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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Lançar teu pão sobre as aguas (2)





Aqui Qoheleth resume um tema já visto em 10.8-9. A boa vida requer decisão e ação. Existem incertezas e perigos, mas aquele que espera pela sabedoria completa e a segurança perfeita nunca irá sofrer riscos. Quem observa o vento, isto é, espera até que não haja nenhum vento para atrapalhar até mesmo o espalhar de suas sementes, nunca semeará (4). Também, o que olha para as nuvens — para ter certeza de que suas sementes, quando cortadas, não se molhem — nunca segará [colherá], No versículo 5, somos lembrados de que sempre existem fatores que são do exclusivo conhecimento de Deus em qualquer decisão que tomemos. O significado do caminho do vento deve ser fornecido pelo contexto, visto que a palavra pode significar “espírito” ou “vento”. Muitos tradutores modernos a definem como “vento” e a relacionam ao versículo 4. Moffatt o transforma em poesia:
Assim como você não sabe para onde sopra o vento, nem como um bebê cresce no ventre, assim você não pode saber como Deus trabalha,
Deus que está em tudo.
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 463.
Ec 11.4 — Nunca semeará. A pessoa cautelosa ao extremo a ponto de esperar o momento ideal para tomar uma atitude está condenada ao fracasso.
11.5 — Certos atos do Senhor são inexplicáveis. Em Eclesiastes, o conceito de Deus como Criador, que faz todas as coisas, não se restringe ao versículo 1 do capítulo 12. A incapacidade de o ser humano conhecer a obra de Deus independente de conhecê-lo é um dos temas desse livro (Ec 3.11; 8.17; 9.12).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1004.
Ec 11.4 - Esperar as condições perfeitas indica falta de iniciativa. Esta compreensão prática também é aplicável a nossa vida espiritual. Se esperarmos a ocasião e o local perfeitos para a ler a Bíblia. nunca começaremos; para pertencer a uma igreja perfeita, nunca congregaremos; para ter o ministério perfeito, nunca serviremos. Devemos dar nossos passos em direção ao crescimento espiritual. Não devemos aguardar condições que provavelmente jamais existirão!
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 885.
Fé nas coisas que se veem não é fé. Fé no Invisível é o que Hebreus 11 nos ensina. O homem que pratica a fé não come sozinho o seu pão ao lado do faminto. Os evangélicos têm sido responsáveis por muitos sofrimentos, que poderiam sanar. Por ignorância, má orientação ou egoísmo, não têm aproveitado as suas oportunidades de fazer o bem. Está na memória deste escritor uma luta acesa, em um estado da Federação, sobre se os batistas deveriam ou não manter um orfanato. A duras penas, alguns têm conseguido romper as barreiras opostas à prática da beneficência e alcançado algum resultado, posto que mui pouco. Muitos dos mestres batistas jamais leram este verso, esse imperativo de lançar o pão nas águas. Por causa desta Infeliz miopia, os batistas não têm um hospital no Brasil, não têm uma creche de sustentação geral, não têm nada. O povo apodrece Junto de nós, e não temos meios de ajudá-lo. Agradecemos à Providência o fato de já termos umas duas ou três Casas da Amizade, onde se pratica algum bem aos menos favorecidos da sorte. Como Batistas precisamos estar lembrados que um dia também seremos chamados à prestação de contas sobre as Implicações sociais da fé cristã.
Os que observam o vento nunca semeiam, e o que olha para as nuvens nunca sega (v. 4). Que é isto? Falta de confiança e também raiz da sonegação da caridade. Joga tua semente na terra e confia naquele que manda no vento e nas nuvens, e terás boa colheita. A natureza é pródiga, liberal e a todos dá sem discriminações. Façamos da nossa religião algo para valer aqui na terra e não apenas no céu; e o que vale na terra são as criaturas, boas ou más, com as quais estamos ligados para o tempo e para a eternidade. Quando Jesus mandou fazer amigos com as riquezas da injustiça (Luc. 16: 9), ordenou fôssemos previdentes; e a previdência inclui o cuidado para com todas as obrigações da vida, inclusive porque Ele condenou o desleixo da vida, e este desleixo ou falta de cuidado inclui os deveres para com o próximo.
Antônio Neves de Mesquita. Provérbios. Editora JUERP.
VENTO
Temos a considerar uma palavra hebraica e três palavras gregas, quanto a este verbete, isto é:
1. Ruach, "vento". Esse vocábulo hebraico aparece por um total de 370 vezes, com o seu sentido principal de "espírito", além de outros. Com o sentido de "vento", aparece por 91 vezes, desde Gên. 8:1 até Zac. 5:9.
2. Ãnemos, "vento". Essa palavra grega ocorre por 30 vezes no Novo Testamento: Mal. 7:25,27; 8:26,27~ 11:7; 14:24,30,32; 24:31; Mar. 4:37; 4:39,41; 6:48,51; 13:27; Luc. 7:24; 8:23,25; João 6:18; Atos 27:4,7,14, 15; Efé. 4:14; Tia. 3:4; Jud. 12 e Apo. 6:13; 7:1.
3. Pneuma, "espírito", "vento". Com o sentido de vento, figura apenas por uma vez, em João 3:8, nas famosas palavras de Jesus a Nicodemos, pois, certamente, o trecho emprega um jogo de palavras: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito".
4. Pnoé, "vento". Palavra grega usada somente por duas vezes, em todo o Novo Testamento: Atos 2:2 e 17:25. O termo hebraico ruach é cognato do ugarítico rh, que algumas autoridades pensam ser oriunda da raiz r w h, embora isso seja duvidoso, pois o cognato fenício é apenas rh. O sentido dessa raiz é difícil de determinar, embora muitos estudiosos aceitem "sopro" ou "brisa". É uma palavra usada para indicar qualquer agitação ou movi menta do ar, seja pela força de alguma tempestade, como em Osé. 13: 15, seja pela respiração do homem, como em Jó 9: 18. A distribuição dialética de vocábulos para indicar sopro, nos idiomas semíticos, exibe um padrão bastante confuso, com muitas expressões idiomáticas. No tocante ao volume do Antigo Testamento, é interessante observar que essa palavra hebraica, ruach, faz-se totalmente ausente, ao passo que é muito frequente, em outros livros daquela coletânea. Em um sentido derivado, esse termo hebraico também indica "vaidade", em um sentido metafórico, algo tão sem substância quanto o ar, conforme se vê em Jer. 5: 13.
A mais difícil ocorrência do termo hebraico ruach encontra-se em Gênesis 1:2. Tradicionalmente, essa passagem tem sido vinculada ao trecho de Gênesis 8: 1, mas, sem qualquer razão verdadeira. Em nossa versão portuguesa, essas passagens dizem, respectivamente: " 0 Espírito de Deus pairava por sobre as águas"; e: " Deus fez soprar um vento sobre a terra, e baixaram as águas". É claro que as duas passagens não estão falando sobre uma mesma coisa. Antes, a ligação de Gênesis 1:2 é com Já 33:4, onde lemos: "O Espírito de Deus me fez; e o sopro do Todo-poderoso me dá vida". Gênesis 1:2 e Já 33:4 indicam atividades divinas, pelo Santo Espírito.
No Novo Testamento, o termo principal é ánemos, termo grego que corresponde à palavra portuguesa vento.
Essa é a palavra que a Septuaginta usa para traduzir o termo hebraico ruach, em cerca de 50 ocorrências, quase exclusivamente quando descreve fenômenos naturais. Pneuma, outra palavra grega, entretanto, também foi empregada como tradução de ruach, em 264 citações. Explica-se isso facilmente, dizendo que ruach encerra os dois sentidos, que o grego desdobra em pneuma e em ánemos. Pneuma aponta muito mais para o "espírito", ao passo que ánemos indica muito mais o "vento".
Usos Simbólicos. E fácil compreender como o vento é usado ilustrativamente para muitas ideias de cunho espiritual, visto que, embora invisível diretamente para o olho humano, seus efeitos são perfeitamente perceptíveis. Podemos perceber 13 desses usos ilustrativos do vento.
As operações do Espírito de Deus (Eze. 37:9; Joã03:8; Atos 2:2).
A vida humana (Jó 7:7).
Os discursos dos desesperados (Jó 6:26).
Os terrores que perseguem a alma humana (Jó 30: 15).
As imagens de escultura (lsa. 41 :29).
A iniquidade, que conduz à destruição (1sa. 64:6).
As falsas doutrinas (Efé. 4: 14).
Os ímpios, sob a forma de palha tangida pelo vento (Jó 21:18; Sal. 1:4).
Os que se jactam de dons falsos, sob a forma de vento sem chuva (Pro. 25: 14).
Os juízos de Deus (sob a forma de vento destruidor) (Isa, 27:8; 29:6; 41:16).
A maldição do pecado (sob a forma de ventos semeados) (Osé. 8:7).
As vãs esperanças (sob a forma de vento como alimento) (Osé. 12:1).
As expectações que não se cumprem (Isa. 26:18).
Ver também o artigo Clima. E também outros vinculados a este, como Tempestade, Tufão, Pé-de- Vento, Redemoinho, etc.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 590-591.
VENTOS Os hebreus reconheciam quatro movimentos de arhorizontais que chamavam de vento. Os ventos sul e sudeste cruzando o deserto arábio eram quentes e secos (Jó 37.17; Lc 12.55). O vento norte era mais fresco sendo favorável para a vegetação (Ct 4.16). Os ventos oeste, sudoeste e noroeste traziam as chuvas e acompanhavam uma tempestade (1 Rs 18.43-45; SI 147.18; Ez 13.13). O vendo leste era quente, com rajadas e carregado de areia. Ele era prejudicial à vegetação (Gn 41.6; Is 11.15; Ez 19.12; Jn 4.8). O vento era reconhecido como uma criação de Deus (SI 135.7; Am 4.13), e era usado como um instrumento para executar seu prazer (Êx 14.21; SI 78.26; 148.8; 2 Rs 2.11) e seu juízo (SI 48.7; Jn 1.4). Os homens também usavam o vento em seu proveito. Era importante para o lavrador ao joeirar os grãos (SI 1.4; 35.5; Is 17.13) e para o marinheiro ao navegar nos mares antigos (At 27.40; 28.13; Tg 3.4).
Pelo fato das palavras para "vento" nos idiomas originais (heb. ruah, gr. pneuma) também significarem "espírito" e "fôlego", os termos são às vezes intercambiáveis, como em Ezequiel 37.5-9,14. O Senhor Jesus Cristo ilustrou a operação do Espírito Santo na regeneração por meio da natureza invisível do vento (Jo 3.8). Uma das manifestações da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes foi descrita como "um som, como de um vento veemente e impetuoso" (At 2.2). Veja Relâmpago; Chuva; Espírito Santo; Tufão, Redemoinho. G. E. W.PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1989.
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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