I - A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES
1. Satisfazendo necessidades, não vontades.
A Importância de Impor Limites
No meio desse caldo cultural, uma pergunta que parece bastante pertinente é: como educar em meio a tudo isso? Vimos nesse texto que o livro de Provérbios contém dezenas de princípios para a condução do processo educativo tomando por base os valores éticos-morais. Vale a pena destacar o que o psiquiatra e educador Içami Tiba escreveu sobre o desafio de educar. Ele sublinhou: “Educar não é deixar a criança fazer só o que quer (buscar saciedade). Isso dá mais trabalho do que simplesmente cuidar, porque equivale a incutir na criança critérios de valor.
A criança é regida pela vontade de brincar, de fazer. A cada movimento, está descobrindo coisas, num processo natural de aprendizagem. Junto a isso entram os valores.
Construir uma casa é muito mais difícil do que reformá-la. Reformar, no caso de um filho, seria o mesmo que sempre dizer não’ para algo que ele já fez muitas vezes. Melhor ensinar aos poucos.
Quando quer fazer alguma coisa, a criança observa a reação dos pais; se ouve um ‘não’, insiste. Quer testar se o que dizem é mesmo para valer — até incorporar a regra. Leva algum tempo, mas ela aprende. Então aquele critério de valor passa a fazer parte dela.
É interessante notar como desde tenra idade a simples repressão já não funciona. E preciso estabelecer uma diferença ao incentivar o comportamento certo. A simples aprovação é uma recompensa para a criança, como o silêncio é uma permissão.”
Educar, portanto, requer a imposição de limites, mas sem se valer de métodos castradores ou violentos. O livro de Provérbios diz: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” (Pv 13.24).
Mais uma vez, o Dr. Içami Tiba, que sem dúvida é um dos maiores especialistas na educação de jovens e adultos, chama a atenção em seu excelente livro para o que denomina de “lágrimas de crocodilo”. Observando o comportamento das crianças, ele destaca que:
“Há dois tipos de choro: o que expressa dor e o que busca poder.
Se o filho descobrir que pode usar o choro como fonte de poder, os pais estão perdidos. Nunca mais saberão dizer se ele chora por dor ou por poder.
(...) Esse tipo de choro (por poder) apela para o lado coitadinho’, inspira ternura. É o domínio pela chantagem afetiva.
É difícil neutralizar o uso do choro como arma. Pai e mãe têm de entender que um pouco de dor não matará a criança, assim como um pouco de poder não matará os pais. Só há um jeito de aprender a diferenciá-los: acertando e errando.
(...) Um erro cometido pelos pais, desde que não seja baseado na violência, em surras, socos e pontapés não traz problema nenhum. Atos como esses descarregam a raiva, mas não têm força educativa, pois violência só gera violência”.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 74-75.
Ensinar é também exercitar regras como SIM E NÃO, estabelecer limites aos filhos.
Explicar sempre sobre a responsabilidade de seus atos alguém sempre pedirá contas tanto para elogiar como para reprovar e muitas vezes não seremos nós. Pode ser os mais velhos , a sociedade e até a polícia.
Fazer acepção de pessoas ser paternalista, fazer distinção injusta entre um e outro gera seque-las incuráveis.
Procure conhecer seu filho para ama-lo e educá-lo com sabedoria.
Abençoar sempre nossos filhos, nunca deixar de confessar e crer que eles são bênçãos e heranças (SALMOS 127/3. Nunca amaldiçoar, nunca ofender, nunca desrespeitar à eles, tratá-los da forma que nós gostaríamos de ser tratados, eles serão como nós somos, pois seguirão todos nossos bons e maus exemplos.
É importante ressaltar, que nossa vida espiritual deve ser uma vida de frutos bons, um constante crescimento através do aprendizado da palavra de DEUS, para que haja transformação genuína, nossa família que é a igreja em casa deve estar edificada em JESUS em seus ensinamentos, mas para isso é necessário que coloquemos em prática tudo aquilo que aprendemos.
Autor desconhecido.
ALERTA AOS PAIS.
A Delegacia de Houston, Estado do Texas, nos Estados Unidos, elaborou as seguintes regras para formar um filho delinquente. São um alerta aos pais.
1) Desde pequeno, dê tudo o que o filho pedir. Desta forma, ele crescerá pensando que sempre terá tudo o que quiser. (O certo é não dá tudo o que o filho pedir).
2) Quando ele disser palavras imorais, ria com ele. Isto fará pensar que é engraçadinho e o encorajará a aprender frases mais "engraçadinhas" ainda, que, mais tarde, vão lhe deixar completamente sem jeito. (O certo é repreender o filho quando disser palavras imorais, e não achar engraçado).
3) Nunca lhe dê treinamento espiritual algum. Espere até que ele complete 21 anos, e deixe-o decidir por si mesmo; (O certo é dar o ensino espiritual, desde cedo, como manda a Bíblia).
4) Evite o uso da palavra "errado". Pode desenvolver nele um complexo de culpa. Isto condicionará seu filho a acreditar, mais tarde, quando for preso por roubar um carro, que a sociedade está contra ele e que está sendo perseguido; (O certo: se precisar deve-se mostrar o erro ao filho).
5) Apanhe tudo o que seu filho deixar espalhado: livros, sapatos e roupas. Faça tudo por ele e, assim, ele se acostumará a jogar todas as responsabilidades em cima dos outros. (O certo: não fazer tudo pelo filho; ensiná-lo a ter responsabilidade, cuidando de suas coisas, desde criança).
6) Deixe-o ler tudo que lhe caia nas mãos. Cuide sempre que as vasilhas, pratos, talheres e copos sejam esterilizados, mas deixe que sua mente se alimente de lixo; (O certo: examinar o que o filho ler, não permitindo literatura imoral no lar).
7) Brigue com sua esposa (ou com seu marido) frequentemente na presença dos filhos; deste modo, eles não ficarão chocados mais tarde, quando o lar se desfizer; (O certo: jamais brigar com a esposa, muito menos em frente dos filhos).
8) Dê-lhe todo o dinheiro que quiser. Não permita que ele trabalhe para ganhar dinheiro. Porque ele teria que adquirir as coisas com as mesmas dificuldades que você? (O certo: se puder, dar a mesada aos filhos, orientando-lhes para o valor do dinheiro, sem gastar além do que recebe).
9) Satisfaça qualquer desejo de comida, bebida e conforto que ele queira. Veja que todos os seus desejos sensuais sejam gratificados. A inibição de desejo pode dar origem a uma perniciosa frustração; (O certo: só satisfazer aquilo que é lícito e conveniente para os filhos)
10) Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. Todos eles estão de prevenção contra seu filho. (O certo: se ele errar, nunca ficar de seu lado; ajudá-lo a corrigir as falhas, com amor e compreensão)
11) E, quando ele estiver seriamente envolvido em dificuldades, desculpe-se a si mesmo, dizendo: "Nunca consegui fazer nada com ele"; (Procurar ajudar nas dificuldades, visando a correção e resolução dos problemas).
12) Prepara-se para uma vida de tristezas e sofrimentos. Você está fazendo tudo para tê-la. (O certo: usando a Palavra de Deus, preparar a família para uma vida de amor, obediência e dedicação a Deus).
Fonte: www.assembleiadedeus-rn.org.br/familia/port/index.htm
A Responsabilidade dos Pais
A. Filhos São Dádivas de Deus
A vida humana para Deus é sagrada. A vida humana é diferente da vida animal ou orgânica (Gên. 2:7). Por ser diferente Deus cobra do homem o seu tratamento para com seu próximo (veja os exemplos de Caim - Gên. 4:8-12 e a Lei - Êx 21:12-16) uma coisa que Deus não faz com as outras formas de vida que Ele criou. A vida humana tem tratamento diferenciado pois é diferente. O homem foi feito na imagem de Deus e Deus o deu o “fôlego de vida” (Gên. 1:26,27; 2:7), uma alma.
Pelos pais Deus dá vida humana. A parte genética de certo vem dos pais, mas Deus tem dada a essência da vida, a alma (Gên. 2:7; Jó 33:4; Sal 127:3). Mesmo que os pais não planejaram ter um filho ou outro, a consequência dos fatos é que têm filhos e estes são criações e dádivas de Deus.
Deus faz tudo com propósito. As vezes Ele revela este propósito a nós, outras vezes não (Deut 29:29). Se Deus os deu filhos, e se Deus os fez, Ele os tem dado e os tem feito com propósitos específicos, pois Ele opera tudo “segundo o conselho da sua vontade” (Efés 1:11).
O fato que os filhos são dádivas de Deus aos pais indica responsabilidade dos pais para com Deus pelos filhos recebidos. A vida dos filhos que Deus tem dado aos pais como uma herança implica responsabilidade, pois a vida a Deus é sagrada. Abençoado o lar que tem pais que temem a Deus e toma como algo de grande importância a responsabilidade de treinar os filhos na maneira de agradar Deus. Abençoado também os filhos que vivem como se tenham responsabilidade para com Deus de viver como uma dádiva de Deus aos pais. 1. A Verdade da Responsabilidade Deut 6:6-9; Provérbios 22:6; Efés 6:4 Há ordem no que Deus faz. Examinando mundo animal, o corpo celeste, o corpo humano, as leis de Deus e as ações de Deus para com seu povo (Arca de Noé, Tabernáculo, Igreja) se vê que há gloriosa ordem em tudo que Deus tem feito. A família não é nada diferente. Há uma hierarquia de comando no lar que garante paz e ordem no lar (I Cor 11:3; Efés 6:1-4). Os pais, depois de Deus, são os que tenham a primeira responsabilidade no lar (Deut 6:6-9; Efés 6:4). Para entender que Deus cobra dos pais as ações dos filhos vede o exemplo de Eli (I Samuel 2:27-29; 3:13). Só por terem a responsabilidade não quer dizer que todos os pais sentem capazes de educar os filhos. Muitos pais já sentem fracassados mesmo antes de começar, e outros sentem o mesmo depois de começar. Parece que tanto mais tempo exercitados como pais menos que sente capaz. Talvez por não terem exemplos adequados ou por sentirem ignorante da maneira certa muitos já pensem que tem falta de capacidade. Independente dos sentimentos dos pais, a sua experiência boa ou má ou até a falta dela, o mandamento dos pais para com os seus filhos é o mesmo. Deus mandou, então há responsabilidade. A posição dos pais é uma posição que Deus tem dado. Lembra-se que os filhos vem dEle. 2. Pais Devem Ser Honrados Êx 20:12; Deut 21:18-21; 27:17; Efés 6:2 Deus quer receber glória em tudo que Ele faz (Jer 9:23,24; Mar 12:30; Apoc 5:13). Pais têm responsabilidade no lar, e também os filhos. Aquela posição que Deus tem dado aos pais deve receber a honra dos filhos. Os pais têm a responsabilidade de glorificar Deus pela instrução dado aos filhos. Os filhos têm responsabilidade de glorificar Deus pela honra que dão aos pais. Todos no lar têm responsabilidade de glorificar Deus (Efés 6:1-4). Mesmo que os pais não sentem dignos de terem a honra dos filhos, Deus mande que os filhos honram os pais do mesmo jeito. Deus tem dado esta posição aos pais e os pais devem cumprir o melhor possível as responsabilidades da posição. Se os pais não vivem dignamente de receberem honra, Deus cuidará deles. Os filhos não precisam julgar os pais dignos antes que dão honra aos pais. Os filhos devem dar honra aos pais pois é mandamento de Deus que eles a dão. Os filhos que não dão honra aos pais, Deus também os cuidarão (Provérbios 30:17). É um favor aos filhos no desempenhos das suas responsabilidades de honrarem os pais se os pais ensinem os filhos de honrar eles como pais. Os pais nunca devem permitir que os filhos desrespeitem a posição que Deus tem os dado (Mat. 15:4-6). Também facilita as coisas se os pais vivem dignamente de receberem tal honra. Para ver o grau de erro que os filhos que não respeitarem os pais cometem, devem considerar estas listas de pecados grossos e verão que o pecado de desobedecer os pais esteja bem no meio: Rom 1:28-32; II Tim 3:1-5. Pela exanimação destes referencias, não fica consciente que os pais devem ser honrados?
B. Pais Têm Autoridade
Se Deus fez tudo segundo seu propósito, pode crer que Ele tem planos para desenrolar tal propósito. Ele nos revelou pela Bíblia os planos quais são importantes para nós sabermos. A verdade que autoridade existe no mundo não deve restar nenhuma dúvida qualquer. Agora queremos estudar para saber o que é autoridade, ver um exemplo convincente de autoridade em ação e entender os princípios de autoridade. 1. O Que é Autoridade Autoridade definido é o direito ou poder de se fazer obedecer, de dar ordens, de tomar decisões, de agir, etc. (Dicionário Aurélio, 1a edição). Mesmo que há muitos que não usem corretamente a autoridade que Deus tem estipulado para que os outros usassem, o princípio de autoridade não muda. Há um que tem domínio, e os outros precisam de o obedecer. Se for de outra maneira, autoridade seria inexistente. O exemplo supremo de autoridade é Deus. Deus é a primeira e a última autoridade (Sal 47:2; 83:18). Só Deus é o “SENHOR, Altíssimo”. Deus pode ser considerado a autoridade suprema porque: a) Por Ele ser o criador de tudo já é suficiente razão para Ele ter autoridade sobre tudo (Rom 11:36; Apoc 4:11: 5:13). b) Por Deus ser o onipotente e sobre tudo no céu e na terra mostra que tudo e todos devem obedecer a Sua autoridade (Dan 4:34,35). c) Por Deus ser amor e o ser perfeito mostra que só Ele deve ter todo o respeito de autoridade (I João 4:8; Rom 2:4; Sal 145:3,17).
d) Por exercitar perfeitamente e com justiça tal autoridade. De Deus veio a lei e é “Deus que há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” (Ecl. 12:14; Apoc 20:7-15).
Os pais e os filhos podem aprender muito pela consideração íntima da autoridade de Deus e como Ele exercita Sua autoridade em todas as situações.
Deus sendo a autoridade suprema Ele tem delegado autoridade entre vários no mundo como aquilo que agradou Ele. As autoridades que Ele estipulou no mundo (Rom 13;1,2), inclusive no lar (I Cor 11:3; Efés 6:1-4), devem ser vistas como uma extensão da Sua autoridade. Isso, “porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenarão.” (Rom 13:1,2,7). Os princípios de autoridade são os caraterísticos ou a natureza dela. Devemos qualificar qualquer autoridade pelos estes princípios: a) Deus é a autoridade suprema (Êx 8:10; 9:14; Rom 11:36). b) As instituições estabelecidas por Deus, bem como governo, casamento, família e igreja foram instituídas para o desempenho ordenado dos propósitos de Deus (Rom 13:1; Efés 1:11; I Cor 14:40). c) Aquele que tem uma posição de autoridade em qualquer instituição que Deus tem estabelecida só pode exercitar o seu domínio entre os limites daquela instituição. Por exemplo: um governo entre os limites do seu país; um pai entre os limites da sua família, etc. (Efés 6:1, “vossos pais”; 5:24, “seus maridos”). d) Cada pessoa tem uma autoridade sobre Ele, pois Deus é sobre todos (Jó 34:12,13; Rom 11:36; I Cor 11:3). e) Autoridade tem limites. O governador tem autoridade entre os seus governados mas não entre os governados por outros governos (a menos que no evento de auto defesa). O pai tem autoridade no seu lar mas ele também tem limites. Por exemplo, o pai não tem autoridade de pedir seu filho roubar nem controlar os filhos dos outros, a não ser que é para proteger a sua própria família (Efés 6:1,4). Há ordem no que Deus tem estabelecido e a capacidade de controlar tudo resta com Deus. Nenhum homem por mais bom que seja ou por mais poderoso que seja pode controlar tão justa e bem quanto Deus. Só Deus é onisciente, onipresente e onipotente (Êx 8:10; 9:14).
2. A Autoridade dos Pais
Agora queremos entender como as verdades de autoridade aprendidas já podem ser aplicadas no lar. É uma coisa saber o certo, é outra coisa fazer o certo. Não é abençoado o homem que só olha no espelho, mas aquele que olha e não esquece os defeitos que viu (Tiago 1:23). Só pelo fazer o que se ouve da Palavra é de edificar algo firme, bem estabelecido e duradouro (Mat. 7:24-27).
A primeira verdade que queremos entender neste aspecto é que os filhos têm uma obrigação obedecer os pais. Essa ação de obedecer não é opção dos pais e nem dos filhos (Efés 6:1; Col. 3:20). A palavra obedecer no grego significa de dar ouvidos (como um subordinado, Col. 3:22); ouvir atentivamente; com implicação de ouvir para fazer o que for pedido, ou para conformar à autoridade (#5219, Strong’s). É de obedecer como os ventos e o mar obedecem a palavra de Jesus (Mat. 8:27), os espíritos imundos obedecem a autoridade de Jesus (Mar 1:27), como Abraão obedeceu Deus (Heb 11:8) e como Sara obedeceu Abraão (I Ped 3:6). O pecador obedeça a chamada de Deus pela palavra nesta maneira (Heb 5:9). Negativamente, os crentes não devem obedecer como um subordinado ou como um servo às concupiscências da carne (Rom 6:12,16). O que os pais pedem para os filhos fazerem, os filhos devem fazer. É isso o significado da palavra ‘obedecer’ na relação filho - pai.
A palavra dos pais é lei. Se é os filhos que devem obedecer aos pais então podemos entender que são os pais que estabelecem os parâmetros no lar. Enquanto os filhos estão no lar, obediência é necessária . De outra maneira, autoridade é inexistente. Os pais têm a responsabilidade e a autoridade de Deus de até forçar a submissão dos filhos fazer o que for pedido deles. Deus requer dos pais o controle dos filhos (castigo por não controlar os filhos mesmo sendo moços - I Sam 3:13; rebeldia como resultado de não controlar os filhos - I Reis 1:6; a instrução de controlar os filhos - Prov. 23:13, 14). Isso não quer dizer que os pais não podem errar nem que o pais podem ultrapassar os limites da sua autoridade. Os princípios de autoridade já estudados continuem em efeito neste relacionamento, e em verdade, em todos os relacionamentos que tem autoridade envolvida. Se tem autoridade, a natureza ou os caraterísticos dela fiquem em evidência. Em conclusão entendemos que no lar são os pais que estabelecem os limites para os filhos e que os filhos têm a obrigação de submeterem-se à essa autoridade. Por isso, os pais não devem procurar ser o “amigão” ou “o irmão maior” dos filhos. Devem ser os pais - a autoridade para ser obedecida, os líderes. Se os pais são pais verdadeiros e dão liderança, quando os filhos são mais velhos, serão amigos dos pais.
OBS. Nenhuma outra instituição estabelecido por Deus tem a mesma autoridade sobre os filhos. Os filhos devem honrar (decidir dar estimação) às outras autoridades, mas não devem obedecer com a mesma submissão (ser obrigatório, mesmo sem gostar de dar) tanto quanto aos seus pais. É certo que devemos sujeitar nos às autoridades civis (Rom 13:1; Tito 3:1) mas uma outra palavra grega é usada para essa subordinação (#5293, Strong’s). Essa outra palavra grega dá o entender que a vontade é exercitada nesse caso. Uma ação da vontade é evidente sem ter a absoluta obrigação de fazer algo. Essa palavra é usada para os mais jovens se sujeitarem aos mais velhos (I Ped 5:5), as esposas aos maridos (Efés 5:22; Col. 3:18), todos os crentes um ao outro (I Ped 5:5), servos aos mestres (I Ped 2:18) a igreja a Cristo (Efés 5:24) , Cristo ao Pai (I Cor 15:28) e Cristo a José e Maria (Luc 2:51). Nestes casos vejamos a ação da vontade dirigindo tais ações. É uma obediência escolhida, desejada em amor com respeito à posição da pessoa que está fazendo o pedido. Mas a palavra usado para aquele relacionamento de pai - filho (#5219) é aquela com o significado que os filhos devem obedecer mesmo que não querem. É uma obediência absoluta, mesmo sem o exercício da vontade nem necessariamente por amor à pessoa que está fazendo o pedido. Então é evidente que as outras instituições (governo, escola, igreja, etc.) têm uma autoridade sobre os filhos e os filhos têm uma responsabilidade para com as outras instituições de obedece-las mas não é aquela mesma responsabilidade de obedecer que os filhos devem ter para com os pais nem é a mesma autoridade que os pais exercitem sobre os filhos.
3. A Posição do Governo no Lar
Será que podemos achar na Bíblia a indicação da pratica tão popular no mundo hoje que se os pais errem no seu desempenho como pais, o governo tem o direito e responsabilidade de tomar o lugar dos pais no lar? Estudando Mat. 15:4; Êx 21:15,17; Deut 27:16; Prov. 30:17 podemos aprender que são os pais que o governo deve apoiar. A posição de autoridade dos pais deve ser reforçada pelas ações do governo. O governo deve restaurar a autoridade dos pais e não substitui-la. O governo deve ver que os filhos obedecem os pais em vez de verificar que os pais cuidam bem dos filhos. Se o governo quer ser Bíblico, que ele apoie os pais e ajude eles na disciplina dos filhos. De outra maneira é interferência. 4. A Benção dos Filhos que Obedecem os Pais Quando os pais obedecem a Palavra de Deus e sejam a autoridade devida no lar respeitando os princípios de autoridade; e quando a autoridade do lar for respeitada pelos filhos, há grande recompensa. Essa recompensa será nas esferas pessoais, sociais, escolares e eclesiásticas. Como é o lar, tal é o mundo. Se o berço de costumes, hábitos, caráter, crenças e morais de cada ser humano for estabelecido com respeito à autoridade, então a humanidade recolhera ordem e bênçãos divinas (Efés 6:2,3; Êx 20:12; Prov. 3:1,2). Quando os pais requerem que os filhos obedecem eles e quando os filhos obedecem com respeito aos pais, Deus os abençoa grandemente. No mundo há grande número de influências contrárias à boa formação de caráter e virtude nos filhos. Também existe a destruição geral no mundo por causa de pecado. Da mesma forma pode ter a amaldiçoar particular sobre a terra, um país, cidade ou família por causa de pecado. Mas quando há obediência na parte dos filhos, e além disso, na parte dos filhos para com os pais, uma proteção está armada sobre tais filhos. Funciona como um guarda-chuva resguardando os que estão embaixo dele dos elementos diversos da natureza. Deus proteja os filhos que obedecem os pais desta maneira dando os favor especial (Jer 35:14-19), glória particular (João 17:4; Fil. 2:8-11), bênçãos reservadas (Prov. 3:13-18) e oportunidades exclusivas (Êx 20:12; Efés 6:1-3). Os dias longos pode referir ao fato que tais filhos em geral não seriam atingidos com os desastres naturais para morrerem cedo na vida. Também refere às oportunidades para se enriquecerem pois tanto mais dias que tem, mais oportunidades para ter êxito nos negócios). Se os pais forem obedientes a Deus, os filhos saberão o caminho que devem andar (Deus 6:6-9) e tais filhos, andando naqueles caminhos, terão grande recompensas. Contrariamente, os filhos que não obedecem os pais terão nada menos que a destruição normal do pecado e mais a maldição de Deus sobre eles (Deut 21:18-21; Prov. 20:20; 30:17). Por exemplo ver os casos de Caim (Gên. 4), Cão (Gên. 9:20-27) e de Absolão (II Sam 18:9) e considerar as listas de pecados abomináveis de Romanos 1:29-32 e II Timóteo 3:1-5.
C. A Importância de Autoridade
A autoridade não é só uma verdade e boa para ser aplicada no lar. Ela também tem influencias aonde é que ela é exercitada com o equilíbrio Bíblico. 1. É Direito Devemos lembrar que Deus tem dado a autoridade aos pais. Os pais não inventaram o sistema, é divina. A posição de ser pai traz junto a responsabilidade de autoridade divina. Os pais realmente são agentes de Deus desta responsabilidade divina no lar. O lar é administrado pelos pais e devem influenciar tudo no lar. A musica, filmes e atividades no lar é da responsabilidade dos pais. A cabeça do lar deve tomar as decisões no lar. Os amigos com quem anda os filhos devem passar pela aprovação dos pais. A influência da educação escolar deve também ter o aval dos pais. Se a educação não for em conformidade dos princípios morais dos pais uma mudança deve ser feito pois quem é responsável em primeiro lugar são os pais, um direito divino. Os pais que não exercitam devidamente a sua posição de responsabilidade como agentes de Deus no lar, não podem desculpar essa falta no pastor, a igreja, a escola ou a sociedade. Deus deu os o direito de ensinar autoridade no lar e são eles que precisam levar qualquer culpa pela falta da pratica de serem os representantes de Deus no lar (I Sam 3:13). 2. É Liderança A maneira que os pais cuidam da autoridade no lar dá um exemplo para os filhos seguirem quando terão filhos. É fato que os filhos precisam de um exemplo; alguém que eles podem respeitar e seguir. Se não for achado no lar será achado fora do lar. A autoridade firme no lar exercitada pelos pais em amor supre esta necessidade dos filhos em terem este exemplo e dá lhes um modelo oficial para servir de padrão para as suas vidas. Ai dos pais que não dão um exemplo bíblico para os seus filhos (Luc 17:1,2; Prov. 13:13). 3. É Influência A autoridade no lar refletirá nos atitudes dos filhos sobre autoridade em qualquer lugar: no governo (Rom 13:1-7), trabalho (Efés 6:5-9), lar (Efés 5:22-24; 6:1-4) na escola e igreja (Efés 1:21-23). Se os filhos veem os pais como pessoas justas no exercício da autoridade eles terão uma confiança que as que têm autoridade em outros lugares também serão justas. Se os pais corrigem pelos erros, vão crer que as autoridades na escola, governo, etc., também corrigirão pelos erros cometidos. Os pais que veem a sua posição como dada por Deus e entendem que a sua autoridade foi dada por Deus para ser usada para a glória de Deus apontarão repetidas vezes à pessoa de Deus como a razão das suas ações. Isso acostumaria os filhos à ideia do direito e autoridade divina sobre as suas vidas (Prov. 22:6). Contrariamente se os pais dão um exemplo de displicência na formação deste atitude sobre autoridade, os filhos também terão a mesma falha nas suas personalidades e vão esperar que os outros em posições de autoridade sejam tão preguiçosos quanto a seus pais neste respeito. Seria interessante ver quantos reis seguiram o exemplo dos pais nos livros de I e II Reis (por exemplo: I Reis 15:3, 11, 26). Os pais que não vivem a Palavra de Deus não têm muito de Deus para passar para os filhos. Que os pais serão testemunhas, boas ou más, é evidente (II Cor 3:3). 4. É Simbólica A autoridade, sendo designada por Deus, como todas as obras de Deus também mostra os aspectos do Divino na sua autoridade, proteção, amor, sabedoria, justiça e firmeza (Rom 11:33-36). Quando a autoridade é mostrada fielmente no lar os filhos podem até adaptar bem à aceitação da posição da autoridade de Deus como Salvador nas suas vidas eventualmente. A autoridade bem exercitada com prudência e justiça levará para a glória de Deus pois autoridade é obra de Deus e mostrará a sua glória tanto quanto qualquer outra parte da sua obra (Sal 19:1-3; Apoc 4:11).
Gardner. Calvin G,. O Que Diz a Bíblia Sobre a Educação dos Filhos no Lar.
Pv 29.15 A vara e a disciplina dão sabedoria. As escolas de sabedoria recomendavam punição física para as crianças. Ver as notas sobre isso em Pro. 13.24 e 22.15, que oferecem detalhes e ilustrações. Se um pai sábio quisesse ter um filho sábio, não poderia deixar de lado a disciplina. A lei era o manual da sabedoria, o que mostra que o ensino da lei era algo necessário para lograr o sucesso na vida. Diz aqui o hebraico, literalmente, “a vara e a correção”. Talvez isso aponte para a vara e outros meios de correção, incluindo a repreensão verbal. Ou então devemos pensar em: “a vara é o instrumento da correção”.
Antítese. Um filho indisciplinado envergonharia sua mãe, a pessoa mais envolvida na educação de uma criança, em seus primeiros anos de vida. A criança era deixada aos seus próprios cuidados, ou seja, era-lhe permitido fazer o que bem entendesse, sem restrição. Portanto, ela fazia o que bem queria e se desviava da vereda certa, misturando-se a toda a espécie de vícios. Quanto a envergonhar a própria mãe, cf. Pro. 19.26 e 28.7. O hebraico literal aqui é muito vívido: A criança foi “enviada embora”, foi expulsa, por assim dizer, da casa e da disciplina que deveriam ter sido providenciadas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2682.
A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar sua mãe (v. 15). A lição deveria aplicar-se a Absalão e a Roboão mesmo. Absalão era um rapaz mimado, que seu pai jamais contrariou e fez o que fez (I Reis 1:6). Muitos filhos são bem disciplinados e se perdem, mas a verdade é que a muitos faltou a vara. Quantas escrituras nos falam dessa verdade! Seria bom os pais aprenderem na sua Bíblia como criar os filhos com amor e vara. O verso 16 está conforme o nosso dia e a nossa história. Quando os perversos se multiplicam, multiplicam-se as transgressões (v. 16). A anarquia do mundo deve a sua situação à multiplicação dos perversos, subversivos e criminosos comuns ou políticos. Uma verdadeira
amostra de que os tempos estão chegando ao fim da nossa era. Não há paz nem harmonia. A diplomacia falhou, o entendimento entre os povos já se tornou quimera. O verso 17 deve ser estudado conjuntamente com o 1 5, dando-nos a medida das preocupações dos redatores de Provérbios, quanto à educação dos filhos. Corrige o teu filho, o te dará descanso... (v. 17). É uma admirável promessa, que mesmo Salomão e seu pai Davi não souberam praticar. Um cavalo não se amansa sem trabalho; um menino não se educa sem esforço.
Antônio Neves de Mesquita. Provérbios.
2. Presença versus Agressão.
Conforme a sociedade moderna vem descobrindo a cada dia, não há substituto para um lar sólido e estável. Com pais ausentes, negligentes ou abusivos, os filhos provavelmente não aprendem a lidar com o mundo de forma saudável. Por este motivo, Provérbios ressalta a responsabilidade dos pais em instruir as crianças e ensina-lhes a sabedoria (Pv 4.3,4). Por terem acumulado idade, dificuldades e sofrimentos, os pais são capazes de oferecer experiência e ideias que vão ajudar a próxima geração a manter-se na trilha certa.
A intenção de Deus é de que pai e mãe participem da educação dos filhos. Os pais devem assumir a liderança como guias e orientadores, e as mães devem proporcionar princípios dominantes com base na Palavra de Deus (Pv 1.8; 4.1; 6.20). Além disso, Provérbio 4.3,4 deixa implícito que os avós também têm sua dose de responsabilidade na educação dos netos.
Desta forma, a família deve instruir o menino no caminho em que deve andar (22:6). Esta é a dádiva do lar. A criança pode não apreciar por um momento os ensinamentos dados, mas os pais devem concedê-los de qualquer modo. Aliás, devem fazê-lo para o seu próprio bem.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 953.
Pv 22.6 Ensina a criança no caminho em que deve andar. Existem vários versículos sobre a criação de crianças no livro de Provérbios, e este provavelmente é o mais conhecido. Ver também Pro. 13.24; 19.18; 23.13,14; 29.17. Ofereço notas expositivas completas em Pro. 13.24, as quais não repito aqui. Neste versículo temos uma regra nova e brava, e esperamos que, de modo geral, um bom treinamento significa uma boa criança que se tornou um bom adulto e segue a vereda da retidão por toda a vida. A experiência mostra-nos, contudo, que as coisas nem sempre acontecem dessa maneira, e podemos concluir que existem outros fatores envolvidos nessa questão, e não apenas um ensino e exemplos apropriados. Afirmamos que um pai deve três coisas a seu filho: exemplo, exemplo e exemplo, o que repito várias vezes neste comentário. Mas nem mesmo isso é sempre o bastante. Em Pro. 13.24 explorei os porquês dos fracassos quando um homem faz tudo quanto pode e, ainda assim, não atinge o sucesso.
Seja como for, os fracassos não devem anular o ensino que temos à nossa frente. Os pais têm o dever e o privilégio de treinar a criança. Baha Ullah declarou que a pior coisa que um homem pode fazer é conhecer os ensinos e não transmiti-los a seu filho. Sobre bases veterotestamentárías, o manual de treinamento é a lei de Moisés. Por meio da lei o homem obtém sabedoria e vida (ver Pro. 4.13). A lei é o guia, segundo se vê em Deu. 6.4 ss.
Sinônimo. Um jovem bem treinado continuará no caminho quando se tornar adulto pleno. A fé de seu pai tornar-se-á a sua fé, e ele a seguirá até o fim. Terá uma vida longa e próspera, tanto material quanto espiritualmente.
“Este versículo exprime um dos prontos fortes do sábios hebreus, a saber, a insistência no treinamento moral de uma criança por parte de seus pais. Esse treinamento deve começar bem cedo, quando a mente da criança ainda estiver bastante impressionável. O uso da vara é encorajado como parte do processo educacional (ver Pro. 13.24; 19.18 e 23.13,14). A grande alegria que os pais podem ter é um filho sábio (ver Pro. 23.15,16,24). A tristeza mais trágica é ter um filho insensato (ver Pro. 17.21,25). Treinar (no hebraico, hanakh, que significa “dedicar”). Cf. o nome da festividade dos hebreus, Hanukkah, que celebra a rededicação do templo de Jerusalém, no tempo dos macabeus, em 165 A. C. (ver Pro. 4.52 ss.). Aqui a palavra significa treinar" (Charles Fritsch, in Ioc.).
Cf. este versículo com II Tim. 1.5; 3.15; Deu. 6.7. John GUI (in Ioc.) queixa-se das exceções à regra, mas exorta os pais a prosseguir com o bom plano, pelo que fazemos e esperamos o melhor.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2648.
O versículo 6 mostra a importância de se treinar as crianças nos seus anos de formação. Alguns eruditos veem aqui uma ênfase no treinamento vocacional. A expressão no caminho em que deve andar significa literalmente: “de acordo com o seu caminho”, isto é, com as suas aptidões e inclinações. Mas é provável que o sábio hebreu esteja falando principalmente de formação moral. A palavra traduzida como “ensinar” é usada em outras passagens para “dedicar” uma casa (Dt 20.5) e o templo (1 Rs 8.63). Fritsch vê nesse versículo a expressão “de um dos pontos fortes dos sábios hebreus, isto é, a sua insistência na formação moral que os pais dão à criança”.52 E, até quando crescer, não se desviará dele. Estas palavras são tremendamente reconfortantes para pais fiéis e dedicados. No entanto, não devem ser interpretadas como garantia absoluta. O ambiente por si só não vai salvar os nossos filhos. Igualmente necessário para a sua salvação é o exercício da livre escolha por parte deles para que recebam a sempre disponível graça de Deus.
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 399.
Pv 13.24 O que retém a vara aborrece a seu filho. Punição Capital. Entramos aqui em terreno perigoso. A maior parte da disciplina física que é aplicada por nossos pais baseia-se mais na impaciência ou nos desejos egoístas deles do que em um espirito de amor e no desejo de obter boa disciplina. Além disso, há um extremo de tratamento cruel, mediante o qual os pais ferem ou mesmo matam seus filhos.
Um bom pai ou mãe pode encontrar outros meios disciplinares exatamente tão eficazes, ou mais ainda, do que provocar dor física em seus filhos, mesmo que essa dor seja administrada com moderação e amor. O perigo é que os pais evangélicos se escondam por trás deste versículo, fazendo dele uma desculpa para ferir a seus filhos, em nome da disciplina bíblica. Nenhuma disciplina, obviamente, não é sinal de amor, mas pode ser até sinal de ódio, porquanto um filho indisciplinado pode tornar-se uma pessoa muito má. Em qualquer discussão sobre a questão, devemos lembrar a herança genética que opera a despeito do que os pais façam. Há casos históricos que mostram a regra geral: se seus filhos se tornarem adultos ruins, a culpa pode não ser sua, mas da herança genética. E se seus filhos mostrarem ser boas pessoas, não aceite muito crédito por isso. Ademais, não devemos esquecer a herança espiritual e o destino. Se um homem está destinado, pela vontade de Deus, a ter uma missão especial, as circunstâncias de sua vida o conduzirão a isso. Ademais, ele será mental e espiritualmente condicionado a essa missão. E, além disso, será mental e espiritualmente condicionado para poder desempenhar sua missão. E, por semelhante modo, terá a unção do Espírito para isso. Portanto, o que os pais de uma criança podem fazer talvez seja apenas uma pequena parte do quadro inteiro, e, de fato, um indivíduo pode não sofrer grande influência de seus pais, mesmo que eles sejam pessoas más. A lição aqui é clara: há muitos fatores em operação sobre o crescimento de uma criança, para o bem ou para o mal, e a disciplina paterna não é o grande fator; é apenas um dentre muitos. Não obstante, devemos cuidar desse fator, mesmo que muitos outros estejam, igualmente, em operação. Contudo, é ridículo que os pais tenham um ponto de vista inadequado sobre essa questão, imaginando que, somente por ensinarem a seus filhos a Bíblia e os disciplinarem corporalmente, eles obterão sucesso automático. A experiência da vida diária ensina-nos que as coisas não são assim tão simples.
Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele. (Provérbios 22.6)
Essa é uma bela regra, não devemos negligenciá-la. Infelizmente, porém, as coisas nem sempre funcionam dessa maneira, a despeito do amor e da disciplina que tiverem sido aplicados. No entanto, o senso de dever e o amor requerem que prestemos atenção ao que nos diz Pro. 13.20 e 22.6.
Um Exemplo. Um jovem foi criado em um lar evangélico. A família tinha sido abandonada pelo pai, mas a mãe fez um bom trabalho, e duas irmãs mais velhas ajudaram na criação dos filhos menores. A família sempre ia à igreja. O rapazinho foi estudar em um seminário teológico e acabou sendo missionário. Terminou sendo um bom pastor, além de um bom pregador. Ele se ocupou por diversos anos nesse trabalho, que era aprovado pela igreja em que servia. Mas então ele começou a sofrer estranhas tentações. Começou a jogar e a beber, e a estar com mulheres, ao mesmo tempo que continuava servindo bem à sua igreja. Finalmente, começou a passar cheques sem fundo para pagar as dívidas em que estava incorrendo. Por esse motivo, acabou preso. Quando saiu da prisão, ele continuou em sua vida irregular, embora não tivesse ido novamente para a prisão. As investigações demonstraram que seu pai e seu avô tinham vivido vidas similarmente irregulares. Mas o nosso homem, o pastor, não fazia ideia de tudo isso nem fora influenciado pelo mau exemplo dado por eles. Ele simplesmente fazia o que já estava predeterminado para ele fazer. Nada de seu treinamento, que foi extenso e demorado, no lar, na escola e na igreja, deteve o processo. Não existem respostas simples para um caso como esse.
Antítese. Em contraste com o pai negligente, o bom pai certifica-se de que uma disciplina apropriada está sendo administrada, incluindo, ocasionalmente, a punição corporal. “A punição corporal fazia parte necessária do treinamento das crianças judias. Assim como Deus castiga àqueles a quem ama (ver Pro. 3.12), um pai deve punir o seu filho, se realmente o ama e pretende ajudá-lo. O pai, pois, deve ser diligente na disciplina que aplica ao filho” (Charles Fritsch, in ioc.).
“Mediante a negligência da correção na infância, os desejos (paixões) obtêm a ascendência; o temperamento torna-se irascível, tolo e lamuriento. O orgulho é assim nutrido, a humildade é destruída, e, através do hábito da indulgência, a mente é incapacitada a suportar as provações com firmeza” (Holden, in Ioc). É hábito dos evangélicos dar atenção demasiada aos primeiros anos de vida da criança, esquecendo outros fatores. A Igreja Oriental acredita na preexistência da alma, e isso, se verdadeiro, é o fator principal naquilo que o homem é e faz. Alguns insuflam a reencarnação nesse quadro, e isso não deve ser rejeitado sem que se façam muito mais investigações. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia os artigos chamados Reencarnação e Preexistência da Alma. Não nos olvidemos, por igual modo, da herança espiritual, que pode ser muito mais poderosa do que a herança dos primeiros anos de vida, no lar. Por outra parte, não nos esqueçamos de nenhum fator que possa contribuir para o aprimoramento de nossos filhos.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2604.
(13.24). Um pai que falha em disciplinar seus filhos não está demonstrando amor. O verbo traduzido aqui como “aborrecer” é usado em sentido comparativo. Se você realmente ama seus filhos, não omitirá suas faltas, mas tomará medidas para corrigi-las. A frase “poupar a vara” é eufemística e não recomenda o espancamento como forma de punição, embora a correção corporal fosse certamente praticada nos tempos bíblicos.
RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. pag. 389.
Segue um provérbio familiar a respeito da disciplina, o assunto deste grande capítulo. O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina. É a vara do pai nas costas do filho. Muitos pais "bonzinhos" permitem que seus filhos façam o que quiserem; não os disciplinam. Isto é contrário à sabedoria e à Bíblia. A disciplina é boa para tolos e para filhos, para que uns e outros andem nos caminhos certos. Muitos pais descobrem tardiamente que a falta de correção bíblica estragou o seu filho. Agora é tarde para o corrigir. Disciplina com amor é remédio; disciplina com rancor é veneno. As coisas nos devidos lugares. Tanto esta verdade vale, que o justo tem o bastante, mas o estômago dos perversos passa fome (v. 25). Deve haver certa correlação entre o estômago do justo e o do pobre, entre o que foi disciplinado e o que não o foi. A correção pode concorrer para tornar o homem justo, enquanto a sua falta pode determinar a sua perversidade. O menino nasce tabla rasa, Isto é, não traz nada senão as tendências hereditárias. Estas podem e devem ser corrigidas, e ainda ajudadas pela disciplina. A doutrina Lambrosiana (de Lambrósio, famoso penalista italiano) diz que a pessoa já nasce feita, Isto é, já traz as tendências que devem formar a sua carreira na vida. Isto não pode. ser certo, porque então seria o caso de se permitir cada um fazer o que quiser e não o responsabilizar. É a doutrina da irresponsabilidade. Nada disso. A criança traz, é certo, tendências hereditárias; todavia, a Instrução e a disciplina modificam esses pendores e os corrigem. Concluímos, assim, este grande capítulo sobre a vida e disciplina ou Um Viver Disciplinado. Sem disciplina moral, intelectual e espiritual ou religiosa, não se pode esperar uma vida correta em qualquer setor da atividade humana.Antônio Neves de Mesquita. Provérbios.
FONTE www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
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