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sábado, 10 de dezembro de 2016

Subsidio juniores servir a Deus com zelo n.12





                         João 13.12-17;Atos 2.42-47.

                        Professor Mauricio Berwald
João 13
12 - Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
13 - Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou.
14 - Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros.
15 - Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
16 - Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.
17 - Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.

Atos 2
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 - louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar.

II. O CRENTE E SUA COMUNHÃO COM DEUS

É impossível ao homem viver sob a orientação das Sagradas Escrituras, sem que se debruce sobre ela com o propósito de aprender o seu conteúdo (Jo 5.39). Quanto mais o homem dedica-se a Deus, menos tempo e oportunidade tem para pecar. Sua vida vai, paulatinamente, sendo moldada e transformada pelo Espírito Santo, e ele torna-se cada vez mais contrário ao pecado (Sl 119.11; Ef 4.22-24). Algumas atitudes auxiliam-nos a estreitar a nossa comunhão com Deus. São elas:
1. Meditação na Palavra de Deus. A meditação unida à oração é a maneira mais produtiva de o crente desenvolver o seu conhecimento da Palavra de Deus e seus valores. Pela meditação, estudo e oração, o crente "come" a Palavra de Deus, isto é, apropria-se dela (Jr 15.16). Meditamos quando submetemos a nossa mente ao que Deus é, no que Ele em Cristo fez e faz por nós e no que Ele quer de nós (Cl 3.1,2). Esta é uma santa e bendita atividade na qual o crente deve se ocupar todos os dias (Js 1.8; Sl 1.2; 119.97). Paulo insta com os irmãos filipenses para que disciplinem e ocupem suas mentes com o que for verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, virtuoso e louvável (4.8). Ao jovem pastor Timóteo, ele recomenda meditar e ocupar-se para ser operoso (1 Tm 4.15).
2. Oração. A oração é a maneira direta de o crente falar com Deus. Orar não é um monólogo, mas um diálogo do cristão e Deus, como filho e pai. A oração é uma prática indispensável à vida de todo crente em Jesus. Ela é o instrumento provido pelo Eterno, através do qual podemos nos dirigir a Ele como o Concessor da grande salvação e a Jesus Cristo que a executou quando morreu em nosso lugar (Jo 15.16; 16.23). A oração é um meio de comunhão entre Deus e o crente, e deve ser um exercício espiritual voluntário, almejado, indispensável e constante em nossa vida.
3. Jejum A prática do jejum, juntamente com a oração, é recomendada biblicamente (Mt 17.21). Inúmeros crentes negligenciam a observação do jejum como ensina a Bíblia, e por fim o abandonam de vez. Além do seu valor espiritual, o jejum ensina o crente a disciplinar seus apetites carnais, fortalecendo sua vida espiritual. Jesus jejuou e ensinou seus discípulos a jejuar. Ele disse: "[...] quando jejuardes" (Mt 6.16), o que deixa claro que esta era uma prática de cunho espiritual na vida de seus discípulos (Mt 9.15; 17.21; Lc 2.37; At 13.2,3; 14.23).
4. Imitar o exemplo de quem manteve comunhão com o céu. Jesus é o maior exemplo de uma vida de oração. Ele orava costumeiramente (Lc 22.39; Lc 5.16; Jo 12.20-28; 17.6-19) e nos ensina que devemos orar para que não caiamos em tentação (Mt 26.41). O Filho de Deus ensinou seus discípulos a orar, deixando claro que a oração é parte integrante e fundamental da vida cristã. Várias vezes Ele expressou: "quando orares"; "mas tu quando orares"; "e orando"; "portanto vós orareis" (Mt 6.5,6,7,9). Paulo, um exemplo de fé, começou a sua vida cristã com oração (At 9.9,11). Ele admoestava os irmãos a uma vida de constante oração. Em suas cartas Ele recomenda ao crente orar sem cessar (1 Ts 5.17), isto é, "em todo tempo, com toda oração e súplica" como um dos procedimentos na guerra contra o mal, bem como condição para manter-se firme na fé (Ef 6.10-19). Nenhum ser humano tem, em si mesmo, mérito algum diante de Deus, mas através do nome de Cristo, podemos esperar respostas para as nossas orações (Jo 14.13,14; 1 Tm 2.5). Em nossa jornada terrena é preciso buscar do Senhor forças espirituais para vencer as astutas ciladas do Maligno (Mt 6.13).



Algumas atitudes como meditar na Palavra de Deus, orar, jejuar, e seguir o exemplo de quem tem intimidade com o Senhor, auxiliamnos a estreitar a nossa comunhão com Deus.

III. A SALVAÇÃO NOS HABILITA PARA O SERVIÇO CRISTÃO

O homem é apenas um servo. A Bíblia nos ensina essa verdade de maneira muito clara (Fp 2.7,8). Quando alguém aceita ao Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor, deixa de ser "servo do pecado" (Jo 8.34), e passa a ser servo de Deus (1 Co 7.22; Gl 1.10), devendo, a partir de então, ser aplicado à Obra do Senhor e servo da Igreja (1 Co 9.19).
1. Nosso primeiro e maior exemplo. A vida de serviço do cristão deve ser espelhada em Jesus. O Mestre ensinou que não veio para ser servido, mas para servir (Mt 20.28), assim Jesus fez a vontade do Pai e realizou a sua obra (Jo 4.34; 9.5). Ele disse: "Se alguém me serve, siga-me" (Jo 12.26a); logo, Cristo nos tem como servos, isto é, pessoas comprometidas com a sua Obra.
2. Os crentes da igreja primitiva muito cedo se dedicaram ao trabalho do Reino de Deus (At 1.8; 8.4). Dorcas é um grande exemplo, servindo às viúvas e outros necessitados da igreja (At 9.36-39). Paulo apresenta uma galeria de homens e mulheres que se deram ao serviço do Senhor na igreja em Roma (Rm 16). Onesífero saiu a procurar em Roma o cárcere onde Paulo se encontrava e só assim Timóteo recebeu a sua segunda carta (2 Tm 1.16,17). Ao confiar tarefas especiais ao jovem pastor Timóteo, Paulo lhe mandou ocupar-se em tarefas ministeriais práticas e funcionais (1 Tm 4.15).
Professor, você está disposto a servir, ao Senhor e ao próximo? O serviço cristão reflete o relacionamento que o crente tem com Deus. Quem ama o Pai e o conhece não se nega a ajudar o próximo. Servimos ao Senhor quando servimos o outro (Mt 25.40), por isso é importante que o aluno compreenda que a pregação da Palavra de Deus, a comunhão e a prática do serviço cristão formam o tripé da Missão Integral da Igreja. Servir ao Pai Celeste é um privilégio. E não podemos nos esquecer que a vida cristã vitoriosa é uma vida de serviço a Deus e ao próximo.

 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, a lição de hoje ensina a respeito da prática do serviço cristão, por isso, procure, logo na introdução, explicar que a palavra “serviço”, no original, significa diakonia. Seu significado abrange a “distribuição de comida, socorro; serviço; ministério, administração e ministração”. Fale que apesar do termo diakonia lembrar a função do diácono, conforme Atos 6, o serviço cristão tratado aqui nada tem haver com tal função eclesiástica. Refere-se a um estilo de vida pregado e ensinado por Jesus de Nazaré (Jo 13.1-20), cuja abrangência refere-se a todos os seus discípulos no mundo.

introdução

Palavra Chave
Serviço: Ato ou efeito de servir.

É com amor altruísta e desinteressado que devemos servir ao Senhor Jesus e ao próximo. No Reino de Deus, o serviço só tem valor quando o amor divino está presente no coração daqueles que professam servir a Jesus (1 Co 13.3). Por conseguinte, servir ao próximo, como Jesus ensinou, equivale a servir a Deus.
Libertos da servidão do pecado, trabalhemos com alegria e ação de graças para o nosso Senhor e Rei (Mt 20.28). Auxiliemos ao nosso próximo como gostaríamos de ser auxiliados (Mc 12.31; Lc 10.25-37; 1 Jo3.16). Esta é a mais perfeita lei do amor.

I. AS CARACTERÍSTICAS DO SERVO DE CRISTO

1. Amor. O amor, a disposição em servir a Deus e ao próximo, a abnegação e a diligência são marcas registradas do servo que realmente ama a Cristo. Ele está sempre disposto a apoiar e ajudar ao próximo, sem esperar nada em troca. Como Isaías — “Eis-me aqui” (Is 6.8) — é sua filosofia de vida. O servo fiel não tem preferência por tarefa, pois seu desejo é ajudar ao necessitado. Para o servo de Cristo não há tarefas boas ou ruins, pois o amor a Deus e ao próximo faz com que todos os obstáculos sejam transpostos (1 Jo 4.18).
2. Compromisso. Servir a Deus é um grande privilégio. Como servos do Altíssimo temos um compromisso com Ele e com o próximo (Mc 12.30,31). Temos uma missão a cumprir. Devemos executá-la com excelência (Lc 9.62), pois o verdadeiro servo procura sempre dar o seu melhor (Ef 6.5-9). Com zelo e cuidado o servo deve demonstrar o amor divino por intermédio de suas ações e palavras, exaltando sempre o nome do Senhor. O seu alvo e a sua meta são: “darei o melhor de mim”.
3. Humildade. Aquele que serve ao Senhor não deve jamais vangloriar-se dos seus feitos, pois nossa capacidade e recursos vêm de Deus (2 Co 3.5). Todo o sucesso na obra de Deus deve ser atribuído tão-somente ao Todo-Poderoso (Fp 2.13). Reconhecer esta verdade ajuda-nos a blindar a alma contra o orgulho, a vaidade, o egoísmo, a hipocrisia e outras armadilhas do coração (Pv 4.23; Mt 15.19). Manter um caráter íntegro no exercício do serviço cristão tem de ser o nosso objetivo.O amor, o compromisso e a humildade são características dos servos de Cristo.



II. O SERVIÇO CRISTÃO

1. Ordenado pelo Senhor. Jesus, nosso Mestre, deu-nos o inigualável exemplo de serviço (Mt 20.28). A Bíblia Sagrada faz alusão às palavras de Cristo sobre a honra que o Pai Celestial concederá àqueles que o servem: “Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará” (Jo 12.26). Servir a Cristo requer um compromisso pessoal com Ele, guardando os seus ensinamentos, negando a nós mesmos e seguindo-o incondicionalmente (Mc 8.34).
2. Em relação a Deus. Também servimos ao Senhor mediante a nossa adoração. A palavra adoração, no grego, é um termo que designa ministério ou serviço; é o culto ao Supremo Criador (Lc 1.23; Hb 10.11; Jo 4.23,24). O termo também é usado para indicar o culto da Igreja Primitiva (At 2.42). Portanto, o culto cristão é celebração, é vida, é entrega, é serviço para e a Deus.
3. Em relação ao próximo. O livro de Atos dos Apóstolos mostra que a Igreja Primitiva possuía um cuidado singular para com os necessitados (2.42-47). Ela estabeleceu, inclusive, um fundo social para ampará-los (2.45; 4.34,35). Este comportamento está consoante ao ensino de Cristo (Mc 12.31) e ao dos apóstolos: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos” (Gl 6.10). Precisamos seguir o exemplo dos crentes da Igreja Primitiva, promovendo o Evangelho e o alívio do sofrimento alheio (At 6.1-7).O serviço cristão ordenado pelo Senhor compreende a relação do homem com Deus e o com o próximo. 


III. A MISSÃO DA IGREJA NESTE MUNDO

1. Proclamar a Palavra de Deus. A Igreja precisa, com urgência, levar o Evangelho de Cristo até aos confins da terra. Para cumprir plenamente a sua missão, ela deve utilizar-se de todos os meios disponíveis: rádio, jornais, culto ao ar livre, campanhas evangelísticas, etc. A mídia, quando utilizada com eficiência, ética e sabedoria, tem um papel preponderante na proclamação da mensagem cristã.
2. Viver em comunhão. O amor e a comunhão entre os irmãos são a prova do fervoroso amor da Igreja ao Senhor. Onde há contendas e divisões, a igreja esfria-se em seu amor a Cristo e ao próximo. O amor e a comunhão são características que evidenciam o tipo de relação que tem de haver entre nós e o Senhor Jesus.
Tais características servem de testemunho aos não-crentes, pois demonstram, na prática, a mensagem que pregamos (Jo 13.34,35; At 2.42,47; 2 Co 8.4; 1 Jo 1.7). A comunhão dos santos pode ser vista na experiência da conversão (1 Jo 1.3), na participação da Ceia do Senhor (1 Co 10.16), nos sofrimentos alheios (Fp 3.10; Tg 5.16) e no relacionamento com nossos irmãos em Cristo (Rm 12.18; Ef 2.14; Hb 12.14).
3. Servir a Deus e ao próximo. Salvos em Cristo, temos a responsabilidade e o compromisso de servir a Deus e ao próximo (Mc 10.43; 2 Co 8.13,14; Hb 6.10). A dedicação do servo de Deus (gr. diakonia) para com o necessitado é uma expressão de fé e espiritualidade por expressar o amor de Deus (1 Jo 3.16). Não podemos esquecer-nos de que a fé e a ação devem caminhar juntas. A Palavra de Deus assegura-nos que a “fé sem obras é morta” (Tg 2.7). Infelizmente, muitos confessam a Cristo como Salvador, mas não servem a Deus e nada fazem em favor do seu semelhante.A missão da Igreja no mundo é proclamar o evangelho, viver a comunhão, servira Deus e acolher o próximo.

A pregação da Palavra de Deus, a comunhão e a prática do serviço formam o tripé da Missão Integral da Igreja. O homem é um ser integral. Portanto, o Evangelho de Cristo também é integral. Eis porque temos de pregar o Evangelho a toda criatura, amenizar o sofrimento do enfermo, matar a fome ao faminto e amparar aqueles que precisam de um ombro amigo. Quando os crentes colocam-se à disposição de Deus para realizar a sua obra integralmente, a igreja local também cumpre, integralmente, o serviço cristão (Mt 28.19,20; Gn 1.26,28).

Subsídio Exegético

“Um Padrão para Seguir
Os versículos 12 a 17 [de João 13] fornecem a razão para o lava-pés. Tendo lavado os pés dos discípulos, vestido a roupa e retomado o lugar à mesa, Jesus pode falar então com nova autoridade. Isto é revelado, sobretudo pelo modo como Ele se refere a si mesmo. Ele é corretamente o ‘Mestre’, o ‘Senhor’ deles (vv.13,14,16). Ele começa fazendo uma pergunta: ‘Entendeis o que vos tenho feito?’. Da parte deles, a resposta é antecipada: ‘Não, não entendemos’. Isto é evidente pela resposta de Jesus.
O versículo 14 explica a motivação de Jesus para o lava-pés: ‘Ora, se eu [...] vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros’. O versículo 15 enfatiza nitidamente o fator ‘exemplo’ envolvido na ação — a atitude servil do discipulado modelado segundo a atitude e comportamento de Jesus. A palavra grega traduzida por ‘exemplo’ é hypodeigma; refere-se a mais que mero ‘exemplo’, pois tem um aspecto ético e compulsório. Contudo o indivíduo não é servo de Jesus meramente por dever ou compulsão; antes, a atitude emana do amor. O amor motivou Jesus a dar a vida pelo mundo e lavar os pés dos discípulos. Todo serviço deve ser humilde, a despeito de status” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.574).



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