Lições Bíblicas CPAD 2º Trimestre de
2012
Título: As Sete Cartas do Apocalipse — A
mensagem final de Cristo à Igreja
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 8: Filadélfia, a igreja do amor perfeito
Data: 20 de Maio de 2012
TEXTO ÁUREO
“Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de
Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele” (1
Jo 2.5).
VERDADE PRÁTICA
Amar não é suficiente. É urgente que
o nosso amor seja perfeito como perfeito é o amor com que Deus nos amou.
HINOS SUGERIDOS
20, 39, 46.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ap 3.7
Jesus é Santo e Verdadeiro
Terça - Is 22.22; Ap 3.7
Ele tem a chave da Casa de Davi
Quarta - Sl 110.1-7
Jesus — profeta, sacerdote e rei
Quinta - 1 Co 13; 2 Co 8.1-6
Amar — a maior obra
Sexta - Ap 3.11
O Senhor Jesus vem sem demora
Sábado - 2 Tm 4.8
Devemos amar a vinda do Senhor
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Apocalipse 3.7-13.
7 - E ao anjo da igreja que está em Filadélfia
escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi,
o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre:
8 - Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti
pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a
minha palavra e não negaste o meu nome.
9 - Eis que eu farei aos da sinagoga de
Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que
venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.
10 - Como guardaste a palavra da
minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre
todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
11 - Eis que venho sem demora;
guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
12 - A quem vencer, eu o farei
coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome
do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu,
do meu Deus, e também o meu novo nome.
13 - Quem tem ouvidos ouça o que
o Espírito diz às igrejas.
INTERAÇÃO
Professor,
nesta lição estudaremos a sexta carta enviada à igreja de Filadélfia. Essa
igreja e a de Esmirna foram as únicas que não receberam nenhum tipo de
repreensão do Senhor. Sabemos que não existem igrejas ou pessoas perfeitas.
Como seres humanos, estamos sujeitos ao erro. Todavia, como servos de Cristo e
igreja do Senhor, não amamos o pecado e não somos mais dominados por ele. Não
temos mais prazer no erro. No decorrer da lição incentive seus alunos a viverem
de modo santo, buscando sempre guardar a Palavra de Deus e exaltar o nome de
Jesus, a fim de que no Dia do Senhor, que está bem próximo, possamos ouvir:
“Vinde benditos de meu Pai, possui por herança o Reino que está preparado desde
a fundação do mundo” (Mt 25.35).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Conhecer o contexto geográfico e histórico da
cidade de Filadélfia.
- Compreender como Jesus se apresenta a igreja
de Filadélfia.
- Elencar as principais características da
igreja de Filadélfia.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, providencie cópias do
quadro abaixo para os alunos. Utilize o quadro para fazer um resumo das cartas
estudadas. Procure enfatizar os elogios e as repreensões. Explique que as
mensagens encontradas nestas cartas são do Senhor Jesus e servem para as
igrejas de nossos dias. Muitos problemas enfrentados pelas igrejas do passado
são enfrentados por muitas igrejas da atualidade, por isso podemos aprender
muito com cada carta.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Filadélfia: Amor fraternal; amor entre
irmãos.
Filadélfia não era tão importante
quanto Éfeso, nem tão rica como Laodiceia. No entanto, possuía um amor que
tirava forças da fraqueza. E, de sua pobreza temporal, extraía bens eternos
para enriquecer o mundo. Se a igreja em Filadélfia tinha algum segredo, era o
amor que ela santificava a Cristo.
A uma igreja amante como Filadélfia,
o Amado abre uma porta que ninguém poderia fechar. Sim, Jesus escancara-lhe os
portais da evangelização e da obra missionária, levando-a a avançar como Reino
de Deus além de suas fronteiras. Quando a igreja local é amorosa, logo Deus a
universaliza.
I. FILADÉLFIA, A CIDADE DO AMOR FRATERNAL
1. A história de Filadélfia. Filadélfia
foi estabelecida pelo rei Átalos Filadelfos II de Pérgamo em 189 a.C. Ao
construir a cidade, tinha como objetivo helenizar a região que, até aquela
época, usava como língua comum, o gálico.
O território da bíblica Filadélfia é
ocupado, hoje, pela cidade turca de Alasehir, situada a 130 quilômetros ao
leste de Esmirna.
2. A igreja em Filadélfia. À
semelhança das demais igrejas da Ásia Menor, Filadélfia também foi estabelecida
ou pelo apóstolo Paulo, ou por algum membro de sua equipe (At 19.10). Poucas
informações temos dessa congregação, que passaria à história como a igreja do
amor fraternal. A essa igreja, endereçou o Senhor Jesus uma carta carinhosa e
terna.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Filadélfia era a igreja do amor
fraternal. Esta igreja não recebeu nenhuma repreensão do Senhor.
II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA
Ao anjo da igreja em Filadélfia,
apresenta-se o Senhor Jesus como aquele que é Santo e Verdadeiro (Ap 3.7). Somente
alguém com essas credenciais far-se-ia digno de receber do Pai a chave da casa
de Davi, para abrir-nos todas as portas da oportunidade (Is 22.22).
1. Jesus, o Santo de Deus (Ap 3.7). A
santidade é um dos principais atributos de Cristo. Embora separado do pecado,
Ele não se separou dos pecadores, mas ofereceu-se, amorosa e sacrificalmente,
para salvar-nos de nossas iniquidades (Hb 2.14).
Se Ele é santo, de sua Igreja requer
santidade e pureza (1 Pe 1.16). Portanto, Filadélfia deveria fazer-se notória também
pela santidade, pois sem esta ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Sua igreja é
santa? Ela segue a paz com todos?
2. Verdadeiro (Ap 3.7). Apresentando-se
também como verdadeiro, o Senhor Jesus demanda de sua Igreja uma postura
verdadeira e confessante. Filadélfia tinha tais características. Por isso,
estava disposta a professar o nome de Cristo até o fim. Ela não se conformava
com este mundo.
3. A chave da Casa de Davi. Jesus
é o representante mais autorizado da casa de Davi, pois somente Ele reuniu as condições
necessárias para exercer o tríplice ministério messiânico: profeta, sacerdote e
rei (Sl 110.1-7). Dessa forma, ficou ao seu encargo a chave da Casa de Davi
que, no Antigo Testamento, fora confiada a Eliaquim (Is 22.22-25).
Apresentando-se assim a Filadélfia,
Ele deixa bem claro que, na expansão do Reino de Deus, nenhuma porta haverá de
prevalecer contra a Igreja, porque Ele as abrirá (Mt 16.13-19). Portanto, se
nos dispusermos a alcançar os confins da terra, certamente seremos bem
sucedidos. O que estamos esperando? Aleluia! Não há portas fechadas aos que se
dispõem a ganhar o mundo para Cristo.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Jesus se apresenta ao pastor da igreja
em Filadélfia como aquele que é Santo e Verdadeiro. Filadélfia deveria fazer-se
notória também pela sua santidade.
III. UMA IGREJA AMOROSA, PACIENTE E CONFESSANTE
Sendo rica em amor, Filadélfia era
também abundante em obras e virtudes teológicas (Ap 3.8). Eis alguns traços da
personalidade dessa igreja tão amorosa e tão amada:
1. Amar é a maior das obras. Embora
nenhuma de suas obras haja sido particularizada por Cristo, a igreja em
Filadélfia cumpria zelosa, e perseverantemente, os termos da Grande Comissão
(Mt 28.19,20; At 1.8).
O que disso concluímos? Somente uma
igreja amorosa se preocupa com a evangelização e com a obra missionária. Que
exemplos temos nas igrejas da Macedônia (2 Co 8.1-6).
2. Força na fraqueza. Filadélfia
não era uma igreja forte (Ap 3.8). Mas pela fé, sabia como tirar forças da
fraqueza (Hb 11.34). Portanto, não importa se a sua igreja é pequena: faça
grandes coisas para Deus. Ela é pobre? Enriqueça os miseráveis com o Evangelho
de Cristo. Ela é desconhecida? Leve os pecadores a serem conhecidos como filhos
diante do Pai.
3. Amorosa perseverança. Em
meio às perseguições, Filadélfia jamais negou o nome do Senhor (Ap 3.8). Ela
não capitulou diante do Império Romano, pois estava compromissada com o Reino
de Deus.
Além das tribulações externas, a
igreja em Filadélfia enfrentava, no âmbito doméstico, as investidas de um grupo
denominado de sinagoga de Satanás (Ap 3.9). Tratava-se de uma gente herege e
ímpia que, desfraldando impiamente a bandeira da Lei de Moisés, buscava anular
a graça de Cristo. Paulo, aliás, tivera muitas dificuldades com esses indivíduos
(Gl 1.1-7).
As dificuldades que os falsos
obreiros causavam à Filadélfia não eram pequenas. Todavia, haveriam eles de
reconhecer que a igreja, embora fraca, contava com um forte defensor: “Eis que
eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas
mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam
que eu te amo” (Ap 3.9).
Estejamos, pois, tranquilos. Jesus
batalha nossas batalhas e guerreia nossas guerras.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Filadélfia era uma igreja amorosa e
paciente. Pela fé sabia como tirar forças da fraqueza.
IV. FILADÉLFIA NOS ÚLTIMOS DIAS
Enquanto Laodiceia existia para o
aqui e o agora, Filadélfia tinha uma perspectiva escatológica verdadeiramente
bíblica. Ela encarava com seriedade a iminência da volta de Jesus Cristo.
1. A iminência da volta de Jesus. Em
sua carta à igreja em Filadélfia, o Senhor Jesus alerta-nos: “Eis que venho sem
demora” (Ap 3.11). Nunca estas palavras fizeram-se tão urgentes quanto hoje.
Basta ler os jornais, para se confirmar o cumprimento das profecias que
preanunciam o arrebatamento da Igreja. Tenho certeza de que Filadélfia, ao
receber tal exortação, alegrou-se muito, pois, amante como era, suspirava pelo
Amado (2 Tm 4.8). E você? Ama realmente a volta do Senhor?
2. A Grande Tribulação. Muitas
eram as tribulações que se abatiam sobre Filadélfia. De uma coisa, porém, sabia
aquela amantíssima igreja: o Senhor não permitira viesse ela a ser alcançada
pela Grande Tribulação. É o que nos promete Jesus: “Como guardaste a palavra da
minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre
todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).
Não tenha medo. Antes que chegue a
angústia, Jesus virá arrebatar-nos. E assim estaremos para sempre com o Senhor
(1 Ts 4.13-17).
3. A coroa de glória. A
igreja em Filadélfia já havia recebido sua inteira aprovação do Senhor. No
entanto, haveria ela de mostrar-se vigilante e cuidadosa para que ninguém lhe
furtasse o galardão: “Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap
3.11).
Está você vigilante e cuidadoso com o
que lhe confiou Jesus? Não permita que o Diabo lhe roube no tempo os bens que o
Senhor lhe preparou na eternidade (Ap 2.10).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A igreja em Filadélfia tinha uma
perspectiva escatológica verdadeiramente bíblica, por isso encarava com
seriedade a iminência da volta de Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
Mantenhamo-nos fiéis. O Senhor Jesus
não tarda. Em seu inconfundível amor, promete-nos: “A quem vencer, eu o farei
coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome
do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu,
do meu Deus, e também o meu novo nome” (Ap 3.12).
Sabe você o que significa esta
promessa? Além de termos o privilégio de morarmos nos céus por toda a eternidade,
seremos lá tidos como ilustres. Sobre nós estará o nome de Deus, do Noivo e da
Jerusalém Celeste.
Quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas.
VOCABULÁRIO
Gálico: Relativo
à Gália; gaulês.
Helenizar: Dar caráter grego a, tornar(-se) semelhante aos helenos, à sua cultura e civilização.
Terna: Relativo a ternura; meiga, afetuosa.
Capitulou: Entregou-se, se rendeu.
Desfraldando: Espalhando (notícia, palavras, doutrinas etc); divulgando.
Iminência: Aproximação, urgência.
Helenizar: Dar caráter grego a, tornar(-se) semelhante aos helenos, à sua cultura e civilização.
Terna: Relativo a ternura; meiga, afetuosa.
Capitulou: Entregou-se, se rendeu.
Desfraldando: Espalhando (notícia, palavras, doutrinas etc); divulgando.
Iminência: Aproximação, urgência.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
LAWSON, S. J. As
Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para o seu Povo. 5.ed.,
RJ: CPAD, 2004.
HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
EXERCÍCIOS
1. Como
a igreja de Filadélfia passou para a história?
R. Como
a igreja do amor fraternal.
2. Segundo
a lição, qual é um dos principais atributos de Cristo?
R. A
santidade.
3. Como
Filadélfia sabia tirar força da fraqueza?
R. Pela
fé em Jesus Cristo ela sabia tirar forças da fraqueza.
4. O
que Jesus alertou em sua carta à igreja de Filadélfia?
R. O
Senhor Jesus alertou: “Eis que venho sem demora” (Ap 3.11).
5. Você
ama a volta do Senhor?
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
“Filadélfia
Tinha sido fundada pelos cidadãos de
Pérgamo, em uma região fronteiriça, como uma porta de entrada ao platô central
da Ásia Menor. De Filadélfia, saíam rotas de comércio que levavam a Mísia,
Lídia, e Frígia. A rota postal do império romano também passava por Filadélfia,
e a cidade ganhou o nome ‘Porta para o Oriente’. As planícies ao norte eram
propícias para a plantação de uvas, de maneira que a economia de Filadélfia se
baseava na agricultura e na indústria. O terremoto de 17 d.C, que tinha
destruído Sardes, também tinha sido particularmente devastador em Filadélfia,
porque a cidade estava próxima a uma linha de falha geológica e sofreu muitos
tremores de terra subsequentes. Isto fazia com que a população se preocupasse e
levava muitos deles a viver fora dos limites da cidade. Filadélfia era uma
igreja pequena em uma área difícil, sem prestígio e sem riquezas, desencorajada
porque tinha crescido. Mas Cristo não tinha palavras de repreensão para esta
igreja pequena e aparentemente insignificante, e Ele descreveu-se à igreja de
Filadélfia como o que é santo, o que é verdadeiro. Este era um título familiar
de Deus (veja Is 40.24; Hc 3.3; Mc 1.24; Jo 6.69)” (Comentário do Novo
Testamento: Aplicação Pessoal. 1.ed.,
Vol.2, RJ: CPAD, 2009, p.846).
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PAZ DO SENHOR
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