Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de 2003
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões
morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição
12: O
cristão, os vícios e os jogos
Data: 22 de Setembro de 2002
TEXTO ÁUREO
“Como a perdiz
que ajunta ovos que não choca, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não
retamente; no meio de seus dias as deixará e no seu fim se fará um insensato” (Jr
17.11).
VERDADE PRÁTICA
Com a lassidão dos costumes e o relaxamento constante dos
padrões de conduta da sociedade sem Deus, os jogos, os vícios e as diversões e
práticas imorais estão sendo legalizados e considerados como coisas normais e
naturais.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
Gn 9.21
A primeira
embriaguez
Terça - Gn
19.32
Incesto
sob o vinho
Quarta -
Lv 10.9
O vinho
proibido
Quinta -
Jó 1.13
O vinho em
família
Sexta - Pv
13.11
A riqueza
efêmera
Sábado -
1Co 10.7
Folga para
pecar
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Provérbios
23.31,32; Isaías 5.11,12; 28.1,7.
Provérbios
23
31 - Não olhes para o vinho quando se
mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
32 - No seu fim, morderá como a cobra
e, como o basilisco, picará.
Isaías 5
11 - Ai dos que se levantam pela manhã
e seguem a bebedice! E se demoram até à noite, até que o vinho os esquenta!
12 - Harpas, e alaúdes, e tamboris e
pífanos, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do SENHOR, nem
consideram as obras das suas mãos.
Isaías 28
1 - Ai da coroa de soberba dos bêbados
de Efraim, cujo glorioso ornamento é como a flor que cai, que está sobre a
cabeça do fértil vale dos vencidos do vinho!
7 - Mas também estes erram por causa
do vinho e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta
erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho.
PONTO DE CONTATO
Defina a palavra compulsão e discuta com a turma o seu
significado em termos práticos. O que caracteriza a compulsão? O crente está
sujeito a ela? A compulsão é pecado? O que significa vício? É possível um
crente adquirir vícios? Deixe claro que o desejo descontrolado de jogar começa
como todos os outros vícios: basta dar o primeiro passo. A recomendação
expressa do apóstolo Paulo é: “fugi de toda aparência do mal”. Qualquer
trânsito nessas veredas, seja qual for a justificativa, é apenas pretexto para
pecar.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Reprovar de modo claro e direto o uso de qualquer bebida
alcoólica.
·
Reconhecer que todos os vícios, inclusive os morais, são meios
destrutivos que o Diabo usa para ceifar vidas e destruir famílias.
SÍNTESE TEXTUAL
Não existe argumento que justifique o envolvimento do crente com
nenhuma espécie de vício. O corpo do salvo é o templo do Espírito Santo. Se
levarmos em conta que um abismo chama outro abismo, podemos perfeitamente supor
que, ao envolver-se em um tipo de vício, o homem estará perigosamente abrindo
uma brecha para que toda espécie de pecados ocupe espaço em sua vida e o domine
completamente contaminando assim o templo de Deus. A Bíblia diz: “Mas o justo
viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não terá prazer nele” (Hb 10.38).
A fé que move o cristão deve estar depositada unicamente nas promessas divinas,
nunca nas práticas perigosas, mundanas e carnais que levam à ruína espiritual.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Para esta aula utilize a técnica “Grupos de integração
horizontal-vertical”. Como funciona? Divida a turma em 4 grupos de 4 elementos.
Observe o modelo abaixo.
No exemplo abaixo, vemos que as unidades podem ser agrupadas
seja de forma horizontal: AAAA, BBBB, CCCC, DDDD, seja de forma vertical: ABCD,
ABCD etc.
Na primeira etapa, ou integração horizontal, os alunos se
agrupam conforme o modelo AAAA. Na segunda, ou integração vertical, os alunos
se agrupam conforme o modelo ABCD.
Dê a cada grupo uma situação-problema para ser debatida e
concluída dentro de 10 minutos. Exemplos: 1) O alcoolismo é doença ou pecado?
2) É lícito ao cristão “beber socialmente”? 3) Por que fumar é pecado? 4) De
que modo pode os filhos de pais crentes livrarem-se da influência das drogas?
Depois formam-se novos grupos, desta vez compostos de um
elemento de cada grupo anterior. Nestes novos grupos cada participante explica
a situação-problema debatida no seu grupo inicial e a conclusão a que se
chegou.
COMENTÁRIO
introdução
Os vícios, inclusive os morais, destroem vidas e famílias. Eles
também prejudicam lares cristãos. Na época em que vivemos, há uma onda de
liberalismo que não vê pecado em quase nada, e favorece práticas perigosas, que
podem levar à destruição espiritual, disfarçadas de “coisas que não têm nada a
ver”. O verdadeiro cristão não se deixa levar por esta degeneração do mundo. O crente
precisa saber que tais coisas vêm do Príncipe deste mundo — o Diabo.
I. O
ALCOOLISMO À LUZ DA BÍBLIA
1. Doença ou pecado? A Bíblia — O Livro do Senhor, vê o alcoolismo
de modo diferente do mundo. Nela, verificamos que o alcoolismo, a bebedeira e
outros vícios, são vistos como atos pecaminosos. Em Isaías 28.1, vemos a
condenação de Efraim (Israel) pela soberba de seus embriagados. No mesmo
capítulo, vemos que “até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida
forte; são absorvidos do vinho” (Is 28.7). A primeira embriaguez foi
experimentada por Noé logo após o Dilúvio e causou um grande mal à sua família,
resultando em maldição para seu filho Canaã (Gn 9.21-25).
2. Condenação à bebedice. Diz a Palavra: “Ai dos que se levantam pela
manhã e seguem a bebedice! E se demoram até à noite, até que o vinho os
esquenta! Harpas, e alaúdes, e tamboris e pífaros, e vinho há nos seus banquetes;
e não olham para a obra do SENHOR, nem consideram as obras das suas mãos” (Is
5.11,12). Aí, vemos um tipo de festa, no Antigo Testamento, semelhante ao que
se passa nos jogos, nos bares, nos clubes, e shows mundanos, em que a bebida
alcoólica é fator indispensável para sua motivação.
3. O sofrimento dos viciados. O escritor de Provérbios anotou que os
viciados são vítimas de sofrimento, pesares, violência, queixas, adultério,
prostituição, linguagem perversa, desequilíbrio mental (“delirium
tremens”), câimbras, vômito, derrame, hipertensão, que são apenas
algumas das danosas consequências do alcoolismo (Ler Pv 29.29,30,33-35).
4. O alcoolismo no Novo Testamento. Advertindo sobre sua vinda, Jesus proferiu uma
parábola sobre a vigilância, condenou o servo infiel, comedor, espancador, e beberrão dizendo que sua parte seria com os
infiéis (Lc 12.45,46). O apóstolo Paulo colocou no mesmo nível de condenação os
bêbados, os devassos, os idólatras, os homossexuais, e os ladrões, os quais não
herdarão o reino de Deus (1Co 6.9,10). Ver Rm 13.13; 1Pe 4.3-5.
II.
POSICIONAMENTO CRISTÃO
1. Condenação ao vício. Segundo o ensino das Escrituras, o cristão não
tem outra alternativa a não ser reprovar de modo claro e direto o uso de
bebidas alcoólicas. Grande parte dos acidentes de trânsito são provocados por
motoristas alcoolizados; cerca de 80% das agressões têm na bebida sua
motivação; a ausência ao trabalho por causa do vício causa enormes prejuízos.
2. O vinho que Jesus bebeu. Jesus transformou água em vinho numa
respeitável festa de casamento (Jo 2.1-11). Há quem use esse texto para dizer
que não há nada errado em se beber vinho. Sim! Mas o vinho que Jesus faz! Do
vinho embriagante para as demais bebidas alcoólicas pode ser apenas um passo. É
melhor não tomar o primeiro gole. Na Santa Ceia (Mt 26.29), Jesus não tomou
vinho embriagante. No texto original, Ele tomou “do fruto da vide” (do gr. guenematos tês ampèlou),
indicando tratar-se do suco fresco da uva. Se fosse vinho fermentado a palavra
seria oinos. Anotemos
o que diz a Bíblia: “Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando
resplandece no copo e se escoa suavemente” (Pv 23.31ss).
3. Nenhuma concessão. O cristão não deve tomar vinho, cerveja,
champanhe ou qualquer outra bebida, considerada leve, tendo em vista os males
físicos, sociais, morais e espirituais que envolve tal prática. Lembremo-nos de
que “o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no
Espírito Santo” (Rm 14.17).
III. O
CRISTÃO E O FUMO
1. O fumo é uma droga. No cigarro existem inúmeras substâncias
prejudiciais ao organismo humano. Metais tóxicos, como cádmio, manganês, cromo,
zinco, ao lado do alcatrão e da nicotina acabam matando os viciados.
2. Mata mais do que muitas guerras. A cada 10 minutos, morre um brasileiro de
câncer no pulmão, de enfisema pulmonar, ou de doença cardiovascular, por causa
do fumo. A cada ano estima-se que morrem mais de cem mil pessoas, no Brasil,
por causa desse vício, que é um suicídio lento. Mais de dois milhões e
quinhentas mil pessoas morrem por ano, no mundo, vitimadas pela epidemia do
cigarro.
A Bíblia tem razão quando afirma: “Mas os homens maus e
enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13).
3. Posicionamento cristão. O vício é pecado, e fumar é um vício. Logo o
fumante não tem como escapar: está pecando. O fumo destrói o corpo, que é
templo do Espírito Santo (1Co 3.17). Graças a Deus, são inúmeros os casos de
pessoas que aceitam a Cristo e ficam libertas do vício do fumo. Na conversão do
pecador, efetuada por Jesus, os vícios, como coisas da velha vida, ficam para
trás (cf. 2 Co 5.17).
IV. O CRISTÃO
E AS DROGAS
1. Agentes do diabo. As drogas são agentes utilizados pelo Diabo
para a destruição de vidas, principalmente de adolescentes e jovens.
2. Motivos que levam às drogas. Além da ação demoníaca velada, concorre para
isso a curiosidade, imitação do grupo, aventura, mas, principalmente, o
desajuste familiar. O melhor preventivo: o andar com Deus, o amor cristão entre
pais e filhos, o diálogo, o bom relacionamento, o Culto Doméstico desde cedo
como está escrito, “Instrui o menino no caminho em que deve andar e, até quando
envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
V. O CRISTÃO
E OS JOGOS DE AZAR
1. A ilusão do jogo. A propaganda das loterias, dos bingos e outros
meios da jogatina, ilude os incautos, prometendo-lhes riqueza fácil. Contudo,
nenhum desses jogos é de sorte, mas de azar. Milhares de pessoas jogam, mas só
uma ou poucas ganham “a bolada”. E o restante? Fica no azar. Perde dinheiro e
energias, esperando o ganho fantástico! Quanto mais pessoas jogam, menos
chances cada uma tem de ser sorteada.
2. O amor ao dinheiro. O jogador põe o coração no dinheiro. Torna-se
escravo da ideia de ganhar de qualquer maneira. Deus condena a avareza (1Tm
6.10). Em Provérbios 28.22, lemos: “Aquele que tem um olho mau corre atrás das
riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a pobreza” (Pv 28.22).
3. O desprezo ao trabalho. Se o crente resolve jogar pensando em deixar
de trabalhar, isso não é correto. Em Efésios 4.8, lemos: “Aquele que furtava
não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom para que tenha
o que repartir com quem tiver necessidade” (Ef 4.28).
4. O problema do vício. O vício do jogo leva a pessoa a uma compulsão,
que a obriga a jogar cada vez mais, na esperança de superar as perdas. O
indivíduo torna-se um escravo do jogo. Começa com dinheiro, depois entrega a
roupa, os sapatos, o relógio, os bens, e por fim, a honra, a dignidade.
5. A ilusão da contribuição social. O argumento de que parte do dinheiro vai para
as obras sociais não justifica a jogatina. O correto seria o governo
proporcionar oportunidade de emprego honesto, e não de incentivo ao jogo. Muita
gente, principalmente das classes mais humildes, é explorada pela jogatina.
CONCLUSÃO
Os jogos de azar, oficializados ou não, são instrumentos
prejudiciais à vida moral e social, pois levam as pessoas a confiarem na sorte,
em lugar de se dedicarem com mais afinco ao trabalho honesto. Os vícios são
meios destrutivos que o Diabo usa para ceifar vidas preciosas, principalmente
entre os jovens, e empobrecer as famílias. Que Deus guarde a Igreja, e de modo
especial a juventude para que não enverede pelos tortuosos caminhos dos jogos e
dos vícios. Até o futebol de clubes e campos, que no passado era primeiro
esporte e depois jogo, hoje é apenas jogo e não mais esporte como arte. Além de
jogo, o futebol é, hoje, também campo de batalha entre torcidas fanáticas e a
força policial.
VOCABULÁRIO
Afinco: Perseverança, persistência, constância.
Hipertensão: Elevação, acima do normal, da pressão, no interior de um órgão ou de um sistema.
Incauto: Não acautelado; imprudente.
Liberalismo: Conjunto de ideias e doutrinas que visam a assegurar a liberdade individual no campo da política, da moral, da religião, etc, dentro da sociedade.
Síndrome: Estado mórbido caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas, e que pode ser produzido por mais de uma causa.
Suscetível: Passível de receber impressões, modificações ou adquirir qualidades; capaz.
Hipertensão: Elevação, acima do normal, da pressão, no interior de um órgão ou de um sistema.
Incauto: Não acautelado; imprudente.
Liberalismo: Conjunto de ideias e doutrinas que visam a assegurar a liberdade individual no campo da política, da moral, da religião, etc, dentro da sociedade.
Síndrome: Estado mórbido caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas, e que pode ser produzido por mais de uma causa.
Suscetível: Passível de receber impressões, modificações ou adquirir qualidades; capaz.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
Ação
Social da Igreja, Maria José Resende, CPAD.
Da Escravidão Alcoólica à Liberdade Cristã, José Messias de Melo, CPAD.
Drogas: Os Jovens Desafiam o Império do Mal, Gruner & Norbeg, CPAD.
Da Escravidão Alcoólica à Liberdade Cristã, José Messias de Melo, CPAD.
Drogas: Os Jovens Desafiam o Império do Mal, Gruner & Norbeg, CPAD.
EXERCÍCIOS
1. Como a Bíblia vê o vício do alcoolismo?
R. Como pecado.
2. Quem, na Bíblia, protagonizou a primeira
bebedeira?
R. Noé, logo após o Dilúvio.
3. De acordo com Rm 14.17, o que é o Reino de Deus?
R. “O Reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo ”.
4. Por que o cristão não deve fumar?
R. Porque o fumo destrói o corpo, que é
templo do Espírito Santo.
5. Qual o principal motivo que leva alguém às
drogas?
R. O desajuste familiar.
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
Subsídio
Teológico
“O primeiro pecado registrado após a inundação está ligado à
nudez, e a causa disso foi a bebedeira. Este é o único evento negativo
registrado nas Escrituras sobre Noé, um momento de fraqueza em que ele decidiu
beber vinho e deitar-se nu em sua tenda.
Perante toda a honestidade de Noé, não sabemos com certeza se
ele imaginava que ficaria bêbado, tomando o fruto da vide. Após a inundação, a
terra tornou-se um lugar diferente do que era antes, e é possível, acreditam
alguns sábios, que esta foi a primeira fermentação do vinho. Também não sabemos
exatamente que pecado Cam cometeu. O texto mostra, porém, que ambos os outros
irmãos tomaram cuidado para não olhar a nudez de Noé, até mesmo andaram de
costas para evitar vê-lo. Onde estava a esposa de Noé durante este episódio da
embriaguez? Ela também estava nua com ele? Muitas perguntas não podem ser
respondidas totalmente” (Pureza Sexual: Como Vencer Sua Guerra Interior,
CPAD, pp.207-8).
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PAZ DO SENHOR
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