
“Profetismo
Movimento que, surgido no século
VIII a.C, em Israel, tinha por objetivo restaurar o monoteísmo hebreu, combater
a idolatria, denunciar as injustiças sociais, proclamar o Dia do Senhor e
reacender a esperança messiânica num povo que já não podia esperar contra a
esperança.
Tendo sido iniciado por Amós, foi
encerrado por Malaquias. João Batista é visto como o último representante deste
movimento” (ANDRADE, C. C. Dicionário Teológico. 8 ed., RJ: CPAD, 1999, p.244).
“O Ofício Profético
O termo hebraico naby define em si o
profeta como porta-voz de Deus. Enquanto pregava para a própria geração, o
profeta também predizia eventos no futuro. O aspecto duplo do ministério do
profeta incluía declarar a mensagem de Deus e predizer as ações de Deus. Assim,
o profeta também era chamado de ‘vidente’ (hb.: roeh), porque podia ver eventos
antes de estes acontecerem.
A Bíblia relata o profeta como
alguém que era aceito nas câmaras do conselho divino, onde Deus ‘revela o seu
segredo’ (Am 3.7)” (LAHAYE, T. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1 ed.,
RJ: CPAD, 2008, p.383).
Os Profetas Menores
“Os livros dos Profetas Menores são
chamados assim por causa da brevidade relativa em comparação a Isaías, Jeremias
e Ezequiel, e não porque sejam menos teologicamente importantes. Os doze livros
que compõem os Profetas Menores variam em data entre os séculos VIII e V a.C:
Embora os acontecimentos registrados
em Jonas tenham ocorrido no século VIII, a data da autoria do livro é incerta.
[...] Diversos temas teológicos se
sobrepõem a maioria destes profetas, especialmente nos mesmos períodos
cronológicos acima esboçados.
Os profetas não falaram sobre Deus
em termos abstratos de filosofia ou teologia. Falaram dEle como alguém
ativamente envolvido no mundo que Ele criou e intimamente interessado no povo
do concerto” (ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009,
pp.429-30).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A atualidade dos profetas menores
Neste semestre começamos o estudo
dos profetas menores. Essa designação “profetas menores” não representa uma
forma de atribuir menor valor a esse grupo de profetas em relação ao grupo
anterior, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, também conhecidos como profetas
maiores. Essa designação é referente à classificação feita pela igreja latina,
que de forma didática, separou esses livros pela extensão de seu conteúdo, e da
mesma forma que os profetas maiores, os profetas menores foram igualmente
inspirados por Deus, e têm tanta autoridade quanto os demais.
Uma advertência precisa ser trazida
aos que vão estudar os profetas menores. A profecia é preditiva, ou seja,
apresenta informações sobre o que há de acontecer no futuro. Mas dizer o que
ainda vai acontecer, para que tenhamos a certeza de que Deus realmente falou
por meio dos profetas, é apenas uma das funções da profecia. Os profetas,
inspirados por Deus, olharam para o futuro, mas também para os seus próprios
dias. Eles denunciaram os pecados do povo quando esse se desviava dos caminhos
do Senhor. Amós, por exemplo, clamou contra as pessoas ricas de sua época, que
de forma injusta, tomavam terras dos mais pobres, deixando-os não apenas sem
abrigo, mas também sem condições de ter trabalho cotidiano. Obadias condenou a
participação dos edomitas em um ataque contra Judá, pois tinham ascendência
comum, e como irmãos, jamais poderiam viver com animosidade. Miqueias clamou
para que o ritualismo não fosse superior à obediência, e para que seu povo não
pensasse que poderia manter os rituais e serem desobedientes a Deus. Jonas foi
mandado a pregar aos ninivitas, e aquela geração se arrependeu. Na geração
seguinte, tornaram a fazer as coisas erradas que Deus abominava, e Deus usa
Naum para decretar o juízo àquela nação.
Esses são exemplos necessários para
que não olhemos os profetas apenas como aqueles que profetizaram sobre o
futuro, mas que olharam para a sociedade em seus dias e proclamaram a Palavra
do Senhor, a fim de que seus contemporâneos se arrependessem e se voltassem de
coração ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Os profetas nos mostram que o povo de
Israel (e nós também) precisava se arrepender de seus pecados, para finalmente,
serem aceitos por Deus.
Portanto, estudar os profetas menores
é um dever dos cristãos que desejam ter suas vidas alinhadas com a vontade de
Deus no que tange à vida pessoal e às práticas diárias.
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PAZ DO SENHOR
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